sexta-feira, 29 de agosto de 2008

TORNOZELOS E MEDALHAS




Cada caso é um caso, cada cabeça é uma sentença. Feita a ressalva, é impossível não avaliar as situações de Manu Ginóbili e Lauren Jackson com um olhar brasileiro. O astro do San Antonio Spurs e a estrela do Seattle Storm foram até Pequim, defenderam as suas seleções e agora, com as medalhas no peito, vão cuidar do físico. Os dois vão se submeter a artroscopias no tornozelo. Nada tão grave, mas o suficiente para colocar uma pulga atrás da orelha em suas equipes.

A comparação com os atletas brasileiros é inevitável. É claro que Manu e Lauren têm mais bala em seus times, é claro que suas seleções são bem mais importantes no cenário internacional. Ainda assim, os fatos comprovam que a dupla está disposta a sacrifícios para vestir a camisa de seus países.

Eu sempre resisto a cornetar os brasileiros da NBA, imaginando que eles tenham lá as suas razões - e pressões. Mas aí aparecem dois atletas de ponta, que ganham salários milionários nos Estados Unidos, sofrem pressão talvez até maior... e lá estão eles, com suas medalhas garantidas, rumo à mesa de cirurgia.

25 comentários:

Anônimo disse...

Rodrigo, temo que entender que esses jogadores como voce disse ganham salarios milionarios e alguem tem que paga-los. Com essas contusoes, agora sim o clube teram ainda mais razoes para nao libera-los, ainda mais com exemplos igual ao do Spurs...Infelizmente essa eh a realidade do esporte mundial. Sera que nossos jogadores da NBA estao tao errados em respeitar o pedido da EMPRESA que paga milhoes pelo seu servicos?? ou jogar pela CBB que nem ao menos da um estrutura para um pais Bi mundial no basquete. Se queremos ter jogaodres que valem milhoes em nosa selecao, teremos que ter estrutura ao nivel para traze los.. abs a todos..
Eduardo Costa SP

Anônimo disse...

Se fosse outra a realidade do basqeute nacional tudo bem eu estaria de acordo com a idéia de que nossos brazucas agiram mal.
Mas depois de tudo que vem aocntecendo aqui e depois das declaraçõs do Sr. presidente da CBB, ante a desclassificação no pré e a campanada do feminino.
E ainda mais saber que mesmo deve continuar no cargo na eleição de Maio /09.
Sinceramente, não consigo exigir nada dos jogadores , a última tentativa de convivência deu no que deu aquele pré olimpico da Américas.
Aqui só se lembra dos jogadores na hora da convocação.
Austrália e Argentina fazem acompanhamento de seus craques lá fora e os escutam antes de fechar planejamento .
Aqui nem sequer planejamento tem.
Abraços

Anônimo disse...

Se a possibilidade de contusões for impeditivo para a liberação de atletas atuarem em suas seleções, mesmo existindo seguro, então vamos acabar definitivamente com as competições envolvendo países. E isso vale para todos os esportes e nações.

Depois desta Olimpíada, para mim, vai valer muito mais a pena assistir um jogo do San Antonio e admirar/torcer pelo Ginobili do que perder meu tempo vendo os jogadores medianos nascidos no Brasil fingirem que fazem parte da elite do basquete. Para torcer para brasileiro, POR ENQUANTO, só na Euroliga.

Abços.

Elder disse...

