CONVOCADOS - RICARDO PROBST

Vice-campeão da Supercopa por Assis e escolhido como o MVP do torneio, Ricardo Probst já estava pronto para passar férias com seus parentes em Blumenau quando o telefone tocou neste domingo. Chamado às pressas para o grupo do Sul-Americano, o ala-pivô de 32 anos está de volta à seleção após um hiato que durou mais de uma década. A convocação foi um pedido do espanhol Moncho Monsalve, que pode até aproveitá-lo no Pré-Olímpico. Após seu primeiro dia de treinamento, na segunda-feira, Probst conversou com o Rebote.

- REBOTE - Levou um susto com a convocação?
- PROBST - Era um sonho de muito tempo, mas eu não estava esperando. Como Assis é bem no interior, viajei a noite inteira, nem dormi. O primeiro treino foi muito bom, bem intenso. Do grupo, eu só não conhecia o Jonathan Tavernari e o Hatila Passos. Todos têm muito talento, e eu estou feliz da vida.

- O Moncho será obrigado a puxar pelo menos um pivô do grupo do Sul-Americano para o Pré-Olímpico. Você já está pensando nessa possibilidade?
- A minha convocação foi por merecimento, mas também, claro, pelos casos do Nenê, do Varejão, do Paulão. Houve muitas baixas na seleção principal. O Moncho não me conhecia e disse que vai me observar. Na quarta-feira, ele vai definir os dois grupos, vamos ver o que acontece.

- Você vem de uma temporada excelente com a equipe de Assis. O chamado para a seleção chegou no momento certo?
- Pois é, eu tive sempre um duplo-duplo de média, entrei para
a seleção do Paulista, fui o maior reboteiro de um torneio em Amsterdã no fim do ano, e agora fui MVP da Supercopa. Mas esse prêmios são resultados de um trabalho. Depois de 11 anos, eu volto à seleção. Hoje estou mais maduro e conheço os atalhos.

- O que achou da Supercopa?
- Foi muito bacana, principalmente o retorno de mídia. Além do bom público, duas televisões transmitiram o campeonato. Isso é o que o patrocinador quer, e tende a investir mais. A tendência é a união. O caminho é fazer as pazes para o basquete crescer.