domingo, 30 de novembro de 2008

SUPERAÇÃO E RECOMPENSA




Com meio século de basquete nas costas, Santo André quase ficou fora do Nacional feminino deste ano. Como todos sabem, a equipe foi socorrida pela prefeitura e deu um jeito de arrumar, na última hora, placas de publicidade que permitiram
a participação. Na época, foi comovente ver a incansável Laís Elena, emocionada, festejando a oportunidade de ficar à beira da quadra em mais um torneio. Por isso é tão bacana que a técnica e suas atletas tenham garantido, neste domingo, a vaga nas semifinais da competição. Prêmio mais do que justo para quem não se cansa de plantar em solo tão pouco fértil.

Com uma equipe considerada modesta, Santo André assegurou seu lugarzinho nas semis ao derrotar São Bernardo por 80-71, com 25 pontos e oito assistências de Kátia (foto). Mas como nada na vida é moleza, o próximo desafio é encarar o tetracampeão Ourinhos, na casa do rival, a partir de terça-feira, às 18h.

A outra melhor-de-cinco, às 20h, reúne Americana e Catanduva, na casa do primeiro. Vale lembrar que, a partir de agora, o SporTV transmite todos os jogos ao vivo. Ficaremos de olho.

QUEM É O MVP DE SÁBADO?


Chris Duhon / Foto: NBA

Foi um daqueles sábados gordos na NBA. A rodada de ontem, com 11 jogos, rendeu algumas atuações individuais impressionantes. Dá até para fazer uma eleição: quem você acha que foi o MVP da noite?

David Lee - O ala-pivô meteu 37 pontos e pegou 21 rebotes na vitória do New York sobre o Golden State, por 138-125.

Chris Duhon - Neste mesmo jogo, o armador dos Knicks (foto) atingiu incríveis 22 assistências (vale lembrar que o recorde da NBA é de Scott Skiles, com 30).
A equipe nova-iorquina, aliás, fez 82 pontos no primeiro tempo!
E ainda contou com 36 pontos + 12 rebotes de Al Harrington.

Dwight Howard - Contra o Indiana, o pivô do Orlando brilhou com 32 pontos, 21 rebotes e quatro tocos. Vitória por 110-96.

LeBron James - Após mastigar as críticas de Charles Barkley
e cuspi-las de volta chamando o ex-jogador de "estúpido", o ala
do Cleveland anotou contra o Milwaukee 32 pontos (sendo 11 seguidos no último quarto), sete rebotes, cinco passes e mais
um daqueles tocos incríveis, em Ramon Sessions (clique e veja).

Agora diga: qual das atuações foi a mais impressionante?

AGORA VAI?




O jornal O Globo noticiou neste sábado que a novíssima Liga Nacional de Clubes vai mesmo sair do papel. Com o apoio da CBB, o campeonato começa no dia 15 ou 16 de janeiro (esta confirmação ainda depende da Liga das Américas), com 14 equipes: Flamengo, Universo, Franca, Pinheiros, Paulistano, Limeira, Bauru, São José, Ulbra, Minas, Joinville, Lajeado, Cetaf e Saldanha da Gama. Dito isso, o lançamento oficial do torneio está marcado para o dia 15 de dezembro, em São Paulo.

A notícia é boa, e o modelo é o que a gente cobra há muito tempo. Agora resta torcer para que cada um faça sua parte.
Que os clubes conduzam bem a organização do campeonato,
que esqueçam as vaidades, que promovam o espetáculo, que sejam incansáveis na busca de investidores, que caprichem na criatividade, que mostrem rigor em questões disciplinares. Que a CBB se dedique às seleções, às categorias de base, à formação de técnicos e árbitros, além de várias outras atribuições que já discutimos aqui, seja qual for o presidente eleito em 2009.

Sei que os votos de confiança são escassos no nosso basquete, mas não há muito o que fazer agora além de torcer e cobrar. E você, acha que a Liga pode representar uma mudança positiva?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

SOLUÇÃO ESTRANGEIRA?




