quinta-feira, 30 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Finalmente, Carmelo Anthony está na segunda rodada dos playoffs.
E foi ele que botou o Denver lá no jogo 5 contra o New Orleans. O ala anotou 34 pontos, seis rebotes e quatro roubadas na vitória por 107-86. Depois de cinco eliminações seguidas no primeiro round, Melo ajudou a fechar uma série muito tranquila para os Nuggets - mesmo com uma derrota, a diferença de pontos nos cinco jogos foi de incríveis 24.2. O próximo adversário é o Dallas Mavericks, que também fez bonito e despachou o San Antonio. Qual o seu palpite? Diga aí na caixinha.

FLA EM MACAÉ: EXPLICAÇÕES




Voltando rapidamente ao assunto do Flamengo rumo a Macaé:
o repórter Eduardo Peixoto, do Globoesporte.com, levantou com Marcos Braz, diretor de Esportes Olímpicos do clube, alguns números de público no NBB. O dirigente alega que o Rubro-Negro vinha tomando um baita prejuízo no Rio e, por isso, a proposta de transferir os jogos para o interior foi "irrecusável".

Braz explica que foram vendidos apenas cerca de mil ingressos juntando os jogos contra São José (188), Cetaf (328) e Saldanha da Gama (555). Bem, eu estive lá na partida contra o Cetaf e acho que havia bem mais que 328 torcedores nas arquibancadas. Mas é claro que o comparecimento da torcida tem sido pequeno.

Aliás, nesse aspecto, penso um pouco diferente da maioria. Acho que ninguém pode cobrar da torcida que compareça. Cada um tem o direito de ir ao ginásio quando quer, e não por obrigação de apoiar o time. Cabe aos dirigentes fazer do basquete um esporte novamente atrativo no Brasil, que leve a torcida ao ginásio de forma natural. E esse, claro, é um caminho longo.

Braz explicou também que o Maracanãzinho já não poderia mesmo ser usado nas semis e na final, por causa da reserva para o Holiday on Ice. Como discutimos o tema aqui ontem, achei que seria justo colocar a explicação dos dirigentes. Diante dessas novas informações, a caixinha continua aberta para a discussão.

CORPOS TROMBANDO




E o pau cantou na série entre Hawks e Heat. O jogo 5, na noite de quarta, foi repleto de lances ríspidos, faltas técnicas e jogadores saindo para o vestiário no meio da ação. Dwyane Wade já entrou em quadra com dores nas costas. Levou uma trombada de Josh Smith, bateu com a cabeça no chão, saiu para ser atendido, voltou, levou outro chaga-pra-lá de Solomon Jones, fez uma flagrante em Maurice Evans... enfim, noite difícil para o craque.

Mais difícil ainda porque ele perdeu o jogo por 106-91 e ficou
à beira da eliminação. Ainda acho, no entanto, que nada está decidido. Até porque a sexta partida será na Flórida, e o Atlanta pode ficar sem o pivô Al Horford, que saiu machucado na quarta-feira. A vantagem, claro, está com os Hawks, mas no balanço
das horas - e dos corpos trombando - tudo ainda pode mudar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Por motivos de força maior (também conhecidos como a famosa falta de tempo), não consegui acompanhar os jogos desta terça-feira. Vi
que o Portland adiou as férias batendo o Houston, ao contrário do San Antonio, que foi eliminado pelo Dallas. E a série entre Celtics e Bulls, pelo visto, teve mais um jogaço. O card vai para o herói desta partida. Paul Pierce registrou 26 pontos, acertou o arremesso que forçou a prorrogação e meteu outras três cestas no fim do período extra para garantir a vitória do Boston por 106-104. Agora, 3-2 para os campeões.

BOA INTENÇÃO x ORGANIZAÇÃO




Li ontem no Bala na Cesta a notícia - depois confirmada e divulgada pelo próprio clube - de que o Flamengo não vai mais jogar no Rio no NBB. A partida contra o Minas, na última rodada, e os duelos dos playoffs serão disputados em Macaé, fruto de uma parceria entre o clube e a Prefeitura da cidade, que cobriria o equivalente a mais duas folhas de pagamento. É mais uma ação da equipe do João Henrique Areias, que foi elogiado aqui outro dia. Desta vez, cabe uma discussão.

