DEVER DE CASA

Depois dos títulos nacionais com os inesquecíveis-porém-infrutíferos Fluminense (1998) e Vasco (2001), parece que o Rio de Janeiro está aprendendo a viver sem os clubes de camisa e seus projetos de ocasião. Com exceção do Botafogo, dois dos bons trabalhos na cidade hoje estão em Germânia/VemSer e Mangueira, que se enfrentam na categoria juvenil nesta tarde
e têm oito das 24 convocadas para a seleção carioca infantil.

Criada em 2001, a VemSer é uma ONG que faz do trinômio esporte-educação- psicologia a sua principal qualidade. Raphael Zaremba, o técnico, professor e psicólogo que comanda o projeto, cativa com suas palavras e com a visão de como o basquete pode ajudar na vida de suas atletas. Mesmo sem visar apenas aos resultados esportivos, é por lá que atuam as excelentes Mayara (pivô do infantil que em uma partida anotou absurdos 38 pontos e 30 rebote) e Layana (ala do infanto-juvenil com vontade, ginga e maturidade que assustam).

O carismático Guilherme Vos, conhecido tanto pela capacidade de liderar os elencos com técnica quanto por sua veia humorística, é o treinador e coordenador do projeto de basquete da Mangueira, que conta com mais investimentos, boa estrutura e duas das maiores revelações do basquete carioca (Clarissa e Ivana).

Pode parecer pouco, mas depois de anos à míngua, bons projetos de basquete voltam a surgir no Rio de Janeiro.