quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
POR UM 2010 AINDA MELHOR
Quando a gente menos esperava, quando a nossa bola laranja quicava no fundo do poço, eis que o basquete brasileiro teve um ano bom. Em 2009, a Era Grego chegou ao fim, os clubes se uniram, nasceu o NBB, as duas seleções foram campeãs na Copa América. É claro que não se pula do inferno ao paraíso em 12 meses, mas foi um bom começo. Para 2010, eu gostaria de ver ainda mais: o basquete feminino bem cuidado, Érika e Nenê vestindo amarelo, campanhas dignas nos Mundiais, e assim por diante. Espero também que você, leitor, combustível deste blog, tenha um Ano Novo excelente! Até 2010, também conhecido como amanhã!
VAREJÃO E O GATILHO CERTEIRO
Desde que entrou na NBA, em 2004, Anderson Varejão tinha tentado 18 arremessos de três, sem converter nenhum. O brasileiro guardou seu primeiro acerto para dar a LeBron James um inacreditável presente de aniversário: a vitória sobre o Atlanta Hawks na noite de quarta-feira. Com o jogo empatado em 101-101 na Q Arena, Anderson recebeu a bola e soltou um tiro de três meio desequilibrado, com o corpo caindo para frente. Chute certeiro a 17 segundos do fim (o número do uniforme, para ficar mais bonito). Delírio da torcida e do próprio LeBron, que saiu correndo para abraçar o companheiro – a festa foi tamanha que na foto só dá ver o cabelo do herói e olhe lá. Ainda não viu o lance? Clique e confira no vídeo abaixo:
James, aliás, meteu 48 pontos no jogo, sua melhor marca na temporada. Se ele tivesse visto a Copa América, saberia que Varejão é capaz de uma loucura dessas de vez em quando. Foi dele a cesta de longe a 12 segundos do fim da partida contra Porto Rico, cortando a diferença para quatro pontos – era o que o Brasil precisava para se classificar em primeiro lugar no grupo e escapar de um confronto com a Argentina nas semifinais (na foto, a festa).
São lances assim que marcam a imagem de um jogador na memória da torcida. Varejão já pode dizer que esta temporada não será aquela em que ele tomou uma cravada humilhante de Wade, e sim aquela em que ele ganhou um jogo para o Cleveland no aniversário de LeBron com uma incrível cesta de três.
NBB: ACESSO E REBAIXAMENTO
Na semana passada, a Liga Nacional de Basquete divulgou uma notícia que acabou passando meio despercebida, então queria colocar na mesa para a gente debater aqui. A novidade é que, a partir da próxima temporada, o NBB vai ter acesso e rebaixamento. Funcionará assim: a LNB tem hoje 19 associados e, se todos fizerem sua inscrição, a 20ª vaga será preenchida por um clube indicado pela CBB, provavelmente do Norte, Nordeste ou Centro-Oeste – podem ser até dois clubes, caso outro associado desista. A indicação, na verdade, seria conquistada em campeonatos regionais (Carlos Nunes chegou a falar sobre isso na entrevista aqui no Rebote). Quando a liga tiver 20 inscritos, os times indicados pela CBB disputariam um quadrangular com os dois piores do NBB anterior. Desse quadrangular sairiam duas equipes para o NBB seguinte.
O que me deixa com a pulga atrás da orelha é o pagamento da franquia, obrigatório inclusive para os que vão subir através do torneio da CBB. São R$ 200 mil, não é pouca coisa. E se o campeão e o vice da competição regional não tiverem bala para pagar? As duas primeiras edições do NBB tiveram 15 e 14 times. Daqui a um ano, será que teremos mais de 20 equipes reunindo condições financeiras e técnicas para entrar em quadra? Uma coisa é você ganhar um torneio regional classificatório de segundo escalão, até aí tudo bem. Outra coisa bem diferente é ganhar o torneio e ainda ter R$ 200 mil para desembolsar, mais dinheiro para manter o elenco, bom ginásio, um mínimo de estrutura, e por aí vai.
A ideia é, sem dúvida, interessante, mas acho que alguns pontos ainda precisam ser amarrados. E você, o que acha disso tudo? A democratização começa por aí? Diga na caixa!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
MANU ABUSANDO
Para quem não viu, segue o vídeo da espetacular jogada de Manu Ginóbili ontem contra o Minnesota, desde já uma das melhores da temporada: um roubo espertíssimo na defesa e uma assistência impensável no ataque. Bom demais ver o argentino em ação.
Então vamos ao resultado do Prêmio Rebote 2009, em versão relâmpago já que, a partir da próxima edição, ele passa para o fim da temporada de seleções, lá para setembro/outubro de 2010. Abaixo, a apuração dos votos de vocês e as minhas escolhas.
