segunda-feira, 4 de agosto de 2008

ESTRADA PARA A REDENÇÃO. SERÁ?


Kobe Bryant / Foto: Reprodução



Para quem quer entender melhor o que se passou com a seleção dos Estados Unidos nestes últimos anos, uma ótima opção é o documentário Road to redemption, da ESPN, disponível no site da Nike em cinco episódios de aproximadamente 10 minutos. Com excelentes depoimentos e imagens de bastidores que revelam conversas reservadas da comissão técnica com o elenco, o filme já rende frases emblemáticas logo no primeiro capítulo. Confira:

"Eu não sei nada sobre Angola. Mas Angola está numa fria" Charles Barkley, antes de enfrentar os africanos em 1992, num tempo em que o basquete internacional ainda permitia tal arrogância.

"Naquele ginásio em Barcelona, certamente estava lá nos assistindo um garoto de 8 ou 9 anos chamado Pau Gasol"
Mike Krzyzewski, sobre as transformações no cenário mundial.

"Nós jogamos de uma certa maneira nos últimos 5 ou 6 anos. Precisamos mudar agora ou seremos o primeiro time a perder"
Larry Brown, profético, falando aos jogadores do elenco na quadra da Universidade de North Florida, nos treinos para as Olimpíadas de 2004.


Dwyane Wade / Foto: ReproduçãoOs demais capítulos explicam a transformação da filosofia com a chegada de Jerry Colangelo, o tropeço no Mundial-2006 e o caminho até as Olimpíadas de Pequim. É possível assistir ao primeiro lance do primeiro treino de Kobe Bryant com o time, quando o craque salta sobre as cadeiras para salvar uma bola perdida. Sem falar nas inúmeras orientações de Jason Kidd aos mais jovens durante os exercícios. O último episódio nos mostra mais um encontro do elenco com as Forças Armadas americanas. Mas isso é tema para um texto à parte, que será publicado amanhã.

12 comentários:

Anônimo disse...

Estive viajando no fim de semana, mas consegui ver um pouco do jogo dos EUA com a Rússia.

Minha opinião sobre esse time ainda é: "não sei não, hein..."

Acho que a seleção americana tem muita dificuldade de se desprender daquele estilo de jogo descompromissado e ameno, típico de "all star game".
Realmente, é muito difícil fazer um time com 15 estrelas jogar simples e intensamente.
Pelo menos segundo o pouco que vi, a mentalidade ainda está exageradamente voltada para "dar exibição", o que leva os jogadores a enfeitar demais as jogadas, o que quase sempre é improdutivo.
Ou seja: a prática tem sido um pouco diferente do discurso ensaiado.

Fica ainda aquela impressão de que querem a todo custo reeditar o time de 92, mas ficam beeeem longe disso.
O clássico Dream Team apertava bastante na defesa, de modo que seus lances mais plásticos saíam quase sempre de contra-ataques velocíssimos, no 3 contra 2.
Não havia a firula improdutiva, essa inventividade nonsense e - muitas vezes - ainda egoísta.
Havia, sim, jogadas belíssimas e bem tramadas para se desvencilhar das situações postas pelo jogo.
Tudo era feito visando primeiramente a cesta, não os holofotes (que já estavam ali naturalmente, assim como sempre estarão).

É preciso mudar isso para faturar o ouro e, principalmente, para que esses grandes jogadores que aí estão fiquem marcados na história com esse time que, no papel, tem tudo para se consagrar e conseguir a tal "redenção" tão propagada.

Anônimo disse...

15 não, 12 estrelas (rs)

Anônimo disse...

Renzo me desculpa descordar um pouco de você, mas um time que ganha de seu principal adversario de mais de 20 pontos ´não acho que está com esse problemão, quem que tá preocuado é a Russia que por ser a atual campeã europeia não consegiui segurar os americanos.