Por um lado, entendo que o Flamengo precisa pagar salários, e esta é mais uma saída encontrada para evitar os atrasos. Ótimo. Mas o preço esportivo desta vez pode ser caro demais. Vamos lá:

1) Uma das ações foi a venda das camisas do Fla-Basquete.
O torcedor compra a camisa e, dali em diante, tem um baita desconto no preço dos ingressos. É claro que muita gente entrou nessa com intenção de acompanhar os jogos do time pagando menos. Como fica esse povo? A torcida carioca que comprou a ideia agora fica a ver navios, e bem na hora do filé mignon.

2) Se você perguntar para os jogadores, é óbvio que eles querem receber em dia. Mas
eu duvido que o elenco ache melhor - esportivamente - disputar o mata-mata em Macaé em vez de usar o ginásio do Maracanãzinho. Por mais ajeitadinho que seja o ginásio no interior, não há comparação. No Rio, o time já tem todas as referências da quadra, as instalações, a comodidade de estar ao lado da família. Ou vocês acham que nada disso pesa na hora de uma decisão?

3) Não conheço o ginásio em Macaé, por isso não posso avaliar. Será que a LNB conhece? O quinto capítulo do regulamento do Novo Basquete Brasil tem uma interminável lista de exigências,
e um dos trechos é: "Somente poderão ser utilizados os ginásios
que forem previamente inspecionados pela LNB. [...] Iniciada a competição, não poderá haver troca de arenas pelas equipes.
"

A rigor, isso também vale para o jogo em Londrina e até para o Flamengo x Brasília desta sexta-feira no Nilson Nelson. O ginásio na capital federal é reconhecidamente bom, mas o piso, por exemplo, não é o que a LNB exige: "As quadras de jogo deverão apresentar piso de madeira, preferencialmente flutuante". O do Nilson Nelson não é sequer de madeira, quanto mais flutuante.

Cria-se aqui, portanto, um debate entre a boa intenção e a organização. Os motivos podem ser justos e nobres (de fato, são). Mas o que fazemos com o regulamento? Rasgamos?

terça-feira, 28 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Com 26 pontos, 15 rebotes, quatro assistências e três tocos nesta segunda, Lamar Odom brilhou no jogo 5 entre Lakers e Jazz. A vitória por 107-96, dentro da casa, encerrou a série em 4-1 e colocou o time de Los Angeles na próxima fase. Agora é esperar Houston ou Portland.

NOCAUTE




A definição do John Hollinger
no site da ESPN é perfeita: se fosse uma luta de boxe, já teria acabado. Realmente. Dentro de um ringue, não haveria quinto round para Nuggets e Hornets. Não depois do que aconteceu na segunda-feira. Um nocaute daqueles em que o adversário cai torto feito o Maguila contra Evander Holyfield e se mantém estatelado no chão por muito, muito tempo. Quem sabe até o início da próxima temporada.

Para quem não viu, o Denver ganhou o jogo 4 por surreais
121-63. Isso mesmo, 58 pontos de diferença. E dentro de Nova Orleans. Deu um show de basquete do início ao fim, liderado por Carmelo Anthony, com 26 pontos, sete passes e seis rebotes.

Do outro lado da quadra, o time da casa desceu ao fundo do poço sem cerimônia, com direito a atuação risível de Chris Paul, jogadores perdendo a cabeça de forma patética e, para coroar,
o ginásio ficando praticamente vazio ainda no terceiro quarto.



Por mais que eu continue achando Paul um craque de bola, agora não dá para escapar: o que aconteceu nesta segunda carimba negativamente a carreira de um jogador. Não anula os grandes feitos, e há o atenuante das dores no joelho, mas a mancha é inevitável. Em 36 minutos, ele fez quatro pontos, deu seis passes e cometeu seis desperdícios. A pior atuação da vida, é provável.

