quinta-feira, 12 de agosto de 2010
PAPO DE MUNDIAL – COACH K
Direto de Nova York >>> Olhando rápido, nem dá para notar que o sujeito, além de campão olímpico, é um ícone do basquete universitário americano. Baixinho, com o cabelo impecavelmente arrumado, simpático e paciente para responder cada pergunta, assim é Mike Krzyzewski. O que o treinador americano tem de complicado no sobrenome tem também de simples na fala. Na manhã de quinta-feira, ele esteve num palco das artes, o Radio City Music Hall, em Nova York, para a abertura do Nike World Basketball Festival. Na conversa com jornalistas da América Latina, consegui fazer algumas perguntas para o técnico, que respondeu sem pressa e com bom humor.
- REBOTE - Você criou e participou desde o início deste processo de redenção da seleção americana, que culminou com o ouro nas Olimpíadas de Pequim. Já dava para imaginar que, depois daquela campanha vitoriosa, seria difícil manter o grupo para o Mundial da Turquia?
- MIKE KRZYZEWSKI - Eu não fiquei surpreso. Trabalho com jogadores da NBA, que enfrentam temporadas de 100 jogos, lesões, questões de família, de contrato, isso acontece. Eu já imaginava que a maioria dos caras não estaria no Mundial. E não sei quantos vão jogar as Olimpíadas de 2012. Mas eles já serviram à seleção. Mesmo que não voltem a servir, não são caras maus por causa disso, são caras bons. Estou tranquilo com qualquer decisão deles.
>>> "Se queremos vencer, em vez de termos um ou dois reboteiros, vamos precisar ter vários nomes contribuindo"
- O seu maior desfalque é no garrafão. Como vai resolver esse problema?
- Pois é, não temos caras grandes. Quanto você mede? Não quer ser um pivô nosso? [risos] O time vai ser baixo. É certamente um time orientado para o perímetro, o que pode nos deixar vulneráveis. O rebote vai ser uma questão chave. Quando começamos o treinamento, tínhamos Amare Stoudemire e David Lee, dois ótimos reboteiros e pontuadores. Em 24 horas, perdemos os dois.
- Como, então, resolver a questão dos rebotes?
- Se queremos vencer, em vez de termos um ou dois reboteiros, precisamos ter vários contribuindo. É uma equipe de estilo muito diferente da que tivemos em Pequim. Mas temos que tentar não acentuar nossas fraquezas, e sim nossas virtudes.
- E quais são essas virtudes?
- Temos jogadores bons, que estão empolgados em defender o país. Eles trabalham muito duro. Atitude, entusiasmo, porte atlético, todas essas são nossas virtudes. Então prefiro falar das vantagens que temos e não deixar nossos adversários aproveitarem nossas fraquezas durante o campeonato na Turquia.
- Qual a sua expectativa pelo confronto com o Brasil na primeira fase?
- Barbosa, Nenê, Varejão, Splitter... são todos jogadores de primeira linha. O Brasil terá um time experiente no Mundial, enquanto o nosso terá um monte de caras jovens. Vamos ver como eles se comportam no cenário internacional. Nossos jogadores são talentosos, mas não são muito altos. O Brasil é muito grande, nós não somos tanto.
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11 comentários:
Otima entrevista, parabens.
Tem algum jogador de Duke entre os convocados americanos? Seria interessante saber como e treinar um deles milionario depois de comandar um estudante-atleta.
O amistoso contra China vai ser televisionado?
Quero ver o jogo do brasil, acho q nao vai ser televisionado, mas deve passar na internet, so nao sei onde
algum link para o amistoso contra a china????
nm na internet acho que esta passando, ja procurei um monte.
também tô tentando achar algum...
até na cctv tv do governo chines eu procurei e nos canais de esporte esta passando o atp de toronto e golf
Amigos, zero chance de esse jogo ser televisionado. A imprensa brasileira inteira está aqui na porta do ginásio da Universidade de Columbia, barrada. Um monte de gente entra, alunos da universidade entram, mas o jogo-treino é fechado à imprensa.
A explicação oficial é que, em cima da hora, o técnico da China (o americano Bob Donewald) resolveu só liberar imprensa na última meia hora.
Não tem câmeras lá dentro, que dirá transmissão ao vivo.
Mais tarde volto para dar notícias.
Abraços!
valeu Rodrigo pelo aviso.
Rodrigo e Lamar Odom. Uma dupla que impõe respeito no garrafão americano.
Será que o técnico da China andou tendo aulas na Coréia do Norte. Vai apanhar de todo mundo (tomou quase 40 pontos do Canadá anteontem) é quer esconder jogo. Dá licença, depois o Magnano que é o cri cri. Pelo menos espero que o treino seja bom, que joguem umas três horas.
Legal ter visto os posts no Twitter, Rodrigo. A entrevista tá bem legal, assim como a cobertura como um todo.
Quanto aos posts do Twitter, uma coisa legal e outra terrível: Lucas Bebê jogando? Conta mais como foi Rodrigo! A má vem do preço da camisa do Brasil... R$180,00??!! Tá de brincadeira a Nike...
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