Mesmo contando com atletas da NBA, o país vive momento difícil, de ausência sofrida nas Olimpíadas e maus resultados dentro da quadra. Fora dela,
a confederação aguarda as eleições e torce para que um técnico estrangeiro, espanhol para ser mais preciso, dê jeito na situação. Cenário familiar? Pois saibam que nós estamos falando da França, amigos.

A terra de Tony Parker retirou sua candidatura ao Mundial de 2014 e deixou a disputa para China, Itália e Espanha. Não deixa de ser mais um golpe para a seleção, que ficou fora de Pequim e não tem conseguido brilhar - é claro que a concorrência lá é muito mais forte. O salvador da pátria pode ser Pepu Hernandez, campeão mundial com a Fúria em 2006. A imprensa espanhola não acredita que o técnico aceitará o convite, mas seu nome tem sido sondado e certamente daria novo ânimo aos franceses.

Aliás, falando em espanhóis, alguém viu o nosso Moncho por aí? Não seria legal ele dar uma espiadinha no Campeonato Paulista?

MAIS DOIS DRIBLES


1) Duas vezes eleito para o
All-Star Game na década de 80, o ex-jogador Eddie Johnson chegou ao fundo do poço. Após várias acusações de roubo e uso de drogas nos EUA, ele foi condenado à prisão perpétua por estruprar uma menina de 8 anos, sua vizinha. Só para deixar claro, nós estamos falando deste Eddie Johnson, e não deste.

2) A crise mundial pegou em cheio as meninas do CSKA. Depois de perder a pivô Maria Stepanova e fazer das tripas coração para manter o gordo contrato da armadora americana Becky Hammon, a (ex-)milionária equipe da Rússia anuncia agora que não vai mais disputar a Euroliga feminina. Quem diria, hein...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

OS PRÓXIMOS SUPER-HOMENS




Em algum momento eu me distraí, leitores por favor me salvem: o campeonato de enterradas do All-Star não era só para jogadores com até três anos de carreira? Pois Dwight Howard já está em sua quinta temporada e ainda discute se vai participar ou não da festa em Phoenix no ano que vem.

Bem, deixa pra lá. O pivô do Orlando admite que seria melhor parar por cima, deixando na memória dos fãs a incrível performance do Super-Homem. E com isso levantamos a bola: dos atletas em atividade hoje (sem restrições), qual seria o seu quarteto ideal para disputar o título de rei das cravadas no próximo All-Star? A caixinha é toda sua.

PANCADARIA INTERNACIONAL




Não é só o basquete brasileiro que dá exemplos de baixaria. Alguém se lembra do Rawle Marshall, ex-Dallas e Indiana? No domingo, jogando uma partida da Liga Adriática pelo Cibona Zagreb, da Croácia, ele embolachou um adversário sem piedade. É o terceiro caso, nas últimas semanas, de atleta americano criando confusão em quadras européias (Loren Woods e Joseph Blair foram os outros). Dê uma olhada na fúria do Marshall e diga: quantos jogos de gancho ele merece levar por esse papelão?

DOIS DRIBLES


1) Na noite desta quarta, a Mangueira encerrou sua participação no Nacional feminino com uma bela vitória em casa sobre o Sport Recife por 80-67 (28-8 no quarto período). A pivô Clarissa, tema de debate na caixinha de terça-feira, fechou a temporada com chave de ouro: 27 pontos, 18 rebotes e duas roubadas de bola.

2) Mangueira e Sport estão fora, mas o Nacional prossegue. Todos os jogos das fases semifinal e final serão transmitidos pelo SporTV. Ourinhos, Americana e Catanduva já estão classificados. A quarta vaga será disputada por São Bernardo e Santo André - com direito a confronto direto tenso e eletrizante neste domingo.

CONHECE A FIGURA?






