UMA SEXTA-FEIRA 13 COM JORDAN

Direto de Nova York >>> Eram 9h da manhã quando Dwyane Wade, Chris Paul e Carmelo Anthony apareceram no Rucker Park, templo do basquete de rua no Harlem, em Nova York. Para a molecada que participava da clínica, aquela sexta-feira 13 não tinha nada de azar. Ao contrário, porque ainda dava para ficar melhor – e ficou. Eram exatas 9h20 quando o locutor começou a falar de um convidado especial, formado na Carolina do Norte. Fiquei achando que era um Vince Carter ou um Rasheed Wallace da vida, até que o sujeito entrou na quadra a passos lentos: Michael Jordan estava na casa.

>>> Michael apareceu de surpresa e hipnotizou o público no Rucker Park

Ele mesmo, em carne osso, moletom, calça e tênis azuis, pulseira grossa, anel na mão esquerda e cabeça tradicionalmente raspada. Foi a primeira vez que vi, ao vivo, o melhor jogador de basquete de todos os tempos. Em meia hora, Jordan observou as crianças, fez um breve discurso sobre o amor ao basquete – neste momento eu estava a apenas uns três metros dele – e não tocou em nenhuma das dezenas de bolas que estavam ali. Não precisava. Isso ele já fez como ninguém por duas décadas.

A aparição-relâmpago fez Wade, Carmelo e CP3 parecerem tão anônimos quando as crianças. Com um carisma do tamanho do seu basquete, MJ hipnotizou o público, que só olhava para ele e continuava falando dele mesmo após sua saída. Dê uma olhada no vídeo abaixo e veja algumas imagens que eu gravei ao longo do evento.



Costumo dizer aos amigos que são poucas as personalidades do basquete que me tiram a capa de jornalista por alguns segundos e provocam aquele frio na barriga. Foi assim com Wlamir Marques e Magic Paula na primeira vez que os vi pessoalmente. Foi assim com Michael Jordan ontem. Foi, de longe, a sexta-feira 13 mais sortuda da minha vida.