quinta-feira, 10 de julho de 2008

E OS NOSSOS TÉCNICOS?


Moncho Monsalve / Foto: CBB

Contra a Austrália, o Brasil caiu de produção em relação aos jogos anteriores, mas ainda teve bons momentos. Fato é que, nessas três partidas na Europa, a evolução tática da equipe ficou evidente. E isso com três semanas corridas de treinamento e meia dúzia de desfalques. Não se trata aqui de achar que o Moncho é a oitava maravilha do mundo. Mas se ele conseguiu operar esse quase-milagre em tão pouco tempo, não resta dúvida: alguma coisa precisa ser feita para elevar o nível dos nossos técnicos em terreno doméstico.

Em primeiro lugar, que eles próprios tenham mais iniciativa.
Que estudem e se informem. Poucos fazem isso, e os treinos
no Maracanãzinho deram um exemplo claro: quase ninguém apareceu para ver, pescar novidades ou fazer anotações. Os poucos que deram as caras, como Daniel, do Tijuca, e Léo, do Comary, são da nova geração e trabalham com a base - o que não deixa de ser um bom sinal para o futuro da modalidade.

Treino no Maracanãzinho / Foto: CBB

A revolução das pranchetas, contudo, não passa apenas por atitudes individuais. Cabe à confederação criar condições para
o aprendizado, de preferência instituindo a tão falada escola
de técnicos e sepultando o modelo nefasto de hoje - capacitar treinadores não é mandar o Barbosa, defasado, para clínicas no Nordeste. Politicamente, pode ser lindo. Esportivamente, é inútil.

Agora que o Campeonato Nacional vai ficar na mão dos clubes, a CBB tem obrigação de cuidar desse assunto com urgência. Ou a passagem do Moncho por aqui será apenas um episódio isolado.

21 comentários:

Anônimo disse...

Me digam o que fazem o tal de marcuuus vinicius e duda na seleção, só vão entrar se 7 jogadores sairem estourados em faltas , o cara joga na 3ª divisão espanhola com médias ridículas..

Anônimo disse...

Não adianta a CBB trazer um técnico só para apagar o incêndio que estava o basquete brasileiro. Está mais do que claro que o estilo de jogo implantado pelo Moncho é melhor e mais eficiente do que os anteriores. Portanto, se pararmos por aqui com esse intercâmbio, pararemos no tempo novamente.

Agora é muito fácil pra nós metermos o pau na CBB, afinal eles nunca respodem mesmo. Os técnicos precisam querer melhorar também. Porque como diria meu sábio avô: Só se pode ajudar quem quer ser ajudado.

@lisangelo disse...

Assino embaixo do artigo e dos comentarios.

cibele disse...

E tem gente por ai falando que o Moncho é bom, mas que existem técnicos brasileiros que também têm capacidade.

É como você disse, eles também tem que ter iniciativa. Eles tão precisando fazer que nem alcoolatra, o primeiro passo é admitir que tem um problema haha

Anônimo disse...

Eu estou acompanhando os jogos e estou impressionado com a diferença de jogo dos 2 marcelinhos.

O Huertas era aproveitado muito na posição 2 com o Lula e ficava tempo demais no banco.

Devido a falta de jogadas, o MM chutava a torto e a direita, sem ter nada desenhado.

Huertas tá passando muito bem e o time todo sempre procura um último passe, para meter bola na boa. O marcelinho tem jogado muito bem, e seus chutes, pelo menos tem saído nos momentos em que o time parece estar preparado para que ele possa chutar.

A diferença entre os técnicos, na minha opnião fica mais nítida ainda quando vemos, por exemplo o Fúlvio em quadra. O cara foi o melhor armador do Nacional e peca demais, na minha opnião pela pura falta de fundamento tático. Murilo é outro que também parece perdido, muitas vezes.

Os jogadores ainda precisam aprender a defender, pois as rotações ainda estão cheia de erros e buracos, mas por culpa mais dos jogadores do que qualquer outra coisa.

Continuo pessimista com relação a classificação, mas pela primeira vez em anos, estou gostando do que eu estou vendo.

A diferença é tanta, q basta ver a seleção B jogando. O chupeta consegue ser uma versão piorada do Lula!

