NA BASE DA VONTADE

Na noite desta segunda, fui
ver Fluminense x Florianópolis
no ginásio das Laranjeiras. A equipe catarinense, formada por atletas adultas, venceu por 83-78. Com o arremesso mais calibrado, as visitantes abriram 12 pontos, mas permitiram que as juvenis do Flu cortassem a vantagem para apenas três nos últimos segundos. Diante da bagunça reinante, chega a ser comovente a maneira como o elenco tricolor, com média inferior a 19 anos, dá a vida por cada posse de bola na quadra.

A pivô Clarissa (foto), revelação do último Nacional, ainda tem muito a evoluir tecnicamente, mas o tempo de rebote já é algo inacreditável. Foram 30 na segunda-feira, sendo 21 só no primeiro tempo - além dos 26 pontos. É difícil achar no cenário brasileiro alguém que jogue com tanta raça embaixo da cesta.

A armadora Ivana (ao lado), mais magra e mais veloz que no ano passado, cometeu nove desperdícios, mas já começa a lembrar o estilo impetuoso
de Adrianinha, alternando infiltrações e chutes de fora. Tudo isso em cima de uma veterana com o dobro de sua idade - Marlene, 36 anos.

Mesmo ainda longe de serem completas, Clarissa e Ivana estão no caminho certo. Tomara que o terreno árido do nosso basquete não impeça o crescimento desses frutos.