DÚVIDA CRUEL

Nate Robinson e David Lee terminam, daqui a 21 jogos, a terceira temporada de suas carreiras. E já enfrentaram muitos problemas: troca de comandantes, relacionamento entre técnico e jogador, bate-boca entre treinador e torcedor, vaias homéricas no Garden etc. Ao contrário do que parece, os dois saem valorizados deste turbilhão de emoções. Com 61 jogos em 2007-08 e apenas 30% de vitórias (18-43), sem contar o número total de derrotas das carreiras (150, praticamente o dobro das até então 75 vitórias), uma dúvida bate às portas: renovar ou não o contrato com um saco de pancadas da liga?

Os dois não são craques, mas têm seu valor. Lee, cujas médias (10 pontos e 8.6 rebotes) escondem suas maiores qualidades (a luta e a parte defensiva), se encaixaria em qualquer equipe de alto nível - ao contrário dos Knicks, onde suas deficiências ofensivas e no jogo de pernas ficam cada vez mais afloradas. O rápido e baixinho Nate Robinson, com sua "marra produtiva", tem 12 pontos de média e três assistências (maior marca em sua carreira). Precisa fazer de tudo um pouco para Isiah Thomas: armar para "bondes" como Zach Randolph e Eddy Curry e ainda concluir com eficácia. Em nome de uma variação tática e mais velocidade no ataque, o armador seria ótima opção.

Lee, em entrevista ao NY Times desta quarta, diz bem o que ambos sentem: "Eu amo a cidade, amo jogar por este time e amo tudo que há em Nova York. Só gostaria que ganhássemos um pouco mais de partidas...". A fase dos Knicks é tão ruim, mas tão ruim, que a temporada 2008-09 pode começar sem duas das boas peças que a equipe possui.