sábado, 28 de fevereiro de 2009

DANÇA DOS NÚMEROS


45


Foram os pontos de Shaquille O`Neal contra o Toronto, além dos 11 rebotes. E foi ontem, amigos, não há 10 anos. É a melhor performance de Shaq em seis temporadas, e a primeira vez que o Phoenix vence sem Nash e Amare desde a renovação em 2004.


8


Esses são os pontos de Stephon Marbury na estreia pelo Boston, feitos em apenas 13 minutos, sendo que seis deles vieram numa sequência fundamental de 9-0 no quarto período, para garantir a vitória sobre o Indiana. O começo foi bom. Vamos aguardar.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TRÊS PONTOS, DA NBA AO NBB




1) O New York Times já banca a ida de Stephon Marbury (foto) para o Boston Celtics. Boa sorte aos campeões. Ainda acho mais fácil acreditar que o "astro" vai ficar bonzinho ali na reserva do Rajon Rondo do que vislumbrar seu comprometimento com o sistema defensivo do Doc Rivers. O próprio NY Times levanta um histórico sintomático: os times que dispensaram Steph sempre evoluíram no ano seguinte. Com o perdão da piada, Starbury anda muito mais pra bury (enterrar) do que pra star (estrela).



2) O Minas de Murilo (foto) precisava ganhar por oito pontos de diferença, mas perdeu para o Quimsa por 96-90 e foi eliminado da Liga Sul-Americana. A missão de ontem, diante de um ginásio lotado na Argentina, era mesmo complicada. Mas fica a sensação de que a história poderia ser outra se não fosse aquela pane no quarto período contra o Regatas. O Final Four, ainda sem sede definida, terá Quimsa, Regatas, Flamengo e Cúcuta Norte.



3) Hoje à noite tem rodada dupla do NBB na televisão. Às 19h, vou comentar no SporTV o primeiro jogo, em que o Brasília de Alex pode assumir a liderança do torneio se bater o Limeira (sem Nezinho, por causa da lesão da foto) na casa dos campeões paulistas. Na sequência, às 21h, tem Fla x Lajeado, no Tijuca.

AINDA SOBRE PUNIÇÕES




Sei que para muitos o assunto é chato, mas diante do debate na caixinha, preciso voltar a ele, mesmo correndo o risco de ser mal interpretado de novo. O regulamento do NBB prevê suas penas com base no confuso Código de Justiça Desportiva. Se o atleta é enquadrado em "agressão física", a pena mínima é de 120 dias,
o que no caso do Espiga, cá entre nós, seria um exagero (ok,
vai ter gente dizendo que agora eu faço campanha para ele).

Entre as penas previstas no código, a que me parece mais adequada (suspensão de uma a três partidas e multa) está sob "ato de hostilidade contra adversário ou companheiro de equipe". O texto também prevê 2 a 10 jogos de gancho e multa para quem "participa de rixa, conflito ou tumulto durante a partida", e aí podem entrar outros personagens, como o próprio Mortari e o povo que arrumou confusão no Brasília x São José.

O problema é que, a rigor, o caso do Espiga me parece mais de "agressão" do que de "ato hostil". O absurdo é a disparidade entre as penas - fica um abismo entre o máximo de três jogos do "ato hostil" e o mínimo de quatro meses da "agressão". Por causa do Código caduco, vemos as cenas ridículas no futebol, com atletas denunciados em um artigo e "rebaixados" para outro.

O ideal seria que a própria Comissão Disciplinar da LNB decidisse a pena, sem a necessidade de denúncia e sem se basear no Código, em sistema parecido com o da NBA. Não sei se é viável juridicamente, mas seria o mais justo na minha opinião. Você, claro, tem todo o direito de discordar. Portanto, vá à caixinha.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A NOITE DE QUARTA




Com ótimo público no ginásio do Tijuca, Flamengo e Joinville fizeram um bom primeiro tempo na noite de quarta-feira. Na volta do intervalo, Jefferson Sobral, cestinha do time catarinense, saiu com dores nas costas, e o resto do elenco sentiu o cansaço.
O Rubro-Negro, que não tinha nada com isso e também lutava contra o desgaste, conseguiu se impor e arrasou o líder do NBB.

Baby / Foto: Local-Divulgação

A vitória por 105-83 confirma que o Fla tem time para lutar pelo bi, só precisa controlar melhor seus altos e baixos durante os jogos - no primeiro tempo, chegou a levar uma série de 10-0.