Quem viu a partida percebeu isso muito além dos números: Paul era um armador perdido, tonto, atabalhoado, com zero de habilidade, fazendo uma besteira atrás da outra. "Foi apenas um dia em que tudo deu errado", dirão alguns, com certa razão. Para apagar de vez esse dia, no entanto, só ressurgindo das cinzas e virando esta série para 4-3.

Acreditar nisso, a esta altura,
é o mesmo que torcer para o Maguila desentortar o braço, levantar do chão e embolachar o Holyfield. Contagem aberta...

O LUTADOR




Já que o clima é de boxe, aí está o Rocky Balboa do Atlanta Hawks - foi o próprio Zaza Pachulia, com direito a olho roxo, que evocou o famoso personagem para explicar o jogo 4 na noite de segunda-feira. O pivô saiu do banco e lutou um bocado embaixo da cesta, mas valeu a pena. Além de ter anotado 12 pontos e 18 rebotes, viu o Atlanta vencer em Miami por 81-71, empatando a série em 2-2. Agora o confronto volta para a Geórgia - e continua completamente indefinido. O amigo tem algum palpite? Diga aí...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Foram 36 pontos, 13 rebotes, oito assistências, duas roubadas, um toco e uma varrida. LeBron James engoliu o Detroit Pistons e mandou o rival para casa sem direito de resposta. Mais um Card do Dia para ele.

SAINDO FAÍSCA




Que série espetacular vai se desenhando entre Celtics e Bulls, hein! Eu até achei que os atuais campeões pegariam o embalo após a surra no jogo 3 e fechariam em 4-1, mas este domingo levou os times de volta ao terreno das partidas dramáticas. No sofrimento de duas prorrogações, a equipe do técnico-calouro Vinny Del Negro venceu por 121-118 e deixou o confronto empatado em 2-2.

Tudo bem que o jogo de ontem podia não ter prorrogação alguma se não fosse pelo erro infantil da defesa do Chicago no fim do quarto período - no espaço de dois segundos, Ray Allen apareceu sozinho duas vezes para chutar de três. Livre, recebeu a bola, chutou e empatou o placar. A resposta foi de Ben Gordon, que forçou mais um tempo extra.

E o que vale destacar mesmo é o belíssimo duelo na armação. Derrick Rose anotou 23 pontos, 11 rebotes, nove assistências
e algumas infiltrações incríveis nos momentos mais tensos. Ganhou a partida, mas perdeu por pouco a batalha individual com Rajon Rondo, autor de 25 pontos, 11 rebotes, 11 passes e apenas um desperdício (contra sete do rival mais jovem). O quinto encontro está marcado para terça-feira, em Boston. Mal podemos esperar.

QUINZE SEGUNDOS DE QUASE-FAMA




Chuck Hayes é um ala-pivô
de 25 anos e números quase insignificantes, que se tornaram ainda mais insignificantes neste ano, com os seus humildes 12 minutos e 1.3 ponto por noite. Depois de domingo, Hayes vai continuar sendo tão quase-anônimo quanto sempre foi até agora. Mas no íntimo ele pode abrir o sorriso e pensar: "Se o Houston finalmente passar do primeiro round dos playoffs, eu terei minha fatia nesse bolo".

Foi Hayes que, a 10 segundos do fim do jogo 4 entre Rockets
e Blazers, largou a marcação de LaMarcus Aldridge e deu três passos a jato para se posicionar fora do semicírculo do garrafão. Parou no meio do caminho que levaria Brandon Roy à cesta, cavou uma brilhante falta de ataque e impediu o empate do rival.

A vitória por 89-88 abriu 3-1 na série e, claro, teve heróis mais visíveis, como Yao Ming e seus 21 pontos e 12 rebotes, ou Ron Artest e suas nove assistências. Mas Hayes certamente foi dormir mais feliz. Mesmo relegado ao canto da foto, quase invisível.

