terça-feira, 22 de julho de 2008

EM BUSCA DE CÉREBROS




O basquete brasileiro, mais do que nunca, vive de pequenos espasmos. Vez por outra, até surgem alguns leves sopros de esperança: seja uma saudável renovação no comando técnico da seleção feminina; a evolução de alguns jogadores na Europa (vide Splitter e Huertas); essa nova liga que promete união entre todos os clubes (será?); iniciativas isoladas e heróicas no trabalho de base. Aqui e ali, coisas boas acontecem. No plano geral, contudo, o cenário que se desenha para os próximos anos na modalidade é absolutamente sombrio, não há como negar.

É sombrio porque, a médio prazo, não vislumbra transformação alguma em larga escala. Na entrevista ao Esporte Interativo, o presidente da CBB se mostra tranqüilo quanto à reeleição. Cita federações que eram rebeldes e hoje estão alinhadas. Nas entrelinhas, canta vitória quase um ano antes do pleito.

Alterar esse sistema nefasto de votação é um longo processo, que parece inviável no Brasil
de hoje. Já circularam e ainda circulam pelo nosso Congresso Nacional propostas de mudança nos estatutos, por exemplo abrindo o voto para todos os atletas federados. Mas o lobby contrário é grande e, vocês sabem, tudo que é aprovado em Brasília passa por uma grande peneira de interesses.

A saída, portanto, passaria pelo surgimento de uma chapa de oposição realmente forte, que tivesse prestígio para chamar a atenção dos patrocinadores, estômago para convencer os votantes e caráter para fazer isso sem cair naquela máxima vigente do uma-mão-lava-a-outra.

O problema é que tal chapa simplesmente não existe. E
isso não é um mal apenas do basquete, mas do esporte brasileiro em geral. Nossos dirigentes são despreparados e acomodados na formação.

O basquete, por acaso, até tem uma pessoa que destoa do perfil cartola-preguiçoso. Uma pessoa que carrega a bagagem do ídolo e, mesmo assim, foi em busca de novos estudos para crescer, evoluir e aprender a administrar. Chama-se Maria Paula Gonçalves da Silva. Pena que a sujeira do mar de lama, geralmente, afaste indivíduos limpos.

13 comentários:

@lisangelo disse...

A Magic tinha pensado em se candidatar? Ela certamente ganharia o apoio de todo mundo, menos eh claro dos vinte e poucos mal-informados com direito a voto...

Anônimo disse...

Pelo que tenho lido e visto das entrevistas da Paula , ela se viu um pouco desgatada, e frustrada na experiencias que teve na area política mesmo no esporte ;
Resta-nos convencê-la a entrar nesse mar de lama.

Ela esteve junto ao Oscar e a Hortência na criação da Nossa Liga e mesmo com essa experiência não vi ninguem na criação da nova LIga falr em chamar alguém como a Paula para participar como Manager ou outro cargo.
O que daria maior credibilidade e até ajudaria no contato com Mídia.
Seria um cartão de visita.
POrém lembro da frustração da Paula pelo fato da midia em si , patrocínio e governo não terem ajudado na época da NLB , onde tiveram que sair "mendigando"

Na última entrevista que vi da Paula no Program História do Esporte na ESPN Brasil ela demosntrou que prefere trabalhar na parte de execução dos projetos e não na parte política.

- Para não falar que só atiramos Pedra :
vão algumas idéias :

1º ) Contratação da Paula para uma espécie de cargo de organização e estruturação da base com técnicos jogadoras com liberdade para ela montar um equipe de trabalho com poder de decisão de execução não só com visão de competição como de carater de atleta evitando novas Izianes.

2º)Para o masculino sugiro o nome do Bira Bello para o mesmo cargo;

3º) Reunião das várias Gerações dos basquete desde os ídolos medalhistas olimpicos ainda vivos(Macarrão , Wlamir, Amauri passos) como da segunda geração de até a geração mais recente de Oscar e Marcel (bronze no mundial das Filipinas); - INCLUSIVE O FEMININO (como Norminha, Maria Helena, até Janet e Hortencia);
Tentando assim por fim a uma suposta rixa entre gerações ,sem propóstio algum;

4º) Cerimônia em um jogo evento para aposentadoria das camisas desses jogadores e jogadoras na seleção brasileira, no Maracanazinho e ou Ibirapuera (ou outros ginásios);