DESTAQUE MASCULINO – Nenê, com 9 votos, seguido por Anderson Varejão (8) e Tiago Splitter (6). O pivô do Denver Nuggets não jogou pela seleção, mas ajudou seu time a ir longe na temporada da NBA, com atuações consistentes que, aliás, se mantêm até agora. Minha escolha: Varejão, presença sólida na NBA e fundamental na Copa América. Fez uma tremenda diferença em Porto Rico, principalmente na defesa.
DESTAQUE FEMININO – Érika, com 23 dos 25 votos (os outros dois foram para Franciele e Hortência). Mais um caso de pivô que não defendeu a seleção, mas foi bem nos Estados Unidos. Certamente pesou bastante o fato – muito bacana, aliás – de ter sido convocada para o All-Star Game da WNBA. Minha escolha: Érika, não poderia ser outra. Tomara que, em 2010, ela possa finalmente voltar a vestir a camisa amarela para ajudar o Brasil no Mundial da República Tcheca.
REVELAÇÃO – Augusto Lima, com 6 votos. Aos 18 anos, o ala-pivô do Unicaja Málaga, que começa a se destacar na Espanha, venceu a disputa com a técnica Janeth, que recebeu 5 menções. Minha escolha: Janeth, que contrariou as previsões pessimistas e iniciou a carreira de treinadora com um título no Sul-Americano sub-15, batendo a Argentina na final.
FATO POSITIVO – Fim da Era Grego na CBB, com 14 votos. A criação do NBB ficou em segundo, com 10, mas a queda de Gerasime Bozikis após 12 anos de poder foi a escolha dos leitores para o que de melhor aconteceu em 2009. Minha escolha: o NBB. A saída de Grego foi positiva e saudável, claro, mas não representou uma mudança radical de filosofia, já que Carlos Nunes foi seu aliado por 11 anos. A criação de uma nova liga nacional organizada e atrativa mudou os parâmetros do nosso basquete. Ainda há muito a evoluir, mas foi um grande passo.
FATO NEGATIVO – Marcelinho no amistoso em Joinville, com 12 votos, contra seis da novela CBB-Iziane. O ala do Flamengo se recusou a deixar a quadra ao ser expulso num torneio preparatório antes do NBB-2. O jogo foi suspenso. Minha escolha: a perda de Michelle Splitter. Marcelinho de fato pagou um mico gigante e desnecessário, mas a morte de Michelle foi o que de pior aconteceu no ano. Vai deixar saudades.
CHEGA DE ESTRADA?
Leio no jornal Lance! desta terça que a CBB teve aprovado um projeto de R$ 1,2 milhão pela Lei de Incentivo do Ministério do Esporte. Agora os dirigentes podem sair a campo e bater na porta de empresas para captar o dinheiro, que será usado para bancar viagens e hospedagens na nova Liga Feminina em 2010. Boa notícia – e não dá para entender por que coisas desse tipo não foram feitas antes. Será o fim dos longos trajetos de ônibus para as meninas? Tomara, já passou da hora, né.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
TESTE SUA MEMÓRIA
Está com a memória em dia? E o seu conhecimento sobre o passado da NBA, a quantas anda? O joguinho abaixo, do site Sporcle.com, traz 15 uniformes antigos, e você tem que acertar qual jogador o vestiu. É só clicar no "Ready? Click to Start" e sair escrevendo os nomes numa caixinha única. Pode ser em qualquer ordem, e só o sobrenome já basta. O tempo é de 4 minutos. Eu acertei 12 dos 15, veja quantos você acerta. Clique na imagem abaixo, vá para o jogo, depois volte e conte seu resultado.
NENÊ BRILHANDO
Pena que não foi o suficiente para arrancar a vitória na Arco Arena. Mas foi uma belíssima atuação de Nenê na noite de segunda-feira. O brasileiro anotou 25 pontos (seu recorde pessoal é de 28), 8 rebotes, 3 assistências, 3 tocos, 3 roubadas e nenhum desperdício de bola. Sem Chauncey Billups, o Denver Nuggets perdeu por 106-101 para o Sacramento Kings, que também jogou desfalcado - e de seu principal atleta, o calouro Tyreke Evans.
Aí temos duas coisas impressionantes. Primeiro, constatar que o Sacramento derrotou um dos cabeças do Oeste mesmo com um quinteto titular formado por com Udrih, Greene, Casspi, Hawes e Thompson. Segundo, notar que Nenê, terceiro pivô mais votado do Oeste, pode estar muito perto de seu primeiro All-Star Game. Como titular, é impossível (Amare e Bynum estão muito na frente). Mas na escolha dos técnicos, as chances são boas. Depois de Érika na WNBA em 2009, quem sabe Nenê na NBA em 2010.
DANÇA DOS NÚMEROS
14-3
É a campanha do Phoenix Suns nesta temporada quando Leandrinho está em quadra. Sem ele, são apenas 6 vitórias e 8 derrotas. Será só coincidência? O último triunfo veio na noite de segunda-feira, um impressionante atropelamento sobre um rival de peso: 118-103 em cima dos Lakers, que não tiveram Ron Artest. Leandrinho fez 11 pontos em 16 minutos.
