sexta-feira, 30 de abril de 2010

SPURS E SUNS... DE NOVO




Não foi desta vez que o Dallas Mavericks chegou lá, mesmo com as (boas) contratações que fez no meio da temporada. O time de Dirk Nowitzki (que já cogita buscar novos ares) deu azar de pegar, logo no primeiro round, um San Antonio Spurs mordido e voando. Ontem, a série chegou ao fim, com mais uma boa atuação de Manu Ginóbili – 26 pontos – e um 4-2 que não deixa muitas dúvidas. Se as pernas deixarem, o lado negro (é só a cor do uniforme) do Texas promete ir longe no mata-mata.

O Phoenix Suns também resolveu sua parada na noite de sexta e espantou o fantasma de Brandon Roy ao eliminar os Blazers em pleno Rose Garden. Com 29 pontos e tiros certeiros de Jason Richardson, o time volta a sentir o sabor de vencer nos playoffs. Essa é a boa notícia. A má? É o adversário que vem por aí.

Teremos, a partir de segunda-feira, mais um duelo entre Spurs e Suns, no que promete ser uma série espetacular. Rivalidade não falta, motivação tampouco, e os dois times voltam a viver grandes momentos, superando os vexames da última temporada. Vai sair faísca. Já tem seu palpite? Nash ou Parker? J-Rich ou Manu? Amare ou Duncan? Enquanto você pensa nas respostas, aí vai uma imagem da partida de ontem que, pelas circunstâncias (apesar de eu ser muito fã dele), fica impossível não publicar:

PAPO DE SEMIFINAL – MÁRCIO




O jogo corria apertado, até que o time de Franca foi salvo por um tiro certeiro de três e um belo giro ao lado do garrafão. As duas jogadas saíram das mãos de Márcio Dornelles, que virou herói e colocou os francanos nas semifinais do NBB para encarar o Fla. O ala de 34 anos abre uma série de quatro pequenas entrevistas (uma para cada equipe) aqui no Rebote, de hoje até segunda, a véspera do início das semis. Sem demora, vamos ao papo.

- REBOTE - Você fez duas cestas decisivas no último jogo contra o Pinheiros, que acabaram garantindo a classificação para as semifinais. Como foi aquele momento? E a comemoração naquele dia?
- MÁRCIO DORNELLES - Foi com muita emoção, mas também muita tensão. Eu sabia que tínhamos passado à frente, mas eles ainda tinham 11 segundos. No fim do jogo, fiquei muito feliz, pois conseguimos um dos nossos objetivos, que era ficar entre os quatro melhores Brasil. Ainda mais com a bola da decisão passando pelas minhas mãos. Naquele dia eu fiquei em casa com minha esposa e meus filhos, descansando. Tinham sido dois jogos na sequência, e o último com aquela tensão física, um desgaste emocional intenso. Depois de recuperado, aí sim fui curtir a classificação. Vi o Gre-Nal, depois vi Flamengo x São José, os comentários de Franca x Pinheiros...

- Falando em Flamengo, o time carioca é o seu próximo adversário. Em que pontos Franca deve se concentrar para vencer o confronto? Pela posição, os cariocas entram como favoritos?
- Primeiro, temos que nos concentrar no grande cestinha que eles têm (Marcelinho). E vamos nos focar no que o Hélio Rubens nos passar. No meu ponto de vista, acho que eles entram como favoritos, porque terminaram em segundo lugar e não estão sofrendo com lesões como o nosso time. Mas apesar de achá-los favoritos, penso que, nesta fase do campeonato, as equipes se equivalem.

- As lesões prejudicaram Franca no ano passado, e agora o time volta a estar entre os quatro melhores do país. Como está o clima na cidade? E em que nível está a confiança de vocês?
- É, infelizmente agora voltamos a sofrer com contusões: Tony Stockman, Benite, David. Mas mesmo com a ausência deles, nós nos superamos e voltamos a colocar Franca entre os melhores do país. Quanto à cidade, a torcida sempre esteve ao nosso lado, mesmo nos momentos mais difíceis do campeonato. Mesmo tendo o Flamengo como favorito, temos a confiança de fazer bons jogos.

