domingo, 31 de janeiro de 2010

NEM PRECISA DE MUITO…


Foto: Colin Foster/Divulgação

Por causa do plantão na redação, não consegui ir à HSBC Arena para ver Flamengo x Universo. Mas vi pela TV e reforcei a impressão que tenho (muita gente tem, na verdade) desde o início do NBB-2: quando emplaca sua defesa, o time de Brasília fica praticamente imbatível em terreno doméstico – sim, porque lá fora o cenário é outro, como vimos na Liga das Américas. Depois de ficar só observando os chutes de Marcelinho no primeiro quarto, a equipe de Lula Ferreira apertou a marcação, fez um terceiro quarto impecável com 25-8 e superou com tranquilidade o rival por 81-73.

O Rubro-Negro, que já não tinha Coloneze, perdeu o armador
Hélio pouco antes da partida, com uma lesão no pé. Mas não é
motivo para o basquete louco que o time da Gávea apresentou
diante de seus torcedores. Como as bolas de três de Marcelinho
estavam caindo no primeiro quarto (4/4), o time achou que podia
sair chutando de forma alucinada. E lá foram Fred (2/6), Duda
(2/6), Jefferson (1/8), Teichmann (1/7)... ou seja, pífios 13/41.

Foto: Colin Foster/DivulgaçãoFicou fácil para o Brasília, que nem chegou a brilhar e também cometeu seus erros, mas contou com boas atuações de Guilherme (21 pontos) e principalmente Valtinho, o aniversariante do dia (33 anos), que ficou os 40 minutos em quadra e anotou 19 pontos, oito rebotes e três assistências. Na teoria, não vejo hoje nenhum outro time capaz de bater o povo da capital numa série melhor-de-cinco. Será que, na prática, alguém será capaz de provar o contrário?

8 comentários:

MML disse...

Também acho que se o time de Brasília jogar bem, seu normal, não há quem o vença numa melhor de cinco.
Brasília tem os dois únicos jogadores da seleção que realmente têm nível internacional e atuam no Brasil (Alex e Guilherme), além do Waltinho, que é o melhor armador brasileiro no Brasil. Esses três juntos faz uma enorme diferença.
Quanto à transmissão do jogo, mais uma vez, os holofotes dos comentários estavam voltados para o Marcelinho, que provou que só tem arremesso de 3 mesmo, e livre. Enquanto a estatística dele estava 100%, apareceu várias vezes na tela. Aí, obviamente, ela começou a cair, apareceu uma vez 8/4 - 50%, e nunca mais no jogo se mostrou uma estatística dele.
Se ele precisar fintar, driblar, infiltrar, marcar, não sai nada (ou bem pouquinho, em outros jogos, porque ontem nem pouquinho saiu). Bem diferente de Alex, Guilherme e até Arthur, que apresentam muuuuuito mais recursos técnicos que o "craque" do Flamengo. Tá certo que chutando LIVRE de 3 ele parece ser imbatível, mas no resto (qué é o que mais se aplica num jogo), ele não passa de um jogador mediano. Pra craque falta muuuuuuuito. Só o narrador e o comentarista do jogo não vêm isso.

Unknown disse...

Pô.... MML foi na môsca.No início do jôgo ue sabia que Estevam e Nezinho eram os pontos vulneráveis ( acho até que o Nezinho zerou ).Portanto Alex, Waltinho e Guilherme teriam que segurar a peteca ( e seguraram). O jogador mais completo do Flamengo estava contundido, por isso, a leitura foi facilitada. Ja se sabe sobre as "voadoras" de três (cairam 4 no primeiro quarto) motivo de enaltecimento por comentarista ( Meu Deus...). Daí pra frente "Drought" . Aí a responsabilidade fica na mão do Jefferson, e até mesmo do Wagner que recebeu bolas livres mas, parece que não tinha autorização para "mandar a pêra" e vascilou. Isso é no que da ancorar um time numa pessoa só. Tira a segurança e a certeza dos outros. No mais , o Brasilia precisaria de um bom pivô para fazer mêdo ali dentro do garrafão. Waltinho, Alex e o Guilherme sobram para o pernêta basquete do Flamengo. O time é um déjà-vu.
O comentario anterior é muito feliz
Parabéns pelo comentario do MMl ...

Anônimo disse...

Basket hj vc tem que ter defesa, time bom é que tem isso, é fundamento básico de um basket moderno.
O Universo mostrou isso ontem com o Artur, o Alex e o Guilherme, ganhou o jg praticamente sem um pivô.
O Mengo tentava só chutar sem postura defensiva, jogadores medianos (Marcelinho, Duda e Jeferson) não tem postura de defesa e tão pouco são treinados para isso.

João Pedro TONHÃO #23 disse...

Esse ano eh do Brasília fácil na minha opinião..
Mais soh sei q na sexta o Vila Velha vai ganhar do flamengo e vai subir mais ainda na tabela..!'
Palpite de sorte..!'
Abraços..!'

Anônimo disse...

E uma pena que o Flamengo nao tenha um tecnico que saiba explorar o excelente time que tem. Um tecnico com comando, que saiba mecher no time, saiba mudar a estrategia durante a partida e enxergar o que o jogo esta pedindo. O Flamengo jogando em casa raramente bateu p dentro ou usou o jogo com pivos, vive e morre nos arremessos de 3...

Anônimo disse...

E uma pena que o Flamengo nao tenha um tecnico que saiba explorar o excelente time que tem. Um tecnico com comando, que saiba mecher no time, saiba mudar a estrategia durante a partida e enxergar o que o jogo esta pedindo. O Flamengo jogando em casa raramente bateu p dentro ou usou o jogo com pivos, vive e morre nos arremessos de 3...

Duda 11 disse...

Não torço para o Brasília nem para o Flamengo, mas confesso que ontem torci para o time rubro-negro perder, e bem! Uma equipe que chuta 41 bolas de três não merece ganhar nada! Aliás, nós, amantes do basquete, não merecemos mais ficar vendo jogos alucinados, com chutes de 3 a todo momento, desequilibrados, forçados...isso cansa muito! Valeu Brasília!!!!

Victor Dames disse...

Realmente, jogo baseado em chutes de três é chatíssimo... Até quando eles caem... Acho até que prejudica a defesa, porque o cara acerta lá do meio da rua, e o time dele tá todo dentro do garrafão, fica comemorando a cesta e demora a voltar e fica exposto ao contra-ataque...

Acho que o arremesso de três deve ser trabalhado como fundamento, não estilo de jogo, como fazem por aqui. Uma bolinha de três bem trabalhada, naquela hora mais apertada, é sempre bem vinda. Mas "chutar" mais que "arremessar", não dá...

Li um comentário no Basketbrasil interessante, sobre a ausência de um pivô de referência no garrafão. Depois da saída do Baby, e com o Coloneze machucado, tem-se tentado o Alírio nesta função, mas embora o sujeito tenha altura e boa postura de pivô, falta confiança quando vai a cesta. O Wagner é esforçado, mas não gosto do posicionamento dele, e não tem impulsão. Sem um bom cinco, Jefferson e Teichmann rendem muito pouco na quatro.

Ainda acho um pouco precipitado apontar o Brasília como imbatível. É sem dúvida aquela a ser batida. Se o Fla corrigir o problema citado acima, pode voltar a fazer frente aos candangos, como na temporada anterior. E também acho que Minas e Franca ainda podem brigar, se chegarem numa decisão. Além disso, São José e Paulistano ainda podem dizer a que vêem no segundo turno.

Abraços!