Sempre respeitando as opiniões dos outros, dou a minha, que é a seguinte.
Uma coisa que ninguém questiona é o por quê dos jogadores, principalmente da NBA, estarem sempre se contundindo seriamente. Não seria por causa de um calendário excessivo de jogos (se não me engano, um time que NÃO jogue os Playoffs, jogará, pelo menos, 88 jogos ou algo em torno disso). Sei que é praticamente impossível diminuir o tamanho do campeonato, mas me parece algo concreto: os jogadores são submetidos a um excessivo número de jogos. Como o sindicato dos jogadores se preocupa somente com problemas salariais, essa situação vai ser de difícil mudança... enquanto estiverem ganhando bem, tudo bem! O que eu discordo.
É uma situação um pouco complicada. O Greg Oden se machucou treinando no time dele (ficou um ano fora); o Monta Ellis, do Golden State, esses dias se machucou em um treino, também com problemas no tornozelo. E o caso do Grant Hill uma das maiores promessas da NBA que nunca teve a possibilidade de jogar o seu máximo por conta das contusões... mais recentemente, temos o T-Mac. Todos que já jogaram sabem que lesões, principalmente no tornozelo, é coisa que acontece freqüentemente; claro, estamos falando de outro nível (mais treinamento, mais jogos, conseqüentemente, mais desgaste). O que quero dizer é que se lesionar é inerente à profissão que escolheram... acontece!
Concordar com a tese de que são os times que pagam e por isso tem o direito de exigir que seus jogadores não joguem cai na questão de que cria-se duas castas: a dos americanos (que podem jogar para suas seleções) que não são importunados pelos times, pois há a questão do marketing (vejam só: Road to redemption... bela peça de marketing. Não é sacanagem, é bela mesmo!); e temos também a casta dos “internacionais”, que não são liberados (somente os que têm bala na agulha, conseguem peitar os times: caso do Gasol, do Dirk, etc.). Acho meio furada essa tese.
O jogador claro pode se esquivar de atender ao chamado da seleção, é direito dele, mas eu acho que em um mundo tão dominado pelo marketing, é péssimo negócio! Depois das “deserções” dos nossos jogadores, sinto, em todo lugar que ando, um descontentamento com eles. E, afinal de contas, muitos deles, só puderam aparecer para a NBA através da “vitrine” da seleção. Quer dizer que antes de serem não importava o Grego ser o pior dirigente do mundo, de boa! Isso então é um pouco de hipocrisia (mas eu tb acho o grego o pior dirigente do mundo). Então, eu acho que mesmo por uma questão de marketing, seria interessante para nossos jogadores que participassem das seleções. Afinal, mesmo que os times paguem seus salários, há tb os contratos de marketing (ADIDAS, NIKE, REEBOK). Sempre há uma clínica de basquete para crianças e adolescente na offseason e não é uma estratégia muito interessante criar um distanciamento entre os ídolos e os potenciais compradores (digo, fãs!). Afinal de contas, já disse isso uma vez, se o Leandrinho não tiver vínculo com o basquete brasileiro mais, vou torcer para o KOBE, afinal de contas, é muuuuuuito mais jogador e não vou perder meu tempo torcendo para um jogador mediano como o Leandrinho. Um abraço a todos e desculpem o tamanho do comentário!

Anônimo disse...

Eu dou razão aos jogadores brasileiros, só discordo é o modo como agem, pois acho que deveriam dizer:

NÃO JOGO NO TIME DA CBB.

Não dá pra comparar o apoio que a Federação Argentina da aos seus atletas com o que a CBB faz.

Quem não lembra que o Grego apoiou o Vasco, contra o Nene, na epoca que esse foi pra NBA.

Abs

Alexandre Reis

Anônimo disse...

Parabéns a vcs...então vale a pena ser mau caráter?...pq é assim q vejo Leandrinho, Varejão, Nenê...um bando de sem vergonha!!! Foda-se o Grego e a CBB...é Brasil pô!!!
Deus me livre...era só o que faltava, pessoas endossando essa atitude bizonha de dar os canos na seleção!
Se a situação ta ruim do jeito que está no Brasil...que façam alguma coisa...o caminho não é afinar, acovardar-se, como fizeram!!!

Leandrinho, va te catar...tomara que torça o joelho na primeira rodada da NBA...

Anônimo disse...

Se eles deixaram de ir pra Seleção por uma questão política, então deveriam ser éticos o bastante pra assumir isso.

Ficar dizendo que está com a unha encravada é muita falta de respeito e, com certeza, não ajuda a melhorar a situação do nosso basquete.

E, se querem respeitar o pedido de quem paga o salário deles, então que respeitem. Mas depois também não sei por que eles gostam tanto de ficar aparecendo em entrevistas seguidas no Globo Esporte.

Na hora do filé todo mundo quer, mas, quando é pra roer o osso, somem.

Elder disse...

Peguei uns trechos de um artigo da UOL ESPORTES/BASQUETE sobre os planos da comissão da seleção americana para as próximas competições, vejamos:

"Precisamos arranjar uma forma de tornar este projeto um programa muito melhor, que seja atrativo para os jovens, que seja esse o objetivo deles [jogar pelos EUA]", vislumbrou o treinador.
"Queremos que os jovens tenham um desejo intenso de jogar pelo país sem ser necessariamente no colegial, na faculdade ou na NBA. Sei que os jogadores que fizeram isso em Pequim ficaram eufóricos, e querem repetir a experiência novamente".

Pergunta: Se o jogo de seleções é tão ruim e prejudicial para a NBA, como é que todos aqueles que quiseram jogar pela seleção americana foram liberados por seus times e pelo jeito vão continuar a liberá-los. Ora, imagine se um Kobe, Um lebron Um Chris paul quebrasse uma perna, torcessem um joelho ou mesmo um tornozelo. Se os times se preocupam tanto com isso por que liberar uns e não outros. Por exemplo, o Cleveland liberou o Lebron, um dos jogadores mais caros da NBA para jogar e não liberou o Varejão, quando muito um jogador intermediário da NBA. Algo não casa. Não há seguro que pague a perda de jogadores desse calibre para um time (não falo em questão de dinheiro).
Acho que são questões que tem que ser colocadas na discussão, quando falamos nesta questão de liberação ou não dos jogadores por parte dos times.Um abraço a todos.