FALA QUE EU TE ESCUTO:
>>> "Para mim, de 0 a 10 a
chance de permanecer na seleção
é 10. Para a CBB, porém, eu não sei"
MONCHO MONSALVE, em ótima entrevista ao Fábio Balassiano
no Bala na Cesta. Se ainda não leu, clique aqui para ler.
BARON DAVIS ESPETACULAR
Que desfecho de jogo em Los Angeles! No domingo à noite, Baron Davis quase mandou o Staples Center abaixo com um dos arremessos mais incríveis da temporada até agora. Antes ele já tinha dado uma assistência precisa para Rasual Butler empatar o jogo contra o Boston Celtics. Depois, Rajon Rondo conseguiu a proeza de errar dois lances livres. Faltava um segundo no relógio. E o armador dos Clippers fez o que fez. Não viu? Então veja:
domingo, 27 de dezembro de 2009
POBRE MENINO RICO
Pelo visto, só uma ressurreição à la Ronaldo Fenômeno é capaz de salvar Tracy McGrady. Nas últimas quatro temporadas, ele jogou pouco mais de metade das partidas que deveria jogar. Tratado como um atleta bichado, uma espécie de Grant Hill um pouco mais novo, cheio de doenças como artrite e dor nas costas, T-Mac nem de longe lembra o sujeito que despejava a cada noite 28 pontos, seis assistências e cinco rebotes. Você ainda se lembra do McGrady que fazia coisas incríveis como essa:
Esse McGrady que meteu 13 pontos em 33 segundos apenas três anos atrás hoje tem médias de 15 pontos por partida. Estou usando os números da última temporada, porque os deste ano são irrisórios: 7.7 minutos, 3.2 pontos. Voltando de lesão, o jogador exigiu mais tempo de quadra e ouviu do técnico Rick Adelman que ainda não era a hora. O que fez T-Mac? Pegou suas coisas e voltou para casa antes da partida contra o New Jersey Nets – com a permissão da diretoria do Houston, diga-se.
Dono do maior salário da NBA (US$ 32 milhões), Tracy McGrady caminha para um fim de carreira tranquilo financeiramente, mas melancólico no campo esportivo. Uma pena. Sempre fui fã dele e sempre digo aqui que ele tem o arremesso mais bonito do basquete mundial. Eu bem que gostaria de ver o velho T-Mac de volta. Mas isso parece uma realidade cada vez mais distante...
sábado, 26 de dezembro de 2009
ARTEST ESCADA ABAIXO
O Natal de Ron Artest não foi dos mais agradáveis. Após ser eliminado com seis faltas e ver seu time atropelado pelo Cleveland no dia 25, o ala foi para casa... tropeçou numa caixa, rolou escada abaixo e sofreu lesões na cabeça e no cotovelo. Foi o que disse o Los Angeles Lakers num comunicado neste sábado, informando que Artest não viajaria para enfrentar o Sacramento Kings. Vida sempre agitada a desse rapaz...
A SELEÇÃO DA DÉCADA
Fim de ano é época de listas, melhores disso, melhores daquilo,
e o pior é que a gente gosta. Então lá vai mais uma. Ken Berger,
da CBS Sports, escolheu a seleção da década. Dê uma olhada
e diga se você concorda (entre parênteses estão os "reservas").
- Jason Kidd (Steve Nash, Dwyane Wade)
- Kobe Bryant (Allen Iverson, Ray Allen)
- Kevin Garnett (LeBron James, Carmelo Anthony)
- Tim Duncan (Dirk Nowitzki, Paul Pierce)
- Shaquille O`Neal (Yao Ming, Ben Wallace)
Clique aqui para ver as justificativas do Ken Berger. A minha
seleção principal teria Nash no lugar de Kidd (escolha dificílima,
por sinal), e o resto está ok. E a sua, como seria? Na caixinha!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
CLEVELAND ROUBA A FESTA
E o Natal foi de LeBron. Não exatamente no terreno individual, já que Kobe anotou 35 pontos (chutando quase todas) e beirou um triplo-duplo, mas a vitória foi dos Cavaliers na partida contra os Lakers, em Los Angeles. Viu o jogo? Confira aqui como foi e comente aí na caixinha. Mais tarde a gente conversa melhor.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
FELIZ NATAL E AQUELA DÚVIDA...
Antes de mais nada, um ótimo Natal para todos vocês, que a noite seja excelente. Depois do famoso amigo oculto (ou secreto, como preferir), da troca de presentes de logo mais e da ceia de amanhã, o basquete americano volta a uma questão que, assim como o Natal, está virando uma tradição. Quem é melhor: Kobe ou LeBron? Quantas vezes você já ouviu isso? E quantas vezes já respondeu? Nesta sexta, poderá responder mais uma vez, tendo como pano de fundo o duelo natalino entre Los Angeles Lakers e Cleveland Cavaliers, às 20h (a ESPN mostra ao vivo).
