quarta-feira, 21 de maio de 2008
UM LEÃO POR DIA
Kevin Garnett vem sendo criticado, a vida inteira, pela timidez nos momentos decisivos. Não tem, segundo dizem, aquele instinto matador dos grandes craques. Esta semana mesmo, na revista da ESPN, o ótimo Bill Simmons fez questão de lembrar o detalhe que separa o careca do Boston de outros carecas famosos. Ainda que não despeje uma cesta da vitória atrás da outra, Garnett tem se esforçado um bocado para mudar a fama. E nos playoffs, fica difícil apontar
o dedo para o sujeito e dizer que ele não está decidindo.
O jogo 1 contra o Detroit foi mais um exemplo. Enquanto Ray Allen estendeu seu mico-pós-temporada com 3-10 nos chutes, KG chamou a responsabilidade e liderou os Celtics com 26 pontos, nove rebotes, quatro passes e dois tocos. A vitória por 88-79 é fundamental no aspecto psicológico. Mas é preciso repetir a performance no jogo 2. Afinal, se o tal careca por acaso jogar mal, ou errar um arremesso nos últimos segundos, já viu, né...
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5 comentários:
Gostei de ver o Boston nesse jogo. Passou um pouco mais de confiança principalmente no fim depois de quase deixar o Pistons chegar no placar. KG jogou muito. Ray Allen decepcionando, mas acho que vai voltar a jogar bem.
Pierce jogou muito também.
CHUPA...
Vcs estão torcendo contra o CELTICS desde as previsões da temporada regular...
Alias, kd o chicago bulls que iria pra final da NBA???
CELTICS RULES...
Conforme o Marcel falou anteriormente, Pierce e Garnett foram muito bem. Se é verdade que o Ray Allen não esteve bem, o Billups também não jogou tudo que sabe: marcou 9 pontos e distribuiu apenas 2 assistências. Aliás, no aspecto assistências, foram 27 contra 15 para o Celtics (coletivamente). O Rondo, mais discreto que Pierce e Garnett, porém não menos eficiente, marcou 11 pontos, serviu 7 vezes e roubou nada mais, nada menos, que 5 bolas!
Nesta série ambas as equipes dividem responsabilidades. Se o Celtics perder, não será exatamente uma zebra, pois o Pistons é uma equipe respeitável. Todos tem um peso nas costas. São equipes equilibradas tanto no elenco de jogadores (sem grandes desníveis absurdos...) quanto taticamente, com jogo organizado que não depende do acaso ou de talento de um ou dois fora de série absolutos. Hoje eu vi o House e o Powe entrarem bem, por exemplo, apesar de terem jogado pouco. No Pistons, só o Billups entre os titulares não alcançou a casa dos 2 dígitos, porém ficou a apenas 1 ponto desta marca.
O duelo tático é o que mais impressiona. E aqui há que se fazer justiça ao Doc Rivers, que é sempre muito criticado. O jogo no 1º tempo foi equilibradíssimo: 1 ponto de diferença. Parecia que iria ser decidido nos segundos finais. Eis que surge um Boston Celtics totalmente diferente no 3º quarto (que foi onde a partida foi ganha, com 28 x 17, 11 pontos de diferença). Bonito ver as trocas de passes no ataque, com variações, além da atenção na defesa que o Celtics teve. Mérito do Doc, justiça seja feita.
Outro dia o Doc Rivers errou na rotação na volta para um 3º quarto e foi linchado. Já o Phil Jackson, quando cometeu o mesmo erro e deixou o time reserva inteiro na quadra contra o Jazz, que tirou proveito e reduziu uma diferença grande, ninguém mencionou. Guardadas devidas proporções, é claro, temos de fazer justiça ao Doc Rivers, pois o basquetebol que o Boston apresentou até aqui foi muito digno e, embora ele não tenha sido premiado como melhor técnico da liga (nem merecia, na minha opinião), não dá para desmerecer totalmente o trabalho dele.
Sigo torcendo firmemente para uma final entre Lakers e Celtics (seria uma final clássica!), embora acredite que o Spurs talvez seja menos complicado para o Boston.
Mais uma coisa: com relação a Garnett, um dos mais fantásticos que eu vi jogar na posição sem dúvida, não devemos confundir: uma coisa é um jogador ser decisivo nas partidas, considerando ela toda, outra é ele ser clutch, como o Fabio destaca. Um cara que faz 26 pontos e pega 9 rebotes é inevitavelmente decisivo no conjunto da obra - a média dele nos playoffs é 20,3 pontos e 9,9 rebotes, inclusive, suas estatísticas cresceram da temporada regular para os playoffs, o que demonstra um crescimento nos momentos decisivos da temporada! Quanto a questão dele ser decisivo no final das partidas (um verdadeiro clutch clássico), eu acho que há margem para discussão, embora polêmica. O Ray Allen, quando está bem, ou o próprio Pierce, que está comendo a bola, teriam mais esta característica do que ele, embora ele também seja um jogador de sangue frio, experiência e com opções de jogadas de segurança.
Mais discreto que Pierce no jogo de hoje, por exemplo, com menor posse de bola, porém bom defensor, pegador de rebotes, sempre bem colocado e o cestinha da partida.
Nadia,
Você é um pouco agressiva, mas eu divido com vc...
Nego falou de Dallas (hahahahha), nego falou de Rockets (hahahahah), nego falou de Bulls (hahahaah), to achando ótimo falarem do Pistons agora como a última bolacha do pacote. E digo mais, tão falando do Spurs... (nesse ritmo vão secar até quem não é digno disso)
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