domingo, 31 de janeiro de 2010

NEM PRECISA DE MUITO…


Foto: Colin Foster/Divulgação

Por causa do plantão na redação, não consegui ir à HSBC Arena para ver Flamengo x Universo. Mas vi pela TV e reforcei a impressão que tenho (muita gente tem, na verdade) desde o início do NBB-2: quando emplaca sua defesa, o time de Brasília fica praticamente imbatível em terreno doméstico – sim, porque lá fora o cenário é outro, como vimos na Liga das Américas. Depois de ficar só observando os chutes de Marcelinho no primeiro quarto, a equipe de Lula Ferreira apertou a marcação, fez um terceiro quarto impecável com 25-8 e superou com tranquilidade o rival por 81-73.

O Rubro-Negro, que já não tinha Coloneze, perdeu o armador
Hélio pouco antes da partida, com uma lesão no pé. Mas não é
motivo para o basquete louco que o time da Gávea apresentou
diante de seus torcedores. Como as bolas de três de Marcelinho
estavam caindo no primeiro quarto (4/4), o time achou que podia
sair chutando de forma alucinada. E lá foram Fred (2/6), Duda
(2/6), Jefferson (1/8), Teichmann (1/7)... ou seja, pífios 13/41.

Foto: Colin Foster/DivulgaçãoFicou fácil para o Brasília, que nem chegou a brilhar e também cometeu seus erros, mas contou com boas atuações de Guilherme (21 pontos) e principalmente Valtinho, o aniversariante do dia (33 anos), que ficou os 40 minutos em quadra e anotou 19 pontos, oito rebotes e três assistências. Na teoria, não vejo hoje nenhum outro time capaz de bater o povo da capital numa série melhor-de-cinco. Será que, na prática, alguém será capaz de provar o contrário?

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Sou da velha guarda. Gostaria que defesa da NBA voltasse às antigas regras, livrando-se da defesa por zona, colocando nossos caras para marcar homem-a-homem, permitindo o hand-checking e tudo mais. O basquete fica melhor"

KOBE BRYANT, sugerindo que a liga retorne ao século passado em termos de regras defensivas. Você concorda com ele?

sábado, 30 de janeiro de 2010

NBB: DOMINGO É DIA DE JOGÃO




A rodada de sexta-feira reuniu jogos interessantes no NBB. Vi na TV a vitória de Franca sobre o Palmeiras (na foto, Harper Williams, o cestinha francano com 20 pontos) e acompanhei outros dois pelo boxscore: as vitórias de Brasília sobre o campeão paulista São José e do Flamengo sobre o Minas. O que mais me chamou atenção foram duas parciais arrasadoras, daquelas que destroem o oponente: o Universo fez 21-5 em cima de São José no último quarto, e Franca meteu um 21-4 no terceiro período contra os verdes de Araraquara. Assim não há jogo equilibrado que resista.

A consistência, aliás, não tem sido o forte deste segundo NBB.
De impressionante mesmo, só a regularidade do Universo, que
só perdeu uma vez e segue derrubando seus rivais um a um. É
o resultado do investimento da pré-temporada, principalmente o
reforço de Guilherme Giovannoni, que vem gastando a bola –
na sexta, o veterano brilhou com 23 pontos e 19 rebotes.

No domingo, o time de Brasília enfrenta o seu maior desafio na
competição até agora: na HSBC Arena, no Rio, os comandados
de Lula Ferreira encaram o Flamengo, que vem subindo a ladeira
com quatro vitórias seguidas. A reedição da final tem tudo para
ser um jogão. E você, já tem um favorito para o confronto?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

VOCÊ NA MENTE DO MAGNANO


A exemplo do que aconteceu
com a LNB, os leitores do blog
deram sugestões para o novo
técnico da seleção na seção
"Se você fosse o Magnano".
Veja algumas dessas opiniões
e comente na caixinha:

Se eu fosse o Magnano, primeiramente tentaria trazer mais um
assistente técnico, com especialidade na defesa. Principalmente
um que esteja trabalhando na NCAA. Depois convocaria astros e
só uns três jovens. Na verdade, as únicas grandes promessas
que temos... Rafael Freire, Tavernari, Fab Melo e Paulão Prestes.