Para esquentar o clima, o site da ESPN gringa colocou no ar um longo texto do David Thorpe, que não fica em cima do muro e crava logo sua resposta: hoje, LeBron é o melhor. Bem, o artigo está aqui, mas é restrito aos assinantes. Para quem não tem a senha, o resumo é o seguinte: ele avalia os dois craques em oito categorias e, em cada uma delas, dá 10 para o que julga melhor e tira um ou dois pontos do adversário.
A vitória de LeBron foi construída, por exemplo, com vantagens em quesitos surpreendentes, como arremesso de perímetro (10-9) e defesa (10-9). O ala do Cleveland ainda vence as disputas para ver quem faz o elenco de apoio evoluir mais (10-8) e quem se dá melhor no contra-ataque (10-9). Kobe desconta em ataque (10-9), defesa de ajuda (10-9) e nos tais intangibles, aquilo que não se mede de maneira concreta (10-9). Nos rebotes, há um empate em 10-10. Resultado final: LeBron 77-75.
Você concorda? Eu não vou discutir os números, até porque não acho que o basquete se julga por números. Por tudo que eu já acompanhei até hoje da carreira dos dois e pelo momento que os dois vivem atualmente, acho Bryant um jogador melhor. Na pelada do fim de semana, escolheria para o meu time o craque dos Lakers. Numa pelada daqui a vários anos, quando os dois tiverem terminado suas carreiras, aí a história pode ser outra. E você? Quem escolheria para a sua equipe? Direto na caixinha!
DANÇA DOS NÚMEROS
13-0
Foi o placar da prorrogação na vitória do Cleveland sobre o Sacramento, na noite de quinta-feira. No duelo com o calouro Tyreke Evans (28 pontos, 5 assistências), LeBron James registrou um incrível triplo-duplo com 34 pontos, 16 rebotes e 10 passes. Ilgauskas, que só tinha tentado um chute de três na temporada até agora, meteu três delas no período extra!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
ALL NIGHT! ALL NIGHT!
Vi no Twitter do Bola Presa um vídeo engraçado, produzido por Steve Nash no ônibus do Phoenix Suns. O astro é Leandrinho, que canta "All Night Long", de Lionel Richie. Vale ver até o fim.
DANÇA DOS NÚMEROS
64.7 milhões
É o valor da nova extensão de contrato de Pau Gasol com o Los Angeles Lakers, por três anos - 21.5 milhões por temporada. Só para se ter uma ideia, Kobe Bryant ganhará 23 mi em 2010. É uma recompensa financeira para o espanhol que, adquirido em troca de duas mariolas, ajudou Kobe a colocar a equipe no topo.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
FALA QUE EU TE ESCUTO:
>>> "Como não tenho contrato com
a Federação Espanhola, tenho todo o tempo do mundo. A reunião foi muito boa para um começo de negociação. Cobrimos vários aspectos, como o
Sul-Americano e o Mundial"
MONCHO MONSALVE, comentando as chances de renovar com a seleção, em notícia enviada na noite de segunda-feira pela agência espanhola EFE. Ainda é meio vago, mas o jeito é tentar ir montando esse quebra-cabeças. Você acha que está mais para ele ficar ou sair?
DANÇA DOS NÚMEROS
35
Era a vantagem de pontos do Chicago a 8:50 do fim do terceiro quarto, jogando em casa contra o Sacramento. Acreditem, os Bulls conseguiram perder esse jogo por 102-98. Foi a maior reação da NBA desde 1996, quando o Utah tirou 36 do Denver. Se isso não é motivo para demitir o Vinny Del Negro, não sei mais o que é...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Hoje é dia do Prêmio Brasil Olímpico, do COB, e Anderson Varejão será anunciado como destaque do basquete brasileiro em 2009. Você concorda com a decisão? Aqui está sua chance de concordar ou discordar - não só nessa categoria, mas em algumas outras. Se ainda não votou no Prêmio Rebote, aproveite, porque está acabando. Só está em jogo a última temporada, com o primeiro NBB, as seleções na Copa América e os campeonatos 2008-09 da NBA, da Europa e as ligas continentais de clubes. Só vale votar em brasileiro, mas não importa em que país ele joga. Seguem as cinco categorias, a caixinha é sua.
- Destaque masculino
- Destaque feminino
- Revelação (só um voto, masculino ou feminino)
- Fato positivo do basquete brasileiro
- Fato negativo do basquete brasileiro
domingo, 20 de dezembro de 2009
MONCHO: RESPOSTA EM JANEIRO
Rolou neste domingo, em Murcia (Espanha), a reunião entre Moncho Monsalve e os dirigentes da CBB André Alves e Vanderlei Mazzuchini. Em pauta, o planejamento da seleção masculina até os Jogos de 2016 e a permanência ou não do treinador. A resposta, no entanto, ficou para o ano que vem. Veja o que disse Vanderlei no site da CBB:
"Foi uma conversa muito boa e trocamos várias ideias. No dia 5 de fevereiro o Moncho vai ter a última consulta para avaliar suas reais condições físicas. Ele também nos pediu um prazo máximo para definir sobre a sua situação. Decidimos que no dia 15 de janeiro daremos uma resposta final".
