Kobe? Dwight? É claro que eles são as grandes estrelas, mas tem muita gente achando que
o resultado da decisão entre L.A. Lakers e Orlando Magic passa necessariamente por Pau Gasol. Um dos defensores dessa tese é John Hollinger, que publicou excelente artigo sobre o tema no site da ESPN. Se você está com preguiça de ler o texto em inglês, aqui vai o resumo: Gasol tende a ser uma baita vantagem para seu time no ataque, ao mesmo tempo em que vira um risco na defesa.
Na parte ofensiva, são dois cenários: quando Bynum estiver em quadra, o espanhol será marcado por Rashard Lewis, que terá enorme dificuldade para defendê-lo nos lances de costas para a cesta. E se o Orlando dobrar a marcação, basta um passe para alguém chutar de fora - o camisa 16 faz isso com o pé nas costas.
No outro cenário, se Andrew Bynum se enrolar com faltas, Odom entra no time, e Gasol passa a encarar Howard. Aí o trunfo é manter o Super-Homem ocupado, impedindo que ele saia para cobrir a marcação dos outros e distribuir tocos nas infiltrações dos homens de perímetro. Ah, e carregar o pivô com duas ou três faltinhas ali embaixo da cesta também seria ótimo para os Lakers.
O problema do espanhol é no outro extremo da quadra. Ao marcar Lewis, ele vai ter que ampliar sua área de atuação até a linha de três. Dali, o ala do Magic fica confortável: se Gasol não sair o bastante, ele solta os chutes de fora. Se a marcação vier, Lewis leva vantagem na agilidade para cortá-lo na infiltração. Outro panorama, mais uma vez com Bynum enrolado em faltas: se o pivô do Los Angeles for obrigado a enfrentar Howard no mano-a-mano da defesa, também será uma duríssima missão.
A tese de Hollinger faz muito sentido. Muito do que veremos nessa final pode depender do quanto Gasol conseguir confirmar seu favoritismo no ataque e reduzir sua desvantagem na defesa. E você, o que acha? Como o barbudo vai se sair no confronto?
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7 comentários:
Concordo plenamente.
Olhando para o Magic, outro fator importante será o rendimento de Turkoglu e Lewis, já que em algumas partidas andaram oscilando consideravelmente, principalmente nos primeiros quartos.
São jogadores fundamentais. Quando estão bem, o Orlando simplesmente não perde.
Ou seja: a análise do comentarista da ESPN presspõe um Lewis jogando o fino. Que assim seja.
Renzo, concordo, mas acho que Turkoglu e Lewis só jogam bem de verdade quando não são bem marcados. Diferentemente de grandes craques, eles não conseguem brilhar contra pedreiras.
acho que Odom consegue marcar o Lewis, tanto no garrafão quanto mais aberto ..
o Ariza tbm consegue segurar bem o Turkoglu eu acho ..
Kobe marcar o Pietrus é de boa também, acho que vai poder descansar bem na defesa ..
o Fisher tá péssimo, mas o Alston é bem inconstante .. acho que tá elas por elas ..
acho que o grande duelo é saber se o Gasol e/ou o Bynum vão segurar o D12 .. acho que o espanhol aguenta o tranco sim ..
Li um artigo falando das estatísticas do Gasol, nas vitórias e derrotas do Lakers e, por incrivel que possa parecer, eles não oscilam muito.
Gasol marcando Lewis e vice versa deve ocorre por uns 10, 15 minutos de jogo, no máximo, por que, em tese, um não tem como marcar o outro.
Para o Lakers os x-factors são Odom e Ariza (quando eles jogam bem o Lakers vence) e para o Magic são Pietrus e Alston.
Gasol, é o jogador mais estável do Lakers na temporada e, para mim, o melhor power forward do mundo hoje (ofensivamente com certeza, defensivamente não, e na média, sim)mesmo que as vezes jogue de pivô.
Rodrigo, eu colocaria o Gasol em cima do D12 e deixaria o D12 fazer os pontos dele e tiraria as bolas de 3 do Orlando, com o Odom em cima do Lewis...não vejo como bom matchup para o Lakers jogar Bynum e Gasol juntos...
Mesmo que o D12 faça 40 pontos de média na série, sem as bolas de 3 o Orlando não vai ganhar...sem contar que eles estão mais acostumados a arremessar de fora do que colocar a bola lá no post...mesmo que o D12 esteja fazendo seus pontos eles vão acabar arremessando bolas marcadas e vão acabar errando...
Minha estratégia contra o D12 seria partir para a cesta no ataque para carregá-lo de faltas, e usar Mbenga e Powel para despejar faltas nele e fazê-lo acertar os lances livres...
PauloRJ,
a sua proposta é certamente o plano "b" ou "c" do Lakers, mas entra uma questão importante, que o Phil Jackson não gosta de fazer:ao tirar Bynum e colocar Odom, ele estaria se rendendo ao estilo de jogo do Magic, ou seja, estaria colocando o time dele para se adaptar ao Orlando, e não o contrário, e Phil odeia fazer isso.
Acho que ele vai tentar o inverso primeiro, fazer o Orlando ter que colocar uma formação mais alta, caso Lewis não consiga marcar Gasol por exemplo, por que certamente a idéia do Lakers é jogar no garrafão e tentar explorar a vantagem de Gasol contra Lewis, e ainda cavar umas faltas no Howard. A questão é, quem será forçado a ajustar primeiro?
Me lembro de um comentário do Phil Jackson uns anos atrás, a respeito daquela série de playoffs entre Dallas e Golden State, que o time de Don Nelson venceu, exatamente por que o Dallas, ao invés de usar seu tamanho para jogar no garrafão e forçar o Warriors a se ajustar, fez o contrário, jogou com uma rotação de jogadores mais baixos e arremessadores, para equilibrar com os Warriors, e foi atropelado.
Guardadas as devidas proporções, esse é um erro que o Lakers deve evitar, apesar de ter jogadores que podem jogar da maneira que o Orlando joga.
Concordo com o Bruno, Lakers tem mais elenco na minha opinião, portanto o lógico seria o Orlando correr atrás para equilibrar os matchups. O duro de jogar contra o Orlando é na defesa, é dificil marcar um time em que seus pontos fortes são muito distintos, no caso os chutes de três e jogadas no post com D-12.
Mas lembrem-se que essas dificuldades só aparecerão ao Lakers se o Orlando estiver inspirado, levando em conta o grande numero de jogadores "inconstantes" que o time tem. Se as bolas de três não caírem e D-12 se carregar de faltas, o Lakers atropela...
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