sábado, 31 de maio de 2008

1959 - O EMBRIÃO DA RIVALIDADE


Foto: NBA
Com Auerbach, Cousy e Russell, o Boston iniciou a dinastia em 1959



Enquanto a grande decisão não começa, a gente recorda aqui
no Rebote os 10 encontros entre Celtics e Lakers nas finais da NBA. O primeiro foi em 1959, quando o time do Oeste ainda nem estava em Los Angeles, mas em Mineápolis. O Boston de Bill Russell e Bob Cousy vinha de sete jogos duros contra Syracuse na semifinal, que teve um desfecho emocionante no Garden. O clima era tão tenso que locutor oficial do ginásio, Johnny Most, cuspiu sua dentadura por cima da grade na área de imprensa.

Com o país mergulhado no racismo, Russell era insultado pelas torcidas, mas nem isso o impediu de brilhar à frente dos verdes. Na final, o Boston era favorito absoluto. Vinha de 18 vitórias consecutivas contra os Lakers e conseguiu mais quatro na série decisiva, apesar dos placares apertados. O triunfo por 118-113 no dia 9 de abril de 1959 fechou o confronto em 4-0 e garantiu
à equipe o primeiro título dos oito seguidos nos anos 60.

COMEÇA A SESSÃO NOSTALGIA






A imagem acima me transporta para duas décadas atrás, e certamente terá o mesmo efeito com alguns leitores que hoje passeiam ali pela faixa etária dos 30. O clássico joguinho de computador Lakers versus Celtics, ainda na era do MS-DOS (hã?), coincide com a época em que eu comecei a acompanhar a NBA, na virada dos anos 80 para os 90. Diante da grande final que se aproxima, é impossível não mergulhar numa onda de nostalgia.
Ao longo dos próximos dias, com textos, fotos e vídeos, vamos recordar a história deste confronto, que já abrilhantou a decisão da liga nove vezes (ou 10, se contarmos o Minneapolis). Por enquanto, viaje no tempo com algumas imagens do joguinho.




ENFIM, O CONFRONTO DESEJADO


Kevin Garnett / Foto: NBA

Como diria Januário de Oliveira nas velhas transmissões do futebol, "tá aí o que você queria". A partir de quinta-feira, Lakers e Celtics fazem a final que (quase) todo mundo quer ver. O Boston parecia perder o rumo no terceiro período do jogo 6, mas se recuperou no último quarto e deu mais uma prova de força fora de casa, coisa que não tinha ocorrido antes da final do Leste. A vitória por 89-81 no Palace de Auburn Hills confirma o crescimento dos verdes na hora certa e dá moral para a grande decisão. Vale lembrar que, no ano passado, a equipe era o maior saco de pancadas da NBA. Agora, voltou a ser grande. O lugar do Boston não é no rodapé da tabela, assim como o dos Lakers não é fora dos playoffs. São duas marcas tradicionais, que agora encarnam grandes exemplos de superação. Reforçaram seus elencos, cresceram dentro da quadra, e o resultado está aí. Pelo que mostraram com a bola laranja nas mãos, os dois merecem disputar o título. Assim seja.

FINAL, PARTE 1: O MASSACRE


Marcelinho / Foto: CBB

Nos dois primeiros períodos
da decisão do Nacional, o Flamengo talvez tenha jogado o seu melhor basquete neste ano, e o Brasília, o seu pior. A diferença no placar chegou a incríveis 39 pontos, e o Rubro-Negro venceu o jogo 1 por 93-66. Com 24 pontos, seis passes e seis rebotes, Marcelinho comprovou a boa fase e contou com a ajuda do irmão Duda (19, cinco e cinco). Sonolento e errando tudo, o atual campeão perdeu uma grande chance de roubar a vitória fora de casa, já que o Maracanãzinho não chegou a ser um caldeirão na sexta-feira. A chuva forte no Rio de Janeiro afugentou a torcida, que não encheu nem metade do ginásio.
Na tarde de domingo, o cenário deve ser outro. O jogo, também. Mas o Flamengo continua com o favoritismo ao seu lado.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

AS 12 DO PRÉ-OLÍMPICO


Natália / Foto: CBB

Após ganhar o Sul-Americano,
o técnico Paulo Bassul fechou hoje o grupo de 12 jogadoras para a disputa do Pré-Olímpico, a partir do dia 9 de junho, em Madri. Nenhuma novidade. As ausências de Adrianinha e Érika abriram vagas para Natália (na foto) e Graziane. Os cortes de Jaqueline, Karina e Tati já eram esperados - as duas primeiras certamente terão mais chances no futuro. O grupo final é:

Armadoras: Claudinha e Natália.
Laterais: Iziane, Micaela, Karla, Karen e Chuca.
Pivôs: Êga, Grazi, Mamá, Franciele e Kelly.

