domingo, 15 de junho de 2008
POR UM DOMINGO MAIS FELIZ
Ao longo da última temporada, o basquete feminino foi uma presença constante nesta página, fruto de uma aproximação minha (tardia, eu me culpo) com as meninas da bola laranja, especialmente de 2006 para cá. Acompanhei de perto a seleção no Mundial de São Paulo, no Pan do Rio, nos treinos para o Pré-Olímpico. Vi no ginásio vários jogos do último Nacional. Conversei um bocado com as atletas nesse período. E a convivência me deixa seguro para tirar uma conclusão aqui, de longe, sobre o Brasil que entra em quadra hoje para decidir a vaga olímpica:
O grupo está mais unido agora do que estava antes da crise.
É claro que a rebeldia da Iziane afeta o elenco. A derrota para as bielorrussas, mais ainda. Ninguém passa incólume por um vendaval deste tamanho. Mas a "estrela" sempre esteve meio à margem dos grupos que integrou, seja em Ourinhos, seja na seleção. Portanto, as 11 jogadoras que ficaram em Madri têm tudo para entrar em quadra nesta tarde e carimbar o passaporte para a China.
Ganhar ou perder é do jogo. Cuba é um adversário forte e, diante dos nossos desfalques (agora já são quatro de peso), carrega até um certo favoritismo. Mas as brasileiras, mordidas com a derrota no Pré-Olímpico do Chile e as pancadas que vêm levando, ganham força para conquistar uma vitória heróica.
Perder hoje traria à tona a dor de ficar fora das Olimpíadas, tristeza à qual o feminino não está acostumado. Com os críticos de plantão, a derrota colocaria em dúvida o trabalho sério que vem sendo feito por Paulo Bassul, infinitamente melhor que a mentalidade ultrapassada do antecessor. Seria, de fato, uma injustiça.
A classificação, por sua vez, representaria um novo marco na modalidade. Seria um prêmio a jogadoras que ralam, a um técnico que pensa, a uma torcida que sofre. E alívio para um jornalista que não agüenta mais teclar desgraça neste blog.
Dito isso, pau nas cubanas, meninas. E vamos a Pequim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
Com certeza, Rodrigo. Eu, como torcedor, não aguento mais ler desgraças em relação ao nosso basquete: brasileiros com fracas temporadas na NBA, problemas de saúde, desentendimentos e desrespeito, tanto no masculino, quanto no feminino...
O Bassul não merece tudo o que passou nos últimos tempos. Érika, Adrianinha e Karen fora pouco antes da competição, a "superstar" Iziane criando problemas quando deveria contribuir com o grupo, uma derrota após uma virada espetacular.
O Brasil, mesmo renovado, defende melhor, quem já viu um jogo com o Barbosa no comando, percebe a diferença. Esse esquema deve continuar, após tantos problemas e lições aprendidas, o basquete brasileiro está em processo de evolução. O jogo de hoje pode contribuir ainda mais com a mudança de rumo do esporte, espero que as jogadoras se empenhem e encarem a partida com seriedade, e que obtenham de uma vez por todas a última vaga olímpica!
Só nos resta torcer e esperar para ver o que acontece...
Por todos esses aspectos levantados com a percepcao de sempre pelo Rodrigo, a partida de hoje contra Cuba vale muito, muito mesmo.
Vale muito mais do que uma simples vitoria contra nossas eternas e perigosas rivais - o que por si so ja seria maravilhoso.
A conquista da vaga sera fundamental para o bem do basquete feminino, para que esse trabalho serio e de qualidade feito pelo tecnico Paulo Bassul ganhe ainda mais respaldo, respeito e continue a nos brindar com o ar puro dessa nova mentalidade tatica.
A dispensa da "estrela Iziane" da selecao, para mim, alem de mostrar o senso de responsabilidade com o trabalho, e o carater do nosso treinador, nos deixa claro tambem algo essencial: chegou ao fim uma mentalidade ultrapassada que valorizava o aspecto individual em detrimento do coletivo.
A era Barbosa deu seu ultimo suspiro com a saida da Iziane.
Me perdoe Cuba, mas o Brasil e outro, e esta no caminho certo. Por isso a vitoria de hoje so pode ser nossa.
Roby Porto
PEDRO HENRIQUE
Tenho acompanhado os comentários neste site sobre o bf,que até então era muito mais sobre basket masulino,e agora sabiamente passou também ao feminino.Acompanho mais o basket masculino por força até de na minha cidade o feminino ~práticamente não existir.Vejo criticas contra a atitude da Iziane( injustificavel),mas poupando muito o técnico, que demonstra boa articulação, frases bem elaboradas e preparadas,em suas entrevists, mas que se realmente fosse um líder,não teríamos este desfecho.
Sobre a parte tática,continuamos com os High-low,tão criticados,os corta-luzes sem objetividade,e os pontos saindo de iniciativas individuais das jogadoras do que de um sitema eficiente.Defesa era o que se lia o grande diferencial,desta seleção e o que se ve?Fomos vitoriosos contra a Espanha mas lembre-se a Espanha teve um aproveitamento de 3 pontos ridiculo,coisa de 21%.
No jogo contra a Bielo Russia,uma sequencia de erros de substituições, a Iziane começou muito bem o jogo fez 12 pontos no primeiro quarto, se não é a Karla que é aquela que joga sempre do mesmo jeito acertar as bola de 3, nem prorrogação teríamos.
Porque não usar esta garota Francieli que é uma boa jogadora, e coloca-la naquele momento do desespero quando não tem mais jeito.
Acho o Brasil favorito contra Cuba que é uma seleção instavel e irregular,mas depois na Olímpiada,..........
A Iziane n�o fazia um jogo t�o bom assim, apesar de ter feito 12 pontos, estava errando demais, a quantidade de pontos que uma jogadora faz n�o ilustra sempre a atua�o dela.
"E alívio para um jornalista que não agüenta mais teclar desgraça neste blog."
Eu também não aguento mais falar das desgraças do nosso basquete. Tomara que hj tenhamos um bom dia.
E outra. Seria uma puta sacanagem o Bassul ficar pra trás do Barbosa.
que vocês tenham razão
o/
vamo q vamo seleção!
BRASIL NAS OLIMPIADAS NO FEMININO (AINDA FALTA O MASCULINO)!!!!!!
Postar um comentário