Eu naturalizava o Manu Ginóbili. Seria um jogador da posição 3
melhor que o Marcelinho ou Alex, não?

Se eu fosse o técnico da seleção brasileira, convocaria jovens
para participar dos treinos, mas não dos jogos, a não ser que
eles mostrem que merecem. Uma coisa é certa: para o Mundial
que começa logo mais... Splitter, Nenê, Varejão, Leandrinho,
Alex Garcia e Huertas. E aí vem a dor de cabeça: o banco.
Paulão Prestes, Faverani, Marquinhos, Giovannoni, Olivinha e
Valtinho. Lógico que se pode arranjar muitas maneiras de entrar
em quadra com esses jogadores. Tudo dependerá do adversário
da vez. Não vejo situações diferentes desse grupo. Agora,
querendo aumentar a artilharia do perímetro teremos que colocar
Tavernari no lugar de alguém (tomara que ele tenha amadurecido
em leitura de quadra). Está sempre procurando uma brecha para
o seu chute. Precisa pertencer ao "bloco". O jogo não é só chute
de três que alguém pensa. Esse filme nós já vimos e revimos. O
artista nunca morre no final e seu fantasma nos assombra... rsrs.

Apostaria numa mescla entre jogadores consagrados e jovens talentos como Augusto lima e Rafael Luz.

AS RESPOSTAS DA LNB






Vocês lembram do post "Se você fosse o Kouros...", colocado
aqui no blog? Como eu disse, as sugestões dos leitores foram
enviadas à gerência executiva da Liga Nacional de Basquete.
Mesmo sem eu pedir nada, eles responderam a cada um dos
comentários. Pode-se concordar ou não com as opiniões, mas
comentar as mais de 40 sugestões revela uma tremenda boa
vontade, isso é inegável. Como o texto ficaria gigante se fosse
reproduzido aqui, agrupei tudo em um arquivo de Word, e você
pode baixá-lo de duas formas: por Yousendit ou Megaupload.
Basta clicar em um dos links acima e seguir as instruções. É
uma boa oportunidade para entender melhor o que pensa a liga.

CORRA QUE OS DINOS VÊM AÍ




Era um duelo entre o que foi e o que não foi. Chris Bosh foi. Foi
escolhido para integrar os reservas do Leste no All-Star Game.
David Lee não foi. E os dois foram muito bem na partida desta
quinta-feira, no Madison Square Garden. Lee anotou 29 pontos
e 18 rebote, mas quem riu por último – duplamente – foi Bosh,
que além da valiosíssima vaguinha na disputa do All-Star, saiu
de quadra vitorioso (106-104) com 27 pontos e 15 rebotes.



Com a quarta vitória seguida, o Toronto Raptors finca a bandeira
como o melhor dos mortais no Leste. Os imortais parecem ser os
de sempre: Cavs, Celtics, Hawks e Magic, que teriam mando de
quadra se a fase regular terminasse hoje. Bem atrás deles, vem
o resto da conferência, com o Toronto à frente, seguido de perto
por Miami Heat, Chicago Bulls e Charlotte Bobcats.

O sucesso dos Raptors vem a reboque de Bosh, que vem jogando o melhor basquete da carreira. Mesmo com sua menor média de minutos desde o ano de calouro, ele registra recordes pessoais em pontos (23.9), rebotes (11.2) e aproveitamento nos arremessos (52.3%), incluindo os de três (42.9%).

O melhor dessa história toda para o Toronto é o calendário que vem aí. Dos próximos oito jogos, só um será contra um time atualmente na zona dos playoffs (e mesmo assim é o Memphis, que não chega a ser um bicho-papão). De resto, só baba: Indiana (duas vezes), New Jersey (duas vezes), Sacramento, Philadelphia e Washington. Se tem uma hora para engrenar, é agora.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

NENÊ FORA DO ALL-STAR




Saiu a lista de reservas do All-Star Game 2010, e Nenê não está
nela. É perfeitamente compreensível. O brasileiro atravessa uma
boa temporada e nunca esteve tão perto da convocação, mas,
apesar da lesão do chinês Yao Ming, deu azar pelo crescimento
de outros pivôs do Oeste. Confira a lista completa dos times:

OESTE
Steve Nash *
Kobe Bryant *
Carmelo Anthony *
Tim Duncan *
Amare Stoudemire *
Chris Paul
Deron Williams
Brandon Roy
Kevin Durant
Dirk Nowitzki
Zach Randolph
Pau Gasol

LESTE
Dwyane Wade *
Allen Iverson *
LeBron James *
Kevin Garnett *
Dwight Howard *
Derrick Rose
Rajon Rondo
Joe Johnson
Gerald Wallace
Paul Pierce
Chris Bosh
Al Horford

* Titulares

NO RITMO DO JAZZ




Na viagem aos Estados Unidos no início da temporada, vi dois jogos do Utah Jazz, duas derrotas para Celtics e Cavs. O clima era de velório. No vestiário, Deron Williams, que ainda se recuperava de lesão, mal falava. Carlos Boozer fechava a cara. Jerry Sloan parecia deprimido. Que diferença fazem dois meses, hein. Hoje o Jazz é um dos times mais quentes da NBA, com oito vitórias nas últimas nove rodadas, escalando a passos largos a classificação do Oeste.

Com a boa vitória sobre o Portland nesta quarta-feira, a equipe
roubou dos Blazers o segundo lugar da divisão Noroeste, atrás
apenas do Denver, por coincidência a única equipe da NBA que
vem tão embalada quando o Utah – e o único que conseguiu
bater a valente turma de Sloan nas últimas nove partidas.

A sequência de vitórias não é só contra as babas. Teve gente grande no caminho, como Heat, Mavs, Cavs, Spurs, Suns e Blazers. Mesmo com o calendário cruel, o Jazz deu um jeito de ressuscitar na temporada e agora já é o quarto melhor time do fortíssimo Oeste.

É bom ver que esse povo está de volta. Se todo mundo ficar saudável, é muito difícil bater o Utah. Melhor para nós, que podemos ver lances incríveis como este passe de Williams para Boozer, cheio de arte, em um jogo recente contra o New Jersey Nets. Dê só uma olhada:

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O TROCO


Após levar na venta um 128-78 do Dallas neste domingo, o New
York Knicks fez 54 pontos a mais na terça e deu uma surra de
132-105 no Minnesota "vida-de-torcedor-é-dura" Timberwolves.
Será que os Wolves perderiam pros Mavs por 77? Ontem caiu
tudo para a turma do Madison. Olha essa do Nate Robinson:

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CAMPEÃO SEM ESTRESSE




Régis Marrelli gosta de resolver as coisas na conversa. Sem os arroubos emocionais que caracterizam muitos de seus colegas, o técnico do São José colhe os frutos de quatro anos de trabalho na cidade. Após conquistar os Jogos Abertos do Interior no fim de 2009, ele acaba de levantar a taça do Estadual de SP, batendo o Paulistano na final por 3-0. A conquista histórica, que encerra quase três décadas de jejum em São José dos Campos, serve para pegar embalo no NBB. E o time precisa: hoje está lá embaixo na tabela, com três vitórias e quatro derrotas. Marrelli conversou por telefone com o Rebote.

- REBOTE - O placar de 3 a 0 na série final foi, de certa forma, surpreendente. Parabéns pelo título. Já deu para festejar?
- RÉGIS MARRELLI - Conseguimos fechar em 3 a 0, mas os três jogos foram muito equilibrados. Ficamos muito contentes e festejamos bastante com o grupo todo. A equipe não ganhava o título há 29 anos. A cidade se envolveu demais na campanha, no último jogo tivemos mais de 2 mil pessoas fora do ginásio.

- A diretoria investiu e foi buscar reforços como Fúlvio, Mineiro e Renato. Esperava que o resultado viesse tão rápido, com os títulos dos Jogos Abertos e do Paulista?
- A gente teve a sorte de montar um grupo muito unido, muito fechado. Os jogadores se deram muito bem logo de cara. Muita gente falava sobre o Renato, que era um atleta difícil, mas o grupo ficou muito fechado. E a perda do Renato por lesão, por exemplo, só foi superada porque o grupo se encaixou.

- Agora, o time passa a se concentrar no NBB? Até onde o São José pode chegar no torneio nacional?
- A gente deve passar por uma situação complicada agora, porque há um relaxamento natural. Além disso, alguns jogadores estão desgastados, como o Fúlvio. O Mineiro vinha jogando com uma lesão. E logo de cara vamos pegar dois times que são candidatos ao título, Brasília e Minas. Esses próximos jogos vão ser complicados, vamos sofrer um pouquinho, mas esperamos uma recuperação o mais rápido possível para garantir a vaga nos playoffs. E a partir daí a gente vê o que acontece.

