domingo, 18 de maio de 2008
GENÉTICA
Poucas famílias brilharam tanto no basquete como os Gustavo. A primeira geração, a de Roseli, foi campeã mundial em 1994 e prata na Olimpíada de Atlanta. A segunda, de Silvia, disputou os Jogos de Atenas. Agora é a vez da caçula: Karen, 24 anos, é irmã de Silvia e sobrinha de Roseli. Comunicativa e com um senso de liderança incomum, a ala conversou com o Rebote.
REBOTE - Você pode ser a terceira da família a disputar uma Olimpíada. Isso te pressiona, estimula ou é indiferente?
KAREN - Estimula, porque sei que a minha família ficaria muito feliz. Quero muito ir à Olimpíada e não me sinto pressionada por tentar manter o nome da família na elite do basquete feminino.
- Concorda que seu basquete evoluiu muito no último ano?
- Concordo, mas sinto que foi algo natural. Em Ourinhos estou ganhando mais tempo de jogo, e minha participação na equipe aumentou bastante.
O que precisava fazer era transportar o que faço no clube para a seleção, e isso vem acontecendo também. Os amistosos em Cuba me deram mais confiança, porque nós tínhamos liberdade para jogar e eu me soltei bastante.
>>> "Hoje o erro não me incomoda mais como antes. Agora erro e tento consertar na próxima jogada. Antes, ele me acompanhava o jogo todo"
- Atuar na seleção com o mesmo técnico do clube ajuda? Falta confiança para você mostrar todo o seu potencial na seleção?
- Acho que ajuda porque sei o que ele espera de mim e tento corresponder. Ele sabe das minhas qualidades e consegue me deixar à vontade pra jogar. Sobre a questão da confiança, às vezes ela me faltava. Pensava muito em não errar, e por isso não conseguia acertar. Mas isso mudou porque hoje o erro não me incomoda mais como antes. Agora erro e tento consertar na próxima jogada. Antes, ele me acompanhava o jogo todo.
- Fale sobre a sua defesa, que muitos consideram a melhor do país, e a sua comunicação.
- Eu me considero uma ótima defensora, mas não tenho certeza se sou uma das melhores do país. Não são muitas as pessoas que conseguem apreciar a defesa
e o ataque num jogo, mas eu acho que, se fiz 30 pontos e minha "atacante" fez 40, saio com um déficit de 10. Defender é tão importante como atacar. Sobre a comunicação, gosto
de falar e o treino quieto me incomoda. Acho que não é bem uma questão de liderança, mas de não deixar de dar força quando alguém erra e de elogiar quando acerta. Isso deixa o treino mais gostoso e ajuda
algumas jogadoras a se sentirem mais confiantes.
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