sábado, 31 de outubro de 2009
OLHO NO NBB - PAULISTANO
Para muita gente, o Paulistano é o grande candidato a time de maior evolução no segundo NBB, que começa neste domingo. Após ficar fora do playoff na primeira edição, a diretoria manteve Dedé e Fernando Penna, foi buscar o pivô Baby e encheu o seu elenco de reforços. Para saber mais sobre a equipe, o Rebote bateu um papo com João Marcelo Leite, um dos técnicos mais interessantes da nova geração. Confira como foi a conversa.
- REBOTE - O Paulistano foi buscar o Baby e ainda pegou Felipe, Edu, Betinho e André Bambu. Até onde o time pode ir neste segundo NBB?
- JOÃO MARCELO LEITE - A expectativa agora é maior do que foi para o primeiro ano, até pela credibilidade que a nova liga resgatou no basquete brasileiro. A diretoria entendeu que tinha de reforçar o elenco. O primeiro objetivo é chegar aos playoffs, já que no campeonato passado ficamos na 9ª posição. A partir daí, tentar surpreender, quem sabe uma segunda rodada de playoff, uma semi, uma final.
- Quando se mexe muito no elenco, o entrosamento às vezes demora um pouco a chegar. Em que pé está esse aspecto?
- Optamos por uma renovação grande do grupo. Mantivemos os dois principais jogadores do ano passado, Fernando Penna e Dedé. E a contratação de reforços deixa a equipe homogênea. Eles vieram de times tradicionais, a gente espera que possa dar uma química boa. Precisamos adquirir um bom padrão de jogo. O time está nas primeiras posições do Paulista, mas ainda mostra muita irregularidade. É o início de um processo. Com os dois campeonatos sendo disputados simultaneamente, o treinamento fica prejudicado. Vamos ter que fazer isso jogo a jogo.
- Até que ponto o Baby vai fazer a diferença na equipe?
É o nosso principal reforço.
O Brasil carece de jogadores dessa posição jogando aqui dentro. Os da seleção jogam fora. Aqui, poucas equipes têm uma referência tão boa quanto a nossa dentro do garrafão.
- E o Fernando Penna? Ele despontou como uma boa opção na armação, mas sofreu com a lesão no primeiro NBB. Como ele está agora?
- Ele fez uma excelente temporada e foi prejudicado pela lesão. Está tentando, a partir deste ano, solidificar a condição de ser um armador de ponta aqui no Brasil. Com a cirurgia sempre ficam traumas, e neste Paulista ele ainda não conseguiu a produção esperada. A gente espera que, na fase decisiva do Paulista e no Novo Basquete Brasil, ele possa ser um referencial.
- No último campeonato, os paulistas não foram bem e reclamaram da maratona de jogos. Como vai ser desta vez?
- As equipes paulistas vão ter os mesmos problemas. Temos um jogo a cada três dias. Por isso uma preocupação que eu tenho
é fazer uma boa rotação para não dar sobrecarga em algum jogador. Mas os paulistas se reforçaram, vai ser equilibrado.
AS NOVIDADES DO SEGUNDO NBB
A segunda edição do Novo Basquete Brasil começa na manhã deste domingo, com sete jogos. A temporada 2009-10 terá algumas mudanças. Para quem não está por dentro, vamos lá:
))) Número de times – Agora são 14, e não 15. Do primeiro NBB, saíram Limeira e Bira Lajeado. A equipe estreante é o Londrina de Ênio Vecchi. A outra novidade é o Araraquara, que agora joga com a camisa do Palmeiras - mas com elenco ainda limitado.
))) Playoffs – Após os dois turnos da fase regular, os quatro primeiros avançam direto para a fase de quartas de final. Seus adversários serão definidos num mata-mata disputado pelas equipes que ficaram de 5º a 12º - todas as séries são em melhor de cinco partidas. Ou seja, fora do playoff mesmo, só os dois últimos da tabela. As quartas de final começam no dia 21 de abril de 2010; as semis, em 4 de maio; e as finais, em 17 de maio.
))) Antidoping – Pela primeira vez, os jogadores serão submetidos a exames durante o torneio. Não vai ser em todas as partidas, por problemas de custo, e os atletas testados serão sorteados. Mas já é um tremendo avanço para manter tudo limpo.
