VITÓRIA MISTERIOSA SOBRE A CHINA

Direto de Nova York >>> Obviamente, não deu para ver muita coisa. O amistoso entre Brasil e China, na quinta-feira, foi jogado no meio de uma nuvem de mistério. Enquanto os convidados e alunos da Universidade de Columbia (aliás, que campus!) entravam no ginásio, a imprensa era barrada a pedido do técnico Bob Dunewald, o americano que treina os chineses. Só fomos liberados na metade, a ponto de ver uma boa atuação de Leandrinho (cestinha com 25 pontos) e uma trombada feia entre Murilo e Nezinho – o armador levou a pior e deixou a quadra com torcicolo, mas já está melhor.

Ah, o placar? 84-70 para os brasileiros, que não tinham Yi Jianlian do outro lado. O pivô, substituto de Yao Ming como estrela asiática no Mundial, foi poupado pelo treinador. Foi um jogo duro, com a diferença ali na casa dos cinco pontos, até que o Brasil deslanchou no último quarto e garantiu a vitória. Desta vez, ao contrário de Brasília, nem vou comentar muito sobre o rendimento da seleção, porque só vi meio jogo e, mesmo assim, ainda tive que interromper a atenção para fazer foto, vídeo etc.

Diante de cerca de 100 pessoas, a partida valeu como estreia do novo uniforme. O Brasil jogou de branco ontem, com escritos em verde (veja alguns lances no vídeo abaixo). A camisa toda verde será vestida pela primeira vez hoje, no famoso playground Rucker Park, no Harlem (até onde eu sei, sem transmissão da TV). É lá, em quadra de madeira oficial, que a seleção faz um jogo-exibição contra Porto Rico. Isso caso não chova, claro. Se cai uma gota, duvido que Mangano coloque alguém em quadra. O próprio Anderson Varejão me disse após o amistoso de quinta-feira: "O mais importante é que, mesmo sendo um jogo festivo, temos que jogar com 100% de concentração e inteligência. Você não pode vacilar e se machucar. As lesões acontecem neste momento, quando você relaxa".