A vida de calouro no San Antonio Spurs pode se limitar a ouvir do técnico Gregg Popovich instruções fundamentais como "Entra lá e agarra o Shaq". Não para George Hill. Nos últimos quatro jogos da equipe texana, o armador fez 20, 23, 20 e 19 pontos. Nesta quarta-feira, ainda adicionou 11 rebotes e quatro assistências
na vitória sobre o Chicago Bulls. Daqui a pouco Tony Parker volta e a festa acaba. Mas não custa prestar atenção no sujeito, certo?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Se eu fosse o LeBron James, calaria a boca. Sou seu fã, mas me incomoda muito o fato de ele ficar falando sobre o que vai fazer daqui
a dois anos. É uma falta de respeito
com o basquete e com os Cavaliers."


CHARLES BARKLEY, no blog DanPatrick.com, irritado com os comentários de LeBron sobre a possibilidade de se transferir para o New York Knicks em 2010. E você, acha que LBJ falou demais?

TONI CHAKMATI SAI DA TOCA


Em entrevista por e-mail ao Fábio Balassiano, o manda-chuva da Federação de São Paulo, Toni Chakmati, assume
a autoria da misteriosa página Hora de Reconstruir, expõe idéias sobre a sua campanha
à presidência da CBB e, claro, não hesita em atirar todas as pedras em Grego, seu aliado até 2006. A primeira parte do papo já está no Bala na Cesta.

O RETORNO DO BRAÇO BIÔNICO




A versão super-herói de Tiago Splitter está de volta. Com o incrível superpoder de jogar um bom basquete nas campanhas desastrosas da seleção brasileira, o pivô mais uma vez vira personagem de quadrinhos para promover a liga espanhola. Dentro da quadra, no entanto, ele ainda está sendo poupado no Tau Cerámica, por causa da lesão na panturrilha. Quer saber mais do Braço Biônico? Visite o site www.tiempodemagia.com.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

PLAY!


Os doentes do Bola Presa levaram ao ar mais um vídeo da série que põe pessoas normais (?) imitando jogadores da NBA no meio da rua. Desta vez, Manu Ginóbili passeia por São Paulo. Hilário.



E para quem não viu LeBron James na faixa de pedestres...

SAI DA MINHA ABA




Que esses americanos são maníacos por estatísticas, a gente está cansado de saber. Dá uma olhada nessa: quem são os atletas mais sortudos em relação aos companheiros de time? Aqueles caras que se deram bem na história da NBA não apenas por seu talento, mas principalmente pelos elencos que os rodeavam. Para a lista não se abrir a qualquer zé mané, era preciso ter um mínimo de 15 mil minutos na carreira. E o resultado foi curioso.

O rei da aba, segundo o levantamento, foi Michael Cooper (dos Lakers na era do showtime, hoje técnico do LA Sparks), seguido por Bryon Russell (coadjuvante de Stockton e Malone no Utah) e James Worthy (mais um de Los Angeles, porém eleito um dos 50 melhores da história). Outros grandes, como Magic Johnson e Scottie Pippen, também aparecem na lista. Entre os atletas ainda em atividade, apenas Derek Fisher (17º) e Michael Finley (19º).

E se a gente invertesse essa equação para os dias de hoje? Quem seria o pobre coitado com o elenco de apoio mais fraco ao seu redor? Vamos combinar assim: a gente tira o Oklahoma City da disputa e lança uma espécie de Troféu Kevin Durant. Quem é o maior carregador de malas da NBA hoje?

TRÊS PONTOS


1) O San Antonio começa a se reencontrar e ganha uma boa notícia: Manu Ginóbili está de volta. O argentino fez 12 pontos em 11 minutos na vitória de segunda-feira sobre o Memphis.

2) A troca entre Knicks e Clippers está em suspense. O time nova-iorquino investiga possíveis problemas físicos (cardíacos, dizem) em Cuttino Mobley. Por conta disso, Zach Randolph e Mardy Collins não puderam defender a equipe de Los Angeles
na segunda, contra o New Orleans. A decisão deve sair hoje.