))) Estatísticas – O site da LNB terá um novo sistema de acompanhamento online, com os números tradicionais e aqueles diagramas que mostram de onde saíram os arremessos.
E aí, gostou das novidades? Mudaria alguma coisa? Diga lá.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
FLA x QUIMSA: VÍDEO DO TUMULTO
Agora, sim, dá para saber exatamente o tamanho da confusão
no jogo entre Flamengo e Quimsa, pela Liga Sul-Americana. Após receber uma falta violenta na lateral, Marcelinho pega a bola da mão de um companheiro e atira com força em direção a um jogador argentino. Dali em diante o tempo fechou, com direito a bate-boca com torcedores. Eu, sinceramente, nem me sinto mais disposto a comentar esse tipo de palhaçada. Em todo caso, confira o vídeo abaixo para tirar as suas próprias conclusões.
DANÇA DOS NÚMEROS
4/16
É o aproveitamento de arremessos de Richard Jefferson nos dois primeiros jogos do San Antonio Spurs na temporada. Ontem, os texanos perderam por 92-85 para a garotada do Chicago Bulls. Ainda acho que Gregg Popovich vai dar um jeito de encaixar Jefferson no elenco, mas o ala precisa correr contra o tempo.
19
É o número de pontos de Carmelo Anthony no último quarto da vitória por 97-94 sobre os Blazers, em Portland, na quinta-feira. A marca é ainda mais impressionante que seu total de pontos: 41.
OLHO NO NBB – FLAMENGO
A dois dias da estreia no NBB,
o atual campeão não poderia estar em uma situação mais desconfortável. O cenário no Flamengo é delicado dentro e fora da quadra. Os salários continuam bem atrasados, o que só reflete o incrível caos
na administração rubro-negra. Após uma temporada 2009 fantástica, que acabou com os torcedores lotando a HSBC Arena, o Flamengo, se muito não me engano, é o único time entre os 14 do NBB que não
tem nenhum patrocinador. Isso é simplesmente inacreditável.
Unimed, Lupo, Garoto, Vivo, Ciser, Amil, Sky, Antarctica... todas essas empresas patrocinam equipes brasileiras, só para citar alguns exemplos. Não é possível que o clube de maior torcida
do país, campeão nacional e continental, não tenha o mínimo de capacidade para atrair investidores. Show de incompetência.
Dentro da quadra, a situação também não anda muito bem.
A equipe perdeu Baby e, com ele, a consistência no garrafão. Guilherme Teichmann é um bom jogador, mas não repõe a força do pivô que saiu. Uma boa prova disso é o jogo de ontem, contra o Quimsa do grandalhão Roman Gonzalez, pelo grupo C da Liga Sul-Americana. O Flamengo, que já tinha perdido para o uruguaio Defensor, foi humilhado pelos argentinos. Chegou a ficar 41 pontos atrás e acabou levando uma surra de 98-63. Ou seja, está eliminado da luta pelo bicampeonato do continente.
Acompanhando só pela estatística ao vivo, não sei o que aconteceu com Marcelinho no último quarto. Sei que ele cometeu falta antidesportiva e o jogo ficou interrompido por alguns minutos. Um site da Argentina diz que o ala foi expulso e acabou gerando um tumulto com os torcedores.
Descontrole à parte, voltando ao time: mesmo sem Baby, o elenco ainda é capaz de fazer um bom NBB e ficar entre os primeiros. Mas para levantar o caneco outra vez, será necessária uma boa dose de superação. E numa hora dessas, cá entre nós, o salário eternamente atrasado não costuma ajudar em nada...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
OS SOTAQUES DA NBA
De Sabonis e Divac até Nash e Nowitzki, a NBA se escancarou aos estrangeiros, e isso foi muito bom para os dois lados.
A liga se oxigenou, o basquete internacional ganhou corpo.
No campeonato que começou nesta terça-feira, são 83 gringos representando 36 países, um aumento de 8% em relação à temporada 2008-09. A prática está tão disseminada que, para jogar na NBA de hoje, um não-americano sequer precisa ser um ótimo jogador, um fora-de-série, não precisa mais fazer a diferença. E isso é mais um passo na derrubada de preconceitos que às vezes são comuns nos Estados Unidos.
Ainda falta valorizar mais os estrangeiros dentro dos elencos.