Marcelinho / Foto: Local-DivulgaçãoEm sua estreia no Rio, Baby fez um primeiro quarto ruim, mas acordou e terminou como um dos destaques do jogo, com 24 pontos, 11 rebotes e um ótimo trabalho em cima de Shilton. Marcelinho (foto) foi o cestinha, com 26, Hélio e Duda também se destacaram. A bela noite
no Tijuca teve como um ponto negativo a pane no placar, que zerou ao fim do terceiro quarto, quando o Fla vencia por 80 a 63. Só conseguiram consertar o lado de Joinville, que iniciou o último período com 63 a 0. É uma pena que questões financeiras e logísticas impeçam que as partidas sejam no Maracanãzinho.

Ao fim do jogo, conversei com Espiga, que cumpriu suspensão automática. Ele admite o erro no episódio com Cláudio Mortari e diz que sua maior punição foi o mau exemplo para o filho de 4 anos. O armador só alega que não tem histórico de indisciplina e não quer virar bode expiatório no caso de a LNB aplicar uma punição exemplar. Neste ponto, tem razão. A possível punição deve se ater ao fato - e sobre o fato, continuo achando que, apesar das provocações, o jogador cometeu um erro grave.

Falando em confusão, infelizmente tivemos mais uma na quarta. Na vitória do Brasília sobre São José, o pivô Mineiro, líder do NBB em aproveitamento de arremessos, fez falta agressiva em Telmo, brigou com os árbitros, foi expulso e saiu chutando placas. O jogo ficou paralisado por 20 minutos, em mais um episódio lamentável. No vídeo abaixo, imagens do tumulto e lances de Fla x Joinville.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

VALE POR UM TIME INTEIRO


Cleveland e Memphis se enfrentaram na terça-feira, e agora eu vejo no blog True Hoop dados que tornam real aquela imagem
do jogador que é melhor que o time rival inteiro. A apresentação
da partida mostrava os líderes dos Grizzlies nos principais fundamentos. LeBron James, sozinho, supera cada um deles.

- Pontos: O.J. Mayo 19.4, LeBron 28.7
- Rebotes: Marc Gasol 7.1, LeBron 7.4
- Assistências: Mike Conley 3.7, LeBron 7.1
- Roubadas: Rudy Gay 1.4, LeBron 1.8
- Tocos: Darko Milicic 1.1, LeBron 1.2

No jogo, ele nem precisou ser tão brilhante e registrou "apenas" 15 pontos, oito passes, cinco rebotes e um toco. Para o gasto.

QUARTA DE CINZAS E ESPERANÇA


João Marcelo Leite / Divulgação LNB

Quem viu na televisão há de concordar: os dois jogos que abriram a rodada de carnaval do NBB foram muito fracos. Na segunda-feira, o Paulistano de João Marcelo Leite (foto) bateu o Saldanha da Gama numa partida em que os desperdícios de bola (49) passaram do dobro das assistências (23). Na terça, Araraquara x Bauru foi um pouco melhor, mas também teve momentos muito ruins, e o pior deles foi uma paralisação de 15 minutos por causa de goteiras no ginásio. Em seguida, o armador Neto levou um preocupante escorregão ao tentar uma bandeja.

Abrindo um parêntese para a Liga Sul-Americana, a noite de terça foi triste. O Minas jogou bem e poderia ter vencido o Regatas Corrientes na Argentina, mas entregou o ouro com uma pane no quarto período e permitiu a prorrogação. No segundo período extra, com três pivôs eliminados por faltas (Murilo, Ricardo e Leandro), a equipe brasileira não resistiu aos rivais. Uma pena.

Baby / Divulgação LNBVoltando ao NBB, espero que a coisa melhore hoje à noite, às 20h, quando o líder Joinville visita o Flamengo, que joga pela primeira vez em casa após cinco partidas na estrada. Dá até para crer em arquibancada cheia no Rio e, dito isso, não posso deixar de registrar um certo temor com a proximidade de três torcidas diferentes em períodos tão próximos - às 22h, no Maracanã, a 2km do Tijuca, Fluminense e Botafogo fazem a semifinal da Taça Guanabara.

Em todo caso, vou ao ginásio e espero que a Quarta-feira de Cinzas traga alguma redenção para o carnaval da bola laranja.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A CIDADE QUE RESPIRA BASQUETE


Em Franca, até as cestas de lixo remetem à bola laranja, e as crianças não sonham apenas com gols, mas com enterradas.

