terça-feira, 6 de abril de 2010




O público em Indianápolis superou os 70 mil e viu um jogo digno de uma final de NCAA. Tecnicamente, nada muito brilhante, mas recheado de emoção até o segundo final. Os Bulldogs de Butler, que bateram um punhado de medalhões ao longo do caminho, quase transformaram em realidade o sonho da Cinderela. Nesta segunda-feira, no entanto, esbarraram num autêntico cachorro grande. Duke sofreu bastante, mas conseguiu espantar a zebra e fez valer a sua tradição. De forma dramática, os Blue Devils venceram por 61-59 e faturaram mais um título para a galeria.

Mike Krzyzewski, que hoje está entre os melhores técnicos do planeta, embolsa seu quarto caneco universitário. Dentro da quadra, o trio de ferro da equipe funcionou bem: Kyle Singer (19 pontos, 9 rebotes) foi o eleito o melhor da partida e contou com a colaboração de Jon Scheyer (15 pontos, 6 rebotes, 5 assistências) e Nolan Smith (13 pontos, 4 passes).

O aproveitamento nos chutes de três foi ruim (5/17) e a quantidade de erros foi maior que a do adversário (13-8), mas a defesa – cartão de visitas de Butler – empurrou Duke rumo ao título. Primeiro ao evitar que Gordon Hayward explodisse em pontos (foram 12); segundo por fechar bem o garrafão (7-0 em tocos, sintomático); terceiro por ter grampeado algumas jogadas decisivas nos minutos finais, quando o time abriu cinco pontos e depois segurou bravamente até o fim.

Hayward (foto) quase acertou o chute milagroso do meio da quadra no estouro do cronômetro (não quero nem pensar no pandemônio que seria se aquela bola caísse). Matt Howard, que era dúvida antes da partida, conseguiu cestas importantes na reta final para deixar a disputa acirrada. Poderia ser, mas não foi a vez de Butler. Os Bulldogs do jovem e promissor técnico Brad Stevens merecem muitos aplausos pela campanha surpreendente ao longo do ano e por terem equilibrado o embate decisivo até o fim, apesar do favoritismo do rival. Em 2010, contudo, o cachorro grande da NCAA é azul – e encapetado. Coach K e os Devils estão de parabéns.

6 comentários:

João Pedro TONHÃO #23 disse...

Vi as estatisticas.. Parece ter sido apertadicimo.. Deve ter sido um belo jogo.. Parabéns para os mulekes de Duke..!'

raul disse...

o jogo foi realmente o que se espera de uma final NCAA, Duke como grande favorita não fez mais que o seu papel, fica aqui um grande parabéns ao time de Butler e ao seu jovem e talentoso técnico que encarando um time superior técnica e fisicamente, conseguiu levar a partida aberta para o último minuto, realmente o time mostrou uma grande defesa e obediência tática invejável, o basquete não foi dos mais belos, mas sobrou paixão e disposição. Parabéns Butler.

Gabriel Galvão disse...

Foi o primeiro jogo de NCAA que eu acompanho e achei muito doido !!! É totalmente diferente da NBA !

Duke soube controlar o jogo o tempo todo, e tem uns 3 jogadores ali que tem futuro !

Anônimo disse...

Achei que o jogo ficou devendo bastante tecnicamente. O placar apertado não foi mérito de jogo disputado, mas falta de técnica mesmo. Uma das piores finais da NCAA (e olha que acompanho há um bom tempo). Esperava mais do Coach K, com todo o auê em cima dele, por pouco não perdeu para uma equipe com menos talentos. Com toda a estrutura que tem, o suposto melhor técnico universitário, Duke deveria ter ganhado com mais facilidade, pelo amor.

Anônimo disse...

Aqui nos EUA o comentario eh que foi uma das melhores partidas em toda a historia da NCAA. Butler tem muita qualidade e muita garra. O jogo pode ter parecido fraco tecnicamente pelo fato de ambos os times defenderam de forma muito proxima a perfeicao. Todos sabiam que nao seria um jogo de jogadas plasticas e espetaculares mas sim de muito contato fisico e batalhas dentro do garrafao.

Uma nota importante, o proprietario do New Jersey Nets ofereceu um contrato de 15 milhoes de dolares/ano para o Coach K assumir a equipe. Esse seria o mairo salario da historia de um tecnico na NBA, batendo Phil Jackson com 12M.

Coach K nao demonstrou interesse e segue com os Blue Devils.

hiai disse...

faz muito tempo que nao me empolgo tanto com um jogo, qualquer fosse o esporte.