
Neste primeiro dos três artigos da série sobre Rubén Magnano,
vamos lembrar, através dos números, como jogava a Argentina
em 2002 e 2004, no auge da carreira do treinador. Confira:

Olhando assim por alto, pode-se chegar à conclusão de que os
hermanos jogaram um basquete melhor em 2002, quando foram
vices, do que em 2004, quando foram campeões. Será? Bem,
não necessariamente. É bom notar que o nível dos adversários
nas Olimpíadas de Atenas foi mais alto que dois anos antes, em
Indianápolis. Vamos a eles, veja se você concorda com a análise:


A concorrência mais forte nos Jogos de Atenas fez desabar a
média de assistências dos argentinos (21.7 para 13.8), mas os
comandados de Magnano continuaram cuidando bem da bola,
com 13 desperdícios por jogo (contra grandes defesas, este é
um bom número). E a defesa, ao menos na estatística, ainda
melhorou em relação ao mundial (76.2 pontos sofridos, contra
77.4 dois anos antes). As duas campanhas também tiveram a
marca dos ataques equilibrados, sem desespero, sob liderança
do craque Manu Ginóbili, que foi cestinha nas duas ocasiões,
mas em nenhuma delas precisou jogar sozinho explodindo em
pontos para levar o time nas costas (médias de 14.1 e 19.3).
Como os números geralmente são traiçoeiros, o texto de amanhã
vai passar longe das estatísticas. Selecionei um jogo simbólico
da carreira de Magnano (a semifinal olímpica contra os EUA em
2004) e revi inteiro, do início ao fim, fazendo várias anotações.
Foi uma verdadeira aula. Amanhã a gente conversa sobre isso.
3 comentários:
Não sei se concordo que o time de 2004 era melhor que o de 2002, não. A tabela era mais dificil, mas pouco. Os servios passaram vergonha e terminaram em penultimo (apesar de geralmente perderem os jogos por pouco) e a diferença entre o time dos EUA de 2002 para o de 2004 é que eles fizeram um jogo bom nas quartas contra a Espanha. Era um time muito bom no papel até você perceber que:
a) O unico "1" dos 12 convocados era Stephon Marbury, só o armador estrela com jogo menos compativel com a FIBA que os americanos poderiam arranjar. Eles teriam ido mlhor com André Miller.
b)Nenhum defensor de perimetro. Semanas antes, Tayshun Prince segurou Kobe a menos de 35%FG nas finais da NBA, digamos que se ele estivesse em Atenas, Manu não teria feito o que quis nas semifinais.
c)Com umas 15 vezes mais jogadores para escolher que qualquer outra seleção terminaram com um grupo de 12 jogadores em que AI e Carmelo pós temporada de rookie tinham os arremessos a distancia mais confiaveis (mas tinham uns 9 caras que poderiam ser descritos como "jogadores atleticos que penetram e atacam a cesta".
Tinham muito talento individual sem duvida, mas a façanha dos argentinos foi muito facilitada pelos americanos manderem um bando de estrelas no lugar de um time para Atenas.
Em entrevista de Ruben Magnano ao Draft Brasil (agosto/2009), o treinador diz que a Argentina jogou melhor como equipe no Mundial do que nos Jogos Olímpicos: http://www.draftbrasil.net/wordpress/?p=1958
Abs.
É Interessante notar que 2002 a pontuação realmente foi bem dividida, mas em 2004 o Gino se tornou verdadeiramente o cestinha da equipe.
No estatística individual o aumento de 5 pontos pode parecer pequeno, mas na % aumenta de maneira significativa, já que a Argentina fez em média 10 pts a menos.
Em 2002 o Gino fez 15,3% dos pontos da Argentina, já em 2004 pulou para 23,5%.. talvez essa mudança não seja tão significativa caso ele tenha jogado menos minutos em 2002.
Postar um comentário