Só não entendi uma coisa. Se as reais condições físicas do técnico serão conhecidas em 5 de fevereiro, como é possível bater o martelo em 15 de janeiro? Não é estranho?
TYREKE, O NOVATO ENDIABRADO
No aguardado duelo entre os dois melhores calouros do ano, Tyreke Evans bateu Brandon Jennings. E com estilo. O novato do Sacramento Kings foi a Milwaukee e anotou 24 pontos e sete rebotes contra 15 pontos e nove assistências do rival. O melhor, no entanto, veio nos últimos segundos. Perdendo por 95-94 a 5s do fim, ele recebeu a bola, partiu para uma infiltração espetacular e converteu a cesta da vitória. Repare como, no meio do caminho, o garoto dá uma entortada na coluna do Andrew Bogut...
Ao fim da temporada, qual dois dois será eleito calouro do ano?
sábado, 19 de dezembro de 2009
COTOVELO ALEMÃO
O lance bizarro de sexta-feira na NBA foi protagonizado por Dirk Nowitzki e Carl Landry, no clássico texano entre Mavs e Rockets. Em uma tentativa de infiltração, o alemão acertou uma cotovelada na boca de Landry, que quebrou cinco dentes. O surreal é que dois deles ficaram encravados no cotovelo de Nowitzki. O ala do Houston foi levado para um atendimento de emergência, e Dirk ainda cobrou dois lances livres com a mão esquerda – errou um e acertou outro. Mundo cão na NBA...
FIM DA SEQUÊNCIA
Depois de encerrar sua sequência de 12 derrotas, o Philadelphia 76ers derrubou outra – a de 11 vitórias dos Celtics. E foi em Boston, hein, graças ao tapinha de Elton Brand com 7.7s:
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
A QUEDA DO ÚLTIMO INVICTO
Com o ginásio Ivan Rodrigues lotado, os dois times de melhor aproveitamento do NBB se enfrentaram na noite de quinta-feira. E o Joinville atropelou o Universo (sem Alex) por 99-74, derrubando o último invicto do campeonato. Agora rola o recesso de fim de ano, e o torneio volta no dia 10 de janeiro. Veja os melhores momentos do jogo:
40 PERGUNTAS PARA CARLOS NUNES
Há oito meses na presidência da CBB, Carlos Nunes está sempre espremido entre reuniões. Foi entre duas delas que ele recebeu o Rebote para uma conversa na tarde de quarta-feira. A sala que ele ocupa na sede da entidade, no Centro do Rio, nem é a da presidência usada por Grego ("Aquela é muito escura"), e sim a do Departamento Técnico, que ganhou total autonomia em sua gestão para decidir questões primordiais como a escolha dos técnicos das seleções. Por cerca de uma hora, o papo passeou por vários assuntos, e eu decidi colocar tudo aqui, 40 perguntas, na íntegra. O resultado é o post mais longo da história do blog, por isso editei tudo de forma "destacável", separando 11 temas. Se você não quiser ler tudo, basta se guiar pelas tarjas azuis e escolher seus assuntos favoritos. Depois, comente na caixinha.
>>> "Não tinha conhecimento de uma herança de processos contra a CBB, achei que já estava resolvido"
- REBOTE - Nestes oito meses, administrar a CBB tem sido uma tarefa mais fácil ou mais difícil do que o senhor esperava?
CARLOS NUNES - Está dentro do esperado. É claro que a gente tem algumas surpresas. Não tinha conhecimento, por exemplo, de uma herança de processos contra a Confederação. Achei que isso já estava resolvido. Mas nosso departamento jurídico está paulatinamente solucionando essas questões, e há uma boa vontade de todos em encontrar um denominador comum.
- Se desse para escolher um ponto positivo deste ano, qual seria?
- Na quadra, as duas conquistas da Copa América. Na administração, a alteração do estatuto. Agora o presidente só tem direito a uma reeleição, e a administração não pode extrapolar a sua gestão em compromissos financeiros.
- E o ponto negativo?
- Acho que não teve nenhum até agora. Nossa gestão sempre encara as coisas pelo lado positivo. Mesmo que tivesse acontecido algo negativo até agora, a gente procura tirar o lado positivo.
>>> "A Fiba Américas nos mandou uma reclamação por escrito, dizendo que o Moncho reclamava muito"
- Neste domingo, os diretores André Alves e Vanderlei Mazzuchini vão conversar com o técnico Moncho Monsalve na Espanha. Qual é a expectativa para esse papo? Está mais para ele ficar ou sair?
