domingo, 30 de dezembro de 2007

UM ÓTIMO 2008 PARA TODOS NÓS!



Chega ao fim 2007, ano importante para o Rebote. Leandrinho brilhou na NBA, Varejão foi à final, Janeth disse adeus, nossas seleções enfrentaram momentos difíceis. Com tanto assunto, voltamos ao blog para facilitar a sua participação na caixinha.

Queria agradecer aos escudeiros Texano, que manteve o gás lá nos States, e Balassiano, que deu um tremendo fôlego ao site. Agradeço especialmente a você, leitor, o dono deste espaço.

Agora nós damos uma pausa rápida para descansar - afinal, ninguém é de ferro - e voltamos na próxima sexta-feira, dia 4.

Um ótimo 2008 para todos nós. Até semana que vem!

A INCRÍVEL NOITE DE DEVIN GINTY


Brandon Johnson / Foto: Reprodução

Vinte e quatro mil pessoas
no ginásio Adolph Rupp, em Kentucky. Televisão nacional.
A Universidade de San Diego tinha uma missão inglória: calar os Wildcats e obter a maior vitória da história da faculdade. E eles conseguiram. Por 81-72 e com 27 pontos de Brandon Johnson (foto), a equipe do assistente técnico brasileiro Walter Roese fez, ontem, o
fim de ano feliz para um atleta em especial. Conta, Roese:

"Kentucky é uma das mais tradicionais escolas do basquete americano, eles são fanáticos. Apesar dos 27 pontos do Johnson, a grande história foi a do nosso ala Devin Ginty, perfeito nos arremessos e lances livres. Não tem bolsa de estudos, paga a mensalidade do bolso (US$ 46 mil anuais), estuda demais, até ontem só havia jogado 38 minutos na temporada, com cinco pontos anotados, e só foi titular porque, na noite anterior, outro lateral abandonou o time para se dedicar aos estudos."

Jodie Meeks e Devin Ginty / Foto: Reprodução"O moleque (na foto, marcando Jodie Meeks) tem 1,80m, saiu jogando, fez 18 pontos, é muito bom como pessoa, esforçado e nunca imaginou nem que um dia iria jogar. Estou muito feliz pelo menino, ele merece. O basquete universitário é legal pois ainda tem esta magia e histórias de sucesso".

"O nome dele foi costurado pela nossa fisioterapeuta após três jogos, pois nem o nome na camisa tinha, e depois de 11 jogos ele sai de titular na Rupp Arena e joga muito. Ontem foi a primeira vez que jogou tanto. Provavelmente ele nem sabe o que fez ontem, nem tem idéia, vai levar alguns dias para entender a grandeza de ganhar lá dentro e jogar do jeito que jogou. Mas a tradição de Kentucky, a estrutura deles é algo de cinema. Eles tinham mais gente na comissão técnica que nós de jogadores. É tipo no futebol um time pequeno vencer o Flamengo no Maracanã lotado. Assim como para mim, o que aconteceu foi um sonho, e o menino vai se lembrar disto para o resto da vida."

sábado, 29 de dezembro de 2007

E NÃO É QUE ELE ESTAVA CERTO?




Há exatos 80 dias, nosso bravo Fábio Balassiano escreveu este pequeno texto. Desfilava elogios ao Portland Trail Blazers e dizia que, mesmo sem Oden, o time era capaz de chegar aos playoffs do Oeste. Assim que o texto foi para o ar, eu e ele travamos uma batalha de e-mails cheia de expressões como "nonsense", "mente doentia", e por aí vai - sobrou até para a quinta geração do pobre do James Jones.

Pois hoje a modéstia impede o caro Bala de abrir um sorriso debochado e tirar uma onda. O cara está humilde. O Portland, não. Contra tudo e todos, o time esfrega na cara dos descrentes uma inacreditável seqüência de 12 vitórias. Se a fase regular terminasse hoje, Roy, Aldridge & Cia estariam no mata-mata.

Na última caixinha, o leitor Renato pediu para falarmos do Portland. Pois cá estou. Ainda meio sem palavras, mas é preciso registrar uma das façanhas mais surpreendentes dos últimos tempos. A garotada está de parabéns. E... ok... o Fábio também.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A NBA EM MEIA DÚZIA DE IMAGENS


É isso que LeBron James tem feito com as defesas adversárias...

Tem rebote? É com ele mesmo. Dwight Howard pega 15 por jogo

A chegada de Kevin Garnett deixou tudo mais verde em Boston...

... tanto que o treinador Doc Rivers ficou, digamos, animadinho...