>>> "É claro que tenho o sonho de um dia estar na seleção, mas hoje a equipe está muito bem servida"

- Quem está vendo de fora percebe que você é um técnico tranquilo, não é dado a grandes explosões à beira da quadra. Como é o seu estilo de treinar?
- Eu fui assistente técnico durante muito tempo e trabalhei com treinadores de características bem diferentes. Já estive por exemplo com o Carlão, que agora assumiu Assis, é o cara mais tranquilo que eu já vi. E trabalhei também com o Edvar Simões, que é o oposto disso, pega mais pesado. Tentei tirar um pouquinho de cada um. Acho que a gente sempre consegue as coisas na conversa. Gosto muito de treinar, e isso me preocupa no NBB, porque não vamos ter muito tempo para os treinamentos.

- O que você faz para evoluir como técnico e não ficar estagnado no tempo?
- Procuro observar bastante, gosto de acompanhar os outros técnicos, conhecer jogadas novas. Sempre que posso pego ideias dos treinadores europeus. Até vou a clínicas, mas sou mais de ver, de observar.

- Se o título estadual tivesse acontecido um pouco antes, você acha que poderia ser cotado para uma das vagas de assistente do Rubén Magnano na seleção masculina?
- Acho que a seleção está muito bem assistida. O João Marcelo Leite, do Paulistano, é um grande técnico, o Magnano vai ser muito bem assessorado por ele. Com o Neto é a mesma coisa. É claro que tenho o sonho de um dia estar na seleção, mas acho que hoje a equipe está muito bem servida.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

OS GRINGOS NA SELEÇÃO




"Temos de analisar todos os jogadores que interessem, sejam
nascidos no Brasil ou naturalizados. Não vou deixá-los de lado",
disse Rubén Magnano na entrevista coletiva de sexta-feira, em
São Paulo. Depois, na TV, disse o que a gente vem dizendo há
tempos: a seleção tem deficiências sérias na posição 3 e na
reserva da posição 1. Juntando as falas, temos aí um debate
interessante. Para quais gringos você daria a camisa amarela?

O nome de Shamell é sempre o primeiro a vir à tona neste debate. O ala do Pinheiros, que brilhou no domingo (36 pontos, seis rebotes e seis assistências) na vitória sobre Franca, vem tentando a naturalização há algum tempo. Faltam pequenos detalhes. Shamell cairia como uma luva no perímetro da seleção. Seria uma opção sólida de um jogador característico da posição – com Marcelinho chegando ao fim da carreira, hoje precisamos improvisar com Alex (que é mais um 2) ou Guilherme (que atualmente é mais um 4). Tavernari também foi citado por Magnano, mas a curto prazo Shamell poderia ser a nossa melhor opção.

De olho na reserva de Huertas, outro americano já disse que quer
se naturalizar: Larry Taylor, do Bauru. Seria uma alternativa bem
interessante, um jogador de talento indiscutível, com função mais
finalizadora, para mudar a cara do jogo. Tanto Shamell quanto
Larry não seriam opções de longo prazo, porque já beiram os 30
anos. O argentino Sucatzky, com 38, tampouco. Em todo caso, o
talento estrangeiro poderia ser muito útil à seleção, se usado com
critério. Não só à beira da quadra, mas também dentro dela.

DANÇA DOS NÚMEROS


50


Isso mesmo, cinquentinha, foi a diferença de pontos aplicada pelo Dallas Mavericks na vitória sobre o New York Knicks (128-78), em pleno Madison Square Garden. Impressionante como uma das franquias mais tradicionais da NBA tem se especializado em submeter sua torcida a situações humilhantes. Uma pena.