Ele é muito RUIM!!

E os técnicos brasileiros ainda ficam na posição arrogante de achar que não precisam se recilcar.

RIDÍCULO!

Anônimo disse...

Os técnicos precisam se reciclar como qualquer profissional e quem não o faz vai se desmerecendo e ficando ridiculo na profissão até chegar alguém mais novo pra tomar seu lugar.Mesmo assim não acho que a seleção seja o lugar para os técnicos irem aprender como dirigir seus times melhor, é uma exposiçào desnecessária, podendo soar mal no meio. Quem tá no alto nível precisa viajar, fazer amizades com técnicos estrangeiros, fazer cursos fora, levar seus times pra jogar fora e chegar a conclusão que conseguem ser bons técnicos assim como foram os técnicos que formaram as gerações campeãs mundiais no masculino e no feminino.
Mas o que aconteceu nas Eras Hélio Rubens e Lula nada tem a ver com ser bom técnico ou não. O Hélio Rubens botou o Helinho na seleção ä força, e para isso se desfez do valtinho na melhor fase de sua carreira, arrastando o nível da seleçào para baixo e não adianta dizer que era brigado com o Valtinho, porque ele não aceitava convocação por saber que ia ser cortado e o Lula se curvou a todas as demandas políticas da CBB e de federações maiores, não mandava nem no roupeiro da seleção.
Bem diferente do Paulo Bassul que mudou o treino da seleção para Sampa enquanto Lula deu treino no Botafogo e os jogadores não podiam enterrar, ridículo!
O que aconteceu na seleção na última década foi que os dois técniocs se utilizaram dela em benefício próprio e as consequências vão ser desastrosas. O Lula não mandava em ninguém e há rumores de que teve jogador que mandou ele tomar naquele lugar em plena quadra.Ele não conseguiu fazer com que Leandrinho nem os jogadores de fora do perímetro jogassem coletivamente em nenhum minuto no pré- olímpico e essa é a diferença principal para o Moncho, ele manda. Em tudo, já deu passa fora no Barbosa de acordo com o Rodrigo e tá na seguinte condiçào, "se for do meu jeito tô fora". É assim que tb tá o Bassul e a CBB tem que fazer se não o fundo do poço pode ser mais fundo ainda...
Vamo lá Brasil, rumo a Pequim!
Abraços

Anônimo disse...

E só a respeito do Hélio Rubens ...

Esse cara é uma farsa, a maior ilustração da frase 'em terra de cego quem tem um olho é rei'.

O cara fica decorando frases lidas em orelha de livro de auto ajuda e fica depois dizendo q basquete é psicológio e blablabla.

Não vou me esquecer que no tempo dele, além dele favorecer as panelas no time, a seleção jogava com uma falta de objetividade irritante! O time ficava trocando bolas, sem saber o q fazer com ela, passando, passando e toda hora estourava o tempo e saiam uns chutes bizarros! Alguém lembra disso ?

Depois ele vinha com um discurso vazio com aquelas palavras de sempre 'coletividade, inteligência, personalidade' e blablabla

Ou seja .. quando digo que os técnicos daqui são ridículos, isso inclui o Hélio Rubens sim. A diferença é que em nossa terra de cegos, ele tem um olho, e isso já basta para se destacar e ganhar títulos por aqui!

Clovim disse...

Existem treinadores brasileiros gabaritados e bastante estudados para quem sabe dirigir a nossa seleção futuramente, e com certeza JOSÉ NETO não é um deles!!!!

Só para citar, vou dar 4 nomes: WALTER ROESE(SAN DIEGO - NCAA), SÉRGIO SALVADOR(GINASIO - PORTUGAL), WALTER CARVALHO(NUWAIDRAT - BAHRAIN) e MIGUEL ÂNGELO DA LUZ(MARINOS - VENEZUELA).

São treinadores que se destacam mundo à fora, e que sempre fazem reciclagem e estão sempre estudando para evoluirem!!!!!

Anônimo disse...

Discordo dos comentários em relação ao Hélio Rubens. Seus resultados no nível nacional e a forma que o time de Franca joga provam sua capacidade (apesar de eu concordar com as tais "frases de orelha de livro").