NO AR:




Aperte o play acima para ouvir aqui mesmo no blog. Se preferir baixar o arquivo em mp3 para colocar no iPod ou ouvir quando quiser, basta clicar aqui com o botão direito do mouse e salvar
o destino. É fácil e rápido. Confira os destaques desta edição:

))) Direto da Espanha: Papo com Marcus Toledo, da seleção.
))) Fábio Balassiano: Dá para conquistar a vaga sem Érika?
))) Tiago Campante: Flamengo na final é uma vitória do Rio?
))) Roby Porto: A NBA acerta ao multar os artistas do flop?
))) Narração antiga: Vexame dos Estados Unidos em Atenas.

Perdeu algum programa? Clique e ouça:

- 23 de maio
- 9 de maio
- 2 de maio
- 25 de abril
- 18 de abril

OS REIS DO OESTE


Kobe Bryant / Foto: NBA

No ano em que a conferência Oeste viveu o maior equilíbrio dos últimos tempos, o único sobrevivente veste dourado. Mais justo, impossível. O Los Angeles Lakers conseguiu a melhor campanha da primeira fase e tem sido, de longe, a equipe mais consistente dos playoffs. Resultado: 4-1 para cima do campeão San Antonio Spurs, que mais uma vez falha na missão de conquistar um bicampeonato. A vitória por 100-92 no jogo 5 foi emblemática. O time da casa chegou a perder por 17 pontos, mas reagiu sob o comando de um Kobe Bryant (como sempre) inspirado. O MVP guardou para o último quarto 17 de seus 39 pontos e parecia exultante com a conquista. Agora a equipe tem uma semana para descansar até o jogo 1 da grande final, na próxima quinta. Seja contra Boston ou Detroit, os Lakers não terão mando de quadra, mas certamente estarão cheios de moral. Não é todo dia que se ganha o título de Rei do Oeste.

MOTIVOS PARA SORRIR


Brasil campeão / Foto: CBB

Para levantar um pouco o ânimo após uma semana de notícias delicadas, a seleção feminina bateu a Argentina por 84-67 e conquistou seu 22º título sul-americano. A equipe voltou a levar um susto no primeiro período, mas se recuperou e venceu com mais uma ótima atuação de Karla, autora de 22 pontos. Outra boa notícia foi a performance de Claudinha, com 14 pontos e seis passes. "Abrimos a primeira porta, a tendência é entrarmos e não sairmos mais. Vamos em busca da vaga olímpica", afirmou Karla após a partida. A delegação volta ao Brasil na madrugada de sábado e embarca à noite para Madri. Boa sorte às meninas.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

"ESTOU COM A CABEÇA ÓTIMA"




A vida de Graziane virou uma montanha-russa nas últimas semanas. Titular do Brasil no Pré-Olímpico das Américas, ela foi cortada pelo técnico Paulo Bassul enquanto disputava as finais da liga húngara. Agora, com a lesão de Érika, a pivô de 24 anos está de volta ao grupo que vai jogar o Pré mundial na Espanha, a partir do dia 9 de junho. Ainda na Hungria, Grazi bateu um papo com o Rebote.

- REBOTE - Você foi cortada de forma até surpreendente, mas agora está de volta. Como você recebeu a notícia de que voltaria à seleção para o Pré?
- GRAZI - Tanto no corte como agora, fiquei muito surpresa. Eu não esperava ser cortada, fiquei um pouco triste, mas já estava conformada. Eu já tinha acertado minha volta para casa, já tinha até falado com a minha mãe para pedir uma comidinha, quando o Paulo Bassul me ligou na quinta de manhã.

- E como está seu estado de espírito para este retorno?
- Estou com a cabeça ótima. Sei que posso ajudar o grupo, até porque estou em ritmo de jogo.

- E como foi a final na Hungria?
- Foram boas. Tínhamos três jogos em casa, mas como perdermos o primeiro, sabíamos que seria difícil. Tivemos contratempos com lesões e isso dificultou. Mas elas eram um pouco melhores, mais experientes.

