sexta-feira, 10 de abril de 2009
A COMPULSÃO CONTINUA
Depois de algum tempo sem escrever sobre o NBB, parei para ver Bauru x Flamengo na noite desta sexta-feira. Que tristeza. O jogo foi de uma pobreza tática incrível - aliás, pensando bem, uma pobreza mais do que crível, diante do que temos visto por aí. Os dois times ignoraram aquela coisa chamada defesa e basearam
os seus ataques quase exclusivamente nos chutes
de três. Foram 56 durante
a partida - isso mesmo, cinquenta e seis, sem trema.
O aproveitamento até foi bom: 50% para o Bauru e 38% para o Flamengo, que venceu por 98-91. Mas isso se explica em grande parte pela costumeira liberdade dada aos chutadores a todo momento. Fischer (na foto acima), que de fato é um especialista na matéria, deitou e rolou com sete acertos em nove tentativas.
Em Vila Velha, o Brasília bateu o Cetaf por 80-76, e os dois times bem que se esforçaram para atingir a marca de Fla x Bauru. Foram 53 arremessos de três - desta vez, com índice bem pior: 26% (6/23) dos vencedores e 37% (11/30) dos perdedores.
No sábado, mais dois jogos no SporTV: São José x Araraquara às 10h (estarei lá para comentar) e Pinheiros x Joinville às 13h. Desde já, oremos por um pouco menos de precipitação.
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7 comentários:
Rodrigo,
vc sabe q sou flamenguista, mas realmente é duro ver os jogos da NBB. O basquete brasileiro da provas a cada dia do motivo pelo qual nao se classifica pros Jogos Olimpicos desde 96. É absolutamente ridicula a falta de noção tatica. Defesa, plano de jogo e coletividade são expressões q nao fazem parte do vocabulario dos nossos tecnicos de baixissimo nivel.
E o torcedor sofre (mesmo qdo ganha, é lider, campeao sulamericano...)
Abração!
Eu não tenho paciência pra ligar a TV numa sexta-feira à noite e assistir os machados da vida chutando de 3. Não existe nada mais entediante. Fora que o jogo por si só já não era atrativo.
Eu assisti o jogo no SporTV, e quando acabou assisti Lakers e Portland na ESPN. É óbvio que não se pode comparar um jogo de NBA e um de NBB, mas é ridiculo a falta de criatividade dos times brasileiros. Todos os ataques se resumiam em achar um jogador livre para o chute de três, e mesmo assim não era raro ver jogadores "ótimos arremessadores de três" dando airballs. E olha que a linha de três na NBB é mais perto do que na NBA. Já quanto a defesa, sem comentários.
Eu assisti ao jogo e realmente é dificil assistir os jogos por completo, ontem mesmo eu só assisti o primeiro tempo do jogo. Os jogadores são atiradores de 3 pontos! Em um contra ataque do flamengo de 2 contra 1 o Duda tendo a opção de ir pra bandeja livre preferiu parar da linha de 3 pontos pra arremessar. Acertou o arremesso mas a questão é a escolha que ele fez. Jeferson arremessava um ou 2 passos para tras da linha de 3 pontos! E defesa nesse jogo tambem praticamente não existia. Jogador de costas para o homem da bola, isso é coisa que vc aprende a não fazer desde pequeno. Em questão de organização da NBB até esta indo bem, agora os técnicos tem que dar uma melhorada no nível de seus times!!
Acredito que a opção pelo arremesso de 3 não seja uma questão tática e sim técnica.
Como nossos jogadores não desenvolvem bem seus fundamentos se torna mais efetivo tentar marcar 3 pontos em um arremesso de fora do que arriscar alguma jogada que dependa de habilidades inexistentes, com o risco de perda da posse de bola.
Abs.
ihh Rodrigo, fica calmo que hoje o recorde foi batido facilmente:
64 chutes de 3 no jogo Pinheiros e Joinville. 24 pro time paulista, com 9 acertos (38%) e 40 pros catarinenses (19 acertos, 48%), sendo uma no último segundo de jogo, de beeem longe, convertida pelo manteiguinha.
Pinheiros venceu o jogo.
Só se fala nisso no basquete brasileiro..
Ta ficando chato...o que tem mudado na prática???
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