5º) Contratação de Janet, Hortência e Oscar como espécie de embaixadores do basquete nacional para participação em conferencias internacionais com Confederações estrangeiras, bem como , a fim de obter contatos com ex atletas estrangeiros e técnicos para clínicas de carater competitivo e na esfera social(pois há vários ex atletas no mundo com instituições para esse fim);
APROVEITANDO DA IMAGEM DOS NOSSO ÍDOLOS MAIS RECENTES TEM NO EXTERIOR;

OBS. Com opção para, Janet, Oscar Hortencia trabalhar em comissões técnicas NÃO EM CARGOS TÉCNICOS mas para trabalhar em fundamentos específicos como arremesso e e lance livres e ajudar támbém na parte de formção social e cultural do atleta;

6º) Criação de um Hall da Fama Nacional, mesmo que em pequeno porte , para rememorar os ídolos de todass as gerações , inclusive o sprimeiros medalhiasta olimpicos de 48, desde técnicos a jogadores, e todas saus conquistas até os tempos de hoje.

7º)Escolher de todos os ídolos aqueles qeu podem se dispor a participar memso que não efetivamente no cargo de técnico , das comissões técnicas das seleções, que seja única para trabalhar desde da faixa etária dos 13 a 14 anos


- ESSA PROPOSTAS SERIAM INDEPENDENTE DA ELEIÇAO OU NÃO DE UMA PAULA PARA CBB, que infelizmente parece utópico.

Todavia são propostas viáveis independente de quem esteja no poder.
Precisamos aproximar o público mais jovem dos ídolos de gerações campeã trazê-los para a memória antes que sejam esquecidos completamente;
E aproximar esses idolos do esporte novemente.

Unknown disse...

Sandro, incluiria um ponto já comentado aqui no rebote:

A ginástica olímpica e o volei de quadra evoluiram muito a partir de um centro de treinamento com uma seleção fixa (independente do técnico ser estrangeiro).

Bert disse...

A Paula seria um excelente nome. É pessoa da maior competência e honestidade, algo raro hoje em dia. Acho difícil que ela aceite em função das frustrações recentes com o basquete (em especial a Nossa Liga), bem como durante a experiência no Ministério dos Esportes.

Ainda assim, vale a torcida. Repito: nessa eu votava até pra Presidente do Brasil. Rs.

Abraço, Rodrigo.

Unknown disse...

CASO MUITO SÉRIO....
VOU ME FIXAR NO RODRIGO E NO SANDRO POIS AS MUITAS SUGESTÕES FORMAM UMA DIÁSPORA E ENFRAQUECEM OBJETIVOS. ATÉ HÁ POUCO TEMPO TRABALHEI COM BSKT. CONHECÍ OS MEANDROS E SEI OS Q TORCEM PARA FICAR COMO ESTÁ. POR ISSO,NO MOMENTO, É SABER OS E-MAILS DAS FEDERAÇÕES, DO MINISTRO E DO QUADRO DE SUPORTE FINANCEIRO. DEPOIS, SEDIMENTAR UMA LINHA DE AÇÃO E SUGERIR A ESSAS AUTORIDADES Q QUESTIONEM O NOSSO "HUGO CHAVES". DIGO ISSO PORQUE ELE IRÁ DERROTAR QUALQUER CHAPA QUE SE OPUSER A ELE. NÃO DIGO AS RAZÕES PQ NÃO TENHO ELEMENTOS PARA ISSO.

POR OUTRO LADO, ACHO QUE O SENHOR BIRA BELLO MOSTRA-SE, DIDATICAMENTE, ESTUDIOSO E PARECE CONHECER OS ELEMENTOS TÉCNICOS QUE ENVOLVEM A PRÁTICA DO ESPORTE MAS, DO PONTO DE VISTA GESTACIONAL,NÃO MOSTRA NENHUMA NEUTRALIDADE QUANTO DEFENDE SITUAÇÕES AS QUAIS SÃO CLARAS IMPOSIÇÕES DO ATUAL "STATUS QUO". SE VCS QUEREM MUDAR. MUDEM MESMO. NÃO PODE SER "MEIA BÔCA"
É POR ISSO Q DIGO Q "É MUITO DELICADO" QUANDO SE VAI....VAI MESMO

Anônimo disse...

sandrosampa tu gosta de escrever o problema é q o sr grego ja disse que o bsquete esta otimo e que nao precisa de muita sugestao, para de escrever bobagem e vai trabalhar nao perca seu tempo com quem nao esta nem ai para vc, um abraço

Anônimo disse...

