quarta-feira, 16 de abril de 2008

A BUSCA DO AUGE


Micaela / Foto: CBB

Micaela está de volta - para alegria de Ourinhos, que, se perdeu duas estrelas (Lisdeivi temporariamente e Iziane, de forma definitiva), ganhou a jogadora que mais cresceu tecnicamente no cenário nacional de uns tempos para cá. Ansiosa com o início do Paulista (o time de Bassul, treinador dela desde os 14 anos, estréia hoje contra Santo André) e com o Pré-Olímpico, a ala conversou com o Rebote.

REBOTE - Depois de uma temporada na Letônia, você volta para Ourinhos, onde já atuou. O que espera desse recomeço?
MICAELA - É uma sensação de voltar para casa, estou feliz. Vou jogar na posição 4, bem diferente para mim, mas vim para dar o melhor como sempre faço, mesmo que assim não assim pareça. Ourinhos é uma cidade querida para mim.

Micaela, quando defendeu Ourinhos / Foto: CBB- Mas dá pra esperar que você fique até o fim do Paulista, ou uma proposta européia, se vier, falará mais alto?
- Fico até o fim, porque o campeonato termina antes de começar a temporada européia. Quero jogar por lá, mas a proposta tem que ser legal.

- Até que ponto treinar com o Bassul em Ourinhos será benéfico para o seu desenvolvimento na seleção?
- O Paulinho sempre quer o melhor, e isso faz com que sempre façamos tudo perfeito. Jogar na posição 4 não me ajuda em nada, não é minha posição, mas treino com ele desde os 14 anos, aprendo tudo com ele e espero que traga resultado.

>>> "Estou há oito anos esperando uma oportunidade dessas. Em 2000 estava no time e fui cortada no fim. Em 2004, eu me machuquei. Agora farei tudo o que for possível para irmos às Olimpíadas" - Micaela

- Você terá 29 anos em Pequim, idade de maturidade da maioria dos atletas. Chegou o seu momento de afirmação?
- Chegou sim, e preciso jogar muito. Estou me preparando para chegar aos meus objetivos. Estou treinando muito e, apesar de ser tímida e saber que isso me atrapalha fora de quadra, dentro dela eu me solto, me sinto em casa.

Micaela e Bassul / Foto: CBB- Assim como ocorre no masculino, a geração feminina é muito forte. Tem expoentes como Iziane e você, além de meninas novas que ainda precisam de experiência. O que esperar da seleção no Pré-Olímpico e nas Olimpíadas?
- Espero o melhor do Pré-olímpico, porque estou há
oito anos esperando uma oportunidade dessas. Em 2000 estava no time e fui cortada no fim. Em 2004, me machuquei. Agora farei tudo o que for possível pra irmos à Olimpíada. Podem esperar um bom resultado. Não sei qual, mas será bom.

7 comentários:

Luiz Fernando Paes disse...

gosto muito da seleção feminina do Brasil, sempre encara as melhores forças e há chance de medalhas

resta saber se a nova geração vai aguentar a bucha, sem Helen, Janeth e Alessandra ..

Claudinha(Adrianinha)
Iziane
Micaela
Cíntia
Érica

esse é o nosso quinteto?
e quem mais pode ajudar a seleção?
quais os pontos fortes e fracos?

quais outras jogadoras podem ser úteis na rotação?

estou ansioso para os dois pré olímpicos, querendo ver o Brasil, ao menos encarar os jogos e quem sabe ter ambos classificados

Anônimo disse...

Luiz Fernando, também estou bem ansioso, que deve ter a Ega no lugar da Cintia na escalação que você comentou. Hoje por volta das 15hs sai a convocação e nas alas deveremos ter ainda a Chuca, Karen, Iza e Karla. Na posição 4, Grazi, Franciele e Tati. No pivô, teremos Mamá e talvez Karina, ex-catanduva e agora Americana. A outra armadora fica entre Natalia e Gattei (mais pra primeira). Vamos aguardar. Fábio

Rodrigo Alves disse...

Luiz Fernando, baseado nas últimas competições, o quinteto é quase esse. A Cíntia não joga mais pela seleção - a porta não chegou a ser fechada, mas não acho que ela voltará. Nossa titular na posição 4 tem sido a Ega. Outras jogadoras de garrafão também podem ser usadas, principalmente Mamá (que também joga de lateral), Grazi (titular no Chile), Kelly (se voltar) e Franciele.

Nas outras posições, o Bassul tem Karla, Chuca, Karen, as armadoras que se destacaram no Nacional (Natália e Gattei), ou seja, o elenco tem qualidade, dá pra buscar a vaga.

Abraços!

Anônimo disse...

"Jogar na posição 4 não me ajuda em nada, não é minha posição..." Será que entendi bem?
Bala, o que ela quis dizer com isso?
Imagino um tal de Earving Johnson dizendo isso pro Pat Riley em 1980.(no caso era so a posição 5).

Anônimo disse...

Gustavo, ela disse isso mesmo. Mas pelo sistema utilizado pelo Bassul em Ourinhos (4 abertas e com muitos cortes), ela não sentirá tanto. A gente torce para que ela evolua, né... um abraço

Luiz Fernando Paes disse...

bom saber dessa convocação de daqui a pouco ..

e a do masculino? tem data?

as meninas do basquete sempre representaram muito, e confio nelas de novo, apesar de sem tantas jogadoras experientes, quem sabe não é a hora da Érica, da Iziane explodir, e de outras aparecerem ..

quantos classificam mesmo?
brasil é um dos favoritos, não?

Anônimo disse...

Luiz, tudo bem? Liguei ontem para a CBB e a convocação do masculino sairá no final de maio, no mais tardar - principalmente porque a competição deles é mais perto das Olimpíadas.

Sobre as meninas, são cinco vagas para Pequim, e por mais que a comissão técnica negue, a classificação é quase certa.
Só lembrando que as duas meninas que você citou, Iziane e Erika, as duas melhores talvez, só se apresentam perto da competição, por conta da WNBA. um abraço, fábio.