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A definição do John Hollinger
no site da ESPN é perfeita: se fosse uma luta de boxe, já teria acabado. Realmente. Dentro de um ringue, não haveria quinto round para Nuggets e Hornets. Não depois do que aconteceu na segunda-feira. Um nocaute daqueles em que o adversário cai torto feito o Maguila contra Evander Holyfield e se mantém estatelado no chão por muito, muito tempo. Quem sabe até o início da próxima temporada.
Para quem não viu, o Denver ganhou o jogo 4 por surreais
121-63. Isso mesmo,
58 pontos de diferença. E dentro de Nova Orleans. Deu um show de basquete do início ao fim, liderado por Carmelo Anthony, com 26 pontos, sete passes e seis rebotes.
Do outro lado da quadra, o time da casa desceu ao fundo do poço sem cerimônia, com direito a atuação risível de Chris Paul, jogadores perdendo a cabeça de forma patética e, para coroar,
o ginásio ficando praticamente vazio ainda no terceiro quarto.
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Por mais que eu continue achando Paul um craque de bola, agora não dá para escapar: o que aconteceu nesta segunda carimba negativamente a carreira de um jogador. Não anula os grandes feitos, e há o atenuante das dores no joelho, mas a mancha é inevitável. Em 36 minutos, ele fez quatro pontos, deu seis passes e cometeu seis desperdícios. A pior atuação da vida, é provável.
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Quem viu a partida percebeu isso muito além dos números: Paul era um armador perdido, tonto, atabalhoado, com zero de habilidade, fazendo uma besteira atrás da outra. "Foi apenas um dia em que tudo deu errado", dirão alguns, com certa razão. Para apagar de vez esse dia, no entanto, só ressurgindo das cinzas e virando esta série para 4-3.
Acreditar nisso, a esta altura,
é o mesmo que torcer para o Maguila desentortar o braço, levantar do chão e embolachar o Holyfield. Contagem aberta...