Agora concordo na hora que algumas vezes eles perdem a noção do que eles realmente querem, teve uma hora no jogo em que a russia diminuiu a vantagem de 17 pontos para 10 e começou a jogar melhor que os americanos. Kobe Bryant melhor jogador da equipe em um contra-ataque rapido tem a bola para cravar e simplesmente botar um balde de agua fria nos russos. Até agora eu não sei o que ele fez, ele nem enterrou nem fez bandeja nem arremessou resultado vantagem caiu para 8 pontos e o time da Russia cresceu. Se acontecesse isso em uma final olimpica sei não se o outro time não vinha pra cima de vez~.

Mas eles ainda tããão beeeem acima dos outros adversarios

Rodrigo Alves disse...

Engraçado, Renzo, eu não tenho essa percepção de que os caras estão mais preocupados com o espetáculo do que com o resultado. É claro que há jogadas plásticas, mas acho até que o Dream Team fazia mais acrobacias. E a defesa deste time de hoje tem momentos espetaculares.

Acho que os EUA entram como sérios candidatos ao ouro. Agora, seria perfeitamente normal perder um jogo para a Espanha, para a Grécia ou para a Argentina.

Virou clichê dizer que o basquete internacional é equilibrado, mas é verdade. Se os EUA não ganharem o ouro, muita gente vai dizer que é "mais um vexame", que é "arrogância", que eles "menosprezaram adversários". Não acho nada disso. Eles têm um ótimo time, que leva a sério o objetivo de vencer. Mas do outro lado da quadra tem gente muito boa também. Ganhar ou perder é do jogo.

Abraços!

Unknown disse...

Estive conversando com algumas pessoas, e eu vi o jogo da Rússia. Fiquei (e não fui só eu) com a impressão de que o pessoal dos outros times andou escondendo o jogo. Sei lá, a bola russa não caía... se o aproveitamento de fora for o da Grécia no pré olímpico, o jogo vai ser bem apertado. Quanto ao lance acima, Kobe quis fazer um alley-oop pro Wade, só que Kirilenko não entrou na dela. Esticou o braço e ficou com a bola.

Pra mim são os favoritos, mas não dá pra brincar não.

Elder disse...

Pois é, tem gente que coloca os EUA com status de deuses, que desceram do Olimpo apenas para mostrar seus poderes superiores ao pobres mortais. Discordo dessa tese e concordo com o Rodrigo. todos pensam somente no jogo dos Estados Unidos e esquecem-se que há outro time (alguns deles no mesmo nível) do outro lado. O fato de serem mais acrobáticos (fazerem mais jogadas de efeito.) não lhes dá mais vantagem no jogo (uma cesta de ponte aérea ou uma enterrada não valem mais por ter sido plástica). Se a Espanha, Argentina, Rússia, Lituânia ou Grécia encaixarem o jogo contra os Estados Unidos, dificilmente perderão. Claro, tirando as jogadas plásticas, há bom basquete do lado dos Estado Unidos; boa defesa e jogadores com muita qualidade técnica (mas há tb isso nos outros times). Vamos ver no que dá. Espero que ótimas partidas de basquete! Antecipei minhas férias pra agosto para acompanhar as olimpíadas com mais tranquilidade. Um abraço a todos!

Maickel disse...

Usa team tem que ter a humildade porque sabem que nesses jogos, apesar de Argentina, Espanha, Grécia, Alemanha (agora com o combo Dirk + Kaman) são adversários fortes, mas no pré-olímpico essa seleção já mostrou que está com o objetivo do ouro e se depender de kidd, kobe e do lebron que pra mim parecem ser os mais centrados, esse time vai dar show com uma baita defesa...
Não tem como comparar esse time com o dream team, porque o basket é feito de gerações e assim teremos as lendas, o time tá bem entrosado, foi testada várias formações, os jogadores sabem infiltrar, tão defendendo bem, e um fator que eu acho que ta favorecendo, é que com exceção do Wade e do Reed, todos jogadores disputaram playoffs, já estão meio que no ritmo de competição de brigar por algo, e ainda salienta-se que o wade tem uma final na bagagem e um título...
Algumas equipes európeias tbm vão contar com jogadores de times da nba pra aumentar a rivalidade e ainda alguns vão jogar contra seus companheiros de times, sendo que ae a amizade vai ser deixada de lado pela honra de seu país...
to botando fé nesse time, se tiver algum jogo 5 da manha vo acorda pra ver haha

Unknown disse...

