sábado, 5 de setembro de 2009

UM PRÊMIO PARA O CANADÁ






Confesso que vibrei com a vitória do Canadá sobre a República Dominicana, resultado que deixou os caribenhos fora do Mundial da Turquia. O técnico Julio Toro é gente da melhor qualidade, e Al Horford também parece ser um cara bacana, mas o resto é um conjunto de marra como poucas vezes vi num time de basquete. Eles chegaram a San Juan com o discurso americanizado do "win it all" (palavras de Charlie Villanueva, o símbolo da arrogância). Praticaram um basquete indisciplinado, baseado na metralhadora de arremessos, e agora voltam para casa com o "lose it all".

O Canadá, por sua vez, é o oposto disso. Os jogadores (quase todos jovens) e o técnico Leo Rautins são tranquilos e humildes. Tentam praticar um basquete inspirado na defesa. Muitas vezes cometem erros, claro, mas estão conscientes disso. Sem falar que a classificação é um prêmio para a aposta numa administração séria fora da quadra, comandada pelo italiano Maurizio Gherardini, que também trabalha com o Toronto Raptors. E tudo isso eles conseguiram sem nomes famosos como Steve Nash e o pivô Dalembert, que arrumou confusão em 2007.

"Nem tem um convite aberto e permanente. Se ele disser a qualquer momento que está disposto a defender o Canadá no Mundial, será bem-vindo. Mas eu não quero usar este momento de festa pela classificação para falar de Nash. Quero falar dos meus garotos que estão aqui", afirmou Leo Rautins, arrancando entusiasmados aplausos dos jornalistas na entrevista coletiva.

2 comentários:

Anônimo disse...

A maior surpresa do torneio.

Rep. Dom. de salto mais do que alto e Canadá fez seu papel e de forma bem feita.

Parabéns ao Canadá, que pra mim, é o grande azarão.

Bruno disse...

Muito legal a classificação do Canadá.
Um time que joga um basquete solidário, sem pseudo estrelas.
Gostaria que Brasil e Canadá fizessem a final do torneio.