3) Enquanto isso, Nova York está pronta para receber LeBron James nesta terça - e vice-versa. O craque do Cleveland, que virou um alvo palpável dos Knicks após as trocas desta semana, vai defender o Cleveland logo mais usando seu novíssimo tênis Big Apple Zoom LeBron VI. Será homenagem à futura casa?

SAIR OU NÃO SAIR, EIS A QUESTÃO




Para a sorridente Clarissa, a temporada 2008 termina nesta quarta-feira, às 20h, quando a Mangueira encerra sua jornada no Nacional recebendo o Sport na Vila Olímpica. Pelo terceiro ano seguido, a pivô se tornou um dos destaques individuais do campeonato. E a pergunta volta à tona: será que, desta vez, ela deixa o Rio de Janeiro? Aqui neste canto, sinto muito em dizer: tomara que sim.

Potencial, Clarissa já mostrou que tem - e muito. Garantiu, com sobras, o título de maior reboteira nos três últimos Nacionais, sempre tendo duplo-duplo de média. Em 2006, no Fluminense, foi a terceira cestinha e a segunda em eficiência (com 16.7 nas duas estatísticas). No ano passado, ainda pelo Flu, sofreu uma grave lesão no tornozelo e jogou menos, mas terminou como líder em eficiência (24.6) e segunda cestinha (22.3). Agora, na Mangueira, é a terceira melhor do país na pontuação (16.7) e na eficiência (19.1). Nos dois últimos jogos, deu show fora de casa com 31 pontos + 16 rebotes (em Floripa) e 32 + 11 (em São Bernardo).

A atleta de 20 anos e 1,87m, no entanto, ainda não conseguiu sequer bater na porta da seleção adulta. Julga-se que seja baixa para jogar de pivô e sem habilidade suficiente para atuar na lateral. O primeiro problema não dá para corrigir, mas o segundo dá. Talvez não no Rio. Talvez não se ela demorar muito a sair.

Clarissa está bem de técnico e tem na Mangueira um apoio anos-luz à frente do que tinha no Fluminense, mas isso não basta. Seu talento precisa ser desenvolvido numa estrutura melhor e, principalmente, num lugar que a permita disputar torneios mais competitivos ao longo do ano. Talvez a Europa pareça um exagero neste momento, mas o interior de São Paulo pode ser a solução.

Seria ruim para a Mangueira, que investiu na atleta; seria triste para o Rio, que perderia sua maior jogadora e afundaria ainda mais; seria difícil para a própria Clarissa, meio avessa à idéia de jogar em outro estado. Mas não dá para negar o óbvio: a dona do melhor sorriso do basquete carioca já ficou grande demais para a cidade onde nasceu.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

UMA DOSE DE HISTÓRIA


Oscar Robertson completa hoje 70 anos. Há quem diga que ele foi melhor que Magic Johnson. Será? Não sei. Infelizmente, não vi o Mr. Triple-Double ao vivo. Mas vale lembrar um pouco do que ele fez dentro da quadra. E não foi pouca coisa. Dê uma olhada nas monstruosas estatísticas do sujeito e assista ao vídeo.

VIDA QUE SEGUE




Sem o seu habitual sorriso e com alguns quilos a menos, Leandrinho está de volta aos Estados Unidos. Após passar nove dias com a família em São Paulo devido à morte de sua mãe, ele treinou com o Phoenix Suns neste domingo. Mesmo abatido, confirmou presença na partida desta terça-feira, em Oklahoma. O relacionamento com os companheiros de time certamente é um alento para o brasileiro agora. Ele mesmo fez questão de citar a amizade com Matt Barnes, que perdeu a mãe no ano passado e chegou à equipe do Arizona na pré-temporada. "Ele tem falado muito comigo, agradeço muito o que tem feito por mim e pela minha família. Desde que ele chegou, nos tornamos amigos muito próximos", contou Leandrinho ao jornal Arizona Republic.