Há alguns casos de jogadores que poderiam ser aproveitados de forma mais ostensiva – outro dia citei aqui Carlos Arroyo, acho que ele se encaixa nesse exemplo. Mas os gringos já estão lá, ocupando espaço, e isso não deixa de ser muito saudável.
Veja o Milwaukee Bucks, por exemplo, o time com o maior número de estrangeiros no elenco. São sete: Carlos Delfino (Argentina), Ersan Ilyasova (Turquia), Roko Ukic (Croácia), Andrew Bogut (Austrália), Francisco Elson (Holanda), Dan Gadzuric (Holanda) e Luc Mbah a Moute (Camarões). Alguns deles são até bons, mas não vão levar o time a lugar nenhum – os americanos também não.
Para fechar, deixo duas perguntas para a caixinha. Quais são os três times da NBA formados apenas por americanos? E qual país estrangeiro tem o maior número de representantes na liga?
OLHO NOS BAIXINHOS
Os dois são armadores, são baixinhos, calouros, e fizeram bonito na noite de quarta-feira. Ty Lawson anotou 17 pontos, sendo sete em momentos decisivos do quarto período, e foi fundamental na vitória do Denver Nuggets sobre o Utah por 114-105 (quem viu o jogo na ESPN sabe bem como ele energizou a torcida). Em Minneapolis, John Flynn (foto) fez ainda melhor. O garoto guardou para o último quarto 13 dos seus 18 pontos, garantindo a vitória apertada dos Wolves sobre os Nets (95-93, graças também a uma cesta de Damien Wilkins na campainha). Ainda é cedo, mas vale ficar de olho.
DANÇA DOS NÚMEROS
23 + 12 + 11
Foram os pontos, assistências e rebotes de LeBron James no triplo-duplo de quarta-feira contra o Toronto Raptors. Não adiantou nada. Fora de casa, o Cleveland Cavaliers voltou a mostrar falhas e perdeu o jogo por 101-91. O italiano Andrea Bargnani brilhou com 28 pontos e 11 chutes convertidos em 15.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
ENFIM, O NACIONAL FEMININO…
Depois de uma novela que parecia sem fim, vai sair do papel o Nacional Feminino de 2009. O site da CBB ainda não informa nada sobre o assunto, mas vejo no PBF do Bert que o torneio começa no dia 14 de novembro, com oito times. A tabela será divulgada na sexta-feira, com aquela "enorme" antecedência
que marca a sempre incrível organização do basquete brasileiro.
Estarão em quadra oito equipes, sendo seis de São Paulo: Ourinhos, Catanduva, Americana, Santo André, São Bernardo
e São Caetano. Blumenau (SC) e Botafogo (RJ) completam o quadro. Para variar, será uma espécie de Paulistão-B. Pelo menos a Confederação promete pagar transporte e hospedagem nos jogos fora do estado, além de bancar metade dos custos
de quadra (árbitros, mesários e estatísticos). Já é um avanço...
Organizado pela empresa de José Carlos Brunoro, o torneio deve preparar o terreno para a Liga Feminina, que será criada em 2010, na mão dos clubes.
Ah, quer uma boa notícia? O ginásio de Ourinhos finalmente vai mudar seu piso. As reformas do Monstrinho (foto ao lado), bancadas pela Prefeitura, já estão em andamento, mas só devem terminar nos playoffs do Nacional.
OS INVASORES VERDES
Na última temporada regular da NBA, o Cleveland só perdeu dois jogos dentro de casa. O novo campeonato mal começou e, em apenas uma noite, os Cavs já têm metade dessas derrotas. Na primeira partida do campeonato, o Boston invadiu a Q-Arena e roubou a vitória por 95-89. O que isso significa em termos de luta pelo título? Nada. Mas já dá uma pequena demonstração de que os verdes podem voltar a ser os verdes que a gente conhece.
Após perder o quarto inicial por 28-21, o Boston fez 30-17 no segundo e venceu com uma atuação equilibrada de seus maiores jogadores: Pierce (23 pontos e 11 rebotes), Allen (16 pontos), Garnett (13+10), Rondo (8+10 assistências) e o novo contratado Rasheed Wallace (12+2 tocos). LeBron James brilhou com 38 pontos, oito passes e quatro tocos, sendo um espetacular em Rondo. Mas o restante do elenco acertou 17 de 47 arremessos (36%). Shaq teve um péssimo segundo tempo, e o ataque não funcionou. Aguardo ansioso as cenas dos próximos capítulos.