Confesso que estou positivamente surpreso com o time americano. Acredito que eles não vão entrar de salto alto.

Quando o Renzo diz que o Dream Team apertava na marcação e saia em contra-ataque, acredito ser exatamente isso que o time atual esteja buscando. Assisti todos os jogos e vi uma defesa americana muito forte.

Se contra a Rússia o ataque americano não foi tão bem, a defesa fez a sua parte limitando o time russo a apenas 68 pontos.

O time americano tem defeitos que podem, e provavelmente serão, explorados pelos outros times, mas eles querem fundamentar seu jogo em muita defesa e transição rápida. Até por isso, vemos muitas enterradas. E sabemos que em lances como as enterradas o aproveitamento é sempre maior do que se forem arriscar arremessos.

Tenho certeza que nos jogos que estiverem fáceis para os americanos eles vão fazer firula e procurar dar show, afinal são treinados para isso, mas em jogos apertados acredito que vão levar a sério.

Ontem mesmo contra a Rússia, quando a vantagem chegou a cair para 8 pontos o time ficou sério novamente e abriu rapidamente a vantagem para 17 pontos.

abraços.

Anônimo disse...

vendo o vídeo gostei bastante da parte do kidd, é realmente espetacular. no blablabla senti falta de uma coisa (talvez pelo meu ingles enferrujado ou pela internet tosca): em nenhum momento rolou commitment pelo basquete, mas muito pelo orgulho, pelo patriotismo. Mesmos motivos que os fazem entrar em guerras e investir mais em armamento bélico do que em questões sociais. Não quero fazer da caixinha propagando política, mas espero mesmo que os garotos lembrem do motivo que os levou a ser o que são hoje, o amor pelo esporte.

Anônimo disse...

sei que td mundo vai me chamar de loko, mais tenho todos os jogos dos Dream Team em 92 e 96 e vou dizer uma coisa, q o Magic Johnson eh o melhor armador de todos os tempos, isso acho q ninguem duvida, assim tbm como acredito que ninguem duvida q o L. Bird seja o melhor numero tres de todos os tempos, e q um time com esses dois mais o Jordan, eh realmente um time dos sonhos, mais vamos lembrar tbm q em 92 Bird jah era quase um vovo do basquete e muito longe de ser o q era no auge na carreira, e o Magic estava a um ano parado, voltando de uma aposentadoria e longe da boa forma que o consagrou, em termos de pivo, acho q o Patrick fica atras do Robinson e bem atras do Shaq, q estavam em 96, por tanto, acho q se jogasse o time de 96 contra a selecao de 92, levando em conta a fase na carreira de Bird e Magic, olha nao sei nao hein, acho q o que faria a diferença seria mesmo o Jordan, mais nao sei se o de 96 nao ganharia do de 92, mais como eu disse, levando em consideracao q em 92 alguns jogadores jah estavam se aposentando, eh logico q se fosse na metade dos anos 80, esse time de 92 seria muito mais fabuloso do que foi, porque teria jogadores como Bird e Magic no auge.

Rodrigo Alves disse...

Rafael, a questão que você levantou é justamente tema do texto que vou publicar amanhã à noite. Até lá. Abraço!

Anônimo disse...

Gente cês viram que no site da Nike que o Rodrigo indicou o documentário tem 5 capítulos com 5 partes cada, né? Let's enjoy the show!