Em momento-foca, o chinês Yao Ming apanha um pouco da bola

E a legenda do leitor Guigo resume tudo: "I see dead people"

LOGO - RESULTADO E RANKING


O da última semana foi fácil, né? Era da Penn State Nittany Lions, do basquete universitário dos Estados Unidos. Walter Bartels foi o mais rápido pela segunda vez seguida, e temos uma nova integrante no ranking: Suzana Gutierrez, que levou quatro pontos. Veja os ganhadores:

1. Walter Bartels - 5 pontos
2. Suzana Gutierrez - 4 pontos
3. Gustavo Sousa - 3 pontos
4. Andrey Pereira - 2 pontos
5. Alexandre Estefan - 1 ponto


Após seis rodadas, a classificação fica assim:

1. Gustavo Sousa - 15
2. Walter Bartels - 14
3. Claudio Mikio - 11
4. Cibele Ferreira - 8
5. Andrey Pereira - 7
6. Renato Arêas - 7
7. Ben Hur Lopes - 5
8. Suzana Gutierrez - 4
9. Adrien Venancio - 4
10. Luciano Córdova - 4
11. Marcel Ferreira - 3
12. Tiago Jokura - 2
13. Michael Swiklo - 2
14. Renzo Castello-Miguel - 2
15. Alexandre Estefan - 2


Como já tem muita gente viajando para curtir o réveillon,
não teremos a promoção do logo nesta semana. Mas fiquem tranqüilos, porque em 2008 ela volta com força total. Abraços!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

LEANDRINHO, O CRAQUE DE 2007!


Leandrinho / Foto: NBA

Há um ano, quando foi escolhido o melhor de 2006 na votação do Rebote, Leandrinho disse que o grande plano dali em diante era ser campeão da NBA. O título não veio, mas ainda assim a glória bateu à porta do ala-armador do Phoenix Suns. Com o troféu de melhor sexto homem da liga americana, ele solidificou seu prestígio. Resultado: nem a campanha frustrante no Pré-Olímpico foi capaz de tirar do "Brazillian Blur" o título de maior destaque brasileiro do basquete em 2007. Parabéns a ele!

Janeth / Foto: CBBLeandrinho recebeu 18 de um total de 61 votos, entre ex-craques, técnicos, jornalistas, blogueiros, outros especialistas e, claro, vocês, leitores. Em segundo lugar, um empate entre o passado e o futuro do nosso basquete feminino: Janeth (foto), que pendurou o tênis no Pan, e Clarissa, a jovem pivô do Fluminense, receberam sete votos cada.

Anderson Varejão / Foto: NBAAnderson Varejão (foto), o primeiro brasileiro a chegar
à final da NBA, aparece em quarto lugar, seguido por Tiago Splitter, Guilherme Vos e Grego (os três votos para o presidente da CBB foram justificados como protestos). Antes da lista completa, vamos aos votos dos colunistas do site. Clique nos links para saber mais sobre os personagens.

___________________________________________________

Guilherme Vos / Foto: arquivo pessoal))) RODRIGO ALVES:
Guilherme Vos
(técnico do Flu)

O feito de Leandrinho como sexto homem foi histórico e, por isso, ele merece todos os elogios. Agora, o trabalho do Guilheme (na foto, com a armadora Ivana) à frente do time feminino do Flu é a perfeita definição do termo "heróico". Tirar dinheiro do próprio bolso para bancar o sonho de uma dúzia de meninas é coisa que ele já fazia bem antes de 2007. Mas paciência, eu só descobri toda essa odisséia há pouco tempo, então está aí o meu voto.

Clarissa / Foto: CBB))) FÁBIO BALASSIANO:
Clarissa
(pivô do Fluminense)

Apelidada de "Diamante Negro" neste site em janeiro deste ano, Clarissa é a melhor revelação do basquete feminino há tempos. Se isso não bastasse, é carismática, gentil e engraçada. Mas não é só isso: ela não recebe um centavo para atuar pelo Fluminense, não tem sequer uma pitada de fundamentos e se desdobra para atuar no circuito juvenil-universitário-adulto. É ou não é a cara da modalidade?

Hortência / Foto: Reprodução))) GUSTAVO DE OLIVEIRA: Hortência (ex-jogadora)

A primeira jogadora brasileira a entrar para o Hall da Fama da Fiba talvez tenha sido a única coisa boa que aconteceu para o basquete do Brasil ao longo deste ano de 2007. Que ela possa inspirar os demais basqueteiros da atualidade...