Há algum tempo eu assisti uma palestra da Paula sobre Gestão Esportiva, na Universidade de Campinas. Ela demonstrou ser uma ótima conhecedora dessas questões que vão além das quadras, com certeza seria uma pessoa de peso para começar uma oposição ao Grego, na CBB.

Porém, se o sistema de votações é montado para determinada pessoa continuar no comando, quem se sentirá disposto a uma candidatura? Ninguém, não importa se a pessoa seja ou não capaz! O esforço que é necessário torna praticamente inviável uma mudança na administração da CBB. É de desanimar qualquer um, pois toda uma estrutura podre precisa ser alterada...

Anônimo disse...

Com certeza apoio e muito e digo mais , o que o basquete esta precisando é de iniciativas como estas . Talvez de pouco em pouco nós consigamos algo . O basquete brasileiro tem que ser dirigido por quem entende de Basquete e principalmente pessoas que amam a nossa Pátria e principalmente este esporte tão especial. VAMOS LÁ PAULA PRESIDENTE DA CBB. ,, VAMOS DIVULGAR E TORCER PRA QUE ELA ACEITE . PAULA PRESIDENTE

Anônimo disse...

"Sei que capacidade não me falta, sei tudo o que acontece no basquete brasileiro, até das coisas que não são mostradas publicamente, por isso e por muito mais coisas que eu não me atrevo a ser o presidente de nada, sou muito honesto para ser o presidente de alguma coisa nesse país."


Palavras de Wlamir Marque amigos.
Eu não sou pessimista não mas sendo um pouco realista o jeito é torcer que o Brasil tenha uma sorte e consiga mais 10 caras loucos pela a seleção e muito bom como ja aconteceu aqui pra nós voltarmos para uma olipiadas.

Sinceramente acho muito dificil algum idolo como os citados acima querer ser candidato para depois se decepicionar com 5 votos dos 20 e poucos possiveis. Acho que nossa parte agora fazer uma campanha como o Sandro está tentando fazer um debate com Midia, Presidentes de federenções e confederação, empresas patrocinadoras e o ministro de esporte.

Unknown disse...

ok, pessoal...
visitando o site do ministério do esporte < www.esporte.gov.br > existe la o famoso "fale com o ministro" . Deduso que o corréto para nós, méros fãs, seria "colar" os debates diários sugeridos pelo Rodrigo, e aguardar que o ministro tome conhecimento e se manifeste.Isso ja pode ser feito.
Outra ação seria a de fazer "carga" junto às Federações e mostrar que vem aí uma mudança e que seria melhor essas Federações serem partes dessa mudança do que uma resistência falida ao longo de 12 anos.
Faltaria, apenas, a estratégia junto aos "suportes" (talvez a mais difícil). Mas, nada que "informativos" diários e endereçados a êles, não resolva.
Acho que esta deveria ser a primeira "Frente de Resistência". As candidaturas partem de um patamar facilmente detonavel por " Hugo CHaves"

Anônimo disse...

É uma boa idéia esse endereço Luis
o negócio é encher a caixinha
O problema que muitos aqui são bons para reclamar mas a atitude ficam a cargo de pouco gatos pingados

E sem o apoio e debate da mídia poderosa será uma batalha inglória
A minha parte estou tentando fazer

Não custa nada tentar

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

fala galera, concordo com o Sandro, ficar reclamando e cornetando é facil... tem que agir, de alguma forma!! qualquer que seja, acho que até debatendo temas já é um começo.

quanto a um amigo aí que falou que a ginástica olímpica e volei cresceram a partir de centros de treinamento e seleções fixas, eu ja acho que isso é inviavel para esportes como basquete, futebol e tenis, pois estes esportes movimentam cifras muito maiores do que volei e ginastica, e é muito mais caro reunir atletas de alto-nivel do que os outros dois exemplos acima... Como vc faria para pagar salarios para os jogadores da seleção fixa equivalentes aos que eles recebem na NBA ou Europa ?

Administrar o basquete realmente é um trabalho muito mais arduo do que parece...

por isso que a CBB e o Grego não conseguem!!