O CALOURO DO ANO






A esta altura, você já deve estar pensando "ih, o maluco errou a foto ou leu a notícia errada". Ainda não estou tão caduco, sei que Tyreke Evans foi eleito o calouro do ano, e o garoto da imagem é o Brandon Jennings. Sei também que Evans mereceu o troféu, diante da temporada espetacular que teve à frente dos Kings. A dúvida é: ao fim do campeonato, quem será, de fato, o melhor?

Porque enquanto Evans e Stephen Curry já estão curtindo as merecidas férias, Jennings disputa, na noite desta sexta-feira, o jogo mais importante de sua curta carreira. Se o seu Milwaukee vencer o Atlanta hoje, às 20h, e fechar a série em 4-2, será ele, o camisa 3 dos Bucks, o novato mais festejado deste ano.

Agora fica a dúvida: serão os Hawks capazes de reagir, igualar a série, vencer o jogo 7 em casa e despachar a zebra? Diga aí.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

RESULTADO: NENÊ TORCE O JOELHO




De fato, era melhor eu ter ficado quieto. O texto ali abaixo foi escrito na melhor das intenções, mas o resultado prático na quadra foi desastroso. Após um choque com Carlos Boozer, Nenê sofreu uma torção no joelho esquerdo e saiu carregado pelos companheiros. Na quinta-feira, o brasileiro será reavaliado para saber a gravidade da lesão. Mas é óbvio que, de qualquer forma, a notícia é péssima para a seleção brasileiro. Mais uma vez, estamos ameaçados de não contar com o pivô no Mundial.

AZEDOU PARA O ATLANTA




Para quem achava que o Milwaukee Bucks seria uma galinha morta sem Andrew Bogut (eu inclusive), está aí a resposta da garotada. No jogo 5, sempre fundamental para uma série empatada em 2-2, o time de Scott Skiles perdia por sete pontos a três minutos do fim. E a partida era em Atlanta! Mesmo assim, os visitantes foram buscar a virada. Com uma parcial de 30-18 no quarto período, venceram por 91-87 e agora estão a um passo das semifinais do Leste.

Para chegar lá, o Milwaukee contou com a juventude de Brandon Jennings (o menino da foto acima, com 25 pontos) e com a experiência de Kurt Thomas, que cavou uma falta de ataque de Joe Johnson nos momentos decisivos e eliminou o craque da partida. Se você notar que Thomas é o responsável por ocupar o lugar de Bogut no garrafão, está aí a grande ironia deste playoff.

Para o Atlanta, que tomou 14 pontos seguidos no último quarto, a derrota em casa soa como um tremendo vexame. Cabe ao time agora responder imediatamente na sexta-feira, roubando uma vitória na casa do rival e forçando o jogo 7. Caso contrário, mergulhará numa crise que pode botar a perder um projeto bem montado ao longo dos últimos anos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O texto sobre os 78 chutes de três no jogo Fla x São José já
ficou ali para baixo, mas ainda não é hora de abandoná-lo. Na
caixinha de comentários, está rolando um debate de alto nível
sobre a filosofia de jogo no basquete brasileiro. Entre lá e opine.

E AGORA? TORCER PARA QUEM?




Logo mais, às 23h30, o Denver Nuggets entra em quadra com a corda no pescoço, jogando em casa pela sobrevivência na série contra o Utah Jazz, que lidera por 3-1. Para quem você vai torcer? A resposta depende de vários fatores, e excluindo obviamente os fãs dos dois times, essa escolha pode levar em conta até a seleção brasileira. O que seria melhor: um Nenê motivado indo longe nos playoffs ou um Nenê saudável com mais tempo para descansar?

É claro que torcer contra um brasileiro na NBA pode soar meio ridículo. No caso do pivô dos Nuggets, contudo, todo cuidado é pouco no que diz respeito à seleção. Fora das últimas competições por lesões (e fora de outras por motivos diversos), na última vez que ele jogou, no Pré-Olímpico de 2007, a forma física estava lamentável. Nenê precisa estar bem fisicamente para render bem na Turquia. Por isso, minha torcida para hoje está decidida: que o Jazz feche a série (e seria legal ver esse time avançando), que Nenê passe a pensar desde já no Campeonato Mundial.