___________________________________________________

Agora, a lista completa dos eleitos como destaques de 2007:

1. LEANDRINHO (ala-armador do Phoenix) - 18 votos

2. Clarissa (pivô do Fluminense) - 7 votos
... Janeth (ex-ala da seleção) - 7 votos

4. Anderson Varejão (ala-pivô do Cleveland) - 5 votos

5. Grego (presidente da CBB) - 3 votos
... Guilherme Vos (técnico do Fluminense) - 3 votos
... Tiago Splitter (pivô do Tau Cerámica) - 3 votos

8. Hortência (ex-jogadora) - 2 votos
... Lula Ferreira (ex-técnico da seleção) - 2 votos

10. Alberto Bial (técnico), Amaury Pasos (ex-jogador da seleção), Byra Bello (comentarista do SporTV), David Abramvezt (repórter do Lance), Hélio Rubens (técnico de Franca), Kanela (ex-técnico da seleção), Marcelinho Huertas (armador do Bilbao), Marcelinho Machado (ala do Flamengo), Marquinhos (ala do New Orleans), Paulão (pivô do Axarquia) e Paulo Murilo (técnico e editor do blog Basquete Brasil) - 1 voto cada

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

ESTATÍSTICA? NEM SEMPRE...




Nem sempre são seguros os números. Se ignorá-los com certeza é sinal de descaso, tratá-los como verdade absoluta é furada. Um bom exemplo é o Kobe Bryant. Diziam que seu jogo mudaria, que seus passes fariam companheiros mais felizes, que seu percentual de acertos nos arremessos aumentaria.

Com média de 22.8 arremessos na temporada passada, Kobe diminuiu para 20.5 sem melhorar no aproveitamento (46% contra 44%). Isso siginica mais passes, certo? De acordo com os números, não. Nas assistências, o "fominha" Bryant de 06-07 anotava 5.4 por partida, enquanto agora são 4.9. Menos erros então? Hum... Dos 3.21 para os atuais 3.25, não há diferença.

Quer dizer, então, que ele piorou? Evidente que não. O mais genial jogador pós-Jordan está conseguindo, sim, "dividir mais a bola" e envolver seus companheiros, sem que seu jogo, e suas estatísticas, mudem. Ontem, contra o Phoenix Suns, foram oito erros, é verdade, mas um show com 38 pontos, sete passes, ótima atitude defensiva e algumas cestas de tirar o fôlego.

Kobe Bryant é o melhor atleta da NBA há anos, e nesta temporada, até agora, ninguém joga melhor que ele. Parafraseando Nelson Rodrigues, "se os números estão
contra ele, pior para os números".

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

UM FELIZ NATAL PARA TODOS!

A GLÓRIA E A GUILHOTINA




Já se vão mais de dois meses desde que o Chicago Bulls fechou a tampa das longas negociações para contratar Kobe Bryant. Com um elenco jovem, talentoso e eficiente, a diretoria não quis abrir mão de seus valores. Fez bem, aliás. O problema é que o mundo, às vezes, dá voltas imprevisíveis.

Na tarde de domingo, Kobe se tornou o mais jovem jogador a atingir a bela marca de 20 mil pontos na NBA. Juntou-se a Wilt Chamberlain e ao maior ídolo da história dos Bulls, Michael Jordan, no seleto clube dos que chegaram lá antes dos 30.

Menos de 24 horas após a glória de Kobe, a guilhotina desceu em Chicago. Sem encontrar explicações para a campanha de nove vitórias e 16 derrotas, o time demitiu o técnico Scott Skiles.

Não acho que Skiles seja ruim - foi ele que moldou bem esse elenco. Mas o elenco continua lá, e agora o bolo desandou. Em casos assim, é quase inevitável mudar o comando (alô, Knicks) e buscar novos caminhos. Boa sorte para quem assumir a cadeira.

domingo, 23 de dezembro de 2007

E O GANHADOR DO LIVRO É...



Alexandre Estefan

Entre os 30 leitores do site que escreveram para ganhar um exemplar de Uma bela jogada, de João Henrique Areias (editora Outras Letras), Alexandre se deu bem no sorteio. Parabéns. Agora a gente vai entrar em contato para pegar os dados e enviar o livro, ok? Para quem ainda não leu a entrevista com o autor, basta clicar aqui.

Agora, mudando de assunto, você já votou no nome brasileiro de maior destaque no basquete em 2007? A disputa está acirrada, hein. Mande logo seu voto para rebote@rebote.org. Na quarta-feira a gente fecha a apuração, e o resultado sai na quinta.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

DIGA AÍ: DE QUE TIME É ESTE LOGO?



Aí está o logo desta semana! O primeiro leitor que mandar a resposta correta para o e-mail logo@rebote.org ganha cinco pontos. O segundo vai ganhar quatro pontos; o terceiro, três; o quarto, dois; e o quinto, um ponto. Até o fim da fase regular da NBA, teremos um logo novo a cada segunda-feira. Quem fizer mais pontos no geral leva um prêmio relacionado ao basquete. Dê uma olhada no ranking, leia o regulamento, e boa sorte!