MAIS UM TRISTE ESPETÁCULO


O basquete abriu os Jogos Abertos do Interior 2008 em tom emocionante, com a homenagem a Wlamir e Paula, mas fechou a competição dando suas recorrentes aulas de estupidez. Com direito a arbitragem horrorosa, tentativa de atrapalhar lance livre do adversário, agressão covarde e pancadaria generalizada na quadra, a final entre Franca e Limeira foi interrompida e vai a julgamento. Até quando vamos ver esse show de bizarrices?

O EXEMPLO QUE VEM DE BAIXO




No mapa do basquete, a Bolívia é uma terra que praticamente não existe. Eles jamais foram às Olimpíadas, só têm uma participação em Mundiais (10º lugar no feminino de 1979, graças a vitórias heróicas sobre Malásia e Senegal) e atingiram o seu auge com as meninas vice-campeãs no Sul-Americano de 1978 (em seguida, ficaram duas décadas sem sequer aparecer na competição). Na base, o normal é ser saco de pancadas. Nos rankings, eles nem aparecem. Dá para dizer que nós estamos um pouco à frente, né.

Bem, talvez não no quesito iniciativa. Na semana passada, a Confederação de Basquete da Bolívia assinou um convênio com a Fiba Américas para o crescimento da modalidade no país até 2014. O contrato prevê a capacitação de treinadores, atletas, árbitros e dirigentes, além de ampla assessoria para organizar competições em todas as faixas etárias. Cada passo
do programa será supervisionado pelos especialistas da Fiba. As bases serão implantadas nos próximos dois anos, e acredita-se que alguns frutos já poderão ser colhidos a partir de 2011.

Quem sabe até lá a garotinha boliviana da foto ao lado e os caras da imagem acima não trocam as quadras de cimento por um ginásio bem equipado. Quem sabe até lá, guardadas as proporções, o Brasil não tem um surto de humildade e decide pedir uma ajuda semelhante...

sábado, 22 de novembro de 2008

AVISO

Salve, povo. Vi agora que a última caixinha tem várias perguntas sobre o sumiço aqui no Rebote. Foi por um motivo triste, amigos. Perdi meu pai nesta semana. É claro que não dava para pensar em outra coisa, mas como a vida segue e ele era, além de tudo, um amante do basquete, estarei aqui de volta na segunda-feira. Combinado? Espero vocês. Abraço forte a todos, e até lá.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

RECONSTRUIR E CENSURAR




O site Hora de Reconstruir continua no ar e continua sem identificação dos autores. Já que a página é feita por Antônio Chakmati, como anunciou o Balassiano, até entendo os motivos: o presidente da Federação Paulista provavelmente quer colocar em pauta suas idéias para uma futura gestão na CBB, sem que seu nome esteja envolvido, para evitar possíveis rejeições. O que vale é a idéia, e não de onde ela vem - é o que propõe o site em alguns tópicos. Não concordo, mas entendo. O que não dá para entender ou aceitar é o que aconteceu com Paulo Murilo e José Medalha, que tiveram algumas mensagens apagadas no fórum (clique aqui e saiba mais). O que era falta de transparência
virou censura. Não é disso que o basquete brasileiro precisa.

sábado, 15 de novembro de 2008

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Em toda a minha carreira,
eu nunca fiquei tão furioso"


STEVE NASH, inconsolado por ter sido suspenso após a confusão no jogo contra o Houston, enquanto T-Mac levou apenas uma multa.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

CHAMA ACESA




Foi muito legal ver, na noite de sexta-feira, pela ESPN, Wlamir Marques e Magic Paula caminhando juntos e carregando a tocha para acender a pira na cerimônia de abertura dos Jogos Abertos do Interior. A bela festa no Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba, celebrou 233 municípios e todas as modalidades, mas foi especial para o basquete, ao reunir duas figuras tão vitais não apenas para a cidade em questão, mas para o esporte nacional.

