quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

DEMOCRACIA DE CONVENIÊNCIA


Orlando Silva e Nuzman / Reprodução

Vocês se lembram, né, que o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, se reelegeu
na calada da noite, em sessão quase clandestina, com Grego sentado na primeira fila. Na época, o Ministério do Esporte se calou, deve ter achado uma beleza a manobra. Agora que
a poeira baixou, o ministro Orlando Silva resolveu cobrar
o fim das reeleições nas confederações esportivas. Estuda até condicionar a liberação de verbas à aceitação do novo modelo.

Em tese, é lindo. Sou favorável a, no máximo, uma reeleição, mesmo nos casos em que os resultados aparecem, como no vôlei. Ou seja, a iniciativa, se realmente virar realidade, é válida. Só faltou o ministro explicar por que deixou o parceiro do COB se reeleger às escuras para, então, anunciar a cruzada democrática.

Nuzman, por sinal, abandonou ontem a audiência no Senado sobre os resultados do Brasil em Pequim e a distribuição de recursos públicos. Fez uma apresentação breve e, como tinha gente da oposição por perto, alegou um compromisso para dar no pé, deixando os integrantes da mesa indignados. Que alegria.

3 comentários:

Luiz Melo disse...

Sinceramente, não sei qual a surpresa. Primeiro, o nosso ministro "papagaio de pirata" não se preocupa com mais nada além de aparecer na tv quando o Brasil consegue alguma medalha. Isso é público e notório. Segundo, depois da cara de pau do Nuzman quando dos gastos do Pan, quem espera algo diferente dele quando se encontra em uma situação na qual possa ser cobrado deve estar também esperando que Papai Noel traga o seu presente de Natal, ou ganhar na megasena sem apostar um único bilhete. Em outra palavras: a coisa está muito feia!

Anônimo disse...

Fim da imoralidade!

Anônimo disse...

Nossos irmão Hermanos estão a frente nesse aspecto. Lá o repasse é condicionado ao fato de o estatuto ter no máximo a previsão de uma reeleição. E comentando o que o Rodrigo falou, se os resultados aparecerem não serão pela individualidade do presidente da sua federação, mas sim por uma política bem aplicada, que pode, e deve, diga-se, sobreviver a alternância de poder.