PAPO DE MUNDIAL - MARCELINHO

Na última vez que Marcelinho Machado esteve no Nilson Nelson, o jogo 3 da final do NBB entre Brasília e Flamengo terminou com pancadaria, conflito entre jogadores e torcida, gás de pimenta, e por aí vai. Na noite de sexta-feira, após o treino da seleção, o ala do Fla olhou para a arquibancada vazia e tentou imaginar como vai ser a recepção no amistoso de sábado, ao meio-dia, contra a Venezuela. "Se eu for vaiado um pouquinho, tudo bem", brincou. Confira abaixo o papo rápido com o Rebote à beira da quadra na capital federal.

>>> "Você sai do treino realmente achando que está melhor. Dá para ver que você aprendeu um pouco mais e que o time ganhou um pouco mais"

- REBOTE - Geralmente você vem a este ginásio para ser vaiado e xingado. O que espera da torcida no sábado?
- MARCELINHO MACHADO - A gente brinca muito entre a gente. Já falei que vou entrar em quadra abraçado com o Nezinho, o Alex e o Guilherme. Por mais que tenha essa rivalidade toda aqui, também tem muita torcida do Flamengo. E acho que o pessoal entende quando é clube e quando é seleção. Brasília e Flamengo vêm se enfrentando nas decisões de Nacional, então é normal. Se eu for vaiado um pouquinho, tudo bem, mas espero que seja só um pouquinho [risos].

- Assim como Alex e Guilherme, você é um protagonista no clube, mas aqui na seleção é diferente. Qual vai ser o seu papel? O quanto você espera jogar?
- O Rubén ainda não decidiu isso, e isso é uma coisa que não preocupa ninguém no grupo. Não é como no futebol, que você fica no banco e realmente joga menos tempo. No basquete você pode entrar toda hora, e se não entrar pode ser porque aquele jogo específico era para outros atletas. A nossa mentalidade é todo mundo se preparar e estar no seu melhor e poder ajudar quando estiver em quadra. O time hoje tem muitas opções. Temos uma força interna muito grande, com Nenê, Anderson, Tiago, Guilherme jogando mais aberto. Temos que saber tirar proveito disso.

- O que você achou dos treinos do Magnano? O cara é bom mesmo?
- Muito bom. Você sai do treino realmente achando que você está melhor. Dá para ver que você aprendeu um pouco mais e que o time ganhou um pouco mais depois de cada treino. Foram quase três semanas, e agora é hora de colocar em prática.

- Qual a expectativa para o começo dos amistosos?
- Acho que no início a gente vai até sentir um pouco. Não temos muito a dinâmica de jogo, foi muito treino mesmo até agora. Mas sentir um pouco agora é natural, estamos nos concentrando é no caminho lá na frente. E estamos no caminho certo.