terça-feira, 11 de agosto de 2009
O CAMINHO DO ESPETÁCULO
Com a correria e as entrevistas, fiquei devendo algumas palavras sobre os eventos do fim de semana - e que belo fim de semana tivemos no Rio de Janeiro para os amantes do basquete. De sexta a domingo, o torneio Super 4 e o Basketball Show foram exemplos claros de que já é possível organizar grandes eventos em torno da bola laranja no Brasil. No Maracanãzinho, o público viu um espetáculo de alto nível, com boa organização, instalações de primeira e uma gama de atrações dentro e fora da quadra.
Se já conseguimos fazer do basquete um ótimo programa, falta convencer o torcedor de que isso é possível. A presença de público foi decepcionante no fim de semana, e há vários motivos para explicar as cadeiras vazias. No Super 4, praticamente não houve divulgação. Ajudaria também se tivéssemos, de antemão, a garantia de um Brasil x Argentina para turbinar o evento. O Basketball Show foi bem divulgado, mas o ingresso era muito caro e o horário era ingrato: bem no almoço do Dia dos Pais.
Enquanto o basquete não retoma a condição de esporte de massa, viveremos esse dilema. O evento só será grandioso se for realizado em um ginásio de primeira linha - como o Maracanãzinho e a Arena, para citar os exemplos do Rio. Mas como lotar esse tipo de instalação com 12 mil, 13 mil, 15 mil pessoas? É possível? É, mas provavelmente só vai acontecer se reunirmos condições excepcionais, como aconteceu na decisão do NBB: torcida do Flamengo, final de campeonato, divulgação pesada da Globo, preços razoáveis.
Para jogos sem o mesmo apelo, a saída talvez seja a obtenção de patrocínios que permitam a redução drástica dos preços e uma verba maior para divulgação. Aí caímos em outro problema: os patrocinadores só vão entrar de cabeça no basquete quando houver mais credibilidade. Já demos alguns passos, mas ainda estamos no começo de um caminho esburacado, fruto de anos e anos de péssima administração. A estrada é longa, mas já rende momentos animadores. Como vimos ao longo do fim de semana.
))) Por falar em organização e planejamento, vale conferir a entrevista do italiano Maurizio Gherardini ao Bala na Cesta.
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6 comentários:
Putz Rodrigo, foi muito legal mesmo. Eu vi vc cara, pena que não deu pra falar com você. Consegui entrar na sala de entrevista, mas vc estava falando com mike brown, então resolvi não me intrometer.hahahaha
Rodrigo, achei o evento muito legal, mas fiquei decpcionado com o preço, pois no site estavam anunciando um ingresso familia que não tinha na bilheteria, e o preço para uma familia saia o dobro...
Fora isso foi uma pena ver o ginasio vazio....para os Globettroters tinha muito mais gente...
Não sei se é uma impresão minha mas o público carioca não comparece de jeito nenhum.
Mesmo quando existia flamengo e vasco não enchia o ginásio (a desculpa era a violência).
Agora não tem mais essa desculpa e o público continua a não comparecer. Acho que o problema é que o rio não tem público pro basquete. Só pode ser isso.
Mesmo o mengão so conseguiu lotae no último jogo do campeonato. Nos anteriores o fla jogava para as moscas.
Qual era o valor dos ingressos ?
Eu fiquei muito decepcionado com o publico tb, faltou isso para coroar o evento !
Fiel, a arquibancada custava R$ 80,00 inteira e R$ 40,00 meia...2 adultos e 2 crianças: R$ 240,00.
No site anunciaram um ingresso familia por R$ 120,00, mas não existia na bilheteria....
Não é bem assim Leo Aracaju.
Os jogos do Flamengo de basquete em pleno dia de semana (segundas, quartas e sextas a noite) não tinham tanto apelo assim.
O flamengo era lider disparado. Eu fui ver Flamengo X São José, realmente não tinha graça alguma.
Quando chegou a hora dos playofss a torcida compareceu em bom número.
Os ingressos do jogo de domingo realmente eram muito caros, afastando o publico.
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