Não é coincidência que tal homenagem tenha saído do interior paulista, o maior pólo de resistência da bola laranja no Brasil. Diante de um país com memória tão fraca e dirigentes tão cegos, fica a velha lição: é preciso festejar nossos ídolos. Sempre.

AS SUSPENSÕES




A NBA soltou o pacote de punições relativas ao tumulto no jogo entre Phoenix e Houston, na quarta-feira. Matt Barnes e Rafer Alston, que iniciaram a confusão, foram suspensos por dois jogos cada. Steve Nash pegou um jogo. A liga ainda multou Shaquille O`Neal (US$ 35 mil) e Tracy McGrady (US$ 25 mil). Este foi o vídeo mais completo que eu achei. Dê uma olhada nas imagens e avalie. Será que o veredicto foi justo?

Barnes começou tudo com uma agressão a Alston. O primeiro poderia pegar três jogos e o segundo, dois. Não acho que, no meio do bolo, Nash tenha feito algo mais grave do que T-Mac ou Shaq. Para mim, as multas ficaram baratas - um joguinho para cada um dos três estaria de bom tamanho. Concorda ou não?

É OU NÃO É CANDIDATO?




Na quinta-feira, voltou ao ar o Hora de Reconstruir. Só para esclarecer, no texto de ontem ficou parecendo que a assessoria da Federação Paulista omitiu a autoria da página, mas ela cuida apenas da entidade, não da campanha, e garante que realmente não sabia de nada. Ao que parece, então, Toni Chakmati fez segredo direitinho. Em entrevista ao BasketBrasil, aliás, o dirigente afirma que a candidatura à CBB ainda não é certa, ao contrário do que tinha dito para mim, com todas as letras, há alguns meses. Continuamos aguardando o fim do suspense.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

NOTA TRISTE




Justamente quando os brasileiros começavam a ter alegrias na temporada da NBA, surge uma notícia daquelas que a gente jamais gostaria de dar. Leandrinho perdeu sua mãe nesta quinta-feira. Dona Ivete vinha enfrentando problemas de saúde, tanto que jogador chegou a deixar o Phoenix às pressas durante o período de treinamentos para vir ao Brasil. O ala-armador ainda
está nos Estados Unidos, tentando pegar um vôo o mais rápido possível para São Paulo. Força para ele e para toda a família.

Nos últimos anos, eu falei mais ao telefone com Dona Ivete do que com o filho. Boa praça e solícita, ela passava recados, dava informações e batia papos curtos, mas sempre agradáveis. Quem cobre basquete deve concordar. Vai fazer falta.

HORA DE ESCLARECER




Na terça-feira, uma fonte disse por e-mail ao Fábio Balassiano, no Bala na Cesta, que o autor do site Hora de Reconstruir é mesmo Toni Chakmati, manda-chuva da Federação de São Paulo. Se realmente é isso, o cartola já começou mal a sua campanha à presidência da CBB. Na sexta-feira passada, eu tinha falado pessoalmente com a assessoria da entidade paulista, que negou qualquer vínculo com a página. Chakmati (o original?) chegou a deixar um comentário por lá, como leitor. E desde a nota publicada pelo Fábio, o site saiu do ar e exibe apenas um aviso de "Revisão".

Por mais que as idéias e propostas sejam boas, a iniciativa já tropeçou na falta de transparência. Por que tanto mistério? E que revisão é essa? Ainda que o anonimato seja uma estratégia de marketing (ao que parece, a agência J.Cocco está envolvida), a coisa vai se desenhando de uma maneira no mínimo estranha. Deste canto, estamos de olho. E aguardamos esclarecimentos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

BARRADOS NO ALL-STAR




No texto de terça-feira, a gente discutiu aqui as evoluções de Nenê e Anderson Varejão, que iniciaram muito bem a atual temporada. Quer homenageá-los com votos para o All-Star Game? Esqueça. As cédulas para a edição 2009 foram lançadas oficlamente em Phoenix nesta terça, e os dois brasileiros estão fora da lista de candidatos - apenas Leandrinho marca presença.