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Se eu for ver uma partida dessas
da Rússia, aquela coisa feia, eu durmo.
O Brasil tem um estilo, e acho que precisamos ser respeitados"


EDSON FERRETO, técnico de Catanduva, em entrevista concedida ao Bala na Cesta. O papo é bacana e bastante franco, Ferreto está de parabéns pelo título nacional, mas frases como essa só ajudam a comprovar que, aqui dentro, os técnicos do feminino estão parados no tempo, muito longe do basquete que se joga hoje em alto nível.

domingo, 24 de janeiro de 2010

UMA FLOR DE PESSOA


Charlie Villanueva, também conhecido como a Mala da Copa
América, mostra toda a sua classe no jogo Pistons x Blazers:

DANÇA DOS NÚMEROS


3-0


Foi o (até certo ponto surpreendente) placar da série final do Campeonato Paulista, que terminou neste domingo com o título do São José sobre o Paulistano. A equipe do interior investiu para a temporada e conseguiu se reforçar bem. Está aí o resultado. Parabéns aos jogadores, ao técnico Régis Marrelli e à diretoria.


45


É o novo recorde de pontos em um jogo do NBB, alcançado por Marcelinho Machado (32 só no primeiro tempo) na vitória do Flamengo sobre Assis por 104-74. A marca anterior era de Dedé, que não teve um domingo muito agradável – simultaneamente, perdeu o recorde no Rio e a final do Estadual em SP.

A DUPLA DE ASSISTENTES




Na correria da viagem para São Paulo, fiquei devendo minha opinião sobre a comissão técnica da seleção masculina, com João Marcelo Leite e Neto de assistentes. Em primeiro lugar, ficou para mim a impressão de que Rubén Magnano gostaria de ter trazido um auxiliar argentino, mas não foi possível neste momento – vale lembrar que o salário do campeão olímpico já não é nenhuma ninharia. Dito isso, entre as opções caseiras, gostei da escolha.

Neto e João ainda são treinadores em "fase de crescimento" e contam com uma oposição feroz no Brasil – tem gente que os detesta com todas as forças, basta ver as caixinhas. Mas era óbvio que Magnano precisaria, ao menos, de um brasileiro na comissão. E vejo os dois nomes com bons olhos. São jovens, esforçados, estudiosos e estão sempre correndo atrás de informação – dos livros às clínicas. Boa sorte para a dupla.

LEANDRINHO UM MÊS FORA




Justamente quando tinha virado titular do Phoenix Suns, Leandrinho viu a sorte lhe virar as costas. O brasileiro não jogou no sábado contra o Golden State e, pior, fará uma cirurgia no punho que o deixará um mês parado. O brasileiro tinha um cisto no local, que foi tratado em novembro mas reapareceu recentemente, causando dores. O problema já tinha lhe rendido três jogos de ausência, e depois a lesão no tornozelo o deixou 12 partidas afastado em dezembro. De fato, o ala do Phoenix tem dado azar na temporada até agora. Tomara que ele possa se curar logo e que o problema não tenha reflexos no Mundial da Turquia.

sábado, 23 de janeiro de 2010

A maratona foi mais complicada do que eu pensava, e o costumeiro caos nos aeroportos em dias de chuva me impediu de chegar a tempo Rio para o jogo entre Brasília e Peñarol – por sinal, mais uma derrota verde-amarela no torneio. Mas a manhã e a tarde ao lado de Rubén Magnano foram bacanas para conhecer um pouco mais o novo técnico da seleção. Por isso achei que valia reproduzir aqui o texto que escrevi para o Globoesporte.com contando os bastidores do dia. Confira abaixo:

O PRIMEIRO DIA DE MAGNANO




Noite de sexta-feira, aeroporto de Congonhas, São Paulo. O atraso de quase cinco horas no voo – duas delas dentro do avião, parado na pista – permite ler e reler a revista da companhia aérea. A reportagem "Dá-lhe Córdoba", sobre a segunda maior cidade argentina (foto), exalta pontos turísticos locais e afirma que "os cordobeses são bem humorados, expansivos e adoram uma piada". Será?

Flashback para a manhã da mesma sexta, no auditório de um hotel em SP. Durante uma hora, um cordobês meio carrancudo discorre suas ideias para dezenas de repórteres. Gesticula pouco, sorri menos ainda e não conta nenhuma piada.

A primeira impressão sobre Rubén Magnano contraria o estereótipo de seus conterrâneos. Desse jeito, ele foi apresentado como novo técnico da seleção masculina, substituindo o não menos sisudo Moncho Monsalve.