Anônimo disse...

Convenhamos. LeBron e Kobe vestindo a camisa dos EUA deve ter alavancado vendas de pay-per-view para as Olimpíadas, deve ter feito explodir as vendas de camisas, deve ter aumentado as vendas de revistas que tratam do assunto.

Se o Varejão fosse pras Olimpíadas, ia alavancar o quê? O cabelo dele?

Elder disse...

Esse é o meu ponto. A questão da não liberação dos jogadores, fica nisso de que os jogadores são pagos pelos clubes e eles podem se machucar. Então, não é bem assim. Se fosse assim, não liberariam o KObe, o Lebron, O Paul. Fica estabelecida duas categorias: a seleção dos Estados Unidos, que pode contar com todos seus jogadores e aquelas que podem contar somente com alguns jogadores (o resto). Assim vai haver hegemonia mesmo, não tem jeito. E essa hegemonia é interessante para a NBA.

Anônimo disse...

Não é assim.

Yao, Dirk, Ginóbili, Scola, Gasol etc. jogaram em Pequim.

Os brasileiros poderiam ter jogado.

Anônimo disse...

Concordo e discordo de algumas opinioes na caixa, mas apenas irei ignorar o IDIOTA que disse que o Leandrinho vai se machucar na primeira rodada, tirando esse mediocre anonimo irei dar minha segunda opiniao. ELDER em particular gostei de seus comentarios, mas eu penso com os pes no chao, queria muito que todos jogadores brasileiros na NBA jogassem pela selecao, mas como varias pessoas disseram aqui, eles sao jogadores medianos e precisam mostrar jogo sempre que tenham oportuidades para ganharem mais e garantir mais dinheiro. Com isso eu pregunto, COMO IR CONTRA SUA EMPRESA QUE FAZ SEUS SONHOS VIRAREM REALIDADE e pagam salarios milionarios, concordo com vcs sobre o valor da amarelinha, mas acho q os times da NBA tem muita culpa em relacao a isso, sao jogadores jovens e que precisam desta seguranca financeira para seu futuro, POR QUE NINGUEM FALA DO MILAN QUE TIROU O KAKA, OU DO REAL MADRID QUE TIROU O ROBINHO?????????? engracado isso neh, vamos pensar muito antes de critica-los, vamos nos colocar na posicai deles, brigar com seu clube, onde vc eh muito muito bem remunerado ou aceitar oq eles mandarem??????????? pense vcs em seus lugares de trabalho, quanto de sapo nos engolimos para manter nosso emprego e salario??????? quem dera nascer rico num mundo real.. abs a todos
Eduardo SP

Anônimo disse...

É complicado comparar nossa realidade com a realidade de outro países. Nosso despreparo é evidente, o caso de pressão dos clubes só não é maior com a pressão popular e da mídia que crucifica um atleta por ele defender os interesses dele em vez da sua nação, mas ninguém lembra que essa mesma nação fez e faz muito pouco para prover atletas de alto nível.

Convido a dar uma olhada em um texto muito interessante que li em um blog praticabasquete.blogspot.com. O titulo do post é DESCULPAS AO ESPORTE E AOS ATLETAS BRASILEIROS.

Acho muito complicado comprar essas realidades tão diferentes.

Abraços

Paulo

Anônimo disse...

Ninguém esstá crucificando ninguém. Cada um é dono de seus resepctivos narizes. Da mesma forma que os jogadores podem atender ou não o chamado da seleção, cada um de nós (falo por mim, mas vejo que minha opinião é compartilhada pela maioria das pessoas que converso) pode escolher apoiá-los ou não. no meu caso, não apoio. E vejo que isso tem uma conseqüência no "marketing" do atleta. Toda offseason é a mesma coisa: Os jogadores da NBA vem para o Brasil "promover" a liga; fazem clínicas com adolescentes e crianças, todos sorridentes, vestindo o "uniforme" de seus patrocinadores e promovendo a venda de camisetas de seus times. Participam de campanhas da "NBA CARES" (em traduçao livre: NBA SE IMPORTA). a unica coisa que a NBA cares e com o lucro que tenham, o que não é algo anormal, mas temos que ver isso sobre essa lógica e não que a NBA se importa com a gente e o desenvolvimento de nosso basquete (até por que não é da sua alçada). Só acho que a capacidade de eles explorarem os nossos jogadores em campanhas de marketing, diminuiu bastante, o que não deixa de ser um tiro no pé deles. Dinheiro é bom, mas mais dinheiro é melhor, não é mesmo???? Um abraço a todos!