OLHO NO NBB - PINHEIROS
Na primeira edição do NBB, com muito mais ataque do que defesa, o Pinheiros chegou
aos playoffs, mas, diante do Flamengo, foi eliminado logo nas quartas de final. No comando ofensivo estava o talentoso, atlético e fominha Marquinhos, que brilhou na produção individual, mas não conseguiu fazer o time avançar no mata-mata. Agora, eis que Marquinhos se mandou para a Europa, e o promissor Vitor Benite migrou para Franca. Ainda assim, por incrível que pareça, a equipe de São Paulo parece mais forte para a disputa do segundo NBB – a estreia é no domingo, às 10h, contra o Universo, ao vivo no SporTV.
O primeiro motivo de otimismo é a boa reposição de peças. O ala americano Shamell assume a vaga de Marquinhos como válvula de escape ofensiva e tem qualidade de sobra para cumprir esta função. O também ala Diego tem seus momentos de loucura na quadra, mas também pode contribuir bastante com a equipe.
O grande nome do elenco de Cláudio Mortari, no entanto, é Olivinha. O jogador, que já tinha feito um excelente NBB, disputou a Copa América sob o comando de Moncho Monsalve e, ao que parece, voltou de lá endiabrado, com fome de bola. As atuações impressionantes no Paulista o credenciam como um dos atletas mais versáteis de todo o basquete brasileiro atualmente. Aos 26 anos, no auge da carreira, Olivinha mantém a confiança lá no alto na hora de analisar as chances do Pinheiros: "Nossa equipe bate de frente com qualquer uma. Estamos prontos para voar mais alto", afirmou o atleta, na conversa que nós tivemos na tarde desta terça-feira.
))) Veja a íntegra da entrevista com o ala no Globoesporte.com.
))) Fábio Balassiano também conversou com ele. Vale conferir.
DANÇA TRIPLA DOS NÚMEROS
29
Foram os pontos de Gilbert Arenas na vitória do Washington sobre o Dallas, por 102-91, fora de casa. Parece banal, mas não acontecia desde 2007. A atuação de Arenas, que teve ainda 10 assistências (algumas fantásticas), é muito animadora não só para os Wizards, mas para o basquete. É bom tê-lo de volta.
37%
Foi o aproveitamento de arremessos dos Rockets na derrota para o Portland, por 96-87. Sem McGrady (até o meio da temporada), sem Yao (até o ano que vem), sem Artest (para sempre), o Houston tem tudo para ser um dos times mais feios deste ano.
26 + 13
São os pontos e rebotes de Andrew Bynum na vitória dos Lakers sobre os Clippers, por 99-92. Belíssimo primeiro passo para o pivô, hein. Ron Artest começou discreto no ataque (10 pontos, 3/10 nos chutes), e Pau Gasol, machucado, nem entrou. No fim das contas, mais do mesmo: Kobe Bryant garantiu a vitória despejando 33 pontos, oito rebotes e quatro roubos de bola.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
OLHO NO NBB - UNIVERSO
Enquanto na NBA quase todas as equipes da elite evoluíram, não dá para dizer o mesmo do NBB. Alguns times perderam peças importantes, mas um deles, na contramão, conseguiu dar um salto de qualidade. E por isso a segunda edição do torneio já tem, no papel, seu maior favorito ao título. Estou falando do Universo/Brasília.
O time titular continua todo lá: Valtinho, Alex, Arthur, Cipriano (recuperando-se de uma lesão nas costas) e Estevam. As duas únicas perdas saíram do banco: Diego (meio doido, mas bom sexto homem) foi para o Pinheiros, e David foi para Franca. Em compensação, chegaram dois jogadores que seriam titulares em quase todos os elencos do NBB: Guilherme Giovannoni e Nezinho.
Conversei com Lula Ferreira nesta segunda, e ele disse que, por enquanto, tem optado por dois armadores em quadra (Valtinho e Nezinho), dois alas abertos (Arthur e Alex) e apenas um pivô (Estevam). Isso também se explica porque Cipriano está machucado e Guilherme ainda está pegando o entrosamento com os colegas.
Com todos em condições normais, podemos ter (imagino eu) um quinteto com Valtinho, Alex, Arthur, Guilherme e Estevam, além de Nezinho e Cipriano saindo do banco, com várias outras combinações possíveis. Se Lula administrar bem seu quebra-cabeça, vai ser muito difícil segurar essa turma.