Na seleção pegou uma geração fraca e conseguiu melhores resultados que o fraquíssimo Lula. No Mundial de Indianápolis lançou Splitter com 17 anos e convocou Leandrinho, Varejão e Baby em início de carreira.

O Valtinho sempre recusou convocações (com qualquer técnico, exceto o "coach" Nenê) alegando os mais diversos motivos, e o Helinho é um armador razoável que estaria sendo útil neste momento. Para mim o Hélio Rubens é o melhor técnico do Brasil.

Quanto ao Miguel Ângelo, foi bem com uma seleção feminina que possuía Hortência/Paula e uma reboteira do nível da Alessandra. Em times masculinos nunca vi nada de mais, assim como o Marcel.

O Neto está sendo muito criticado mas acho que não teve tempo para mostrar se é bom ou não. Quanto a técnicos que atuam no exterior, tem-se que ter cuidado para não cometer o mesmo erro de superestimação que as vezes fazemos com os jogadores (ex.: Hátila Passos).

Por último espero que a CBB não cometa a mesma burrada do início do ano e aproveite os conhecimentos do Moncho para qualificar os profissionais daqui. Mas, como disseram antes, é necessário que os técnicos do Brasil aceitem.

Abços.

Anônimo disse...

Rodrigo geralmente costumo ser prolixo rsrrs
Mas dessa vez simplesmente faço minhas as suas palavras 100%
Pois refletem totalmente o meu pensamento;
Isso sem nenhuma caça as bruxas, crucificar ninguem etc.
Como toda profissão a de técnico de basquete necessita desse aperfeiçoamento.
Assim não perderemos tempo aqui , xingando, crucificando ninguém , seja tecnico ou jogadores, novos ou antigos;
CREIO QUE NÃO É A INTENÇAO DE NINGUÉM AQUI.
Tudo começa com quem treIna com quem ensina;
E a CBB que ajude na parte financeira e organizacional.
Pois técnicos também não estão com tanta granA assim
PERFEITO ESSE POST RODRIGO PARABÉNS

Anônimo disse...

Jdinis, creio eu que alguns desses técnicos no exterior, estão muito bem... São pessoas que o tempo todo vem fazendo reciclagem e vem jogando contra equipes de altíssimo nível técnico!!!!

Gosto do Hélio Rubens, mas eu já acho que ele está mais para lá do que para cá... Isso mesmo, ele pode ajudar na questão de experiência e tal... Seria muito útil, se fizesse parte da comissão técnica brasileira, mas sem ser o comandante!!!!

Se eu fosse dirigente da CBB, montaria uma comissão com um treinador experiente internacionalmente falando, e traria um assistente mais experiente e um mais jovem isso mesmo... Tipo de um exemplo: MONCHO MONSALVE(gabaritado internacionalmente), JOSÉ NETO(jovem) e Hélio Rubens(experiente), ou se formos apenas colocar treinadores brasileiros, vamos imaginar assim, WALTER ROESE(Gabarito internacional), Flávio Davis(Jovem) e Hélio Rubens(experiente). Imagino assim para depois do Pré-Olímpico e Olimpíadas!!!!

Com MONCHO sendo algo como conselheiro dessa comissão técnica!!!! Ou Supervisor das categorias de base!!!!

Anônimo disse...

Acredito que temos que acreditar em uma nova geração de técnico , sendo encabeçada por Bassul ,Chuí e uma experança em um ainda não tao maduro João Marcelo !

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o ultimmo comentarista!!!
É de dar pena um país com tantos talentos ter como tecnicos Lula, Flavio Davis , Saviani , e um arrogante , mesquinho e prepotente Guerrinha, que merece comer o pão que o diabo amassou !
Todo eles sendo cornetados por fora pelo ``deus`` Helio Rubens, um senhor arrogante que nao sabe perder e que só continua em evidencia devido aos pessimos tecnicos qu temos hoje !

Anônimo disse...

Eu venho defendendo como muitos auqi, essa renovação ampla tática de conceitos na base, não só de pessoas mas de conceito tático e prática.

Na prática o espanhol pode não conseguiur a vaga mas deixou claro que temos talento nos jogadores ,ou pelo menos temos jogadores aptos para aprender os novos conceitos.

