segunda-feira, 31 de agosto de 2009
UM PAPO COM PICULÍN ORTIZ
Após a entrevista coletiva do Brasil, no domingo, entrou na sala um homem de 2,11m, cabelo todo esticado para trás, barba por fazer e uma camisa polo cor-de-rosa que chamava a atenção de longe. Leandrinho se aproximou dele, viu que eu estava com uma câmera na mão e pediu: "Tira uma foto minha com ele, por favor. Esse é o cara!". O cara, no caso, era José Piculín Ortiz, ídolo do basquete de Porto Rico. Aos 46 anos, ele trabalha na Copa América como comentarista e ainda atrai fãs por onde passa. Depois de tirar a foto, Piculin bateu um papo com o Rebote.
- REBOTE - Você acaba de tirar uma foto com Leandrinho e, há pouco, conversou com o técnico Moncho Monsalve. Que acha do trabalho que a seleção brasileira vem fazendo?
PICULÍN ORTIZ - É um trabalho muito bom. Os brasileiros estão dando a alma em quadra, como deve ser. Há alguns jogadores já consagrados e um técnico que faz muito pelo basquete, além de ser uma grande pessoa. O mérito dele é ter implantado no elenco o compromisso de buscar essa vaga para o Mundial da Turquia.
>>> "A seleção que está mais pronta é a do Brasil, e por isso não há dúvidas de que tem grandes chances de conquistar o título"
- Que avaliação faz da Copa América até agora?
- É um torneio com muitos jogadores novos e equipes em formação. A Argentina não veio com seu melhor; o Canadá está se renovando; Porto Rico também está trocando jogadores; a República Dominicana recebeu atletas da NBA. Mas a disputa está equilibrada. A seleção que está mais pronta é o Brasil, e por isso não há dúvida de que tem grandes chances de conquistar o título.
- A torcida de Porto Rico tem lotado o Coliseu Roberto Clemente, e outras seleções também contam com o apoio de torcedores, como a República Dominicana e o Panamá. Como avalia a presença do público no torneio aqui em San Juan?
- Porto Rico é uma praça muito boa para o basquete, e eu agradeço muito por isso aos portorriquenhos, aos dominicanos, aos brasileiros. Há também muitos argentinos, uruguaios e panamenhos. É um ótimo lugar para se praticar este esporte.
- Deixe então uma mensagem aos fãs brasileiros, por favor.
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3 comentários:
Rodrigo, faltou perguntar por Piculin sobre o Oscar. Eu lembro que havia uma grande rivalidade entre os dois. Acho que a última vez que o Piculin e o Oscar se enfrentaram foi na Olimpíada de 1996. Os dois jogaram muito. O Brasil ganhou por dois pontos com uma cesta no último segundo. Acho que o jogo chegou a ter inclusive prorrogação.
Aliás a última cesta do jogo foi do Oscar, que tava fortemente marcado pelo Piculin (na época o Piculin era um "armário"). Fica aqui um elogio pro grande Oscar. O pessoal adora detonar com ele, aliás no Brasil temos tão poucos idolos e mesmo assim o pessoal detona. O Oscar jogava muito mais que qualquer um que tá na seleção hoje e abriu mão de jogar na NBA pra defender a seleção. Quantos atletas fariam isso?Na época do Oscar só tinha dois caras que jogavam mais do que ele: Jordan e Magic Johnsson. Tinha mais dois que eram do mesmo nível: Petrovic e Larry Bird.
O Oscar jogava muito, era um craque mas só fala besteira, fazer o que... Elé é bom com a bola, na quadra, fora dela, basta ver ele torcendo no Pan Americano.
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