E você? Acha que o Universo é o time a ser batido no NBB-2?
O Flamengo ainda é o favorito? Você tem outro candidato?
O MIOLO DA CONFERÊNCIA OESTE
A bola laranja sobe logo mais para a temporada 2009-10 da NBA. Antes de mais nada, o amigo tome nota das partidas:
21h30 - Cavaliers x Celtics
22h30 - Mavericks x Wizards
00h00 - Blazers x Rockets
00h30 - Lakers x Clippers
Agora, vamos ao papo. Ontem, botei aqui meus favoritos para
a temporada 2009-10. Depois, fui para o trabalho ouvindo no caminho o ótimo podcast NBA Today, da ESPN gringa. Enquanto os comentaristas faziam previsões para o Oeste, fui me dando conta de como a conferência continua sendo muito, muito forte. Além dos três times citados por mim ontem (Lakers, Spurs e Mavs), há pelo menos outros cinco enjoadíssimos - e isso sem contar eventuais surpresas do Houston sem Yao, do Memphis de Iverson ou da correria do Golden State. Bem, vamos a eles:
))) Denver Nuggets - Como
eu disse ontem na caixinha,
a turma do Colorado poderia muito bem estar no lugar do Dallas na previsão inicial. Só não coloquei porque o Denver foi o único da elite a não se reforçar e, com isso, acabou ultrapassado por alguns rivais. A perda do cascudo Danthay Jones vai ser sentida, mas é claro que a primeira temporada cheia da dupla Billups-Carmelo (foto) pode mantê-los na elite.
))) New Orleans Hornets - Tyson Chandler foi embora e, para o seu lugar, veio Emeka Okafor. Excelente troca para o time de Chris Paul, que já provou ser capaz de comandar uma franquia com impressionante maturidade. Não duvidem do garoto.
))) Portland Trail Blazers - A contratação de Andre Miller foi meio improvisada, mas ele é um ótimo armador. Vai ajudar o jovem e talentoso elenco comandado por Brandon Roy e LaMarcus Aldridge. Se Greg Oden crescer e aparecer, pode ser um dos times mais interessantes e agradáveis deste ano.
))) Phoenix Suns - Não se esqueçam, amigos, que Amare Stoudemire está de volta, e a correria também. Steve Nash ainda tem cartuchos para gastar e deve botar a molecada para voar na quadra. Bom sinal para Leandrinho, que pode voltar aos bons tempos.
))) Utah Jazz - Carlos Boozer ficou, Paul Millsap também. Eu ainda gostaria mais se fosse um ou outro, liberando espaço para mais uma contratação. Ainda assim, sobra talento nas mãos de Jerry Sloan. A começar por Deron Williams, um dos melhores armadores do planeta.
Todas essas equipes têm seus defeitos, é claro. Mas não vou ficar surpreso se uma delas (ou até mais de uma) aprontar para cima dos grandes. E você, acha que elas podem surpreender?
MAS QUE SINA...
... a do Los Angeles Clippers!
A noite de segunda-feira já ia chegando ao fim quando o time soltou uma nota oficial para a imprensa informando que o calouro Blake Griffin, grande esperança para dias mais amenos na franquia, vai ficar um mês e meio parado por causa de uma lesão no joelho esquerdo. Ele se machucou no último amistoso, sexta-feira, contra o New Orleans. É dose!
A equipe consegue a primeira escolha do draft, pega um ala altamente promissor, ele arrebenta na pré-temporada, enche todo mundo de esperança... e sofre uma lesão grave às vésperas da estreia no campeonato! Parece um time condenado pelo destino a ser o eterno primo pobre de Los Angeles. Eu, hein...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
OLHO NO NBB - LONDRINA
Se a NBA começa nesta terça,
o NBB não tarda para chegar.
A bola sobe no domingo para a segunda edição do campeonato nacional, e até lá a gente vai dando uma olhada em alguns times - são 14 na disputa, em vez dos 15 do ano passado. Um desses times é o estreante Londrina, comandado pelo experiente técnico Ênio Vecchi, que deixa o Saldanha da Gama e volta à cidade paranaense após quatro anos de ausência. Com o conhecimento de quem já trabalhou em Londrina durante quase uma década, Ênio garante que a torcida vai comprar o barulho da equipe no ginásio Moringão. Com um elenco modesto, no entanto, não dá para sonhar muito alto. O objetivo é ficar entre os oito primeiros e conseguir a classificação aos playoffs.