O que sempre faltou foi a capacidade dos técnicos que estiveram lá para passar isso aos seus comandados;
Faltou até comando como no caso do LULA.

O que não podemos é criar atritos desnecessários com aqueles que passaram , apenas eles têm que ser conscientes de que não foram capazes e se quiserem colaborar terão de fazer esse aperfeiçoamento não só teórico como prático.

Se os técnicos brasileiros antigos , novos estiverem com essa consciência tudo bem podem ajudar.

Ao inves do confronto importante ter uma mescla de visões
Não podemos esquecer que o MOncho quase deixa fora o Ricardo Probst, e não sei que propciou sua convocação.
Então o cara que vem de fora tem que ter acompanhamento e ajuda de alguem daqui que tenha conhecimento DOS NOVOS jOGADORES QUE ATUAM NO BRASIL OU FORA E QUEM NUNCA TIVERAM OPORTUNIDADE COMO O PROBST.
UNIÃO É A SAÍDA APENAS NÃO ADIANTA FICARMOS AQUI XINGANDO OU AFIRMANDO ALGO QUE É CLARO QUE PRECISAMOS DE MUDANÇA TÁTICA E DE CONCEITOS NA BASE.

Essa desunião esses confrontos, essas caça as bruxas, COM GUERRA DE VAIDADES, é que vem finanaciando Grego na CBB e toda essa bagunça no basquete NAcional

Abraços

Anônimo disse...

Nossa, sinto muito,mas nao é só os treinadores brasileiros que precisam se reciclar. Os apaixonados tb. tem gente aqui q no mesmo comentáriomete o pau no Hélio Rubens e fala bem do Miguel Angelo!?!?!?!?!
Me digam uma coisa: o que que é o MIguel Angelo? Um engodo, isso sim. Ganhou um mundial c um time q a MAria Helena armou e que jogava como música. E que mais? Nacional?? Titulos internacionais??? AH, façam-me o favor.

Anônimo disse...

É importante ressaltar que o abismo de conhecimento envolve vários fatores, muitos deles realmente correspondem diretamente à falta de cursos, seminários, intercâmbios, etc, etc, etc... porém considero o principal deles um elemento difícil de ser combatido no basquete nacional: O EGO INFLADO! É muito gogó e muita falação o tempo todo, as equipes são verdadeiros "guetos" , todo mundo se abraça quando se encontra em alguma clínica mas é só um verniz fino que mascara a falsidade e o medo de perder o emprego para conhecidos se eles estiverem próximos. Quanto à preferências pessoais, eu gosto da visão do Marcel sobre o jogo... e tb gosto do Miguel Ângelo da Luz, vejo ele como uma pessoa que surgiu num momento de prontidão de uma geração e colheu muitos dos frutos plantados sim pela Maria Helena, Vendramini, etc... mas a sorte acompanha quem merece e vejo valor nele sim.

Anônimo disse...

A clínica da CBB, poderia ser dividida em palestra(história e bate-papo de basquete) e prática(treinos técnicos e táticos)...Barbosa se encaixaria perfeitamente na primeira parte da clínica...e precisariamos de um terceiro módulo nesse clínica onde disciplina se torne um tema bastante abordado por quem ministrar a clínica.

Anônimo disse...

fernando,
se o Miguel ganhou o mundial com um time montado pela Maria Helena, me diz entao por que ela nunca ganhou o mundial?

E quando o Miguel Angelo foi considerado o melhor tecnico do mundo pela FIBA e foi convidado a ir a china receber o premio, sera que os caras da FIBA tambem nao entendem nada de basquete?

CARIOQUINHA disse...

Perfeito o comentário do anônimo logo acima. Miguel Angelo da Luz é simplesmente o último nome que conecta o basquetebol brasileiro ao sucesso nos últimos 15 anos. Independente do resultado no pré de Atenas, acho que o Moncho deveria continuar, pelo menos, até o Mundial da Turquia em 2010. Se ele não ficar, sem dúvida o Miguel Angelo é, de longe, a melhor opção entre os técnicos brasileiros, embora sabia que enquanto o Grego e sua controlarem a CBB ele não será chamado nem para ser roupeiro, afinal foi o próprio Grego que em 1997, logo após assumir a presidência da CBB, que "limou" o Miguel Angelo.