CONVOCADOS - HATILA PASSOS


Hatila Passos / Foto: Divulgação

Em sua segunda temporada defendendo a Universidade de Mexico State, Hatila Passos jogou mais e melhor. As médias de 10.8 pontos e 7.3 rebotes lhe renderam a convocação para o Sul-Americano. O pivô carioca bateu um papo com o Rebote sobre este primeiro chamado para vestir a camisa da seleção brasileira. Confira:

- REBOTE - Você já esperava ser chamado para a seleção?
HATILA - Para ser sincero, ainda não esperava a convocação.
Sei que desenvolvi meu jogo, mas foi uma surpresa para mim. Recebi a notícia de algumas pessoas que estão aí no Brasil e fiquei muito feliz de saber que fui um dos 18 convocados

Hatila Passos / Foto: Divulgação- Na última temporada, você ganhou mais minutos de quadra e seus números subiram. Como foi o ano?
- Com certeza meu rendimento melhorou, mas ainda acho que tenho muito a melhorar. Se eu tivesse quatro anos de universidade em vez de dois em junior college e dois em universidade, teria um rendimento ainda melhor.

- E quais são seus planos para a próxima temporada?
- Na minha próxima temporada tenho algumas coisas a fazer. NBA certamente é um objetivo, mas antes tentarei assinar com algum time europeu. E quero voltar a jogar no Brasil, mas por enquanto quero retornar apenas para visitar minha família.

ÉRIKA FORA DO PRÉ. E AGORA?


Érika / Foto: CBB

Quando a seleção feminina perdeu Adrianinha, dispensada por motivos pessoais, eu escrevi aqui: "Não chega a ser o pior dos desfalques - grave, por exemplo, seria perder uma Érika (ok, já bati na madeira)". Pois é, a madeira me traiu. Fábio Balassiano anunciou hoje no Da Linha dos 3 que Érika está fora do Pré-Olímpico, culpa de uma fratura por estresse na perna direita, sofrida na partida do Atlanta Dream contra o Washington Mystics. É uma perda gravíssima para a seleção, e agora, sim, põe em risco a nossa classificação para a Olimpíada. É claro que o Brasil ainda tem condições de buscar a vaga, mas não há ninguém no elenco capaz de substituir a pivô - nem mesmo Grazi, que estava cortada e agora foi chamada de novo (com que cabeça ela chega ao grupo, ainda mais após perder o título húngaro?). Érika vai fazer falta, muita falta. Ficamos na torcida.

TRÊS PONTOS + FALTA


1) Vejo no blog do Balassiano um link para o Marca, dizendo que Tiago Splitter deve aceitar a boa proposta de renovação do Tau Cerámica, o que o manteria na Espanha por mais um ano, adiando a estréia no San Antonio Spurs. Quer ler? Clique aqui.

2) Vejo no blog do Bert que a pivô Grazi, fora da seleção, sofreu mais um golpe: seu time, o Pécs, perdeu o título húngaro após ser derrotado por 83-70 pelo Sópron. A série terminou em 3-1.

3) Vejo no site da ESPN que a NBA divulgou um comunicado reconhecendo que Derek Fisher fez falta em Brent Barry no último lance do jogo 4 entre Lakers e Spurs. Já é alguma coisa.

FALTA - Vejo também que, a partir da próxima temporada, a liga vai multar jogadores que fazem o famoso flop, o teatro na cavada de faltas. É a famosa lei Manu-Varejão. Algo me diz que esse assunto ainda vai dar muito pano para manga. Não acha?

KARLA VOANDO DE NOVO


Karla / Foto: CBB

Às 22h30 desta quinta-feira,
o Brasil volta a enfrentar a Argentina, desta vez valendo a taça do Sul-Americano feminino. No enconto que as equipes tiveram na primeira fase, passamos um certo sufoco. Agora, valendo uma supremacia continental que dura mais de duas décadas, a tendência é que as meninas do Bassul entrem mais concentradas. Na quarta, a vitória fácil sobre o Chile (100-55) confirmou a ótima fase de Karla, cestinha da partida com 23 pontos. Pelo que os números sugerem à distância, ela tem sido um dos destaques ofensivos do grupo no torneio. É um ótimo sinal, já que as posições 1 e 2 devem chegar meio baleadas à Espanha - Adrianinha está fora e Iziane vai cercada de dúvidas, principalmente físicas e táticas. Sou fã do basquete da armadora de Catanduva e, por isso, até meio suspeito para falar. Mas, recuperada da lesão que teve na final do Nacional, Karla parece estar pronta para voar de novo.

