segunda-feira, 10 de agosto de 2009

UMA CONVERSA COM LUIS SCOLA






Não é fácil marcar Luis Scola. Nem dentro da quadra, nem fora dela. O campeão olímpico argentino passou quatro dias no Rio
de Janeiro e, tímido, fugiu da imprensa com a mesma habilidade empregada para superar adversários no garrafão. Até que, aos 45 do segundo tempo, o Rebote fechou o cerco. Após a derrota para o Uruguai no sábado, o pivô do Houston Rockets, que tinha sido poupado naquela partida, enfim topou conversar. No túnel que leva aos vestiários do Maracanãzinho, o papo foi rápido, mas produtivo. Afinal, não é todo dia que a gente troca ideias com
um craque desse nível. Confira abaixo a entrevista exclusiva.

- REBOTE - A Argentina deixa o Rio com duas derrotas. Até que ponto esses resultados pesam na preparação para a disputa da Copa América?
- LUIS SCOLA - É claro que o resultado por si só não tem muito peso. O Uruguai é um bom time, jogou 100% e nós perdemos a partida, não há o que dizer. Agora vamos em frente, vamos analisar os nossos erros e tentar entender o tipo de jogo que temos que praticar daqui em diante.

- Ainda não foi desta vez que Brasil e Argentina mediram forças antes da Copa América. Em Rosário, o Brasil não mandou o time principal, e no Rio vocês não foram à final. O confronto faz falta na preparação?
- Acho que não importa tento agora. O que importa mais é que
a gente se enfrente na Copa América, quem sabe até numa decisão pela vaga no Mundial. Espero que as duas seleções cheguem a esse estágio em Porto Rico, são dois grandes times. Se conseguirmos a classificação para 2010, vai ser fantástico.

>>> "Eu me divirto jogando pela seleção. Acho que competir é sempre bom, não importa qual é o torneio"

- Mesmo tendo uma carreira de sucesso na Europa e na NBA, você nunca nega as convocações para a seleção argentina, não importa o tamanho do torneio que será disputado. A esta altura da carreira, aos 29 anos, o que te motiva a defender seu país?
- Ah, eu gosto. Eu me divirto jogando pela seleção. Acho que competir é sempre bom, não importa qual o torneio. É claro que disputar um Mundial é ótimo, mas esses torneios também são, Copa América, Pré-Olímpico. Para mim acaba sendo bom também, serve até como preparação para a NBA durante as férias.

- Nesse aspecto, você já teve algum tipo de problema com
o Houston Rockets? O Rick Adelman tem alguma restrição ao fato de você sempre jogar pela Argentina nas férias?

- Não, de jeito nenhum. Estou lá há dois anos e, graças a Deus, continuo me mantendo saudável. Sempre que saio para jogar na seleção, cruzo
os dedos para não acontecer nada, para que eu possa seguir bem fisicamente. Mas nunca tive problemas de liberação.

- Na próxima temporada, você não terá o chinês Yao Ming ao seu lado, o que aumenta sua responsabilidade no garrafão, sem falar na ausência do Ron Artest, que foi para os Lakers. Qual é a sua expectativa?
- Bem, vamos ver como vai ser. A esta altura ainda não sabemos o que seremos capazes de fazer em Houston. De todo modo, vamos tentar ser competitivos, isso é o que mais importa.

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse cara merece nosso respeito


ass: Leandro

Jota_Londrina disse...

Rodrigo, sabe me dizer se o treinador do Cavaliers esteve presente nos jogos do Brasil?

E se acaso esteve, qual a importância pro Varejão após seu bom desempenho no ataque da seleção?

Será que o treinador pode criar umas jogadinhas pra ele lá na nba?

Anônimo disse...

Gênio.
Parabens Rodrigo, grande entrevista, deve entrar como das mais importantes da tua carreira cobrindo o basket.

Unknown disse...

Sobre o Houston, estive vendo em alguns sites esportivos e na própria ESPN gringa que talvez o Rockts estejam kerendo fazer o mesmo que o Spurs em 1998. MAchucaram-se Sean Elliot e o Almirante e eles usaram a primeira escolha para pegar Tim Duncan. Pode ser que eles estejam de olho em John Wall! O muleke é muito monstro, joga demais!