NO CESTAS DE ONTEM:


Veja os 10 melhores buzzer-beaters da história e diga: em que lugar entra a bomba salvadora de Devin Harris? Corra para lá!

INCRÍVEL, FANTÁSTICO, SURREAL!


Na noite de segunda-feira, antes de desligar o computador e encerrar o expediente no plantão da redação, resolvi dar uma olhada rápida nos jogos da NBA. Vi que o Philadelphia ganhava do New Jersey por 96-95 a 1.8s do fim e resolvi abrir o boxscore. Eis que, de repente, o relógio estava zerado, com 98-96 para
os Nets. Opa. Algo tinha acontecido. No vídeo abaixo, o "algo":



A cesta milagrosa de Devin Harris entra para a história como um dos melhores buzzer-beaters de todos os tempos. Como se não bastasse a dificuldade de acertar um tiro desses do meio da quadra, o armador dos Nets ainda perde a posse de bola antes do arremesso. Sem contar que ele anotou 39 pontos e oito assistências. É uma noite para ser lembrada por muito tempo.

Ah, só para registrar, este é o post número 1.000 do Rebote desde que ele migrou para esta nova versão em blog (outubro de 2007). Merecia mesmo uma ocasião especial, né? Agradecemos a Harris.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A AGRESSÃO


Alfredo Lauria, do Draft Brasil, colocou no YouTube o episódio em que Espiga, armador de Joinville, agride o técnico Cláudio Mortari com um tapa no rosto. Continuamos esperando que, logo após o carnaval, a Comissão Disciplinar da LNB tome as providências.

NÚMEROS DIGNOS DE JORDAN?


O plantão de carnaval na redação, em geral, não tem nada de muito emocionante. Diante do ócio no domingo à noite, eu e o bravo Alexandre Cossenza - torcedor fanático do Chicago Bulls - resolvemos investigar a declaração de Steve Nash: na frieza
das estatísticas, será que os números de Leandrinho contra o Oklahoma City Thunder são mesmo "dignos de Michael Jordan"?



Em busca da resposta, consultamos cada um dos 1.251 jogos do craque, em 15 anos de carreira. E achamos duas partidas em
que ele supera a noite iluminada do brasileiro em pontos (41), assistências (7), rebotes (7) e roubadas (6). Por coincidência, vejam só, as duas noites estão separadas por apenas 12 dias.

- 3 de janeiro de 1989, em Chicago
- Vitória sobre o LA Clippers na prorrogação (126-121)
- 41pts, 11ass, 10reb, 6rou

- 15 de janeiro de 1989, em Chicago
- Vitória sobre o Boston Celtics (110-104, sem Larry Bird)
- 42pts, 11ass, 9reb, 8rou

O problema é que as duas primeiras temporadas de Jordan e os jogos de playoffs até os anos 80 não registram estatísticas de roubadas. Descobrimos outras nove partidas em que ele anota pelo menos 41 pontos, sete assistências e sete rebotes. Terá
o homem roubado seis bolas em algum desses jogos? Não sei.

Qualquer comparação qualitativa entre Jordan e Leandrinho, claro, é motivo para enfiar o indivíduo numa camisa-de-força.
Mas não deixa de ser interessante notar que, nas estatísticas disponíveis, os registros do brasileiro contra o Oklahoma só foram superados duas vezes pelo melhor jogador da história.

OS 61 PONTOS DO CARTEIRO


Eu ainda não tinha visto o vídeo que o Daniel colocou na caixinha, com todos os 61 pontos do Karl Malone contra o Milwaukee Bucks em 1990, a melhor marca ofensiva do Carteiro. É realmente muito impressionante o que ele faz nessa partida. Vale a pena conferir:

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ESSES ADOLESCENTES...




Você se lembra de Ken Mink? Pelo nome, provavelmente não. Ele é o vovô de 73 anos que ficou famoso há alguns meses por ser o atleta mais velho do Junior College dos Estados Unidos, atuando por Roane State. Lembrou agora? Pois
o homem foi impedido de continuar jogando, e a decisão não tem nada a ver com a idade, mas com uma bobeada dentro da sala de aula. O problema é que Mink foi reprovado em Espanhol e, com isso, acabou vetado pela Associação Atlética.