NA HORA CERTA




Para o Los Angeles Lakers, era uma questão de urgência. E Phil Jackson entende desse negócio. Por isso Kobe Bryant (finalmente) grudou em Russell Westbrook, a defesa grampeou Kevin Durant, o ataque foi bem distribuído e... pronto, os campeões jogaram como campeões. A vitória acachapante por 111-87 deixa o time a um passo de eliminar o Thunder e enterrar qualquer risco de zebra.



Acredito fielmente que os Lakers (ainda) têm basquete para bater qualquer time da NBA. O problema é que eles não têm mostrado esse basquete com a mesma regularidade do ano passado. Dá para ganhar do Cleveland? Claro que dá. Do Cleveland e de qualquer outro. Desde que Jackson consiga implantar na quadra o que está dentro do seu cérebro. Em contrapartida, da próxima fase em diante, dá para perder para qualquer um também.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

OS INCRÍVEIS 78 CHUTES DE TRÊS




Quem espia estas linhas com alguma frequência sabe da minha "admiração" (para não dizer o contrário) pelo jogo de basquete baseado no arremesso de três pontos. Nada contra o arremesso em si, arma que pode ser muito útil, desde que seja usada sem desespero, dentro de um esquema. Pois imagine a tortura que foi, para mim, acompanhar seis quartos (quatro normais e duas prorrogações) de Flamengo x São José na noite desta segunda. No total, 78 chutes de três! Acompanho basquete há mais de 20 anos e raríssimas vezes vi algo parecido com isso.



E o mais curioso: o Flamengo de Marcelinho Machado – notório chutador – foi o menos culpado na história, acertando 8 em 25. O São José, esse sim, tacou 53 bolas de três, contra apenas 17 de dois. Sim, é isso mesmo: 53 de longe, 17 de perto.

Será que o técnico Régis Marrelli (a quem admiro pelos trabalhos recentes) achou isso normal? Se o aproveitamento dos tiros de fora fosse de 90%, 80%, 70%, 60%, 50%... eu até entenderia. Mas foi de 36%. E nem a defesa esburacada de perímetro do Flamengo (um convite aos chutes) justifica tamanho volume.

É verdade que não faltou emoção no duelo, equilibrado o tempo todo e decidido após dois períodos extras dramáticos – com 95-91, o Fla fecha a série em 3-0 e avança às semis. Mas emoção não basta para fazer um bom jogo. Apesar do número até baixo de desperdícios (10 dos cariocas, 12 dos paulistas), a exibição técnica foi sofrível, cheia de precipitações e decisões erradas, lembrando os piores momentos do basquete brasileiro.

Concordo que o nível do NBB melhorou neste ano, mas este tropeço foi de lascar. Tomara que as semifinais não nos brindem com nada parecido com isso. Teremos Universo x Minas, Fla x Franca, começando no dia 4 de maio. Bem antes disso, eu volto para analisar as séries.

MANDO DE QUÊ?




Não olhe agora, mas o Oeste está virado do avesso. Já se foram quatro jogos em cada série e, dos quatro times que entraram nos playoffs com a vantagem do mando de quadra, nenhum lidera o seu confronto. Dois deles, favoritos claros por motivos distintos, amargam empates em 2-2. Outros dois, em cenário ainda pior, equilibram-se à beira do precipício, perdendo por 3-1.



O quadro não chega a ser espantoso para uma conferência que terminou a fase regular com uma diferença de apenas 7 vitórias entre o líder e o oitavo colocado. No Leste, para se ter uma ideia, este hiato é de 20! Por essas e outras, seja com mais ou menos conforto, Cavs, Magic, Hawks e Celtics lideram suas séries.