Anônimo disse...

Prezado Fernando, o Miguel Angelo simplesmente foi "expulso" do basquete brasileiro depois que venceu o mundial. Sem time, como ele poderia ter ganho alguma coisa? Como disse o anônimo, enquanto o Grego tiver na CBB, o Miguel Angelo nunca será chamado para nada...Ele ganhou o mundial com 35 anos de idade e disseram pra ele que era novo demais pra ser técnico...rídiculo tudo isso que o Sr. Grego fez com nosso basquete...

Renato disse...

EXCELENTE post, vc tocou no principal motivo da mediocridade atual do basquete brasileiro.

A falta de iniciativa e auto-cobrança dos técnicos brasileiros é deprimente. Os caras se contentam em jogar um jogo de nível técnico muito baixo, quando as ferramentas para atingir um nível mais alto estão todas aí - não é a famigerada "falta de estrutura" que traz o baixo nível de jogo e sim a falta deles mesmos técnicos botarem um nível de exigência maior nos fundamentos do jogo.

Um exemplo prático disso foi a quantidade absurda de conduções de bola que cometemos com o nosso time feminino no pré-olímpico. Aqui no Brasil esse negócio é tolerado e fica por isso mesmo, tudo bem, é "estilo"... É só ir pra fora e temos de cair na real na marra e jogar o jogo como tem de ser. Por que não poderíamos fazer isso por aqui desde o início?

Outro exemplo foi a própria irritação e cobrança do Moncho a respeito dos bloqueios no ataque, relatada por você. Aqui no Brasil a gente finge que faz bloqueio, finge que protege rebote e fica por isso mesmo, todo mundo se acha o máximo. Como o relaxo é geral, ningém destoa, nivela tudo por baixo.

Aí tem de vir um sujeito de fora pra cobrar fundamento básico de basquete. Não tem desculpa de falta de estrutura, de falta de investimento que me convença que não podíamos ter ao menos um pouco mais de auto-exigência nessa parte. É só treinar. TREINAR FUNDAMENTO.

Com a parte tática é a mesma coisa. Uma rotação de defesa básica bem feita, uma linha da bola bem coberta... não tem segredo, vc não precisa de grandes estruturas pra treinar o básico do básico, e ainda assim aqui reina a esculhambação geral, mesmo nos times mais de ponta.

Existem raras exceções em times com elenco mais modesto (como o de São José dos Campos) que, por conta das limitações, são obrigados a se esforçarem mais nessa parte. O resultado é que criam dificuldades a times que deveriam os atropelar: outro dia vi SJC ganhar em Limeira de todos aqueles medalhões do time do Zanon. Achei legal pelo time de São José, mas saí mais convencido que dava pra ter um basquete muito melhor por aqui se o pessoal simplesmente se aplicasse mais.

O que o Marcel costuma dizer lá nos editoriais dele no DataBasket é que os caras não se preocupam com isso porque se garantem no gogó da pressão sobre a arbitragem, na politicagem. Acho um pouco choradeira da parte dele mas nunca deixo de me lembrar disso a cada piti do Hélio Rubens com a arbitragem do dia.

O fato é que, a exemplo do que estão fazendo hoje os jogadores, antes disso houve uma geração inteira de técnicos que abandonou o basquete nacional por conta deste estado de coisas: Marcel, Zé Boquinha, Miguel Ângelo, fora os mais veteranos como Cláudio Mortari, Ary Vidal. Abandonaram ou foram indiretamente empurrados pra fora?

Já pela parte da CBB, escola de técnicos, sei não. Não adianta querer dar aula a quem não quer aprender.

Hoje em dia a internet democratizou o conhecimento, tem google, you tube, amazon.com, tem tv a cabo com NBA, Euroleague, NCAA. Da sua mesa você acessa a revista da FIBA com artigos do Moncho sobre movimentação de pivôs, você encomenda livros sobre triangle offense, você acessa vídeos do time que quiser para verificar na prática como esses esquemas funcionam.

É lógico que nada substitui a aula olho no olho, mas ja dá pra ir bem longe com todos estes recursos tecnológicos de hoje. O mundo está plano e o conhecimento é democrático - falta de estrutura e de intercâmbio não é mais desculpa.