Mink alega que tudo não passa de um grande mal-entendido e explica que, na verdade, recuperou todas as aulas, mas em outra faculdade. Em todo caso, o imbroglio administrativo está formado. Será que ele vai ser forçado a se aposentar tão novo?

QUESTÃO DE DISCIPLINA




No início do ano, o presidente da Liga Nacional de Basquete, Kouros Monadjemi, disse em entrevista aqui no Rebote:

"Aprovamos um regulamento rígido a ponto de multar atletas por indisciplina e determinar suspensões. Isso vai ser colocado em prática. Quem cometer indisciplina será severamente punido."

Está aí a primeira grande chance. No sábado, quando Joinville recebeu o Pinheiros e venceu para recuperar a liderança do torneio, o armador Espiga, do time da casa, se envolveu num tumulto na quadra e deu um tapa/empurrão no rosto do técnico adversário, Cláudio Mortari. Foi expulso na hora pelo árbitro.
E agora? Ele vai ser multado? Vai pegar um gancho maior que
a suspensão automática de um jogo? Com a palavra, a LNB.

BARKLEY, DUNCAN OU MALONE?


O debate sobre o melhor ala-pivô de todos os tempos ferveu nas caixinhas. Como não dá para ficar em cima do muro, eu também já fiz a minha escolha. Quer ver? Vá até o Cestas de Ontem.

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "O que eu posso dizer? Foram números dignos de Michael Jordan!"

STEVE NASH, sobre a atuação de Leandrinho na sexta-feira.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O CARNAVAL DE LEANDRINHO




Como se sabe, a porteira está aberta em Phoenix. Desde que Alvin Gentry substituiu Terry Porter, já são três jogos com pelo menos 140 pontos. Na sexta-feira, a notícia da lesão na retina de Amare Stoudemire tinha tudo para botar água no chope e quebrar a onda de otimismo. Só faltou a nuvem negra entrar em acordo com Leandrinho. O brasileiro voou em quadra e cumpriu sua melhor atuação em seis anos de NBA, com 41 pontos, sete assistências, sete rebotes, seis roubadas e cinco tiros certeiros da linha de três em sete tentativas. Em resumo, foi simplesmente monstruoso.

É claro que ele precisa agradecer a Gentry, que foi ousado e o escolheu para substituir Amare no quinteto titular, em vez de lançar um homem de garrafão (ok, Lopez e Amundson não chegam a animar). Mas Gentry também precisa agradecer a Leandrinho, que vem jogando bem melhor nas últimas partidas.

A campanha do novo técnico é ótima, mas convém lembrar que os adversários foram Clippers (duas vezes) e Thunder. No domingo, o Phoenix recebe o Boston Celtics. Mesmo sem Kevin Garnett, qual a chance de os atuais campeões tomarem 140 pontos?

INTERVALO MILAGROSO




Franca e Limeira fizeram o primeiro tempo mais medonho que eu me lembro de ter visto ultimamente no basquete - qualquer basquete. Foi um festival de lambanças infantis, chutes desesperados de três, decisões equivocadas a todo instante. Aí veio o intervalo e - sabe-se lá que água aqueles caras tomaram - tivemos um segundo tempo muito bacana de assistir. Ainda com erros, mas com muitos acertos e, principalmente, emoção de sobra.

A reedição da final do Paulista teve, logo no início do terceiro quarto, o drama de Nezinho, que pisou no pé de Rogério ao tentar um arremesso (de três, claro) e sofreu uma grave lesão
no tornozelo direito. Por ironia, Limeira melhorou a partir dali, e
o placar ficou equilibrado. Franca poderia ter vencido no tempo normal, mas Rogério só acertou um dos três lances livres que cobrou, e a partida acabou indo para a prorrogação.



No período extra, Shamell deixou tudo igual a 10 segundos do fim. Coube a William Drudi - ótimo jogador que vinha em atuação irregular - matar a bola da vitória, com dois segundos no relógio. Com o 86-84, a torcida soltou o grito engasgado desde a decisão do Estadual, quando Limeira venceu duas vezes no Pedrocão.