Dentro da quadra, a confiança do treinador está depositada no americano Leonard Mosley (foto acima), que jogava em uma equipe de Santa Barbara, na Califórnia. O veterano de 30 anos deve ser a maior arma ofensiva e o cérebro do time na armação. Fernando Mineiro (ex-Fla) e Guilherme Filipin (ex-Pinheiros) também foram contratados. E aí, acha que dá para fazer bonito?
NBA, TERRA DE CONTRASTES
Na última semana, Kevin Garnett cravou: em todos os seus anos de NBA, ele nunca viu tantas equipes com tamanha qualidade.
A temporada 2009-10 começa amanhã e, segundo o ala-pivô do Boston Celtics, pode ser uma das melhores de todos os tempos. É uma opinião respeitável, mas ele esqueceu de dizer que toda essa qualidade está concentrada bem lá no alto da pirâmide. Resumindo, os tubarões ficaram ainda maiores, e a turma lá de baixo preferiu se livrar de contratos gordos para encarar a crise econômica. Mas quem são esses peixes grandes? Vamos a eles.
A chegada de Ron Artest e a recuperação de Andrew Bynum levantam dúvidas, claro, mas o atual campeão continua sendo o time a ser batido nos Estados Unidos. Com Pau Gasol ainda mais motivado pelo título europeu e Kobe Bryant cheio de gás após descansar nas férias, Phil Jackson só precisa cuidar do clima no vestiário. Se ele conseguiu com Dennis Rodman em Chicago, por que não conseguiria com Artest em Los Angeles? Cheiro de bi.
Quando Shaquille O`Neal foi para Phoenix, eu escrevi aqui que Steve Kerr, cartola dos Suns, estava maluco. E realmente estava, tanto que a franquia desceu a ladeira. Mas a culpa não era de Shaq, e sim do fato de desmontar uma equipe de forma brusca, renegando seu próprio estilo. Em Cleveland, é diferente. O`Neal não vai precisar correr feito um louco e pode ser muito útil para ajudar o craque LeBron James a conquistar seu primeiro título.
Tim Duncan e Manu Ginóbili não castigaram seus velhos corpos durante as férias. Tony Parker até castigou, mas ainda tem idade para isso. Com seu trio saudável e a adição de Richard Jefferson, o San Antonio volta a ser um bicho-papão no Oeste. A não ser que haja percalços físicos pelo caminho, deve ser um osso duro de roer para qualquer rival do OEste, inclusive os Lakers.
O vice-campeão da NBA vai sentir falta de Hedo Turkoglu, que fazia de tudo um pouco e até jogava de armador quando preciso. Mas Vince Carter tem tudo para preencher o buraco ofensivo, e Jameer Nelson agora está saudável. Se Dwight Howard continuar evoluindo no ataque, a campanha perfeita na pré-temporada pode ter sido apenas um aquecimento para o retorno às finais.
Rasheed Wallace já vem sendo apontado por muita gente como favorito para ser eleito o reserva do ano. Sei lá de Doc Rivers vai usá-lo na reserva durante o ano todo, mas o veterano pode se encaixar perfeitamente num elenco cascudo e de mentalidade defensiva. O grande trunfo dos Celtics, no entanto, é a volta de Kevin Garnett, que não conseguiu ajudar muito no campeonato passado. Ah, e não vamos esquecer de Pierce, Allen, Rondo...
Dirk Nowitzki, que sempre rala pela Alemanha no verão, desta vez ficou descansando, a mando de Mark Cuban. Certamente virá mordendo na temporada. Se Josh Howard conseguir se manter longe da enfernaria e se o técnico Rick Carlisle der um jeito de encaixar Shawn Marion na rotação, o Dallas passa a ser uma força bastante considerável. Além disso, com Jason Kidd - mesmo velhinho - no comando, deve ser um time agradável de ver.
São estes, nesta ordem, meus favoritos para conquistar o título da temporada. E você, concorda? Faça sua própria lista na caixinha.
sábado, 24 de outubro de 2009
AH, SE FOSSE AQUI...