- A expectativa é de ficar, né, ele ainda é o técnico. Mas vai depender muito dele e dessa conversa. Não quero me envolver nesse aspecto, é uma autonomia que estou dando ao Departamento Técnico. É claro que, se a filosofia implantada pelo departamento não der certo, eu vou ter que cobrar. Mas por enquanto dou todo apoio.
- No caso do Moncho, quais são os pontos pendentes?
- Sobre o salário, ele disse que não há mais problema. Então é principalmente a disponibilidade dele para cumprir o cronograma, desde que ele esteja liberado pelo médico. Estive com ele após a cirurgia, ele já me disse que até fevereiro não estará liberado.
- Qual é a sua impressão pessoal sobre o trabalho dele?
- É boa. No início houve uma certa surpresa, porque o Moncho nunca tinha dirigido grandes clubes. Mas no Brasil ele cumpriu as metas que foram determinadas. Não tenho nada a reclamar sobre o trabalho dele, ao contrário, só tenho a elogiar.
- Os jornalistas que cobriram a Copa América em Porto Rico (eu, inclusive) ficaram com a impressão de que não era bom o relacionamento dele com a direção técnica da CBB. Tanto pelo lado do Moncho como pelo do André e do Vanderlei, algumas declarações não eram das mais amistosas. Isso é só uma impressão ou realmente há divergências entre as partes?
- Para dizer a verdade, eu nem tomei conhecimento disso. O que eu soube é que houve uma reclamação da Fiba Américas.
- Reclamação sobre o quê?
- Dizendo que ele reclamava muito sobre a organização. A Fiba Américas nos mandou uma reclamação por escrito. Sobre o André e o Vanderlei, eu não sei. Mas essa viagem deles para conversar com o Moncho também serve para aparar arestas que possam existir.
- E se o Moncho não ficar, qual é o plano B da Confederação?
- Tivemos uma reunião na semana passada, e ficou decidido que estamos abertos a ouvir outros técnicos.
- Comenta-se que o Marcel pode ser um desses técnicos, até por ter apoiado sua campanha no ano passado.
- Não, nada a ver. Não temos nomes ainda.
- E o Paulo Bassul? Como está a situação dele?
- Seguimos a mesma linha de ouvir outros técnicos. A Hortência deve resolver isso em uma data parecida com a do Moncho.
- E a sua avaliação sobre o trabalho do Bassul, qual é?
- É boa também, mesma coisa do Moncho. Ele teve esse problema com a Iziane, mas está totalmente aberto e já disse que não tem nada contra ela. A volta só depende dela.
>>> "Segundo a Hortência, nós vamos convocá-la. Se ela quiser
vir ou não, é outro problema"
- O senhor acha que a Iziane volta para a seleção?
- Eu acho que sim, por que ela não voltaria?
- Porque até agora ela não deu nenhum indício de que está disposta a voltar, apesar da insistência da Hortência. A Confederação não está exagerando ao insistir tanto em uma jogadora que não mostra nenhuma vontade de vestir a camisa da seleção?
- Segundo a Hortência, nós vamos convocá-la. Se ela quiser vir ou não, é outro problema. Da mesma forma como fizemos com o pessoal da NBA, mostramos para eles a nova estrutura da Confederação. Fizemos agora também com a Érika. Se os atletas querem vir, são muito bem-vindos. Se não quiserem, paciência.
- Esse diálogo com os principais jogadores da seleção masculina foi um dos pontos mais elogiados do início da sua gestão. Varejão, Leandrinho e Splitter visitaram a sede da CBB e defenderam a seleção na Copa América. Falta o Nenê?
- Sobre o Nenê, nós vamos aproveitar um convite da NBA para assistir o All-Star Game. Entramos em contato com o empresário dele, o Alex Santos, para ver se o Nenê pode nos receber. O Alex nos respondeu que ele está disposto. Então vamos conversar.
>>> "Quem estiver no comando
da seleção agora já vai estar programado para ficar até 2016"
- Com as Olimpíadas de 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro tende a cobrar mais das confederações. O que a CBB tem a apresentar para o COB nesse planejamento a longo prazo?
- A relação com o COB é excelente. Nós já apresentamos nosso projeto até 2016, tanto na área técnica como na administrativa. Agora pleiteamos uma audiência com o ministro do Esporte.
- O que tem nesse projeto?
- Primeiro, um aprimoramento na base, na formação de atletas. Temos a programação definida de tudo que uma seleção tem que fazer para chegar ao pódio em 2016. Queremos fazer uma seleção permanente, tanto no masculino como no feminino, e uma continuidade da comissão técnica. Quem estiver no comando da seleção agora já vai estar programado para ficar até 2016. É claro que isso é difícil, mas vamos bater nessa tecla.
- Como funcionaria essa seleção permanente?