Mais que isso, Franca chega a cinco vitórias no NBB, mesmo com os desfalques de Helinho e Márcio Dornelles. Limeira, que cumpre campanha irregular, passa a rezar para Nezinho voltar logo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DÚVIDAS NO REENCONTRO


Rogério / Foto: Tânio Marcos (Divulgação)

Franca e Limeira se encontram logo mais, às 19h, pela primeira vez desde a final do Paulista.
O palco, na 7ª rodada do NBB, é o ginásio Pedrocão, onde Limeira roubou duas vitórias e se tornou campeão estadual. Só não dá para dizer que é uma reedição 100% porque, de lá para cá, os dois finalistas têm mergulhado em problemas.

Os francanos vão ficar quase dois meses sem Helinho, com uma lesão na mão, e ainda não podem contar com Márcio Dornelles, com problemas musculares. Ainda assim, a equipe faz uma boa campanha: só perdeu uma vez e venceu quatro - na última, contra São José, o veterano Rogério (foto) meteu 33 pontos.

Nezinho / Foto: DivulgaçãoLimeira, alegando cansaço, ainda não conseguiu engrenar boas atuações no NBB. Em seis jogos, são três vitórias e três derrotas, numa caminhada cheia de altos e baixos. Na penútima rodada, o time de Nezinho (foto) quebrou a invencibilidade do Flamengo, mas logo em seguida tropeçou na casa do Araraquara.

A rodada mais uma vez não terá o Fla, que ontem à noite perdeu para o Cúcuta Norte, na Colômbia, mas ainda assim se classificou para o quadrangular final da Liga Sul-Americana. Sem o Rubro-Negro, o cenário fica perfeito para os dois primeiros colocados do NBB, que jogam em casa e enfrentam rivais em situação delicada: às 20h, o vice-líder Minas (4-2) pega o lanterna Assis (2-2, com dois jogos a menos). No sábado, às 12h, o líder Joinville (5-1) recebe o Pinheiros (1-5).

CRISE LÁ, CRISE CÁ




Da NBA ao NBB, o dinheiro está em falta. A crise de lá, claro, é novidade, a reboque do furacão que anda varrendo as finanças em todo o planeta. A de cá se agravou, mas não é novidade nenhuma, fruto de administrações ruins em todas as esferas. No caso específico do basquete, a grande diferença está nos mecanismos de defesa.

Nos Estados Unidos, a NBA colocou à disposição dos times um montante US$ 175 milhões para empréstimos (15 das 30 equipes se inscreveram para usar a grana). No Brasil, a Ulbra fechou o time de basquete, que está inscrito no NBB, mas não disputa esta primeira edição. Neste caso, não há socorro disponível para melhorar o cenário.

Em tempos de crise, o maior desafio da Liga Nacional de Basquete é correr atrás de patrocínios que a transformem numa instituição de defesa dos clubes. É claro que, por aqui, ninguém espera empréstimos de US$ 175 milhões, mas já será um grande alívio se a Liga cumprir, em breve, a promessa de bancar gastos de transporte, hospedagem e taxas de árbitros, por exemplo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O MELHOR ALA-PIVÔ DA HISTÓRIA




Charles Barkley? Tim Duncan? Karl Malone? Quem é o melhor
ala-pivô da história da NBA? O Cestas de Ontem apresenta dados sobre os três principais candidatos e pede sua opinião.
A escolha não é nada fácil. Vá até lá e defenda o seu eleito!

DESFECHO CONSTRANGEDOR




Que lambança esse caso do Tyson Chandler, hein. O pivô teve seus exames médicos rejeitados pelo Oklahoma City Thunder, que identificou algum problema físico de longo prazo. Ou seja, está de volta ao mesmo New Orleans Hornets que o dispensou para aliviar problemas salariais. É um clássico do constrangimento esportivo. No fim das contas, pegou mal para todas as partes envolvidas.

O Thunder recebe de volta Joe Smith e Chris Wilcox, cujas saídas tinham sido comemoradas. Os Hornets reativam sua bomba-relógio financeira e, de quebra, recolocam em suas fileiras um pivô com o rótulo de "bichado". Chandler, que já não vinha bem na temporada, agora inclui no currículo o fato de não servir para o Oklahoma City. Difícil saber quem ficou pior nessa história.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

OS NÚMEROS DO SUPER-HOWARD


Depois de decepcionar no torneio de enterradas do All-Star, Dwight Howard voltou para casa e brindou a sua torcida com
uma atuação histórica. Na terça, o Orlando venceu o Charlotte
por 107-102, na prorrogação, e ele fez simplesmente isso:


45 pontos, 19 rebotes, 8 tocos.



