OS MELHORES DO NBB

O NBB já está na final, então é hora de escolher os melhores do campeonato. Para isso, o Rebote montou um pequeno conselho formado por pessoas que cobriram o campeonato de perto: Alfredo Lauria, do Draft Brasil, Roby Porto, do SporTV, Adriano Albuquerque, do BasketBrasil, e Bernardo Guimarães, que faz o Território LNB. Escolhemos os melhores em quatro categorias, e eu bati um papo rápido com cada vencedor. Veja os resultados.



O cestinha do campeonato foi
a única escolha unânime da eleição, com total de 15 pontos, ou seja, recebeu cinco votações em primeiro lugar. Em seguida vieram ficou Alex (6pts), Larry (5) e Murilo (4). Aos 34 anos, Marcelinho atravessa uma das melhores temporadas de sua carreira. Ele falou ao Rebote sobre o NBB e a vontade de continuar vestindo a camisa da seleção brasileira. Confira.

- Você está no seu auge?
- Com o passar do tempo fazendo a mesma coisa, você tende a melhorar. A tendência é entender mais o jogo, me aprimorando, entendendo melhor o que cada jogo está pedindo.

- Depois do Pré-Olímpico, ficou a dúvida se você voltaria a vestir a camisa da seleção. Agora, quer ir à Copa América?
- Não conversei com o Moncho, mas eu quero sim. Estou me sentindo bem e vou ter um tempo de descanso depois do campeonato. Se o Moncho achar que vale a pena, estou aí.

- Com o primeiro NBB chegando ao fim, o que você acha
que tem de melhorar para a segunda edição?
- Acho que a liga deveria ser mais longa, até para o investimento dos clubes. Estruturalmente, algumas coisas não foram totalmente cumpridas. É preciso exigir dos clubes uma quadra própria para o jogo, com piso flutuante, tabelas padrão, isso seria o ideal. Já foi criada por exemplo uma associação de jogadores, é preciso criar também uma escola de técnicos.
O primeiro ano do NBB sem dúvida foi um sucesso, mas temos
que continuar evoluindo, ainda não estamos no ideal.



Aqui a eleição foi mais apertada e, vejam que curioso, acabou premiando a antiga comissão técnica da seleção, muito criticada até o Pré-Olímpico das Américas. Lula Ferreira ficou em primeiro, com 7 pontos, seguido por seus ex-assistentes Flávio Davis (6) e Guerrinha (4) - João Marcelo Leite, do Paulistano, também ficou com quatro pontos. Lula falou sobre o Brasília e os próximos desafios.

- Você lidera jogadores consagrados como Alex, Valtinho, Arthur e Ratto. É mais difícil ou mais fácil convencer esse tipo de atleta a seguir a sua filosofia ao longo da temporada?
- Você cresce quando trabalha com jogadores de alto nível, mas todo crescimento implica num patamar desconfortável. Por um lado, é mais fácil, porque eles têm uma boa compreensão. Por outro lado, se você não estiver bem embasado, eles não vão aceitar uma instrução sem substância. É fácil pedir, mas tem de ter conteúdo, e isso requer um estudo constante.

- Em termos de tática e filosofia de jogo, qual o maior desafio dos técnicos brasileiros para a próxima edição do NBB?
- São várias coisas. É preciso melhorar em alguns pontos, mas sem perder outros, como o jogo de velocidade. Agora, velocidade sem controle é um risco muito grande. Lidar com isso vai ser o desafio de todos os técnicos. E não podemos abandonar nunca os fundamentos do jogo. Eles são mais vitais que a própria tática.

- Você, Flávio Davis e Guerrinha, muito criticados até 2007, foram os três primeiros da votação. O que isso significa?
- A gente fica satisfeito. O trabalho realizado tem acertos e erros, ninguém acerta em tudo. Não conseguimos aquela vaga olímpica e, enquanto forem apenas 12 vagas, a dificuldade de todos os países será muito grande. Tanto que já cogitam mudar. Meu momento na seleção já foi, agora é a hora de outros.



Mais apertada ainda foi a escolha da revelação do NBB, até porque, nesse caso, cada um tem seus critérios para votar. Rafael Mineiro, pivô de 21 anos que defende o clube Paulistano, superou por apenas um ponto os rivais Betinho (Limeira), Eddy (Saldanha da Gama) e Neto (Araraquara). O vencedor fala ao Rebote sobre o presente e o futuro.

- O Paulistano não avançou ao playoff, mas você foi bem. Como avalia sua participação?
- Para mim, a temporada foi muito boa. Foi proveitoso trabalhar com o João Marcelo, eu nunca tinha trabalhado com ele. E foi ótimo. O fato de alguns jogadores terem se machucado foi ruim. A gente tinha condições de conseguir a classificação para os playoffs, mas esses desfalques impossibilitaram esse objetivo.

- Em que ponto seu jogo ainda precisa evoluir?
- Eu preciso trabalhar um pouco mais o meu arremesso, e estou trabalhando. O (técnico) João Marcelo Leite me ajuda muito, fica comigo antes e depois dos treinamentos.

- E na próxima temporada, vai continuar no Paulistano?
- Ainda não assinei me novo contrato, mas quero continuar lá. Com certeza vale investir no projeto do Paulistano. O João Marcelo tem essa característica de trabalhar com atletas jovens. Ele fez isso com o Fiorotto, e agora ele está convocado para a seleção, com o Dedé também. Então com certeza vale investir.



Melhor jogador do torneio, Marcelinho ganha a companhia de quatro outros jogadores na nossa seleção do NBB. Confira:

- Larry (Bauru, na foto)
- Alex (Brasília)
- Marcelinho (Flamengo)
- Murilo (Minas)
- Baby (Flamengo)

Deu para montar ainda uma seleção B, com os seguintes nomes:

- Valtinho (Brasília)
- Manteiguinha (Joinville)
- Marquinhos (Pinheiros, na foto)
- Olivinha (Pinheiros)
- Shilton (Joinville)

Agora, é com você. Concorda com as escolhas? Discorda delas? Quais seriam as suas? Diga aí na caixinha de comentários.

No sábado, estarei na Arena HSBC para acompanhar Fla x Brasília,
e de lá vou direto para a redação. Se der tempo, escrevo ainda no sábado sobre o jogo. Se não der, a gente conversa no domingo.