É claro que nenhum dos três merece ser titular na festa, mas o torcedor tem todo o direito de pensar diferente. Como se não bastasse o exagero de marketing ao abrir a votação com menos de duas semanas de campeonato, a ausência - principalmente de Nenê - me parece uma mancada grave. E você, o que acha?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

GANGORRA VERDE-AMARELA




A temporada da NBA mal deu
a partida, e a gente já pode começar a costurar algumas conclusões sobre os brasileiros. É claro que ainda não dá para traçar análises definitivas, mas alguns sinais já aparecem - e curiosamente apontam para uma mudança no ranking verde-amarelo da liga americana.

Leandrinho, o brasileiro que mais brilhou na NBA até hoje, enfrenta uma encruzilhada em Phoenix. Sua média de minutos caiu de 29.5 no ano passado para 20.6 agora. Na segunda-feira, ele finalmente explodiu. Contra o Memphis, guardou para o último período 16 dos seus 27 pontos. Travou um duelo lance a lance com OJ Mayo na reta final e garantiu a vitória dos Suns (veja aqui). Resta saber se terá mais chances em quadra e se o início hesitante foi apenas pelas lesões na pré-temporada. Com a palavra, o técnico Terry Porter.

Enquanto Leandrinho começa a melhorar, nossos grandalhões
já estão fazendo bonito. Anderson Varejão viu seu tempo de quadra cair um pouco, mas ainda assim conseguiu evoluir no seu ponto fraco: o ataque. Nos sete primeiros jogos, a média de pontos pulou de 6.7 para 8.1. A produção cresceu especialmente nas duas últimas rodadas, incluindo os 18 pontos contra o Indiana, a melhor marca de sua carreira na NBA até agora.

No garrafão do Denver, Nenê saiu da temporada 2007-08 marcado por uma doença grave e abriu 08-09 com a melhor média de pontos em sete anos de liga americana: são 16.2, além de nove rebotes por noite - também um recorde pessoal. É claro que os minutos do pivô deram um salto, mas ele está abraçando com força a oportunidade na vaga de titular.

O desafio agora é perseguir a consistência. Se conseguirem manter a boa produção, Nenê e Varejão podem ser um belo alento para os torcedores brasileiros, que nunca precisaram tanto de motivos para sorrir. Tomara.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

OS ÚLTIMOS INVICTOS




De um lado, está o atual vice-campeão. Do outro, aquele que sempre parece que vai, mas acaba não indo. Los Angeles Lakers, no Oeste, e Atlanta Hawks, no Leste, são os dois únicos times invictos da NBA.

Após perder as duas primeiras partidas da pré-temporada, a equipe de Los Angeles obteve 11 vitórias seguidas, sendo as cinco últimas no campeonato para valer - a mais recente e mais importante veio no domingo, sobre o emergente Houston. O segredo é a consistência - no elenco, ninguém tem sido brilhante, mas ao mesmo tempo ninguém tem jogado mal. O problema é o calendário a partir de agora: os próximos rivais são Dallas (fora), New Orleans (fora) e Detroit (em casa). Não vai ser fácil.

O Atlanta, ao contrário do que se pode pensar, não pegou só moleza neste início de torneio. Sem Josh Childress, que foi tentar a vida na Grécia, o time bateu Hornets e Magic fora de casa. No doce lar, passou por Toronto e Philadelphia. E ontem venceu o Oklahoma City. Os próximos quatro jogos serão na estrada: Chicago, Boston e New Jersey. Para você, quem vai perder primeiro? Lakers ou Hawks? Diga aí na caixinha.

domingo, 9 de novembro de 2008

SHAQ ESTILO RETRÔ


Com 29 pontos e 11 rebotes, Shaquille O`Neal lembrou os velhos tempos neste sábado e ajudou o Phoenix a derrotar o Milwaukee.

sábado, 8 de novembro de 2008

DANÇA DOS NÚMEROS


86-9


Foi o placar da vitória do Brasil sobre a Bolívia neste sábado, pela segunda rodada do Sul-Americano sub-15 feminino, no Paraguai.