Desde que a NBA começou a registrar estatísticas de tocos, na temporada 1973-74, nenhum jogador conseguiu atingir uma combinação como essa. D-12 pode ter decepcionado no fim de semana, mas só precisou de dois dias para retomar sua condição de Super-Homem - e, desta vez, nem precisou vestir a capa.

ABRIRAM A PORTEIRA


Alvin Gentry / Foto: Reprodução

Terry Porter foi embora, Alvin Gentry (o cara da foto) soltou as amarras, e o Phoenix Suns meteu 140 pontos na noite de terça-feira. Solucionados os problemas? Claro que não, por vários fatores. Primeiro porque o adversário era o Los Angeles Clippers, e ainda sem Marcus Camby, lesionado, e sem Zach Randolph, expulso no primeiro quarto após dar um soco em Louis Amundson. Segundo porque, como diz a crônica da ESPN, o ginásio do Phoenix viu menos defesa ontem do que no domingo, com o All-Star Game (o placar de 140-100 que o diga). Mas não deixa de ser simbólico e até engraçado que, logo no primeiro jogo de Gentry, o time tenha explodido com tantos pontos.

Titular na vaga do suspenso Jason Richardson, Leandrinho teve grande atuação: 24 pontos (3-4 da linha de três), sete rebotes, cinco passes e cinco roubadas. O elenco inteiro, aliás, parecia aliviado. A fome era tão grande que, só no primeiro tempo, foram 81 pontos, um recorde do ginásio. Apenas uma equipe conseguiu pontuar mais (82) em um tempo nesta temporada. Ah, adivinha. Isso mesmo, acertou. Foi o New York Knicks do Mike D`Antoni.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A CRISE ECONÔMICA NA QUADRA




Agora, sim, dá para dizer que a crise mundial chegou à NBA com toda força. E não estou falando de demissão de funcionários ou cortes com material de escritório. A pindaíba econômica já está dentro da quadra. Por causa dela, um dos candidatos ao título deste ano praticamente abriu mão da disputa. O emergente New Orleans Hornets mandou o pivô Tyson Chandler para o Oklahoma City Thunder em troca dos veteranos Joe Smith e Chris Wilcox.

Tudo bem que Chandler, com uma série de lesões no pé, vinha decepcionando muito na temporada. Mas com apenas uma perna ele é bem melhor que Smith e Wilcox juntos. Sem o pivô no garrafão, os Hornets podem se afastar de vez do sonho do título. Por que os cartolas fizeram isso, então?

Porque a folha de pagamento do time ficaria em pesados
US$ 77 milhões na próxima temporada, gerando uma multa alta (a famosa luxury tax) por quebrar o teto salarial. Era preciso cortar os gastos com urgência. A opção para manter Chris Paul e David West foi sacrificar Chandler - em troca, os contratos de Wilcox e Smith estão no fim e vão abrir espaço na folha.

Para o Thunder, não deixa de ser uma boa adicionar Chandler ao núcleo jovem formado por Kevin Durant, Jeff Green e Russell Westbrook. A troca resolve problemas em ambos os lados. Em Oklahoma City, pelo talento. Em Nova Orleans, pela economia.

CESTAS DE ONTEM - O RETORNO




Há séculos eu não citava o nome de Michael Jordan por aqui, e fui citar logo ontem, por acaso, com o vídeo ali abaixo, sem me tocar que o aniversário do sujeito é... hoje. Resolvi, então, que era preciso escrever de novo sobre ele, e aí está a oportunidade para cumprir uma promessa antiga: descongelar o blog Cestas de Ontem.

Lançado há dois anos, o pequeno baú virtual foi desativado por falta de tempo, mas está de volta a partir de hoje. Não assumo aqui o compromisso de atualizações frenéticas, mas a vontade de recordar velharias fala mais alto. Para facilitar a rotina, sempre que pintar texto novo por lá, eu aviso por aqui, combinado?

E para abrir a nova fase, volto ao Draft de 1984 com uma tese polêmica: se eu fosse o diretor do Portland, também deixaria Jordan passar e escolheria Sam Bowie. Por quê? Clique aqui!