MAIS RÁPIDO QUE O PENSAMENTO




Com o jogo empatado na Filadélfia, a bola nas mãos de Hedo Turkoglu, e os outros atletas do Orlando abertos na lateral, Thaddeus Young deve ter pensado: "Esse cara está arremessando mal na série, certamente vai infiltrar para, no mínimo, cavar uma falta". No que pensou e deu uma mísera recuada, o turco soltou a bomba de três e ganhou o jogo para o Magic. O arremesso heroico e a vitória por 84-81 colocam o time da Flórida de
volta no confronto, que agora está empatado em 2-2.

Stan Van Gundy amargou uma noite ruim de seus reservas, mas todos os titulares passaram dos 13 pontos, com destaque para Dwight Howard, que fez 18 e ainda pegou 18 rebotes. Resta saber agora se o Orlando vai manter a cabeça no lugar para o jogo 5, dentro de casa. Ou teremos uma nova montanha-russa?

domingo, 26 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Depois de tropeçar no jogo 3, Kobe Bryant calibrou a mira outra vez. O craque dos Lakers ignorou a torcida em Salt Lake City e teve uma daquelas atuações categóricas na vitória por 108-94. Com 38 pontos, seis rebotes e 16 arremessos convertidos (alguns incríveis) em 24 tentados, ele deixou a equipe de Los Angeles a apenas um passo da classificação para a semifinal do Oeste. Quem viu a partida pela TV percebeu que o sujeito estava com a faca entre os dentes. Quando
isso acontece, fica difícil para quem está do outro lado da quadra.

A ARTE DA LEVITAÇÃO


A imagem diz tudo. Com Dwyane Wade levitando desse jeito, não há Atlanta que o segure. O craque do Miami anotou 29 pontos e oito assistências na vitória arrasadora de sábado, por 107-78. Agora o Heat tem a liderança da série em 2-1 e mais um jogo em casa para tentar abrir uma bela vantagem. Ainda não dou o Atlanta como morto no confronto. Se os visitantes juntarem os cacos antes da quarta partida, muita água ainda pode rolar por baixo da ponte neste duelo. Resta esperar para ver os próximos capítulos.

A RESPOSTA DE CHRIS PAUL




Diante da torcida de Nova Orleans, Chris Paul finalmente deu sua resposta a Chauncey Billups. No jogo das 58 faltas (29 para cada lado), o armador veterano dos Nuggets não foi mal nos números, com seus 16 pontos, sete rebotes e seis passes, mas acertou apenas três de seus 10 arremessos
e finalmente cometeu o seu primeiro desperdício na série - para ser mais preciço, foram dois na tarde deste sábado.

Paul, sim, foi ótimo, com 32 pontos, 12 passes e cinco rebotes, apesar da meia dúzia de erros. Como disse na análise do último jogo, acho o garoto do New Orleans melhor que o camisa 7 do Denver. Nos dois primeiros jogos, ele levou um baile, como todo mundo viu. No terceiro, enfim acordou e comandou a apertada vitória por 95-93. Vamos ver se repete a dose na quarta partida.

DUAS ARMAS NÃO BASTAM




Desta vez, nem o termômetro Tony Parker funcionou. O francês brilhou com 43 pontos e quatro roubadas, mas, ajuda mesmo, só recebeu de Tim Duncan, com seus 25 pontos, 10 rebotes e sete assistências. Os outros jogadores do San Antonio, juntos, acertaram seis de seus 28 chutes. Resultado: mais uma vitória tranquila do Dallas Mavericks, por 99-90, abrindo 3-1 na série. Os 28 pontos de Josh Howard já empurraram os Spurs para a beira do abismo. Como o próprio Parker disse, "eles têm muito mais armas do que nós". Simples.

sábado, 25 de abril de 2009

FALA, LEANDRINHO




Um pouco antes de a bola subir para a fácil vitória do Flamengo sobre o Cetaf (89-68), na sexta-feira, Leandrinho apareceu na área de convidados do Maracanãzinho. Ao lado de amigos e da namorada (a atriz Samara Felippo, grávida de sete meses de uma menina), o ala do Phoenix Suns assistiu à partida, vestiu a camisa do Fla-Basquete e tirou um bocado de fotos com os fãs. Ao fim do jogo, desceu para a quadra, mas deixou o ginásio sem falar com Marcelinho e Baby, companheiros de seleção. Antes
de ir embora, Leandrinho bateu um papo rápido com o Rebote.