"Teremos regras que precisam ser respeitadas", anunciou, antecipando medidas que fizeram sua fama de durão na Argentina, como proibir o uso de telefone celular na concentração, exigir normas de vestuário e vetar a presença de jornalistas no ônibus da equipe.

A diferença é que, para desmontar a primeira impressão, Moncho gastou algumas semanas de convívio com a imprensa. Magnano só precisou de poucas horas.

Quando deixou o hotel e chegou à sede da Globo, onde participaria do Arena SporTV, o argentino já era outra pessoa. Antes mesmo de entrar no estúdio, abriu o sorriso, brincou com o próprio sotaque, falou de futebol e, relaxado, mostrou que já se sente em casa.

Com um bigode ralo e o cabelo levemente grisalho penteado para trás, Magnano parece à vontade com o novo figurino, que segue o estilo do antecessor espanhol: camisa polo da CBB abotoada até em cima e enfiada para dentro da calça bege. Só diverge do estilo de Moncho porque usa o relógio no pulso esquerdo e dispensa as meias para acompanhar os tênis brancos.

Ao contrário da apresentação oficial, o argentino não economizou nas risadas durante o programa. No ar, chegou a zombar de si mesmo ao lembrar o passado de "jogador muito fraco". Nos intervalos, manteve o bom humor e se revelou torcedor do Clube Atlético Belgrano, de Córdoba, que hoje amarga a segunda divisão na Argentina.

"Mas tenho uma simpatia pelo Boca Juniors, até porque já treinei o time de basquete lá", admitiu.

Campeão olímpico e vice mundial, Magnano volta ao seu país na segunda-feira, e embarca nos dia 5 para os Estados Unidos, onde tem conversas marcadas com Leandrinho, Varejão e (principalmente) Nenê.

"A primeira coisa que eu perguntei foi: por que Nenê não jogou pela seleção nos últimos anos? Um Nenê comprometido seria muito importante. Minha tarefa como técnico é lhe mostrar essa importância não só para ele, mas para toda a estrutura do basquete brasileiro", disse no Arena.

Em março, Magnano desembarca de vez em SP, provavelmente já ocupando um apartamento nos Jardins, perto dos clubes Pinheiros e Paulistano. É ali que vai receber aulas de português

"Quando eu voltar em março, precisarei de uma professora".

Tanto no Arena como na entrevista coletiva, o técnico ouviu a provocação: professora? Não pode ser um professor? A resposta veio fora do ar, com um sorriso no rosto, deixando claro que, dentro de casa, quem veste a capa da disciplina é a esposa:

- Ela vem comigo para o Brasil, então não pode ser uma professora. É professor mesmo...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PEQUENA MARATONA




Amigos, a sexta-feira promete. De manhã cedo, embarco rumo
a São Paulo. Às 11h, vou à coletiva de apresentação do técnico
Rubén Magnano e, de lá, parto com ele para o Arena SporTV.
Logo depois do programa, pego o avião de volta para o Rio de
Janeiro – às 22h, também no SporTV, comento a estreia do time
de Brasília na Liga das Américas, contra o Peñarol. Como meu
plantão de fim de semana no Globoesporte.com começa às 8h
de sábado, sabe-se lá quando vou conseguir reaparecer aqui no
blog. Mas a maratona tem tudo para render bons frutos. Abraço!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O TÍTULO É DE CATANDUVA






Em uma partida bem melhor que as duas anteriores, Catanduva
bateu Ourinhos por 60-59 nesta quinta e ficou com o título inédito
do Nacional feminino. Um 3-0 inapelável para o time de Ferreto,
que continuou mandando recados a Hortência após a partida.
Não dá para encobrir os erros (foram 22 desperdícios das donas
da casa), mas estão todos de parabéns – Ferreto, as meninas e
a direção, que ano após ano cortam um dobrado para manter um
elenco competitivo com muito menos dinheiro que Ourinhos, por
exemplo. Sobre a partida, vencida com uma bola raçuda de
Gilmara, a melhor do torneio, aqui está a crônica que escrevi
para o Globoesporte.com. Quanto às análises adicionais, deixo
os links para o Bert e o Balassiano, concordo com cada linha
do que eles escreveram. Parabéns para Catanduva, e fica a
esperança de um novíssimo Nacional feminino ainda este ano!

