domingo, 29 de novembro de 2009

VENCER PARA SOBREVIVER




Estive no ginásio do Botafogo na noite de sábado e vi a equipe carioca conquistar sua primeira vitória no Nacional Feminino: 54-50 sobre São Bernardo. Apesar da queda de produção no terceiro quarto, o time da casa fechou o jogo com boas atuações da jovem Camila (12 pontos, oito rebotes, 7 passes) e das experientes Tata (15 pontos, 6 passes) e Kelly Cota (na foto, 14 pontos, 13 rebotes). As três, aliás, jogaram mais de 38 minutos, e se a ideia é vencer tem que ser assim mesmo, diante de um banco formado por atletas da base (somando todas as reservas, foram apenas 31min e 2 pontos).

No frágil basquete carioca, vitórias como esta podem ser sinônimo de sobrevivência para o ano que vem. É justamente contra rivais do mesmo porte que o Botafogo precisa evitar tropeços e ao menos justificar o investimento para a manutenção da equipe – triste que seja assim, mas é. Alguns esforços são louváveis, como a contratação do doutor Carlos Eduardo Marques, ex-seleção, que se desdobra para montar um departamento médico no clube. Alguns aparelhos novinhos já estão lá, eu vi no vestiário.



O simples fato de emplacar 2010 já soaria como uma vitória se notarmos que, em 12 anos de Nacional Feminino, o Rio só conseguiu uma vez que a mesma equipe jogasse em duas temporadas seguidas – o Fluminense em 2006 e 2007, mesmo assim sem nenhuma aspiração de título. O ideal, claro, seria ver os outros clubes da cidade envolvidos no campeonato, com elencos competitivos, mas esta ainda parece ser uma realidade muito distante. Quem sabe, no ano que vem, a nova liga consegue dar o primeiro passo. Até lá, o Botafogo "que se vire", mesmo longe da estrutura ideal, para arrancar suas vitórias.

11 comentários:

Anônimo disse...

como se chama puxa-saco, lambe-botas, pela-saco, em rebotês?
que crônica boboca...

cadê o senso crítico?
deixou nos eua?

Anônimo disse...

o basquete feminino no Brasil é uma piada...

lizinrio disse...

Ôôô Anônimo aí de cima... você mesmo! O do primeiro post: Deixe de ser ridículo, sem propósito e covarde.

É fácil postar sem colocar o nomezinho, não? É fácil escrever que a crônica é boboca e sem fundamento.

Se existe um blog que critique abertamente o basquete nacional sem deixar de enxergar as poucas virtudes que possam ser exaltadas, esse blog é o Rebote.

Se é pura falta do que fazer, se você não sabe ler e interpretar textos, ou se sua mulher dormiu de calças compridas, nós não temos nada com isso.

Boçal.

Duda 11 disse...

Rodrigo, e quanto ao nível técnico e tático dos dois times? Oq vc poderia falar? Abs

Rodrigo Alves disse...

Duda, os times até tiveram seus bons momentos, mas é claro que o nível técnico e tático é ruim. E não dá para esperar outra coisa. São duas equipes muito jovens, com muitas jogadoras ainda em formação, cometem muitos erros. Não dá para cobrar excelência técnica e tática. Abraço!

Anônimo disse...

rodrigo, meu nome é saulo, mas vc está enganado.
do quinteto do botafogo que jogou, não há tão jovens assim:
veja só
tata tem 29 anos
kelly cota, 28
kelão, alicie e suelen, 24
camila, 20
ana mirian, 24

são bernardo
juliana, 28 anos
marcia, 31
flavio, 28.

acho que vc está sendo bondoso, cara.
admiro o seu blog, e admiro muito (é o que há de melhor na net brasileira), mas você está sendo condescendente demais.
se os times são em formação, n podem jogar nacional.

ou nao é assim?

abs, saulo.

Rodrigo Alves disse...

É assim na teoria, Saulo, na prática infelizmente não é. Uma liga nacional deveria ter apenas times bem estruturados, com elencos no mínimo sólidos, mas infelizmente não é o que acontece. Botafogo e (este) São Bernardo estão naquele grupo de equipes que estão no campeonato para fazer figuração. Funcionam no improviso, na base do "vamos juntar um pessoal e botar para disputar o campeonato". É claro que não deveria ser assim, mas é.

Por isso, e só por isso, acho que a gente não pode ter o mesmo nível de exigência que temos em relação aos times da elite, como Ourinhos por exemplo, que tem dinheiro, conta com várias jogadoras da seleção, e por aí vai.

Talvez eu tenha me expressado mal, mas a ideia principal do texto não era ser condescentente com o Botafogo, e sim crítico com o basquete do Rio, que há vários anos está neste estágio, com times modestos, apenas coadjuvantes, e jogadoras que ou são muito jovens ou não estão no primeiro nível da esfera nacional.

Espero que entenda meu ponto de vista - sem precisar concordar, claro.

Abração!

Anônimo disse...

fala, rodrigo.
agora sim eu entendi.
mas achei que esse seu comentário pudesse vir no texto. entendi, e agora sim eu concordo com vc.
vejo nos ginásio do rj (onde moro) uma grande vontade, mas só isso não adianta, não é verdade?
como vc disse, somos figurantes a alguma coisa.

parabéns pela educação e pelo comprometimento com seus leitores.
vc, o bert e o balassiano são os únicos que ainda ligam pro basquete feminino.

abs, saulo.

Rodrigo Alves disse...

Pois é, Saulo, vontade não falta nas atletas e nas comissões técnicas (é até algo difícil de explicar, diante da pouca perspectiva). O que falta é um planejamento melhor da CBB, ou da Federação estadual, ou da própria direção de alguns clubes, que não têm dinheiro e só investem no futebol. Quem sabe um dia o cenário muda. Abraço!

Anônimo disse...

Legal os comentarios.

Se puder Rodrigo, fala se a estrutura melhorou pra este jogo por favor. Placar melhorado, por exemplo.

Pq o Bala colocou no blog dele uma passagem aí cara do jogo do Botafogo que deu dó.

Abraço !

Rodrigo Alves disse...

Henrique, o placar eletrônico já estava funcionando e o negócio da pintura no garrafão também já tinha sido resolvido. Abraços!