- REBOTE - A imprensa americana disse que você pode não jogar pela seleção por causa de uma lesão no abdômen. Como está isso?
- LEANDRINHO - Pois é, eu tive uma distensão abdominal, e ainda estou sentindo dores. Não sei o que vai acontecer.
Eu já estou fazendo alguns exercícios, mas preciso de descanso para me recuperar.

- Está mais para jogar ou não jogar a Copa América?
- Não dá para saber. Eu quero jogar pela seleção, mas hoje ainda não dá para saber o que vai acontecer. O Moncho foi até Phoenix, nós tivemos uma reunião muito boa. Conversamos e falamos tudo o que tínhamos para falar. Agora vamos ver.

- O que achou do jogo entre Flamengo e Cetaf?
- Eu vim para ver amigos como Baby e Marcelinho, conversei com o Jefferson. Foi o primeiro jogo do NBB que eu vi. Nos Estados Unidos não tenho muita informação sobre a liga. Pelo que eu percebi, o Flamengo está muito bem, é forte candidato ao título.

>>> "Eu quero jogar pela seleção, mas hoje ainda não dá para saber
o que vai acontecer" - Leandrinho


- Na NBA, a temporada foi dura para vocês. O que deu errado?
- É complicado, foi um ano difícil para todos nós. Na verdade, eu nem tenho condições de falar muito, porque fiquei mais fora do que dentro. Todo time tem altos e baixos, é normal. Este ano foi o nosso baixo, espero que o próximo seja o nosso alto.

- O técnico Alvin Gentry foi muito criticado. Ele vai continuar em Phoenix para a próxima temporada?
- Ah, tem que continuar, porque todo mundo gosta dele. Neste ano as coisas deram errado. Nós temos time para brigar pelo título e não conseguimos nem passar para os playoffs.

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Acho que aí vai mais um card polêmico. Pelo critério de ontem, poderia ser Thaddeus Young. Pelas atuações, poderia ser LeBron James, Dwight Howard ou um dos Andres (Miller ou Iguodala). Mas o critério de sexta-feira é uma equação que mistura atitude, experiência e boa produção concentrada. Joe Smith jogou apenas 19 minutos contra o Detroit,
mas foi fundamental com 19 pontos e 10 rebotes saindo do banco. De quebra, o ala-pivô de 33 anos ainda é rapper. É dele a música "One Goal", que vem embalando os Cavaliers nos playoffs.
Veja o clipe!

CADA UM COM SEU PLANO




A estratégia do Portland Trail Blazers para segurar Yao Ming deu certo de novo. Só que, desta vez, o Houston também tinha suas cartas na manga. Com Ron Artest e Shane Battier em cima de Brandon Roy, o time do técnico Rick Adelman freou a principal peça ofensiva do rival e arrancou uma vitória suada em casa por 86-83, retomando a liderança na série: 2-1.

Adelman limitou Roy a 19 pontos (6/18 arremessos) e só contou com sete pontos de Yao, mas viu Battier (16 pontos) e Luis Scola - o homem da foto - cuidarem do ataque. O ala-pivô argentino foi o cestinha dos Rockets, com 19 pontos e nove rebotes. O triunfo deixa o Houston em situação de vantagem para, finalmente, passar da primeira rodada dos playoffs. Será que agora vai?

VASSOURA A CAMINHO?