SHOWTIME, VERSÃO EUROPA


A Liga ACB, da Espanha, escolheu seus cinco jogadores mais espetaculares e reuniu os lances mais bacanas de cada um. Josh Fisher, Víctor Sada, Sergio Llull, Quinton Hosley e Marcus Haislip. Para quem ainda acha que não existe espetáculo na Europa:

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

À VONTADE NO AR


Navegando no YouTube, cruzei com um dos inúmeros Top-10 reunindo lances de Michael Jordan - nunca é demais rever esse tipo de coisa. Como passatempo, aí vai uma seleção daquelas jogadas em que é preciso corrigir, no ar, o curso da finalização. São verdadeiros clássicos do gênero. Esse rapaz sabia, como ninguém, que o caminho até a cesta é cheio de curvas.

A IMPLOSÃO DE UM TIME




Exatamente um ano atrás, em fevereiro de 2008, o Phoenix Suns era o melhor time da NBA, liderando o Oeste e jogando seu basquete mais consistente em muitos anos. De quebra, concorrentes como os Spurs davam sinais de fraqueza e a conferência estava aberta como há muito não se via. Eis que, do nada, Steve Kerr manda Shawn Marion para Miami em troca de Shaquille O`Neal. Que hora...

Daquele ponto em diante, o time pagou mico contra rivais da elite, foi enxotado dos playoffs pelo San Antonio, demitiu Mike D`Antoni, colocou Terry Porter em seu lugar, continuou descendo a ladeira, desvalorizou craques como Amare Stoudemire, deixou a torcida impaciente, não melhorou sua defesa e piorou seu ataque.

Nesta segunda-feira, um dia depois de sediar o All-Star Game, esse mesmo Phoenix manda Porter para a fila dos desempregados. Em um ano, assistimos à implosão de uma equipe de ponta na NBA.

Antes que as pedras voem, insisto em dizer que a culpa disso tudo não é de Shaq. Ao contrário, o pivô vem fazendo uma boa temporada. A culpa é da contratação que levou Shaq para o Arizona, detonando um sistema que, sim, precisava de ajustes no garrafão, mas foi radicalmente jogado no lixo.

Com o fracasso da última temporada, muita gente ajudou a pregar D`Antoni na cruz - injustamente, na minha opinião.

Defensivamente ele nunca foi um bom treinador, mas seu ataque era espetacular. Hoje já tem gente reconhecendo que jogadores como Stoudemire, Leandrinho e o próprio Marion caíram de produção porque não têm mais o respaldo daquele esquema "irresponsável".

Talvez o Phoenix nunca fosse campeão com os tais buracos defensivos. Mas naquela época o time ao menos avançava para os playoffs. Se a temporada terminasse hoje, ninguém iria ao mata-mata - nem D`Antoni, com a draga em Nova York, nem o Phoenix, com seu castelo implodido.

E O ALL-STAR GAME FOI...




... chato, muito chato. Raríssimas jogadas de efeito, vários erros individuais, pouco ânimo dos jogadores. Deu sono. Poucas coisas funcionaram, a maioria envolvendo Shaquille O`Neal: a dancinha com máscara na apresentação, a bola entre as pernas de Dwight Howard, o troféu de MVP dividido com o ex-desafeto Kobe Bryant. Concurso de três pontos ridículo, torneio de enterradas sem criatividade e com resultado duvidoso, All-Star Game sem graça. Em resumo, foi um fim de semana para esquecer no Arizona.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

ESQUECERAM O BÁSICO




Embalagem bacana, pouco conteúdo. Assim foi o torneio de enterradas do All-Star Weekend, que tinha levado uma injeção de ânimo no ano passado, mas neste sábado passou do ponto e esqueceu o básico: aquilo ainda é (ou era para ser) um torneio de... enterradas! A criatividade dos participantes foi desviada para o periférico - foi muito legal ver Dwight Howard na cabine do Super-Homem, a tabela mais alta que o normal, Nate Robinson todo vestido de kryptonita...

Mas e as cravadas? De maneira geral, foram chatas, repetitivas e nada originais, sem contar o festival de erros nas tentativas (Pau Gasol, afinal, estava ali para ajudar ou atrapalhar Rudy Fernandez?). É inacreditável que os jogadores ainda tirem da cartola movimentos tão batidos como pular por cima de um companheiro e - pior - saltar pisando na linha de lance livre, numa enterrada que Michael Jordan, Dr. J e inúmeros outros já fizeram a torto e a direito.