POR FAVOR: respostas apenas por e-mail, não nas caixinhas de comentários, para não estragar a brincadeira. Valeu!

LOGO - RESULTADO E RANKING


O logo da última semana foi mais complicado,
e o povo só conseguiu matar depois da dica. Era do Ignis Basket Draghi Novara, da Itália (segunda divisão). Ainda assim, valeu a pena para dar uma arejada no ranking: dos cinco acertadores, quatro são novatos na disputa:

1. Walter Bartels - 5 pontos
2. Adrien Venancio - 4 pontos
3. Ben Hur Oliveira - 3 pontos
4. Tiago Jokura - 2 pontos
5. Alexandre Estefan - 1 ponto


Após cinco rodadas, a classificação fica assim:

1. Gustavo Sousa - 12
2. Claudio Mikio - 11
3. Walter Bartels - 9
4. Cibele Ferreira - 8
5. Renato Arêas - 7
6. Andrey Pereira - 5
7. Ben Hur Lopes - 5
8. Adrien Venancio - 4
9. Luciano Córdova - 4
10. Marcel Ferreira - 3
11. Tiago Jokura - 2
12. Michael Swiklo - 2
13. Renzo Castello-Miguel - 2
14. Alexandre Estefan - 1

O NATAL DE SPLITTER


Tiago Splitter / Foto: Reprodução

Tiago Splitter fez a festa contra o Virtus Bologna (de Guilherme Giovannoni, que obteve 10 pontos e seis rebotes em 24 minutos) na nona jornada da primeira fase da Euroliga. Jogando fora de casa, o brasileiro anotou 25 pontos, apanhou 12 rebotes, roubou seis bolas e ainda deu duas assistências na vitória do Tau Ceramica por 85-69. O pivô atingiu 42 pontos de eficiência e foi eleito o MVP da rodada da Euroliga. Outro que se destacou foi Nikola Pekovic, do Partizan e já citado neste espaço, que anotou 26 pontos, 16 rebotes e seis tocos na vitória sobre o Chorale Roanne.

O Tau é o vice líder do grupo A, com seis vitórias em nove partidas, atrás do CSKA (8-1). No B, Unicaja e Lietuvos Rytas, equipe de JP Batista, lideram com sete triunfos e duas derrotas.
E na chave C, o Panathinaikos (8-1) é seguido de perto pelo Barcelona (7-2). Os quatro melhores vão à próxima fase.

ELEIÇÃO: PERSONALIDADE DO ANO




Fim de ano chegando, é hora de escolher a personalidade brasileira do basquete que mais se destacou em 2007. Vale masculino, feminino, atleta, técnico, juiz, dirigente, enfim, qualquer brasileiro envolvido com a modalidade. Pense com calma, sem pressa. Você pode votar até quarta-feira, dia 26,
pelo e-mail rebote@rebote.org. Seu voto vai se unir aos dos especialistas, todos com o mesmo peso, e o resultado será divulgado na próxima quinta-feira. Capriche na escolha!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

NOVO LOGO NA SEXTA-FEIRA

Para não prejudicar o povo que vai viajar no Natal, o logo da semana vai ao ar na tarde de amanhã, sexta-feira. Aguardem!

CINISMO




No fim da partida entre Flamengo e Boca Juniors, pela Liga Sul-Americana, os jogadores do Rubro-Negro foram reclamar de uma falta com o árbitro, que não gostou e peitou os atletas. Todos erraram. O fato é que a falta de educação, tão comum nos gramados, chega com força às quadras. Mas não só ela.

Perguntado pelo repórter da ESPN Brasil sobre o incidente, Fred disse que nada havia ocorrido. Marcelinho, depois, disse que pedira o reconhecimento do erro do juiz. A desfaçatez é incrível. Por conta das absurdas arbitragens nacionais, o Flamengo acabou pagando parte da conta num embate internacional, cujos apitos soam diferentes, e muito mais corretamente.

Para citar mais exemplos de como o cinismo impera na modalidade, cito duas passagens ocorridas após a final do Carioca. Arthur me disse que sentia muito a derrota na final porque o Vasco acolheu bem o elenco e ofereceu muita estrutura. Retruquei, pesadamente até, dizendo que não havia "estrutura" alguma oferecida pelo clube cruz-maltino. Outra foi com o agora ex-técnico de Arthur, José Carlos Vidal, que me disse que ficara triste por se tratar de uma final, mas não pela camisa, que pouco representava para um elenco pago pelo Brasília. Agora digam: para que a retórica-bravata-falsidade-cinismo de Arthur?