Não tenho nenhuma dúvida de que, um dia, alguma equipe vai virar uma série de playoffs após perder os três primeiros jogos. Definitivamente, não será este Detroit Pistons. Atuando em casa, o time do técnico Michael Curry até lutou durante três quartos, mas bastou LeBron James entrar em ação no último período para o Cleveland Cavaliers garantir a vitória por 79-68. Mesmo irritado com a arbitragem, o craque dos Cavs anotou 25 pontos, 11 rebotes, nove assistências, três roubadas e dois tocos. Agora, está a um passo de varrer o rival.

Vale destacar ainda a atuação do veteraníssimo Joe Smith - ídolo máximo do amigo Alexandre Cossenza, que às vezes aparece aqui na caixinha. O ala-pivô está ali em cima, no Card do Dia. Será que o Cleveland fecha a tampa em 4-0? Ou o Detroit ainda tem fôlego para ganhar pelo menos unzinho e salvar a honra?

QUEM TEM MAIS CABEÇA?




Thaddeus Young anotou apenas seis pontos contra o Orlando Magic na sexta-feira, mas o que ele fez a dois segundos do fim não se faz toda hora. Após tentar uma infiltração, o ala quase perdeu a bola e se viu embaixo da cesta, de costas para a linha de fundo, marcado por ninguém menos que Dwight Howard. Do nada, o garoto do Philadelphia deu um giro rápido sobre o gigante e fez a bandeja da vitória por 96-94 (o lance é este aí da foto). Agora os Sixers lideram a série por 2-1 e têm pela frente mais um jogo no Wachovia Center.

Tudo bem que a campanha do Orlando fora de casa nesta temporada é melhor que a do adversário em casa. Nos playoffs, contudo, isso parece não significar muito. No primeiro jogo diante de seus torcedores, os 76ers trataram de manter ao seu lado a vantagem psicológica do confronto. É preciso ressaltar que, desta vez, foi o Philadelphia que quase desperdiçou uma vantagem de 17 pontos. No ano passado, este mesmo time começou bem e deixou a peteca cair contra o Detroit Pistons. E agora, como será?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Durante o jogo 3 contra os Lakers, Deron Williams só fez três cestas. E a terceira valeu a sobrevivência do Utah Jazz nos playoffs. Com um arremesso (este aí da foto) a 2.2s do fim, o armador do Jazz garantiu a vitória por 88-86 e tirou do rival a chance de abrir 3-0 no confronto. A rigor, Carlos Boozer jogou bem melhor que Williams - anotou 23 pontos e 22 rebotes, coisa que só Malone fez pelo Utah em playoffs. Mas o card nem sempre vai para o melhor. Às vezes, vai para quem vira herói.

QUE TIME ERA AQUELE DE PRETO?




O Dallas Mavericks entrou em quadra na noite de quinta-feira realmente disposto a não abrir mão da vantagem do mando de quadra. O resultado de tanto esforço se mede pelos números do San Antonio Spurs no jogo: 67 pontos (pior marca do time em playoffs), apenas quatro de Tim Duncan, 32% no índice de arremessos e 2/17 nas bolas de três. A vitória por 88 a 67 foi tão acachapante que, logo nos minutos iniciais do terceiro período, Gregg Popovich tirou Duncan e Parker, que não voltaram mais. Era uma causa perdida.

Tamanha humilhação seria impensável há algum tempo, mas hoje o San Antonio é um time muito mais frágil do que era. Por um lado, ainda mostra lampejos de força e não deve ser descartado por ninguém. Por outro, ainda mais sem Ginobili, é plenamente capaz de descer a tal nível no fundo do poço. Se mantiver esse comprometimento defensivo e essa mão certeira de Dirk Nowitzki (8-12, 20 pontos), o Dallas vai dar férias ao rival daqui a pouco.

BATEU UMA SENHORA VENTANIA




A Cidade do Vento sofreu na noite de quinta-feira com um furacão verde. Do início ao fim do jogo 3, o que se viu foi um Boston agressivo e um Chicago completamente perdido. O time da casa cometeu incríveis 22 desperdícios, 16 deles em bolas roubadas pelo rival, e não foi nem sombra do elenco valente que fez bonito no início da série. Nessas horas você percebe não se deve menosprezar o atual campeão, ainda que Kevin Garnett esteja em trajes de passeio.