A REDENÇÃO DE RAY ALLEN


Ray Allen / Foto: NBA

Desde que eu reclamei da falta de emoção, há dois dias, os playoffs têm 100% de jogos equilibrados. Melhor que isso, só mesmo ver a redenção de Ray Allen na quarta-feira. Com cinco tiros certeiros da linha de três, o veterano foi um dos destaques do Boston Celtics
na importantíssima vitória por 106-102 sobre o Detroit, que deixa os verdes a um passo da grande final. Além dos 29 pontos, Allen fez uma cesta crucial no último minuto, um balde de água fria na bela reação dos Pistons. Os outros destaques do time da casa foram Kevin Garnett, com 33 pontos, e Kendrick Perkins, com 18 pontos e 16 rebotes. O Detroit ainda tem a chance de ganhar em casa na sexta-feira e forçar o jogo 7, mas agora não há mais espaço para erros.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O APITO DA VERGONHA


Joe Crawford / Foto: NBA

Os torcedores reclamam de um lado e do outro. É sempre assim. Dizem que o San Antonio é muito favorecido, dizem que craques como Kobe Bryant são aliviados pelos juízes. Não vou entrar nesse mérito, mas tenho certeza de uma coisa: o trio de árbitros no jogo 4 da final do Oeste nos brindou com uma incrível aula de incompetência. A começar pela escalação de Joe Crawford, que tem uma relação abertamente problemática com os Spurs. Ao lado de Mark Wunderlich e Joe Forte, o careca teve uma atuação vergonhosa.

O primeiro tempo foi um show de marcações erradas, a maioria prejudicando os Lakers. Para se ter uma idéia, Kobe não foi à linha de lances livres uma vez sequer durante a partida. Mas o pior veio nos segundos finais, com duas falhas grosseiras.

Derek Fisher / Foto: NBAA 6.9 segundos do fim, Derek Fisher chutou, a bola tocou nitidamente no aro, bateu na perna do Robert Horry e saiu pela linha de fundo. Os árbitros ignoraram o toque no aro e mantiveram o relógio de arremesso com apenas dois segundos. Se a regra tivesse sido cumprida, o San Antonio seria obrigado a fazer uma
falta imediata, e os Lakers provavelmente selariam a vitória com os lances livres. Mas o erro obrigou Bryant a chutar de qualquer jeito, e o time da casa recuperou a posse.

Na bola final, Brent Barry tentou o chute de três, e até bobeou por não ter forçado o contato no início do lance. Mas é inegável: na queda, Fisher fez uma falta clara, ignorada pelos árbitros. Um erro grave pode até anular outro, mas não anula a vergonha.

Brent Barry / Foto: NBADe maneira geral, ainda penso da seguinte forma: arbitrar um evento esportivo, com lances rápidos e difíceis, é uma tarefa que ultrapassa a capacidade humana. E isso vale para basquete, futebol ou qualquer modalidade coletiva de contato físico. Eu, sinceramente, já até desisti, e hoje me contento em torcer para que as lambanças do apito não aconteçam em lances decisivos. Mas elas acontecem, não tem jeito. Nos quatro cantos do planeta.

A VITÓRIA DO ANO


Kobe e Gasol / Foto: NBA

Só porque eu reclamei, Lakers e Spurs fizeram um belíssimo jogo nesta terça-feira. O nível técnico não chegou a ser tão alto, mas sobrou emoção do início aos 93-91 finais. E o time de Los Angeles conquistou sua vitória mais importante no ano. Um triunfo maiúsculo na casa do adversário, que ainda não tinha perdido ali. Kobe, mais uma vez, justificou o troféu de MVP com uma atuação que vai muito além dos 28 pontos e 10 rebotes. Lamar Odom acordou na hora certa, e Pau Gasol foi o herói silencioso de sempre, crucial para o coletivo, mesmo sem brilhar para os holofotes. Pelo San Antonio, Tim Duncan manteve sua impressionante regularidade, com 29 pontos, 17 rebotes, três tocos e três roubadas. Parker e Barry também apareceram bem. E quem sumiu? Manu Ginóbili, que só apareceu em um dos quatro jogos da série até agora.