Voltando ao Oeste, os dois favoritos claros (Suns, por causa das lesões dos Blazers, e Lakers, atuais campeões) viram os duelos ganharem em emoção. Todo mundo quer saber se Portland e – principalmente – Oklahoma City são capazes de concretizar o feito e despachar os rivais. Ainda acho que Kobe & Cia seguram a onda, mas não arrisco nenhum palpite sobre o Phoenix, especialmente agora que o craque Brandon Roy voltou a jogar.

O San Antonio Spurs (lá vem o puxa-saco) bateu o Dallas e teve George Hill salvador (29 pontos) para compensar a noite ruim do trio de ferro – Tim Duncan, aniversariante do dia, passou vergonha com quatro pontos e 1/9 nos chutes. Parker saiu do banco e se limitou aos 10 pontos. Mesmo com o nariz quebrado e a pontaria ruim, Ginóbili ainda foi o melhor dos três, com 17 pontos, 7 assistências, 4 rebotes e 4 roubos. Lá estão os Mavs em apuros, precisando vencer três seguidas.

O Utah Jazz mostrou sua força de novo ao superar o Denver por 117-106 e abrir 3-1. Sem Kirilenko e Okur, machucados, o time de Jerry Sloan contou com ótimas atuações de Boozer e Williams – é assim que deve ser. Carmelo Anthony ainda tentou emplacar uma reação furiosa no quarto período, mas não teve um domingo tão feliz quanto seus amigos LeBron e Wade.

Resumindo, é isso: no Leste, os favoritos caminham tranquilos. No Oeste... bem, no Oeste, parece que não existe "favorito", né...

FLAMENGO A UM PASSO DAS SEMIS




Falta uma vitória para o Flamengo eliminar o São José e definir as semis do NBB. Na noite de domingo (horário estranhíssimo), Marcelinho fez 19 pontos na vitória da equipe carioca por 89-70. Se vencer de novo logo mais, às 19h, na HSBC Arena, o atual campeão fecha a série em 3-0 e se classifica para enfrentar Franca. Será que São José ainda consegue sobreviver no Rio?

domingo, 25 de abril de 2010

DANÇA DOS NÚMEROS


19-15

Foi o placar do duelo Wade x Celtics no último período do jogo 4 deste domingo. O craque liderou o Miami Heat numa sequência de 25-8 para abrir o quarto final, garantir a vitória por 101-92 e evitar a eliminação no primeiro round dos playoffs. O Boston lidera a série por 3-1. Vale lembrar que nunca um time virou de 0-3 para 4-3. Um dia isso vai acontecer, né. Será agora? Difícil.

MÁRCIO PÕE FRANCA NA SEMIFINAL




Foi um jogo de tirar o fôlego, com emoção até a última bola. E, no fim das contas, lá estava Hélio Rubens de novo, pulando feito criança no meio da quadra e festejando a classificação de Franca para as semifinais. A vitória por 73-71 sobre o Pinheiros fecha a série em 3-0 e coloca o time do interior paulista para enfrentar provavelmente o Flamengo (se São José passar, Franca pega o Minas).

O herói do início da tarde foi Márcio Dornelles, com 21 pontos e as cestas decisivas. Com o jogo empatado a 45 segundos do fim, ele meteu uma bola de três e, na sequência, acertou um belo giro ao lado do garrafão. Os cinco pontos seguidos definiram o placar.



Do outro lado, Shamell foi o cestinha, com 24, mas a bola nem passou por sua mão na reta final. O americano Jamison Brewer, contratado como reforço do Pinheiros para a temporada, tentou virar herói e acabou afundando o time. O técnico Claudio Mortari não fez nenhuma questão de poupá-lo após a partida: "Tínhamos um planejamento para o Shamell definir, mas o americano tentou decidir as bolas, achando que a arbitragem ia marcar a falta. Depois arremessou a bola de três. E perdemos um jogo que estava quase ganho", afirmou. Com razão, diga-se.

IH, RAPAZ...