JOÃO MARCELO É O ASSISTENTE


O técnico do Paulistano, João Marcelo Leite, será o assistente de
Rubén Magnano na seleção masculina. A notícia foi anunciada
agora pelo SporTV. Que achou do nome? A caixinha é toda sua.

SE VOCÊ FOSSE O MAGNANO...




Depois de Kouros Monadjemi, é hora de você entrar na mente
de outra figura importante para o basquete brasileiro. Se você
fosse Rubén Magnano, o que faria? Que atitudes, providências
e cuidados o argentino deve tomar neste início de trabalho à
frente da seleção? Solte toda a sua criatividade na caixinha...

MAGNANO A CAMINHO




Rubén Magnano se apresenta oficialmente com uma entrevista
coletiva nesta sexta-feira, às 11h, num hotel em São Paulo.
Enquanto não chega, o técnico deu entrevista ao SporTV, que
foi à Argentina para bater um papo antes da viagem. Confira:

VOCÊ NO LUGAR DO KOUROS




Relação com a TV, cuidado com os ginásios, parcerias com as
escolas e universidades, acesso e rebaixamento... teve de tudo
entre as sugestões para Kouros Monadjemi, presidente da LNB,
que cuida do NBB. Impressionante (mas não surpreendente) o
altíssimo nível dos comentários, tanto que todos foram enviados
à gerência executiva da liga. Para exemplificar, pesquei alguns
trechos – pena que não dê para reproduzir todos por aqui.


Não colocaria em prática o descenso. Em uma fase de reestruturação, de um esporte que no Brasil é amador, precisamos de um bloco sólido. Se o modelo atual ainda não é muito atrativo para investidores, uma Série B não traria recursos e geraria mais despesas.


Destinaria de um percentual de todas as cotas de patrocínio
vendidas pela Globo para um fundo. Desse fundo sairiam parte
dos valores para pagamento da franquia dos times oriundos da
Copa Brasil – ou que nome tenha o torneio de acesso ao NBB.
Outra parte do pagamento da franquia viria da CBB e uma parte
dos próprios clubes. Parte dos patrocínios recebidos diretamente
pela LNB também iria para esse fundo.


O esporte hoje deve ser visto como um grande negócio, sem
dúvida, isso resume muitas das opiniões postadas. No momento
é fato que o contrato com as TVs foi e está sendo um fator
limitante para liga num ponto crucial que é a exposição da marca,
patrocinadores, enfim, do esporte.


Se fosse o Kouros buscaria no Estado o apoio necessário para que as escolas tivessem acesso ao nosso esporte de maneira padronizada, com programação pré-estabelecida de aprendizado, além de criação de torneios e festivais que estimulariam os jovens bem como revelariam futuros atletas.


Buscaria apoio no meio do programa de incentivo ao esporte,
faria um projeto bem detalhado, para que nós tenhamos um
campeonato nacional de faculdades e universidades, dividido
por regiões, como a NCAA. Essas faculdades buscariam atletas,
que ganhariam bolsa. É muito fácil fazer esse sistema, já que
cada cidadezinha do Brasil tem um ginásio.

A caixinha, claro, continua aberta para as sugestões. Ainda hoje
vai pintar o próximo "Se você fosse...". Aguarde e fique ligado.

SALVEM AS ENTERRADAS




Nate Robinson, Gerald Wallace, Shannon Brown, Eric Gordon e DeMar DeRozan. Se não houver um milagre no meio do caminho, podemos ter no All-Star deste ano o torneio de enterradas mais sem graça de todos os tempos. LeBron James, que tinha anunciado a intenção de participar, deu para trás. Dwight Howard, que esteve lá nas últimas edições, também ficou fora. O bicampeão Nate Robinson, portanto, passa a ser a única atração razoável para este ano. Mal posso conter a ansiedade.

Shaquille O`Neal, mestre em promover espetáculos, disse aos jornalistas que os grandes craques deveriam participar do torneio, com metade do dinheiro revertido para as vítimas do Haiti. É tão difícil assim para a NBA ter uma ideia como essa? Shaq disse que, como "empresário" de LeBron, liberaria seu "cliente" caso Kobe Bryant e Vince Carter topassem a parada. Já imaginaram uma disputa entre esses três? Nem precisaria do quarto nome...