Os campeões estão mortos? Praticamente. Virar uma série após 3-1 não é impossível, ainda mais para um grupo tão experiente, mas parece muitíssimo improvável quando os Lakers estão do outro lado. A turma da Califórnia é uma ilha de consistência num playoff cheio de altos e baixos. Com raras exceções, Kobe & Cia. têm jogado bem no ataque e na defesa, dentro ou fora de casa.

DE VOLTA AOS TRILHOS


Natália / Foto: CBB

O sempre atento Bert, do Painel do Basquete Feminino, já tinha percebido uma infeliz coincidência nas partidas do Brasil no Sul-Americano: nas duas primeiras rodadas, quem anotou 17 pontos saiu zerada na noite seguinte. Contra a Argentina, na segunda-feira, ninguém fez 17, mas Chuca foi a cestinha com 21. Não deu outra: a experiente ala marcou apenas um pontinho ontem, diante das venezuelanas. Os destaques do Brasil foram Karla (22 pontos e cinco roubadas) e Natália (13 a seis, na foto). A vitória por 106-40, após um primeiro quarto arrasador (23-7), recoloca a nossa seleção nos trilhos depois do susto contra as hermanas. As meninas pegam o Chile logo mais, às 20h30, e disputam a final do torneio na quinta-feira, às 22h30.

FRANCA NA FINAL DA SUPERCOPA


Franca x Paulistano / Foto: Divulgação

O time de Franca, que adora uma final, não poderia mesmo ficar ausente da decisão do campeonato cujo articulador mais famoso é o seu técnico, Hélio Rubens. A equipe bateu o Paulistano por 93-91 na terça-feira, fechou a série em 3-1 e agora espera o vencedor do confronto entre Limeira e Assis (2-2) para disputar o primeiro título da Supercopa. O jogo teve contornos dramáticos e
só foi decidido nos segundos finais, com uma cesta de Márcio Dornelles. Cauê (24 pontos) e Rogério (20) lideraram o time do interior, enquanto Fiorotto (por que não ele na lista do Sul-Americano?) fez 25 pontos para o Paulistano. Limeira e Assis lutam pela outra vaga às 20h.

terça-feira, 27 de maio de 2008

ESTE PLAYOFF ESTÁ UM SACO


Ray Allen / Foto: NBA

Pronto, falei. É claro que o título carrega um certo exagero, mas vocês lembram que este mata-mata deveria ser o melhor da história da NBA? Então digam: espremendo as 14 séries e os 76 jogos disputados até agora, o que sobra de adrenalina? Muito pouco. Temos visto uma enxurrada de partidas sem emoção alguma, sem falar no baixo nível técnico de vários confrontos. Para ver se a tese é apenas fruto da rabugice, fui atrás dos números. Já que nenhum americano louco fez tal levantamento, passei a madrugada com a calculadora na mão. Anotei a diferença de pontos de cada um dos jogos dos playoffs de 2008 e 2007, calculei as médias de cada série, comparei os dados e, no fim das contas... este playoff está mesmo um saco!

Antes de desfilar os números, um aviso: só levei em conta o mata-mata de 2007 até a fase em que estamos agora, ou seja, finais de conferência, três jogos na série do Oeste e quatro na do Leste.

O primeiro número até ameaça derrubar a tese: em 2008, foram oito partidas decididas por até três pontos (teoricamente, uma posse de bola), contra seis em 2007. O desequilíbrio fica gritante, aí sim, a partir dos jogos com diferença entre quatro e nove pontos. Com destaque especial às sovas por mais de 30 - foram quatro neste mata-mata e nenhuma em 2007. Confiram os dados:

Arte: Rodrigo Alves

A diferença fica mais acentuada ainda quando fazemos as médias das séries. Das 14 que foram disputadas nesta edição até agora, apenas duas têm média de diferença de pontos nos jogos inferior a 10 (Spurs x Suns com 9.6 e Lakers x Jazz com 7.3). Em 2007, oito das 14 séries tiveram, em média, resultados com diferença inferior a 10 pontos. Notaram? Oito em 2007, duas em 2008.

É claro que os números, sozinhos, não justificam análises. Mas, pelo que temos visto em quadra, o maior playoff de todos os tempos pode ficar conhecido como o playoff do garbage time.