Para o Boston, a vitória por 107-86 vai muito além de recuperar
a vantagem do mando de quadra. Serve também para dar moral
a Paul Pierce, que finalmente jogou bem com 24 pontos e para mostrar que o substituto de KG pode aprontar das suas. Afinal, Glen Davis anotou 14 pontos, nove rebotes, seis assistências, seis roubadas e três tocos. Do outro lado, Derrick Rose, o (ótimo) calouro do ano, cometeu sete desperdícios e acertou apenas quatro de seus 14 arremessos. Se vira aí, Vinny Del Negro...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

PLAYOFFS DA NBA - O CARD DO DIA



Após uma atuação abaixo da crítica no jogo 1, Dwyane Wade voltou
a brilhar. O craque comandou o Miami com 33 pontos, sete passes e cinco rebotes na vitória por 108-93 na quarta-feira. Com isso, o Miami empata o confronto com o Atlanta e lhe rouba a vantagem do mando de quadra. Wade emplacou 13 pontos seguidos no fim do primeiro tempo e acertou uma improvável cesta de três nos momentos decisivos (usando a tabela por engano, como ele próprio admitiu). Foi o balde de água fria na reação dos Hawks, que tinham cortado para cinco a diferença de 18.

SEM PIEDADE, COM PATROCÍNIO




Qual será a diferença entre o melhor e o pior time do NBB? Cinquenta pontos, pode ser? Foi o que o Flamengo, líder do NBB, enfiou goela abaixo do lanterna Saldanha da Gama:
99-49 na noite de quarta-feira. Piedade? Nenhuma. Em seu centésimo jogo com a camisa do Rubro-Negro, Marcelinho economizou nos chutes de três (2/3) e brilhou com 27 pontos, oito rebotes e sete assistências.

Brasília, Minas e Joinville também venceram na nona rodada do returno. Derrotaram, respectivamente, Pinheiros (78-76), Cetaf (101-70) e o instável Franca (79-59). O quarteto vai abrindo vantagem para o restante da tabela e já começa a garantir
o privilégio de ter mando de quadra no início dos playoffs.

Voltando ao Maracanãzinho, a melhor notícia da noite para o Flamengo não foi a vitória arrasadora, e sim o que veio depois dela: o anúncio de um novo patrocinador. A Cia do Terno, que também investe no vôlei, vai pagar aos cariocas
R$ 400 mil - o equivalente a duas folhas salariais - até o fim do NBB. Somam-se a isso as camisas do Fla-Basquete e a venda de jogos para outras cidades (Fla x Assis, que sobrou do primeiro turno, será disputado no dia 3 de maio, em Londrina, no Paraná).

A nova administração de João Henrique Areias (à esquerda na foto, com Marcelinho e o presidente da Cia do Terno) ainda tem dois meses de salários atrasados para pagar, mas já avançou muito no caminho para tirar a equipe do buraco. Aos poucos, o clube prova que, trabalhando direito, é possível encontrar saídas.

BILLUPS SEGUE DANDO AULA




Aos 23 anos, Chris Paul já me parece ser um jogador melhor que Chauncey Billups, de 32. Tanto que, quando eu tirei o garoto e coloquei o veterano no primeiro time da temporada, deixei claro que era uma licença para homenagear a evolução do Denver. A questão é que, na série entre Nuggets e Hornets, Billups está dando aula. Após a bela exibição no jogo 1, ele repetiu a dose na quarta-feira e despejou 31 pontos na fácil vitória por 108-93, abrindo 2-0.

Na primeira partida, Byron Scott botou Rasual Butler para marcar Billups. Na segunda, mudou os planos e entregou a missão a Paul. O líder do Denver engoliu os dois. E o mais impressionante: sem cometer um desperdício de bola sequer até agora na série. Se vai estender sua aula aos próximos jogos, fora de casa, aí
já é outro papo. Mas até agora, o dono da bola é o camisa 7.