MAIS UMA OPÇÃO DE NBA NA TV

Boa notícia para quem quer mais NBA na tela: os jogos da TV Esporte Interativo, que transmite às terças e quintas, agora poderão ser vistos no canal 17 da NET-RJ, pela Rede NGT. Logo mais, às 23h, tem Los Angeles Lakers x Cleveland Cavaliers.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

AS 500 DE PITINO




Após a vitória de sua universidade, a de Louisville, sobre Marshall por 85-75, Rick Pitino tornou-se ontem o 17º treinador da Divisão I a atingir 500 vitórias. Todos os ingredientes de sua carreira estavam no ginásio: marcação por pressão em toda a quadra, tiros de três em profusão, defesa apertada, tempo de jogo dividido (oito atuaram por mais de 15 minutos) e, claro, polêmica. A partida marcou a volta à ativa do ala Derrick Caracter (18 pontos, oito rebotes e quatro tocos em 23 minutos), depois de ter sido suspenso (ele chegou atrasado ao campus da faculdade).

Rick Pitino / Foto: NBASe não foi muito bem na NBA em sua passagem pelos Celtics (quando criticou os torcedores, dizendo que não fazia sentido gritar por Bird, McHale e Parish), Pitino fez sucesso nos Knicks, quando levou o time a uma campanha de 52 vitórias em 1989. Na NCAA, os números falam por si. Único a levar três times (Providence, Kentucky, por onde foi campeão em 1996 e vice em 97, e Louisville) ao Final Four, foi ele um dos primerios a se beneficiar da criação da linha de três pontos.

O autor do livro autobiográfico Born to life (1988) é casado casado há 31 anos com Joanne Minardi, com quem tem seis filhos. Um deles, Daniel, faleceu com seis meses de vida após problemas congênitos no coração. Desde então, o casal criou a Daniel Pitino Foundation para arrecadar fundos para crianças com problemas do gênero. Ontem, o razoável ex-jogador da Universidade de Massachusetts, que completou 55 anos no último 18 de setembro, colocou mais uma vez seu nome na história incontestável de talento, glórias e histórias controversas.

OK, OK, EU PEGUEI PESADO...

Tudo bem, desta vez eu admito, o logo da semana é muito difícil. Tanto que, até agora, ninguém sequer se arriscou a mandar um palpite. Sendo assim, aí vai uma dica: a imagem do dragãozinho fazendo uma cesta é de um time italiano. Pronto, agora corre lá e manda o e-mail para logo@rebote.org. Boa sorte na tentativa!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

DIGA AÍ: DE QUE TIME É ESTE LOGO?



Aí está o logo desta semana! O primeiro leitor que mandar a resposta correta para o e-mail logo@rebote.org ganha cinco pontos. O segundo vai ganhar quatro pontos; o terceiro, três; o quarto, dois; e o quinto, um ponto. Até o fim da fase regular da NBA, teremos um logo novo a cada segunda-feira. Quem fizer mais pontos no geral leva um prêmio relacionado ao basquete. Dê uma olhada no ranking, leia o regulamento, e boa sorte!

POR FAVOR: respostas apenas por e-mail, não nas caixinhas de comentários, para não estragar a brincadeira. Valeu!

POR OUTRO MODELO DE GESTÃO


João Henrique Areias / Foto: arquivo pessoal

“O dirigente esportivo tem autoridade, mas não tem responsabilidade”. Quem diz isso é João Henrique Areias, presidente da agência Sportlink e autor do recém-lançado livro Uma bela jogada - 20 anos de marketing esportivo (blog), da editora Outras Letras. João é pioneiro e inovador num ramo que gera R$ 17 bilhões anuais em receitas no Brasil, mas que ainda é gerenciado de forma amadora. Depois de 12 anos
na IBM, foi o responsável pela remodelação do departamento de marketing do Flamengo e a criação da Copa União, até hoje uma das competições com maior média de público da história. Mas sua experiência não se resume apenas ao futebol. Areias ajudou no crescimento do basquete em 1995 e 96, mas acabou tendo seus serviços suspensos a partir da gestão Grego. Neste papo, ele fala de gestão esportiva e, claro, explica o motivo da rescisão do contrato com a CBB.

- REBOTE - Em 1995, a Sportlink foi convidada para ser a agência de marketing da CBB. Como foi este começo para quem não tinha contato com a modalidade?
- JOÃO HENRIQUE AREIAS - Foi o Ary Vidal quem me apresentou ao basquete e sugeriu meu nome ao Renato Brito Cunha (então presidente da entidade). Eu precisava conhecer o produto chamado basquete brasileiro. Foi por isso que, naquele ano, quando a seleção jogaria amistosos no Sul, eu viajei com os atletas. Queria ouvi-los e saber o que pensavam.

Montagem: Rodrigo Alves- Você conta que a situação
da CBB à época não era das melhores. Haviam perdido o patrocínio do Banco do Brasil para o vôlei, a fabricante de material esportivo também tinha pedido para sair, e até
a Penalty havia reduzido o número de bolas. Só restava a Caixa Econômica, com US$ 600 mil anuais. Em menos
de um ano, as receitas da entidade pularam para
US$ 6 milhões. Por que a situação tinha chegado àquele ponto?

- Chegou àquele estágio por absoluta falta de gestão voltada para o mercado. Era uma gestão eminentemente técnica, mas sem se dar conta de que o esporte estava se transformando num negócio. O modelo adotado ainda era o da década de 70, com dirigentes amadores e voluntários. E o esporte havia mudado. Colocamos o nome de “Volta Olímpica do Basquete”, idealizamos um calendário quadrimestral e fomos atrás de patrocínios. Obtivemos um valor alto do SporTV (US$ 8 milhões por quatro anos). Conseguimos computadores da Unisys, para estatísticas. Fechamos um acordo com a Panini, que comercializou um álbum de figurinhas do Campeonato Brasileiro daquele ano. A Caixa
foi convencida a colocar suas fichas somente no basquete e obtivemos US$ 3 milhões. Da Reebok, pelo material esportivo, foi mais US$ 1 milhão. Da Molten, as bolas. Foi uma revolução, com número dos atletas entre 0 e 99, nomes nas camisas, jogo das estrelas transmitido pela TV Globo e média de público de cerca de 2 mil pessoas (a maior da história).

>>> "Eu disse ao Oscar que não poderíamos mais lidar com dirigentes voluntários, com muita autoridade, mas nenhuma responsabilidade.
Não houve briga entre nós, apenas discordância de idéias."


- E a seleção? Como ficava nessa história?
- Nada teria dado certo se a seleção não tivesse se classificado para os Jogos de Atlanta. Foi por isso que propus ao Renato um aumento do prêmio pela vaga. Em vez dos US$ 500 para cada, disse que oferecesse US$ 10 mil.

Oscar / Foto: Reprodução- Mas para isso você precisava de um ídolo, não?
- A volta do Oscar ao basquete brasileiro foi fundamental. Era como se o Pelé atuasse fora e estivesse voltando. Ele foi o que chamamos de “cereja do bolo”, ingrediente importante para que o SporTV, ainda com receios no investimento, tirasse todas as suas dúvidas.

- Mas alguns anos depois você e Oscar tentaram implantar um modelo de liga profissional que não vingou. Por quê?
- Eu tive a idéia de repetir o sucesso de Uberlândia anos antes. Seria o tripé universidade-cidade-empresas. Doze cidades envolvidas, com 30 cotas de patrocínio para cada uma. Por conta da ausência de times de futebol, o Oscar disse que precisava de equipes com camisa, porque havia retornado para jogar no Corinthians e encerrou a carreira no Flamengo. Eu entendi, mas disse que não poderíamos mais lidar com dirigentes voluntários, que têm muita autoridade, mas nenhuma responsabilidade. Não houve briga entre nós, apenas discordância de idéias. Podem me chamar de radical,
mas saí do projeto porque acredito que o amadorismo seja completamente incompatível com o esporte de alto rendimento.

>>> "Sem resultados, receitas e campeonatos de bom nível, como
o Grego está lá até hoje?"


- Voltando à CBB, como foi a troca de poderes na entidade? A eleição de Grego mudou totalmente aquela situação, não?
- Sim. O Grego desfez tudo que seu antecessor havia feito. Logo ele deixou de nos pagar e eu disse que era uma loucura o que estava fazendo. Mas ele estava decidido, e o contrato foi rescindido. Ganhei um AVC, todas as ações na Justiça contra a CBB, a entidade perdeu os patrocínios e nunca mais viu o país nas Olimpíadas entre os homens. Não tenho rancor algum. Mas só vejo os jogos pela televisão, pois sei que, enquanto ele estiver por lá, nada se modificará. O nível caiu muito.

Gerasime Bozikis, o Grego / Foto: CBB- Para terminar, como renovar o produto, mesmo com os maiores ídolos jogando fora?
- O declínio é estrutural e gerencial, pois o modelo de gestão é completamente ultrapassado. A saída é o trabalho de base. É preciso reestruturar a CBB e as federações locais, colocar dirigentes sérios e profissionais na modalidade e criar um centro de treinamento moderno (a ponta da pirâmide). E, claro, precisa ter credibilidade e gerenciar em alto nível. É evidente que há possibilidade para crescimento, com capacitação de técnicos, recrutamento de jogadores e organização. O que não pode é uma confederação ser mantida com dinheiro de uma estatal (Eletrobrás) e não ser cobrada pelo Ministério do Esporte. É preciso dar resultado, em primeiro lugar. Sem resultados, receitas e campeonatos de bom nível, como o Grego está lá até hoje?

________________________________________________

PROMOÇÃO - Gostou das idéias do João Henrique Areias? Quer um exemplar do livro Uma bela jogada? Então mande um e-mail para rebote@rebote.org até sexta-feira. A gente vai fazer um sorteio, e o ganhador será divulgado na próxima segunda.

domingo, 16 de dezembro de 2007

LOGO - RESULTADO E RANKING


O logo da semana passada foi tranqüilo, né? Dallas Chaparrals, no fim dos anos 60 e início dos 70, na ABA, foi o time que mais tarde se tornou o San Antonio Spurs. Andrey Pereira e Walter Bartels foram os dois mais rápidos e entraram no ranking. Os cinco acertadores:

1. Andrey Pereira - 5 pontos
2. Walter Bartels - 4 pontos
3. Claudio Mikio - 3 pontos
4. Gustavo Sousa - 2 pontos
5. Ben Hur Lopes - 1 ponto


Após quatro rodadas, a classificação fica assim:

1. Gustavo Sousa - 12
2. Claudio Mikio - 11
3. Cibele Ferreira - 8
4. Renato Arêas - 7
5. Andrey Pereira - 5
6. Walter Bartels - 4
7. Luciano Córdova - 4
8. Marcel Ferreira - 3
9. Michael Swiklo - 2
10. Renzo Castello-Miguel - 2
11. Ben Hur Lopes - 2


O próximo logo entra no ar na noite desta segunda-feira.

PASSA A BOLA!


))) O site BB Heart afirma que o novo treinador da seleção brasileira será mesmo o espanhol Manel "Xerife" Comas. A Folha de S.Paulo já tinha levantado o nome dele em setembro, e nós chegamos a comentar aqui no Rebote. O sujeito é do tipo linha dura, e às vezes exagera - já ofendeu atletas e até se envolveu numa acusação de racismo. Vamos ficar de olho.

))) Na final do Sul-Americano de Clubes, o professor Paulo Murilo, do Basquete Brasil, foi convidado por Grego para um café e um papo sobre basquete na CBB. Quando foi ligar para marcar...

))) Laís Elena, técnica do Santo André, esteve no Rio na última semana e deu a entender, discretamente, que foi prejudicada no jogo em Florianópolis porque um dos aros do ginásio estava torto. No boxscore, a discrepância no placar do primeiro para o segundo tempo mostra que ela pode estar cheia de razão.

))) Com torcedores que costumam atirar objetos na quadra, o sérvio Partizan foi condenado a jogar com portões fechados na Euroliga. Por aqui, vale registrar que a polícia fez um trabalho decente ao investigar e punir os baderneiros de Fla x Vasco.

))) O armador David Arseneault, filho do técnico no Grinnell College, registrou o recorde de assistências no basquete universitário dos EUA - superou até as 30 de Scott Skiles na NBA.

))) O blog Ball Hype usou o Google Maps para apontar o local de nascimento de todos os atletas da NBA - dá para filtrar por time.

))) Como se não bastasse ter quebrado um dente em quadra, o craque Steve Nash ainda fez graça na entrevista ao sair para o intervalo. E olha que não foi a primeira vez do canadense. Ele já tinha sido vítima do famoso cotovelo de Karl Malone em 2003.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

NA ESTRADA COM O BOTAFOGO


Equipe do Botafogo no ônibus / Foto: Rodrigo Alves



A exemplo do que fiz com Fluminense, passei os últimos dias acompanhando a equipe feminina de basquete do Botafogo - incluindo a viagem para Teresópolis. O resultado está nas três reportagens publicadas hoje na Globo.com. Seguem os links:

))) No embalo de Rocky, Botafogo sobe a serra
Com direito à saga de Balboa rolando no DVD do ônibus, as meninas foram a Teresópolis para enfrentar o time local.

))) Do choro à vitória, armadoras não desistem
Ainda adolescentes, as titulares Patrícia e Camila se equilibram entre a função de armar o time e os conflitos naturais da idade.

))) Entrevista: Renata Oliveira, a Tata
A jogadora mais experiente do time fala sobre o trabalho de orientar as mais jovens e a atividade como técnica do mirim.

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO


Robert Parish e KC Jones / Foto: NBA

Olhando as estatísticas, o torcedor do Boston Celtics pode encontrar mais uma razão para sorrir. No último campeonato conquistado pela franquia (1985-86), o começo da campanha foi absolutamente indêntico ao de agora (17 vitórias nos 19 primeiros jogos). A diferença é que o atual time venceu o seu vigésimo, contra o Sacramento. Bird e companhia perderam a chance de construir uma sequência de 10 vitórias no dia 6 de dezembro de 1985, quando perderam em casa para o Portland por 121-103. Quer ir além?

O time de Doc Rivers ainda está invicto em casa após 11 partidas jogadas no TD Banknorth. O então time de KC Jones (foto) teve a incrível marca de 40 triunfos em 41 embates no Boston Garden. Mais? A trinca Bird-McHale-Parish era responsável por 63.2 dos 114.1 pontos de média da equipe, ou 55%. Garnett-Allen-Pierce somam 58.8 dos 101 do Boston, ou 58%. Parecido, não?

É evidente que há diferenças (Ainge, Walton, Dennis Johnson e Scott Wedman completavam aquele timaço dos Celtics da década de 80; ao passo que Rondo, Davis e Kendrick Perkins fazem parte deste da virada do século), mas uma das torcidas mais fanáticas da liga espera que o fim justifique os meios...

O CAMPEÃO CARIOCA






Pode soar infantil, mas o título do Flamengo na noite desta quinta-feira faz justiça ao menos àquele que investe em basquete no Rio de Janeiro. Quem esteve no Maracanãzinho viu um time rubro-negro - que venceu por 75-73 e fechou a série em 2-0 - organizado na defesa, porém sem imaginação no ataque, apesar da excepcional performance do armador Hélio, cestinha da partida com 30 pontos, além de seis assistências. Com chance de empate no último lance, Valtinho, o melhor do Vasco/Brasília, fez péssima leitura: trabalhou com o relógio, mas partiu em direção a um garrafão congestionado. Deveria tentar um arremesso de fora (como me confessou seu técnico ao fim da partida) ou pedir um bloqueio longe da tabela, para que, aí sim, seu deslocamento fosse mais tranqüilo - em vez disso, ainda tentou, sem sucesso, um passe numa área com oito atletas...

Vale registrar também a péssima arbitragem do torneio. Entre outros atletas, Arthur comentou, com razão, que a falta de critérios, a "famosa lei da compensação" e a impossibilidade de um jogo mais físico fazem com que a partida, que já tem poucos atrativos, fique ainda mais tediosa. Se o legado do Carioca 2007 será nulo em termos de valores para o basquete estadual e nacional, se a péssima estrutura deu lugar a espetáculos absurdos (com diferenças de até 80, 90 pontos) e se a falta de investimentos e capacidade de gestão da federação abre espaços para times que jogam três campeonatos regionais ao mesmo tempo, ao menos ele premiou o único time que leva a modalidade a sério no Rio de Janeiro. E, sejamos justos também, Marcelinho faz uma baita diferença em nível doméstimo. Mesmo mal, o ala não se escondeu e marcou Arthur com muita técnica.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

À ESPERA DE UM MILAGRE


Gerasime Bozikis, o Grego / Foto: CBB

Em entrevista ao Globo Esporte (clique aqui para ver o vídeo), Grego afirmou que o novo técnico da seleção masculina é um europeu. Até aí, nenhuma novidade. Disse também que
o nome será anunciado na primeira quinzena de janeiro - e aí temos mais um adiamento, já que a última promessa falava em fim de dezembro. "Ele virá para o Brasil como um único e exclusivo objetivo, que é levar o nosso país às Olimpíadas de Pequim. Não virá aqui para fazer mudança na nossa maneira de jogar", explica o presidente da CBB durante a entrevista.

E lá vamos nós, perdendo mais uma grande oportunidade de implantar uma nova filosofia e fazer um trabalho a médio e longo prazo. Pelo visto, vem aí apenas um bombeiro com a missão de salvar o time num passe de mágica. Por aqui, vamos rezando.

OS PECADOS DE LARRY BIRD


Larry Bird / Foto: NBA

Coitado do Larry Bird. Um dos maiores jogadores de todos os tempos, o agora presidente do Indiana Pacers parece estar pagando todos os seus pecados com a franquia. Teve o fatídico lance em que Artest agrediu um torcedor em Detroit (2004), os tiros de Stephen Jackson na saída de uma discoteca (2006), a prisão de Marquis Daniels e Jamaal Tinsley após briga em um bar (2007) e agora a notícia de que este último (Tinsley, em sua melhor temporada, diga-se de passagem) está envolvido em uma confusão (com direito a tiros) entre gangues da cidade. Definitivamente, o ídolo do Boston Celtics não merecia tanto sofrimento.

Certa vez, com inteligência e ironia, Bird disse que os jogadores de hoje são muito paparicados pela mídia, pelos torcedores e pelos empresários. Para ele, estes "jovens precisam ir ao supermercado, sacar dinheiro no banco, regar o jardim, enfim, viver como cidadãos normais", com o que concordo, só acrescentando a ajuda de psicológos. Não será surpresa se, depois de mais um caso explosivo (com o perdão do duplo sentido) em Indianápolis, o craque pedir arrego para descansar.