Não, o Thunder não ganhou dos Lakers - isso aconteceu no jogo
3. No 4, o Thunder atropelou os Lakers, sem dó nem piedade.
Na vitória inapelável por 110-89 que igualou a série em 2-2, o
time da casa chegou a estar 29 pontos à frente. O duo formado
por Durant e Westbrook está fazendo a turma de Los Angeles
arrancar os cabelos, e a pergunta é viável: será que a franquia
caçula da NBA é capaz de promover uma das maiores zebras
(se não a maior) da história dos playoffs? Meio caminho andado.

Imaginem a pressão em cima de Kobe Bryant & Cia para o jogo 5. Uma nova queda pode ser o início do caos. Quando eu disse aqui que gosto do Thunder e adoraria ver esta série indo longe, não imaginava – mesmo – que isso fosse possível. Mas aconteceu. Um time jovem, sem nenhuma experiência de playoff, sem um pingo de malandragem adquirida, simplesmente botou os atuais campeões na roda e igualou o duelo.

É claro que, após marcar irrisórios 12 pontos no sábado, Kobe Bryant vai fazer de tudo para tirar da cartola na terça-feira uma atuação no melhor estilo Black Mamba. Ainda que ele arrebente e, na sequência, feche a série em 4-2, o estrago na moral dos Lakers já está feito. Mesmo conseguindo passar pela molecada de Oklahoma, será preciso recuperar o aspecto psicológico para o resto do mata-mata. Isso se não acontecer a catástrofe... será?

sábado, 24 de abril de 2010

UNIVERSO E MINAS AVANÇAM




O primeiro quarto do Universo contra o Bauru foi um daqueles momentos para deixar o torcedor de queixo caído, com um basquete muito próximo da perfeição: defesa excelente, contra-ataques executados sem erros, precisão nos arremessos de fora (5/7), passes cirúrgicos, pontes aéreas e, como cereja do bolo, uma cesta cinematográfica de Guilherme Giovannoni, jogando a bola para o alto após sofrer uma falta. Placar do período: 39-14. E a série acabou justamente ali.

Até porque o restante do jogo foi todo de Bauru, que apertou a defesa, emplacou uma reação e chegou a cortar a diferença para sete. Mas o estrago do início foi mesmo irreparável. Fato é que a vitória por 111-101 fechou em 3-0 um confronto com abismo de qualidade entre as duas equipes. Após um início arrasador no campeonato e um momento de queda no segundo turno, o time de Brasília volta a jogar um basquete eficiente e – em alguns momentos – bastante vistoso. Pega moral na hora certa.

Quem também garantiu vaga nas semifinais no sábado foi o Minas, não sem sofrer um bocado diante do Joinville, que reagiu no último quarto e quase estragou a festa em Belo Horizonte. A vitória dos mineiros por 94-90 fecha a série também em 3-0. Ainda não dá para cravar, mas o confronto nas semis deve ser entre Universo e Minas. Para isso, basta que Flamengo e Franca confirmem seus favoritismos contra São José e Pinheiros – o Brasília tem o direito de enfrentar sempre o time de pior campanha, que neste caso seria o Minas (4º colocado).

Os francanos podem carimbar o passaporte para as semis ao meio-dia deste domingo, jogando no Pedrocão. O Flamengo tenta abrir 2-0 à noite, enfrentando o São José no Rio de Janeiro.

IMPOSSÍVEL? PARA QUEM?






Torcer pelo Portland deve ser, ao mesmo tempo, bem frustrante e bem empolgante. Frustrante porque o time leva um golpe a cada esquina, azarado que é, especialmente com as lesões. Empolgante porque as surpresas positivas brotam na mesma frequência. A mais recente veio na noite deste sábado, quando Brandon Roy – opa! – apareceu na quadra, pronto para jogar, muito antes da previsão dos médicos após a cirurgia no joelho.

Com um Rose Garden transbordando de torcedores eufóricos, o Portland bateu o Phoenix Suns por 96-87 e igualou a série em 2-2. Roy não chegou a brilhar (também seria pedir demais), com 10 pontos (4/10), mas sua entrada a quatro minutos do fim do primeiro quarto energizou o time e as arquibancadas. Incrível o clima no ginásio. LaMarcus Aldridge fez o serviço com 31 pontos e 11 rebotes.