QUEM É O RECONSTRUTOR?




Cercado de mistério, foi ao ar o site Hora de Reconstruir, uma espécie de manifesto com uma série de boas propostas para levantar o basquete brasileiro. O autor não se revela, mas o jeitão de plataforma política dá a entender que há alguma relação com as eleições da CBB, em maio. As assessorias da situação e da oposição (Federação de SP) garantem que não têm nada a ver com o site. Tenho meu suspeito, mas ainda não dá para cravar. Deixo as especulações para a caixinha de comentários: quem será o tal reconstrutor?

ESTRÉIAS DE IVERSON E BILLUPS


Sexta-feira foi dia de ver craques de roupa nova. Allen Iverson fez 24 pontos e deu seis assistências, mas o Detroit perdeu para o New Jersey por 103-96, em grande noite de Devin Harris.



Chauncey Billups voltou a Denver com 15 pontos, três passes e três roubadas, sendo duas na reta final da vitória por 108-105 sobre o Dallas. Na verdade, quem brilhou foi Carmelo Anthony.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

TESOURA NO BASQUETE




Era mesmo de se esperar. O Comitê Olímpico Brasileiro decidiu usar como critério para a nova divisão da grana da Lei Piva os resultados recentes de cada modalidade, e o basquete – óbvio – foi o que mais perdeu entre todos os esportes. Em 2008, a CBB recebeu R$ 2,2 milhões. Em 2009, o valor cai para R$ 1,5 milhão. O dinheiro da Eletrobrás, no entanto, vai continuar pingando. Você concorda com os critérios do COB? Vá discutindo na caixinha, mais tarde eu volto a falar sobre o tema.

O MILAGRE DE ROY


A rodada de quinta-feira na NBA teve apenas dois jogos, mas um deles valeu por muitos. Para se ter uma idéia, nos dois últimos segundos da prorrogação, Blazers e Rockets trocaram de liderança três vezes. No fim, uma cesta milagrosa de Brandon Roy, do meio da rua. Ainda não viu? Então clique logo abaixo.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

NOITE DE CRAQUES ILUMINADOS




A noite de quarta-feira nos brindou com duas explosões individuais de pontos, por coincidência vindo de dois times com muito a provar neste ano. Primeiro foi Amare Stoudemire, que sapecou 49 em cima do Indiana e garantiu a vitória do Phoenix por 113-103. O mais impressionante é que o pivô atingiu um 4x5, adicionando 11 rebotes, seis assistências e cinco roubadas. Poucas horas depois, Tony Parker tirou o San Antonio do buraco contra o Minnesota - em duas prorrogações, anotou 55 pontos, 10 assistências e sete rebotes.

Neste início de temporada, o Phoenix caminha melhor (4-1, contra 1-3 dos texanos), mas ainda não dá para dizer que o esquema de Terry Porter é o bastante para levar o time à final. No Texas,
a idade dos jogadores pode pesar - Parker, herói de quarta-feira, é o único do núcleo que ainda não passou dos 30. Ainda é cedo para louvar os Suns ou enterrar os Spurs. Vamos aguardar.

A rodada ainda teve mais duas grandes atuações individuais. Em Cleveland, LeBron James detonou com 41 pontos, nove rebotes, seis passes e quatro roubadas - vitória por 107-93 sobre o Chicago. Na Flórida, o Miami bateu o Philadelphia por 106-83 e Dwyane Wade beirou o 5x5, com 29 pontos, sete rebotes, seis assistências, cinco roubadas e três tocos. Incrível.

Afinal de contas, que vitamina esses caras tomaram na quarta-feira? Quer tentar descobrir? Então clique e dê uma olhada nos melhores momentos de cada uma das grandes atuações:

Tony Parker = A. Stoudemire = LeBron James = Dwyane Wade