Amigos, imaginem a cena. A NBA finalmente resolve fazer um jogo de pré-temporada no Brasil; a torcida empolgada comparece ao ginásio; tudo vai correndo muito bem quando,
no intervalo da partida, o time americano percebe que... o seu vestiário foi assaltado. Dá para imaginar o escândalo?
Pois a cena bizarra acaba de acontecer, mas não no Rio ou em São Paulo. Foi em Los Angeles, em pleno Staples Center, a casa do atual campeão da NBA. Na última terça-feira, no intervalo do amistoso entre LA Clippers e Maccabi Tel Aviv, alguém entrou no vestiário do time israelense e roubou dinheiro, relógios e joias dos jogadores, causando um prejuízo equivalente a US$ 22 mil.
A assessoria dos Clippers não quis falar sobre o assunto e disse apenas que está investigando o caso e verificando câmeras de segurança. A imprensa americana não deu a menor bola para o ocorrido. No site da ESPN, uma pequena nota de oito linhas. No Los Angeles Times, apenas uma breve citação dentro de uma coluna de notinhas. No site da NBA, é evidente, zero de notícia.
Se fosse aqui, nós falaríamos sobre isso durante um mês. E é para falar mesmo. Um roubo de US$ 22 mil durante um jogo é um absurdo. Errado é abafar
o caso para não prejudicar
a imagem da liga. Ou seja: quando o técnico do Maccabi (foto) se recusa a deixar a quadra após ser expulso, todo mundo noticia, os colunistas comentam, um barulho danado. Quando ele é roubado dentro do vestiário do Staples Center, bem, aí empurra para baixo do tapete, melhor deixar quieto...
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
NO TRIBUNAL
O julgamento do tumulto no amistoso em Joinville rendeu a Marcelinho Machado cinco jogos de suspensão, sendo que a pena pode ser cumprida em amistosos organizados pela CBB. Ou seja, o jogador está liberado para o NBB. Shilton pegou gancho de uma partida; o supervisor do Flamengo, André Guimarães, foi absolvido da acusação de ter ofendido a arbitragem; e o clube carioca foi condenado a pagar multa de
R$ 10 mil. Vale lembrar que, durante a confusão, Marcelinho soltou a frase "É por isso que eu sou contra amistosos". Portanto, se ele vai ser impedido de jogar cinco amistosos, na prática não é uma punição, é um favor. E você, o que achou? Concorda com as penas aplicadas? Comente na caixinha.
VALE TUDO?
Leio no site da CBB que Carlos Nunes, Hortência, Brunoro e outros dirigentes da entidade foram até Brasília nesta quarta-feira para conversar com o senador Delcídio Amaral (do
PT de Mato Grosso do Sul). Na pauta, a possibilidade de levar o Pré-Olímpico masculino de 2011 para Campo Grande e um pedido de ajuda política para outros projetos. É claro que o renascimento do basquete brasileiro também passa pela política, daí a importância de buscar alianças. O problema é que, com a modalidade ainda tentando sair do mar de lama em que se afundou, é preciso saber direitinho a quem se pede a bênção.
Para quem não sabe, Delcídio Amaral, amigo do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi o grande responsável por levar a Campo Grande o jogo entre Brasil e Venezuela, pelas Eliminatórias. Até aí tudo bem. Só não dá para esquecer que o político recebeu doações polpudas da CBF para sua campanha em 2002.
Mais que isso: também já recebeu doações de uma grande empreiteira envolvida num esquema de fraudes de licitações, esquema esse desmontado pela Polícia Federal na Operação Navalha.
Ah, talvez valha lembrar que Delcídio não só votou a favor como teve papel fundamental no arquivamento das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney. Aliás, uma sobrinha do Sarney foi nomeada - via
ato secreto - para trabalhar no gabinete do senador petista!
Enfim, tudo isso tem mais a ver com a política do que com o basquete propriamente dito. Mas não custa escolher gente séria e comprometida com a ética na hora de pedir favores, não acham?
DANÇA DOS NÚMEROS
98
Foi a diferença de pontos da partida entre Minas e Millonarios,
da Bolívia, válido pelo grupo B da Liga Sul-Americana. Jogando
em casa, a equipe mineira venceu por incríveis 149-51. Após abrir 22-0, foi para o intervalo com 73-22. Christopher Jeffries foi o cestinha com 27 pontos, seguido por Murilo (25) e Guilherme (23).