- Nós escolheríamos um determinado número de atletas com o potencial para chegar bem a 2016. Eles teriam uma programação pré-estabelecida, para aprimorar o lado técnico. Também temos programação com as confederações da Europa, principalmente a espanhola. Já tivemos duas reuniões com o presidente para que os clubes não tenham mais aquele ranço de liberar os atletas, como aconteceu agora na Copa América com o Paulão.
- Esse contato com as federações estrangeiras não poderia servir também para trocar experiências administrativas e aprender com os modelos que eles adotam lá?
- Com certeza. Estamos projetando clínicas e promovendo o intercâmbio. Eles também têm alguma coisa a aprender conosco. E nada melhor que o intercâmbio.
- Voltando ao projeto apresentado ao COB, como funcionaria na prática esse programa para aprimorar a base?
- Muito intercâmbio e apoio às federações, que são as geradoras de atletas. Queremos que nossos atletas participem de mais competições internacionais. O grande problema é esse. Nossos atletas vão aqui para um Sul-Americano e apanham porque não têm a experiência, a rodagem. O projeto contempla isso.
- E a tão falada padronização de filosofia? Até a Janeth, que acaba de virar técnica, cobrou a implantação de um programa para que todos os técnicos passem a trabalhar sob a mesma filosofia. É possível adotar esse modelo no Brasil?
- É possível. A Escola de Técnicos tem isso como uma meta.
>>> "Não vejo os nossos técnicos investindo neles próprios"
- Falando na Escola de Técnicos, em que pé está?
- Vamos ter a primeira reunião no dia 19, este sábado. Quase todos os técnicos aceitaram. Temos um conselho formado pelos principais técnicos, mas todos terão acesso. E todos terão de participar dos cursos e das clínicas, como é feito na Europa. Um treinador não vai poder dirigir uma seleção estadual se não tiver aquele conceito do curso. Isso vai trazer um grande benefício.
- E quando isso tudo vai finalmente sair do papel?
No ano que vem. Essa primeira reunião é justamente para formatar a área técnica e definir o calendário.
- Uma das críticas que a Escola vem recebendo é o fato de ser coordenada pelo preparador físico Diego Jeleilate, que é um profissional muito bem visto no meio do basquete, mas não é um técnico. Qual foi o critério?
- O Diego é um coordenador, quem vai comandar mesmo é o corpo de técnicos. Ele já tinha esse projeto e vai coordená-lo, vai ser um mediador, não significa que é ele quem vai mandar. Quem vai dirigir mesmo é o Lula Ferreira, o Hélio Rubens, o Cláudio Mortari, os técnicos em geral. Essa é uma característica da nossa gestão, não tem mais um cara que manda em tudo. Há sempre um colegiado que discute todas as questões.
- A Escola vai olhar também para técnicos brasileiros que estão trabalhando fora do país? Temos alguns exemplos como Walter Roese, Julio Pacheco, Vitor Imbuzeiro, Walter Carvalho. De que forma eles podem ser úteis nesse processo?
- Eles certamente vão ser muito úteis. Eu nem sei se é bom politicamente bom dizer isso, mas eu desconheço técnicos aqui no Brasil – a não ser o Alberto Bial, ou João Marcelo Leite – que vão fazer cursos no exterior. Não sei se eles vão ficar ofendidos, por favor não fiquem, mas não vejo os nossos técnicos investindo neles próprios. Tem curso na Itália, na Rússia, nos EUA...
- Mas esse não é também um papel da CBB? Fazer um curso no exterior não é barato, é preciso haver um investimento. A Confederação não pode ajudar mandando alguns técnicos e exigindo que, na volta, eles repassem esse conhecimento?
- Também é papel da CBB, mas principalmente dos técnicos. Tem que partir de cada um, eles têm que fazer um investimento neles. Os próprios técnicos das nossas seleções brasileiras que participam de competições internacionais precisam, depois dos torneios, dar palestras sobre a experiência. Ainda não tivemos a oportunidade, mas estamos programando isso.
>>> "Vamos procurar em todo o
país crianças com perfil de basquete, e os garotos selecionados na peneira serão ajudados pela CBB"
- O Nordeste sempre reclama que não recebe a devida atenção. Como integrar a região e fazer o basquete crescer por lá?
- Não é só o Nordeste, mas também o Norte e até o Centro-Oeste. No ano que vem, pretendemos revitalizar a Copa Brasil regionalmente, como já foi feito tempos atrás. Os clubes que estiverem na Copa Brasil não podem estar no NBB. O Kouros Monadjemi (presidente da LNB) tem uma proposta de colocar os dois últimos do NBB para enfrentar os dois primeiros da Copa Brasil, e os dois primeiros do quadrangular entrariam no NBB seguinte. Agora, um problema precisa ser esclarecido: se esses dois subirem para o NBB e tiverem que pagar a franquia, eu acho que inviabiliza. Temos uma reunião agendada com o Kouros para o dia 17 de janeiro. E estamos também pleiteando à Abasu [dirigida por Grego] uma vaga a mais no Sul-Americano de clubes, que seria preenchida pelo campeão da Copa Brasil.
