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Para muita gente, o Paulistano é o grande candidato a time de maior evolução no segundo NBB, que começa neste domingo. Após ficar fora do playoff na primeira edição, a diretoria manteve Dedé e Fernando Penna, foi buscar o pivô Baby e encheu o seu elenco de reforços. Para saber mais sobre a equipe, o Rebote bateu um papo com João Marcelo Leite, um dos técnicos mais interessantes da nova geração. Confira como foi a conversa.
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- JOÃO MARCELO LEITE - A expectativa agora é maior do que foi para o primeiro ano, até pela credibilidade que a nova liga resgatou no basquete brasileiro. A diretoria entendeu que tinha de reforçar o elenco. O primeiro objetivo é chegar aos playoffs, já que no campeonato passado ficamos na 9ª posição. A partir daí, tentar surpreender, quem sabe uma segunda rodada de playoff, uma semi, uma final.
- Quando se mexe muito no elenco, o entrosamento às vezes demora um pouco a chegar. Em que pé está esse aspecto?
- Optamos por uma renovação grande do grupo. Mantivemos os dois principais jogadores do ano passado, Fernando Penna e Dedé. E a contratação de reforços deixa a equipe homogênea. Eles vieram de times tradicionais, a gente espera que possa dar uma química boa. Precisamos adquirir um bom padrão de jogo. O time está nas primeiras posições do Paulista, mas ainda mostra muita irregularidade. É o início de um processo. Com os dois campeonatos sendo disputados simultaneamente, o treinamento fica prejudicado. Vamos ter que fazer isso jogo a jogo.
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É o nosso principal reforço.
O Brasil carece de jogadores dessa posição jogando aqui dentro. Os da seleção jogam fora. Aqui, poucas equipes têm uma referência tão boa quanto a nossa dentro do garrafão.
- E o Fernando Penna? Ele despontou como uma boa opção na armação, mas sofreu com a lesão no primeiro NBB. Como ele está agora?
- Ele fez uma excelente temporada e foi prejudicado pela lesão. Está tentando, a partir deste ano, solidificar a condição de ser um armador de ponta aqui no Brasil. Com a cirurgia sempre ficam traumas, e neste Paulista ele ainda não conseguiu a produção esperada. A gente espera que, na fase decisiva do Paulista e no Novo Basquete Brasil, ele possa ser um referencial.
- No último campeonato, os paulistas não foram bem e reclamaram da maratona de jogos. Como vai ser desta vez?
- As equipes paulistas vão ter os mesmos problemas. Temos um jogo a cada três dias. Por isso uma preocupação que eu tenho
é fazer uma boa rotação para não dar sobrecarga em algum jogador. Mas os paulistas se reforçaram, vai ser equilibrado.