SUSTO NO EQUADOR


Chuca / Foto: CBB

A seleção feminina do Brasil, com ou sem desfalques, é muito melhor que a Argentina. Mas algo acontece quando as vizinhas se enfrentam. Naquela estréia do Mundial de 2006, em pleno Ibirapuera, só ganhamos porque Helen fez uma cesta milagrosa no apagar das luzes. Ontem, no Sul-Americano do Equador, conseguimos perder o primeiro quarto por 28-19. Pelo menos a equipe juntou os cacos, recuperou o ânimo e venceu a partida por 73-67 - Chuca (foto) foi a cestinha com 21 pontos. O susto foi grande, até porque um tropeço derrubaria uma seqüência de 59 triunfos brasileiros na competição. Que sirva de aprendizado no caminho para o Pré-Olímpico - afinal, é para isso que as meninas do Bassul estão disputando o torneio.

SÓ O VETERANO SALVA


Antonio McDyess / Foto: NBA

Com 33 anos, 21 pontos e 16 rebotes, o tio Antonio McDyess foi uma das poucas coisas boas no tenebroso jogo 4 entre Pistons e Celtics. Ao lado de Rip Hamilton (20 pontos), o ala-pivô veterano garantiu a vitória por 94-75 nesta segunda-feira e empatou a final do Leste em 2-2. A defesa também teve méritos, mas não foi só por causa disso que o Boston nos presenteou com uma das performances ofensivas mais intragáveis do playoff. O time verde acertou apenas 31.8% dos seus chutes, em grande parte graças ao trio formado por Paul Pierce (3-14), Kevin Garnett (6-16) e Ray Allen (2-8). É uma noite para se jogar fora. Resta aguardar o jogo 5, na quarta-feira.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

PROMOÇÃO DO LOGO - OS PRÊMIOS


O processo de escolha demorou um pouco, mas acho que, no fim das contas, todos ficaram satisfeitos. Nos próximos dias, os cinco ganhadores da Promoção do Logo vão receber seus prêmios. Conforme prometido, são cinco artigos oficiais da NBA. Aí estão:

Foto: Rodrigo Alves

1. Walter Bartels
Camiseta de malha do Charlotte Bobcats

2. Gustavo Sousa
Camisa-uniforme oficial do Kobe Bryant

3. Suzana Gutierrez
Boné do Phoenix Suns

4. Andrey Pereira
Mini-estátua do Dominique Wilkins

5. Tiago Jokura
DVD Clássicos da NBA - Magic Johnson

E aí: vale ou não vale participar das próximas promoções?

CONVOCADOS - J. TAVERNARI


Jonathan Tavernari / Foto: Divulgação

Destaque brasileiro na última temporada da NCAA por BYU, Jonathan Tavernari foi uma das raras contestações nas listas da seleção brasileira. Muita gente acha que, em vez do Sul-Americano, ele deveria estar no grupo do Pré-Olímpico. Aos 20 anos e prestes a envergar a camisa amarela pela primeira vez, o paulista de São Bernardo diz ao Rebote que a ficha da convocação ainda não caiu.

- REBOTE - Você vai vestir a camisa da seleção brasileira pela primeira vez. Qual foi sua reação ao receber a notícia?
- TAVERNARI - A ficha ainda não caiu. Só a chance que eu vou ter de treinar com o melhor do basquete brasileiro e a chance
de ver de perto todos os jogadores a que eu assistia quando pequeno na TV, já é um sonho que está se tornando realidade.

Jonathan Tavernari / Foto: Divulgação- Muita gente defendia que você estivesse no grupo do Pré-Olímpico, e o próprio Moncho já cogita a chance de você ir para a Grécia. Está alimentando essa esperança ou disputar o Sul-Americano te deixa 100% satisfeito?
- A mamãe e o papai sempre me disseram que a voz do povo é a voz de Deus (risos)! Não, eu estou muito contente com a chance que me foi dada agora. Fui ensinado que é melhor começar por baixo e subir de pouquinho em pouquinho, em vez de estourar a boca do balão e, depois, cair de produção. Amo o Brasil e tenho amor à pátria. Eu disputaria até um amistoso pelo Brasil contra a seleção do Pólo Norte, só pra poder usar a camisa amarela. Faço 21 anos em junho e, nas próximas Olimpíadas, terei 25 e 29. Ou seja, tenho no mínimo mais duas chances de representar meu país nos Jogos. Paciência é uma virtude - mais importante que o talento - que o papai, a mamãe e o meu Pai Celestial me ensinaram a ter.