Após Mavs x Spurs, temos aí a segunda candidata a melhor série do primeiro round.

MANU GINÓBILI FORA DO MUNDIAL






O argentino Manu Ginóbili disse na sexta-feira que não vai disputar o Mundial da Turquia, em agosto. São dois os motivos: ele quer se manter bem fisicamente para a próxima temporada da NBA (vale lembrar que Manu estendeu seu contrato com os Spurs), e sua mulher vai dar à luz gêmeos no mês que vem. O jogador explicou a decisão em longo depoimento publicado no jornal La Nacion. A notícia é triste para o campeonato, realmente triste.

Mas ao menos o hermano foi honesto e anunciou o fato com transparência, ao contrário do que vêm fazendo alguns americanos. Tanto que, dos cerca de mil leitores que opinaram na enquete do La Nacion, 75% concordam com a decisão de Ginóbili. Agora, fica a dúvida: será que o craque nunca mais jogará por seus país? A despedida foi a semifinal olímpica contra os Estados Unidos em Pequim? Seria o fim de uma trajetória extraordinária.

A EXPLICAÇÃO DO GUERRINHA




Já que eu critiquei a postura do Guerrinha no jogo 1 contra o Brasília, agora abro espaço aqui para as explicações dele. No intervalo do jogo 2, ele disse o seguinte ao repórter do SporTV:



E de novo me reservo o direito de discordar. Não acho que o jogador precise escutar ofensas para se sentir desafiado numa partida. É só olhar inúmeros exemplos de técnicos vitoriosos mundo afora. Agora, se Guerrinha está tão certo dessa filosofia, por que abriu mão dela no jogo 2? O que vale mais? Aplicar o método em que acredita num duelo de playoffs ou abrir mão dele só para fazer birra com os críticos? Na boa, não entendo.

O Bauru chegou a estar 46 pontos atrás e perdeu por 118-78. Diante desse cenário, fica muito fácil para o treinador entregar os pontos no intervalo e dizer frases como "Quando você não briga, olha aí o resultado". Foi por causa disso que o time tomou uma lavada dentro da quadra? Ok então, acredite quem quiser.

PUXA-SACO SATISFEITO




Outro dia, o leitor Thiago perguntou na caixinha: "Por que todos os narradores, comentaristas, jornalistas são puxa-saco dos Spurs?" Será que são? Bom, só posso falar por mim: eu sou mesmo. Brincadeira, claro que não sou puxa-saco de time A ou B, mas aprendi a gostar do San Antonio ao longo da última década e discordo desse rótulo de time sem carisma – o carisma que falta em Tim Duncan sobre em Manu Ginóbili, por exemplo. Enfim, fiz toda essa enrolação para dizer que, mais uma vez, fiquei muito satisfeito de ver uma apresentação dos Spurs. Foi na noite de sexta, contra o Dallas.

E olha que o Dallas é outro time pelo qual tenho grande admiração. Mas a vitória do San Antonio por 94-90 foi daquelas com clima de playoff mesmo, recheada de vibração e belas atuações. As duas cestas decisivas de Tony Parker (ambas quase na linha de três) deixaram a torcida elétrica. Duncan (de novo) jogou muito bem e me parece até rejuvenescido.

Ginóbili, então, teve uma performance daquelas. O argentino tomou uma cotovelada de Dirk Nowitzki, teve o nariz quebrado (aquele nariz gigante!), mas voltou com um curativo e despejou 11 pontos no último quarto – terminou com 15, além de sete passes, cinco rebotes e três roubadas.

Para completar, o San Antonio ainda provou que é possível ganhar um jogão desses sem fazer uma cesta sequer da linha de três – é apenas a quarta vez que isso acontece em playoffs. Foram sete tentativas e nenhum acerto. Fato é que agora a série está 2-1, o que, na verdade, não significa nada. Como bom "puxa-saco" dos dois times, acho que o confronto vai longe.