Para mim, a melhor da noite foi D-12 jogando a bola na lateral da tabela e cravando. Movimento criativo e dificílimo, executado com perfeição logo de cara na primeira tentativa. Para quem não viu, aí vai o resumão da festa:



No teatro longe da cesta, o torneio está de parabéns. Com a bola na mão, é preciso buscar um novo surto de criatividade.
A salvação? Talvez ela esteja na quase-promessa de LeBron James, ali na beira da quadra, dizendo-se disposto a participar da disputa no ano que vem. Isso, sim, seria uma revitalização.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O ESPÍRITO DA FESTA


É por essas e outras que Shaquille O`Neal deveria ganhar um ingresso vitalício para todas as edições do All-Star Game, mesmo depois da aposentadoria. Nos treinos do Oeste, neste sábado, o pivô topou o desafio de arremessar lances livres com os olhos vendados. A idéia era bater o recorde de acertos em um minuto e entrar para o Guiness. Shaq fez feio, claro, mas sem a venda também faria. E arrancou gargalhadas dos companheiros.



A TROCA MORNA




Ser trocado por um O`Neal já está virando rotina para Shawn Marion. Na sexta-feira, o ala foi negociado para o Toronto, ao lado de Marcus Banks (que também estava na troca de Shaq). O Miami recebe Jermaine e Jamario Moon. Não creio que essas mudanças vão fazer os torcedores pularem da cadeira - sejam do Heat ou dos Raptors. Até acho que, com os ajustes de posição no elenco, os dois times podem melhorar um pouco. Mas nenhum deles deve cumprir seu objetivo principal.

O do Miami é lutar nos playoffs do Leste. Mesmo que a equipe evolua em quadra, ainda é pouco para encarar Boston, Cleveland ou até o Orlando. E olha que eu nem estou levando em conta a possibilidade de O`Neal cair machucado de novo e virar um estorvo na enfermaria, o que não surpreenderia ninguém.

A meta do Toronto é cercar Chris Bosh de talento para que o ala-pivô não vá embora ao fim do contrato. Shawn Marion pode ser liberado ao fim da temporada, mas o dinheiro não seria suficiente para contratar um grande astro. A diretoria terá de ser cirúrgica nas negociações para formar um elenco talentoso e deixar Bosh feliz. E você, o que achou da troca? Quem sai ganhando?

BIRA CONTRA JORDAN




Na lista de 16 indicados ao Hall da Fama para a classe de 2009, o nome mais famoso é um tal de Michael Jordan. Além dele, brilham outros craques da NBA, como John Stockton e David Robinson. Para nós, brasileiros, no entanto, tem mais gente importante na lista. Ubiratan Maciel, o Bira, também figura entre os nobres concorrentes. Campeão mundial em 1963
e medalhista de bronze nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964, o pivô, morto em 2002, já tinha sido indicado outras vezes. Será que agora vai? Vale lembrar que todos os candidatos da lista podem entrar, desde que sejam aprovados por 18 dos 24 integrantes do Hall. A disputa não é nada fácil, mas não custa torcer. A decisão sai no dia 6 de abril.

MUDANÇA NO TOPO




Em algum momento, ia acabar acontecendo. Acostumado a apresentar seus altos e baixos durante o mesmo jogo, o Flamengo desta vez viu os baixos superarem os altos. O time carioca abriu 14 pontos na casa do Limeira, mas sofreu uma virada dos campeões paulistas no segundo tempo
e perdeu, de uma só vez, a partida, a invencibilidade e a liderança. Em Santa Catarina, Joinville (foto) fez o dever de casa e massacrou o Saldanha da Gama com 43 pontos de diferença - Shilton pegou mais 15 rebotes. Com isso, a equipe se iguala ao Rubro-Negro no número de pontos e ganha a ponta da tabela nos critérios de desempate.

No jogo da TV, Brasília fez um bom primeiro tempo e garantiu cedo sua vitória em Franca, primeiro tropeço do time de Hélio Rubens no torneio. O time da casa só reagiu no último quarto, que aliás foi sofrível tecnicamente. As duas equipes ficaram sem pontuar nos últimos minutos, tamanha a quantidade de erros infantis em ambos os lados da quadra. Deu pena de ver.

A tabela do NBB, que começou de forma meio surreal com times jogando as primeiras cinco (Flamengo) ou três (Franca) partidas fora de casa, vai enfrentar a partir de agora alguns problemas relacionados à Liga Sul-Americana. Jogos de Fla e Minas já foram adiados pela LNB, e novas datas ainda não foram determinadas. É preciso agir rápido e tomar cuidado para não virar bagunça.