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
FALA QUE EU TE ESCUTO:
>>> "Isiah Thomas matou suas próprias chances [de jogar no Dream Team]. Ninguém queria jogar com ele. Jordan não queria, Pippen não queria, Bird
não pedia sua presença, Karl Malone também não. Quem estava dizendo ´Queremos esse cara`? Ninguém!"
MAGIC JOHNSON, no novo livro When the game was ours,
escrito em parceria com Larry Bird. O ex-jogador do Los Angeles
Lakers também reclama que, quando anunciou ser portador do
vírus HIV, Isiah passou a questionar sua sexualidade.
>>> "Eu gostaria que ele tivesse tido
a coragem de dizer tudo isso para mim cara a cara, em vez de escrever num maldito livro para ganhar dinheiro"
ISIAH THOMAS, em resposta a Magic. Que clima, hein, amigos...
Afinal de contas, quem tem razão nessa história? Diga aí!
O DRAMA DE CHUCA
Vejo na edição de hoje do jornal Lance!, em reportagem do Fábio Aleixo, que esteve comigo em Porto Rico, a explicação para o corte da ala Chuca no grupo que disputou
a Copa América feminina, em Cuiabá. A jogadora está com tuberculose e passa por um tratamento. Aos 30 anos, ela
já não estava se sentindo bem
no Sul-Americano de Clubes. Mesmo assim, se apresentou à seleção e foi cortada por Paulo Bassul. Muita gente achou que era uma opção técnica, mas infelizmente era mais que isso. Os exames da atleta apontaram uma anemia e, por causa de um caroço que apareceu na axila, a biópsia diagnosticou a tuberculose. Chuca chegou a perder cinco quilos e, claro, tem dificuldade para manter o condicionamento físico. Por isso sua carreira está interrompida e ela não deve disputar o Nacional (aliás, falando nisso, cadê o Nacional?).
A tuberculose tem tratamento - basta lembrar o volante Diguinho, do Fluminense, que enfrentou o problema e voltou a jogar - mas não deixa de ser uma situação bastante chata para uma atleta. Independentemente de questões técnicas, tomara que tudo corra bem no período de recuperação. Toda sorte para ela.
FALA QUE EU TE ESCUTO:
>>> "Vão me matar por dizer isso, mas não sou tão contra o uso de esteroides, se eles forem administrados com a devida supervisão e sem prejuízo à saúde em longo prazo. Nós fazemos coisas para melhorar a performance o tempo todo, por que não os esteroides?"
MARK CUBAN, o cartola-mala que não aguenta ficar fora da mídia e agora resolveu defender o uso de anabolizantes no esporte. Gênio...
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
AQUECENDO
Com a temporada 2009-10 se aproximando, a NBA soltou hoje o seu primeiro comercial da série Amazing. A brincadeirinha é achar a palavra anticipation em cada uma das cenas. Vale para aquecer as turbinas.
MARCELINHO FORA DO NBB?
Esta sexta-feira marca a estreia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva em sua versão-basquete. A corte vai julgar o incidente do dia 4 de outubro no amistoso entre Flamengo e Joinville, quando Marcelinho e Shilton foram expulsos, e a partida terminou mais cedo porque o ala do Fla se recusou a deixar a quadra. Alguns envolvidos no caso serão julgados, e o fato que chama mais a atenção é o seguinte: se pegar pena máxima em todos os artigos nos quais está citado, Marcelinho pode até
ficar fora de todo o NBB, que começa no dia 1º de novembro.
Questionado pela repórter Mariana Kneipp, do Globoesporte.com, o ala do Flamengo disse que "isso não vai dar em nada". Os advogados do Rubro-Negro devem alegar que o jogo era um amistoso e, por isso, não tem relação direta com o NBB.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
VIOLÊNCIA CÁ, VIOLÊNCIA LÁ
Às vezes fica difícil entender o que se passa na cabeça de um jogador que protagoniza cenas tristes como essas duas aí abaixo. Na primeira, numa partida infanto-juvenil neste fim de semana entre Tijuca e Flamengo, no Rio, um atleta acerta um murro na cara do juiz após a marcação de uma falta. Surreal.
Como a estupidez não respeita fronteiras, o segundo vídeo mostra o jogador Wynne Arboleda, da liga das Filipinas. Provocado por um torcedor, decide responder... na porrada.
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