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A renovação, como se sabe, ainda não veio. O espanhol Carlos Colinas convocou várias jogadoras jovens, mas acabou levando para o Mundial um grupo repleto de veteranas e pontuado por uma promessa adolescente, a pivô Damiris, de 17 anos. Ao mesmo tempo em que cortou jogadoras como Micaela, que não vinha rendendo bem ultimamente, o técnico se agarrou a outras que também vinham sendo criticadas, como Palmira, Karen e Kelly. Como não pude acompanhar os treinos em Barueri, fica difícil opinar de fora. Mas é este o Brasil que estreia hoje, às 10h15, contra a Coreia do Sul.
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Se as derrotas nos amistosos recentes levantam alguma preocupação, o otimismo vem em dose dupla com a chegada de Érika e Iziane. Ué, Iziane? Sim, Iziane. A ala nunca fez nada muito relevante com a camisa da seleção e eu jamais a traria de volta nestas condições (sem um indício claro de arrependimento), mas é inegável que a menina voou na temporada da WNBA. Se mantiver a cuca no lugar, pode ser um desafogo ofensivo muito bem-vindo.
Érika, esta sim, é a grande esperança. Fora da seleção há quatro anos – e no Mundial de 2006 ela estava baleada -, a pivô tem sido a melhor jogadora brasileira dos últimos tempos. Ainda que pese a falta de entrosamento e o fato de não ter treinado nada com Colinas, pode ajudar muito na base do talento. É o que eu espero, pelo menos. "Esperar", aliás, é um verbo difícil para este mundial. Como já disse o Balassiano, o clichê do “tudo pode acontecer” cai como uma luva na República Tcheca. Difícil fazer previsões.
Mas você pode dizer: o que espera das meninas? Vai lá, a caixinha é toda sua.
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