ELDER

Anônimo disse...

A discussão é boa, na minha opinião os jogadores não deveriam jogar mesmo, mas se posicionar e falar o pq não jogariam, não fingir lesões..
Já penso assim a alguns anos, e após o caso da Alessandra passei a torcer para que isso ocorresse.
Infelizmente não ocorre, não temos 1 jogador com peito ou inteligência para isso, e continua o Sr. Grego no comando da CBB sem ser criticado.

Anônimo disse...

Se os times ficarem neuróticos com os jogadores se lesionarem, daqui a pouco teremos jogos de basquete virtuais, para que os jogadores não se machuquem. Tipo um jogo de cartas (lembram-se do trunfo, pois é!).

Anônimo disse...

O Steve Nash teve uma atitude muito decente. Quando convocado pelo Canadá, ele falou que não ia jogar porque estava com mais de 30 anos e, se jogasse, não ia conseguir render o que se espera dele na temporada seguinte da NBA.

Leandrinho e Nash jogam no Phoenix Suns. Nos intervalos dos treinos, o Leandrinho devia trocar umas idéias com o canadense sobre hombridade.

Anônimo disse...

Que hombridade??? 30 anos eh velho?? Mas como eu disse, ninguem falade Nash que nao foi ajudar o canada, Robinho? Kaka?? Cada esta garantindo o seu..
eduardo SP

Anônimo disse...

A hombridade de assumir que não vai à seleção porque considera a NBA mais importante. O Leandrinho, ao invés disso, ficou inventando unhas encravadas.

Bruno Pongas Fernandes Batista disse...

Infelizmente a Lauren Jackson não ganha salários milionários no Seattle Storm; essa é a dura realidade do basquete feminino também nos Estados Unidos, onde o teto salarial é menos de 100 mil dólares POR ANO.

Por isso quando acaba a temporada da WNBA, as jogadoras migram para a Europa. Lá sim elas realmente conseguem ganhar dinheiro, porque por incrível que pareça, o basquete feminino é melhor valorizado na Europa do que nos Estados Unidos.

Unknown disse...

Rodrigo, como leitor assiduo do site, entendo que ja passou da hora de vc deixar de olhar pra tras. Nao falo isso por simplesmente discordar de vc, mas sim porque nao adianta culpar os jogadores pelo nivel do basquete brasileiro atual. Eh direito de quem quer que seja nao defender a selecao, fato que, ao que parece, vc imputa a Leandrinho e Varejao. Nada disso garantiria qualquer coisa. Vide o fiasco do feminino, que era melhor ter perdido pra Cuba, e evitar esse vexame em Pequim. Enfim, vamos olhar pra frente.

Anônimo disse...

Vamos olhar para frente e ver que Marcelinho no time nunca vamos evoluir como selecao, um jogador onde desde que entrou na selecao nunca conseguiu ir nas olimpiadas nao temos como ter ele como incone. Vamos para de julgar quem nao foi e ver quem esta ai a muito tempo e ate agora nao fez nada e tratam ele como super star, principalmente os comentaristas do rio de janeiro que comentam nossos jogos pela Tv, nossos poucos jogos pela Tv..
eduardo sp

Anônimo disse...

Parece que estamos crucificando os jogadores... não estamos. Todos tem o direito de fazer o que quiserem. Eles tem o direito de não ir, nós temos o direito (quem achar assim) de não "torcer" para eles. Essa é a minha opinião. O negócio é que ficam enrolando na hora de responderem se vão ou não para a seleção. Abram o jogo igual o Nash fez. Isso foi atitude de homem. Não venham depois atrás de clínicas de basquete, jogos de exibição e assemelhados. Se o foco deles está nos Estados Unidos, fiquem lá! Essa é minha opinião. Dessa forma é respeitada a vontade cada um, não é mesmo????

Anônimo disse...

Como assim, não adianta culpar os jogadores pela situação atual? Temos que dar a culpa a quem tem culpa. Eu não vou isentar fulano e beltrano. Aqueles que são, talvez, os melhores jogadores do Brasil na atualidade se recusaram a representar nosso país. No que dependesse de mim, eles poderiam ficar com os milhões deles na NBA. E que nunca mais voltassem a pisar por aqui.

Marcos disse...

É verdade, Bruno. O teto salarial na WNBA é de 95 mil doláres. E jogadoras como Diana Taurasi, Tina Thompson e a própria Lauren, já afirmaram que na Rússia ganham em um mês quase o dobro do que ganha em uma temporada na WNBA.

Obs: As três jogam no Spartak Moscow..