AS NOSSAS SELEÇÕES

Amigos, peço desculpas pela falta de atualização no fim de semana. Tive de antecipar para sábado a produção de uma reportagem que mostra o dia inteiro de treinamento da Adrianinha - foram quase 13 horas seguidas com ela. Isso porque, da noite para o dia, a seleção feminina mudou os treinos do Rio para São Paulo. O Maracanãzinho e a Arena Olímpica estarão ocupados nesta semana, e a quadra do Marina Barra Clube, onde elas treinariam inicialmente, foi vetada pelo técnico Bassul porque
o piso está todo desnivelado e as tabelas são inadequadas
(o Balassiano já tinha comentado isso no Da Linha dos 3).

Agora me digam: para que serve o tal departamento técnico da CBB? Como é que a confederação fecha um acordo com um clube sem que alguém capacitado dê uma olhada na quadra? É uma tremenda falta de respeito com a própria seleção, que conquista a vaga olímpica e, como prêmio, é obrigada a arrumar as malas e trocar de cidade no meio dos treinos. Mais amador, impossível.

Enquanto isso, no Campeonato Sul-Americano do Chile, mais um exemplo errado que vem
de cima. Afinal de contas, que diabos o Barbosa, supervisor e chefe da delegação, fazia no banco de reservas, ao lado do técnico Paulo Chupeta, inclusive dando instruções aos atletas, como as câmeras da ESPN Brasil flagraram logo no jogo
de estréia? É uma intromissão que Chupeta, autoridade no banco, jamais deveria ter permitido. Quando Barbosa fez algo semelhante com Moncho, pisando dentro da quadra durante um treino, levou logo um passa-fora.

Sem comando, a seleção B teve atuações fraquíssimas e se mostrou desnorteada no ataque e na defesa ao longo de toda a competição - só melhorou um pouco na vitória sobre a Venezuela e, em seguida, contra o Uruguai, quando ganhou mas não levou, porque precisava de 22 pontos de diferença para chegar à final.

Fora isso, a delegação traz na bagagem uma derrota para o patético Chile num amistoso, atuações desastrosas contra Colômbia e o mesmo Chile nas duas primeiras partidas, uma surra implacável da Argentina
e mais um vexame contra os venezuelanos na disputa do bronze. À exceção das boas atuações de William Drudi (foto) e de alguns bons momentos do pivô Caio Torres e do armador Hélio, foi uma viagem para se lamentar profundamente.

Espero que o clima seja outro na jornada européia da equipe principal, que enfrenta a Grécia hoje, às 16h, na rodada inicial
do torneio de Acrópolis. Vou fazer a crônica do jogo para o Globoesporte.com, mas como estarei na redação, só poderei escrever aqui no blog mais tarde. Mesmo assim, vou abrir uma caixinha para vocês comentarem ao longo da partida, ok?