WADE SAI, PIERCE RESOLVE


Dwyane Wade saiu com uma lesão na panturrilha e não estava em quadra no momento crucial do jogo 3 entre Miami e Boston. Melhor para Paul Pierce, que bateu bola calmamente, chutou e garantiu a vitória dos Celtics no estouro do cronômetro. Agora a série está em 3-0, ou seja, na prática, é o fim dela. Veja o chute:

sexta-feira, 23 de abril de 2010

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Quero aumentar a minha
porcentagem de acerto de bolas de
três pontos. Na Euroliga, foi 40%"


IZIANE, respondendo à pergunta "Quais fundamentos você pretende aprimorar para o Mundial?", em entrevista à Folha de S.Paulo. Sintomático. A ala disse ainda que pretende aprimorar a habilidade com a mão esquerda, mas obviamente não falou em defesa, passe ou qualquer coisa que faça referência ao jogo coletivo.

TOMBO SINCRONIZADO




Eis que, no mesmo dia, com diferença de poucas horas, os dois favoritos ao título da NBA tropeçaram nos playoffs. Jogando fora de casa, Cleveland Cavaliers e Los Angeles Lakers perderam seus primeiros jogos no mata-mata. E pode colocar na conta dos dois craques do campeonato, porque eles tiveram boa parcela de culpa. LeBron James, claro, tem seus (altos) méritos, com 39 pontos, sendo 13 no último quarto, 10 rebotes, oito assistências e três tocos. Mas de alguém do seu naipe, espera-se algo perto da perfeição. E o toque imperfeito veio quando ele cometeu desperdícios nos momentos decisivos (foram cinco no total da partida). Resultado: quem ouviu o coro de MVP foi Derrick Rose, o garoto do Chicago Bulls, que meteu 31 pontos e levou seu time à vitória por 108-106.

Em Oklahoma City, foi Kobe Bryant que caiu. E caiu até mais feio, errando 19 dos seus 29 arremessos e jogando mal no quarto período da derrota dos Lakers por 101-96. Kobe terminou com 24 pontos e 8 assistências, tendo sua atuação ofuscada pelo herói da casa, Kevin Durant. O jovem ala do Thunder vinha arremessando mal (como Bryant), mas acertou a mão na reta final e deixou a quadra com 29 pontos e incríveis 19 rebotes. Ele e Russell Westbrook marcaram 22 dos últimos 23 pontos do time.

Ainda na quinta-feira, o Phoenix devolveu a derrota em casa ao atropelar os Blazers em Portland. Os Suns abriram boa vantagem logo no início, chegaram a liderar por 31 e fecharam o jogo 3 em 108-89 – Jason Richardson brilhou com 42 pontos. Pelo lado do Portland, desgraça pouca é bobagem. O time, que já não tinha Brandon Roy (e outros 348 jogadores machucados ao longo da temporada), pode ter perdido também o ala titular Nicolas Batum, que agravou a lesão no ombro ainda no primeiro tempo e não voltou mais. Ô, zica.

DOIS PONTOS NO NBB


))) Na última vez que Marcelinho Machado enfrentou o São José, meteu 63 pontos. Hoje os dois lados se reencontram na abertura da série das quartas de final, no interior paulista. O jogo rola às 21h (SporTV). Antes, duas séries vão ao jogo 2: Universo x Bauru (19h, também na TV), e Minas x Joinville.

))) O técnico do Saldanha da Gama, Paulo Murilo, colocou no seu blog Basquete Brasil, em vídeo, a íntegra daquela vitória sobre o Universo na reta final do NBB. Nós, que ficamos curiosos para saber como estava jogando a equipe, temos aí a oportunidade.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DEMOROU, MAS CHEGOU




O espanhol Carlos Colinas, enfim, desembarcou no Brasil e foi apresentado como novo técnico da seleção feminina, quase dois meses depois de ter seu nome anunciado. Eu não pude estar na entrevista coletiva em São Paulo, mas, pelo que li e ouvi, não há grandes novidades no discurso, é mais ou menos o que ele tinha falado no anúncio. Vamos esperar o início do trabalho para ver como será. Após a coletiva, Colinas participou do Arena SporTV. Seguem os vídeos para quem quiser ouvir mais do treinador: