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No texto de ontem, escrevi que o jogo contra os Estados Unidos valeria muito em caso de vitória e não significaria nada em caso de derrota, afinal era o esperado. Aliás, põe esperado nisso. Meus humildes 15% de chances de triunfo brasileiro foram considerados otimistas demais na caixinha. Só para dar um exemplo, o bigmanrj, que está sempre por aqui, saiu-se com essa pérola: "Se ganharem do USA Team, eu saio nu na praia de Copacabana". Bom, os moradores do bairro escaparam desta cena por muito pouco. Fato é que, mesmo na derrota, a partida valeu muito. Porque não foi uma derrota qualquer.
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O Brasil provou que é capaz de encaixar uma partida de alto nível e tem material humano para executar boas performances (ainda que não sejam desse mesmo calibre, nem precisa tanto). Jogar desse jeito, com uma defesa elogiável, uma disposição tática louvável e uma força física invejável, é mérito dos jogadores e também de Rubén Magnano, que já começava a receber uma saraivada de ataques pesados. É inegável que o argentino, ao menos, conhece os caminhos para encarar os americanos.
Ninguém precisa embarcar em euforia excessiva, mas o jogo de segunda-feira teve um mérito (entre outros) indiscutível: fez o torcedor vibrar de novo com o basquete. Gente que não costuma nem olhar para a bola laranja grudou o olho na televisão durante duas longas horas. E o povo que acompanha a modalidade ficou empolgado, nervoso, descabelado e, no fim das contas, feliz. Eu, pelo menos, fiquei. Você não?