O MÉRITO DE CHUPETA

Se o cenário técnico do Nacional masculino é de uma pobreza terrível, ver o time do Flamengo chega a ser um alento. Nas duas partidas deste fim de semana (Rio Claro e Londrina) foram duas surras (30 e 34 pontos de diferença, com nenhum dos rivais passando dos 66), e não há outra palavra para descrever as duas últimas - das agora 13 - vitórias consecutivas do Rubro-Negro.

Mais do que a pontaria de Duda no jogo de sexta-feira (seis bolas de três para o deleite de Moncho Monsalve, que me confidenciou que a convocação do jogador para o grupo inicial de 30 é praticamente certa) ou a capacidade de seu irmão na deste domingo (Marcelinho terminou com 23 pontos em 34 tentados), o que chama a atenção é o esforço defensivo (segunda defesa menos vazada com 70.8 pontos sofridos). Mérito para o sóbrio e correto técnico Paulo Chupeta.

Com marcação forte de sua organizada e combativa defesa e a pressão do armador (Fred ou Hélio) por toda a partida, não chega a se estranhar o número de roubadas nestes dois confrontos (31 ao todo), bem como o número de erros dos adversários (51 somados). Também foi legal ver, de perto, a tentativa (mesmo que em alguns momentos equivocada) de Marcelinho na contenção dos adversários. Merecem destaque ainda as trocas bem executadas (os pivôs Coloneze e Alírio, além do ala Amiel, fazem um serviço “sujo” perfeito).

Pode parecer mentira, principalmente para um time que possui o arsenal ofensivo tão decantado, mas o maior mérito apresentado pelo time de Chupeta fica no outro extremo da quadra.