- O Rio será sede das Olimpíadas, mas o basquete carioca atravessa um momento ruim, à exceção do Flamengo, que consegue brigar por títulos mesmo com inúmeros problemas financeiros. No feminino, os problemas também são muitos. De que forma a CBB pode ajudar o basquete do Rio e de outros estados que enfrentam problemas semelhantes?
- Na Federação carioca, nós damos apoio à base, que é o que nos interessa. E na base o Rio não está tão mal. Pelo estatuto, a CBB não pode ter nenhuma ingerência nos clubes, isso é um trabalho das federações estaduais. Não podemos chegar lá e dizer: vocês têm que fazer tantos campeonatos, isso ou aquilo. As federações são autônomas. Nossa preocupação é a base.
- Então a gente volta ao projeto entregue ao COB. De que forma ele pode ajudar a base nos estados?
- Temos um projeto, no masculino e no feminino, de selecionar crianças de diferentes idades no Brasil inteiro para fazer peneiras. Vamos procurar em todo o país crianças com perfil de basquete, que sejam altas, por exemplo. Vamos às escolas, as federações vão ajudar. E esses garotos selecionados na peneira serão ajudados pela CBB para que eles não saiam do país e, quando saírem, sejam acompanhados.
- Há muito tempo se fala sobre a construção de um centro de treinamento exclusivo para o basquete. Como está isso?
- Ainda não tivemos tempo para ver isso, mas já temos diversas ofertas: Macaé, Barra Mansa, Brasília. Temos que ver isso com muita calma, porque um centro de treinamento é dispendioso. O Ary Graça, do vôlei, me disse que tem uma certa dificuldade para manter o CT do vôlei em Saquarema, mesmo com um bom patrocínio. Nós também temos um bom patrocínio, mas ainda não dá. Temos que fazer, mas precisamos procurar um parceiro para absorver o custo. O assunto será tratado no primeiro trimestre.
- Falando em patrocínios, a CBB teve uma reunião com a Nike esta semana, certo? Em que pé estão essas conversas?
- Na verdade foi a empresa do Brunoro, eu só fui para ser apresentado. Foi com a Nike e com a Li Ning. Mas são apenas os primeiros contatos, haverá outras reuniões. E nós queremos muito continuar com a Champion, que está há algum tempo aqui.
- O basquete feminino pede ajuda há muito tempo no Brasil. Como vai ser essa nova liga prevista para 2010?
- Estamos procurando parceiros para que a gente possa estender o Nacional feminino para outros estados. A grande dificuldade é a locomoção, então vamos atrás de parceiros para cobrir gastos de transporte.
- E esse transporte seria de avião? Porque no Nacional as equipes sofrem bastante com longas viagens de ônibus...
- Sim, em determinadas distâncias o avião pode até sair mais em conta. Mas é claro que, para um país de dimensões continentais como o nosso, o transporte vai ser sempre um problema.
- Essa nova liga vai sair do papel no segundo semestre?
- Não sei, talvez até no primeiro. Mas precisamos adequar os calendários para não atropelar com os estaduais.
>>> "Queremos ser campeões. [...] Racionalmente, não dá. Mas até lá temos bom tempo para trabalhar"
- Qual é a meta do Brasil para os Mundiais de 2010?
- Ser campeão, claro! Se não der, tudo bem, mas a gente não pode entrar numa competição pensando que terminar em sexto, sétimo ou oitavo está bom. Queremos ser campeões. Temos estrutura, temos atletas e vamos trabalhar para isso.
- Mas, presidente, pensando no masculino, por exemplo, com adversários do nível de Estados Unidos, Espanha, Grécia, racionalmente dá para acreditar no Brasil campeão mundial no ano que vem?
- Não, racionalmente não dá. Mas até lá nós ainda temos um bom tempo para trabalhar.
- E no feminino? O Brasil ainda tem time para se manter entre os quatro primeiros do mundo?
- Acho que sim. É no feminino que nós temos mais chances de medalha. Agora nós equiparamos tudo. As mesmas condições do masculino são as do feminino. Vamos buscar um resultado bom.
- Se o senhor pudesse fazer um pedido para 2010, qual seria?
- Ser campeão mundial. Assim mataríamos as duas coisas de uma vez: o título e a classificação para as próximas Olimpíadas. E também queremos trazer o Pré-Olímpico de 2011.
- Em que cidade seria o Pré-Olímpico?
- É uma exigência da Fiba Américas que seja no Rio. Eles dizem que, se for no Rio, já colocamos vários adversários para trás.
- E vocês já falaram com a Prefeitura do Rio?
- Ainda não, estamos esperando passar esse período de festas de fim de ano, depois vamos falar.