segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O ABISMO


Paula Pequeno / foto: Reprodução

Para quem esteve sexta-feira na Gávea, como eu, e acordou cedo no domingo, foi uma tragédia. O abismo que se evidenciou ontem entre o vôlei e o basquete não chateia, até porque cada esporte tem o seu espaço, mas faz pensar. Com cerca de 10 mil pessoas no Maracanãzinho, Rexona e Osasco fizeram um jogo de bom nível, com dois canais transmitindo (TVs aberta e fechada) e uma série de reportagens antes da partida.

Na sexta, dois dos melhores times do Nacional (Flamengo e Minas) fizeram um jogo sem transmissão de TV, com pouquíssima cobertura da imprensa e de pobre nível técnico para menos de 900 pessoas. E havia um time chamado "de camisa", hein...

Marcelinho / Foto: CBBA verdade é que a bola laranja anda tão esquecida que o jogo de vôlei foi anunciado como o primeiro entre clubes após os Jogos Pan-Americanos. Não é verdade. O Flamengo de Marcelinho ganhou o título carioca no ginásio. Mas quem, tirando os aficionados de sempre, ainda liga pro basquete?

12 comentários:

Fernando Cesarotti disse...

Bom, Fábio, nas minhas matérias eu sempre escrevi que era o primeiro jogo entre clubes "de vôlei" no ginásio, mas confesso que nem pensei no fato de poder ter havido jogos de basquete. É realmente de se pensar. Mas bem que a estrutura da coisa não ajuda, nénão?

Anônimo disse...

A comparação é bem ilustrativa. Mas CBB acha que tudo está uma maravilha.

Anônimo disse...

Essa Paula é linda né? Isso a parte, vamos concordar que isso dos times de volei não é recente, vamos lembrar década de 80 jogos com 4 horas de duração, transmitidos em tv aberta e com ginásios lotados (Pirelli x atlantica Boavista) então não podemos tratar isso como um fenômeno recente (talvez no feminino). E como acontece isso? Porque o Dr Grego não levanta da cadeira e vai perguntar para o Ary Graça (ele não gosta de Arys...rs) ou para o presidente do COB o Nuzmam, pois, foram eles que criaram essa estrutura.

Anônimo disse...

Estou cansado de escutar críticas à CBB. Sempre temos que achar uma muleta para culpar nosso caminhar mancado. O poder, a força, os jogadores estão nos clubes. Não precisamos de CBB. Não precisamos dela nem para reclamar e achar um culpado para tudo. Os clubes têm que se unir e começar a caminharem juntos para o bem do basquete. Reclamar sempre é mais fácil do que tomar uma atitude concreta.

Anônimo disse...

O problema que muitos clubes oreferem ficar sob o manto da CBB e aceitar as normas impostas pela entidade para os campeonatos e o resultado está aí. Péssima organização.

Anônimo disse...

QUe horas será a logo??

Anônimo disse...

Vamos com calma amigo. Esse negócio de que clube está ao longe da CBB não é bem assim. Senão vejamos: O Presidente da CBB é eleito por presidentes de federações (normalmente os coopita com chefias de delegações, jogos da seleção em seu Estado, etc) Mas quem elege os presidentes de federação? Bingo, os clubes.... Que a décadas não tem nenhuma postura de enfrentamento com a pderosa CBB. A primeira e ao meu ver legitima tentativa foi com NLB, que foi implodida pelos próprios clubes (FRANCA, PAULISTANO, UNIVERSO, ETC) Num exemplo mais babaca de bairrismo (Afinal a sede seria no Rio). Agora alguns paladinos cara de pau, que no passado deixaram o Telemar a ver navios com o argumento de que "estava no regulamento", por sofrerem a mesma injustiça se insurgem como se fossem os primeiros e os legitimos. Temo muito o começo disso, pois, não há menor intenção em melhora do basquete e sim poder. Me afastei do assunto, mas retomando-o... O papel da confederação é sim importantissímo, pois, é ela quem comanda as seleções e sem resultados internacionais o basquete dos clubes não cresce, essa basófia de que o mercado (aqui no caso clubes) resolve tudo não pode ser repetida assim para o esporte, sem regulação não há crescimento (vide Argentina, no alge do seu liberalismo foi a bancarota em tudo, economia, esporte, cultura)Para termos um exemplo recente a final da Europa. De um lado a Rússia, sempre teve campeonato forte e clubes fortes mas estava sem títulos. A contratação de um técnico americano foi importante para a conquista. O que dizer da Espanha? Se vc procurar a história da Espanha verá que em 1987 a federaçao distribuiu quase 50 mil tabelas e bolas de basquete por escolas espanholas. Concordo que campeonato quem tem que fazer é clube. Mas registro que, 1.nossa situação está aquem disso pelo modo com que elegemos o presidente da CBB, portanto, é lícito sim cobrar dela. 2. Para voltar a década de 80 e o voley, os jogos entre clubes eram organizados e produzidos pela confederação. Abraços!

@lisangelo disse...

Acredito firmemente que vai melhorar. Temos material humano pra isso. O quando é que tá complicado de se adivinhar. A ABCB talvez ja seja um indicio, teria sido muito melhor se tivessem feito um "mea culpa" e sentado pra conversar com o pessoal da NLB (pelo menos o site ainda existe). Talvez a hora seja agora.

Unknown disse...

Queria saber o que nos meros praticantes, admiradores, técnicos, cartolas, podemos fazer em relação ao muito bem citado Abismo em que o Basquete nacional se encontra. O que seria o melhor a ser feito, temos alguma solução realmente viável? não defendo nenhum lado, mas se há algo de errado na CBB como podemos nos movimentar para resolver tal pendega? Pq ficarmos sentados vai apenas agravar mais ainda a nossa crise.
Abraços

Anônimo disse...

Estive no jogo do Flamengo e Minas na Gavea e nao concordo que o nivel tecnico estava tao baixo assim. Os dois times tem jogadores de alto nivel e muita vontade de vencer, alias temos que dar valor ao nossos jogadores, pois dizer q o voley esta em alta isso ja sabemos, mas tirar a moral de nossos jogadores principalmente o do flamengo e minas q sao de alto nivel ja eh sacanagem... Concordo com voce em relacao a CBB, mas falar mal de nossos jogadores que estao dando o melhor de si para o basquete ja nao concordo... Alem do mais eles jogaa com raca seja em ginasio horrivel como a gavea ou ginasio de primeiro mundo como o do Minas e Franca..
Vamos dar valor ao nossos atletas, pois o voley como ja sabemos esta anos luz em comando e prestigio.. Abs a todos.

Anônimo disse...

Isso mesmo. Valor aos atletas já é um bom começo. Quanto ao outro comentário que parece ser de alguém da CBB, tenho uma sugestão simples, mudemos o estatuto da CBB limitando o instituto da reeleição, Passemos o controle total dos campeonatos aos clubes, ficando somente por conta da CBB uma partição nos lucros do campeonato para serem aplicados nos campeonatos de base e escolhinhas itinerantes, vez que, para as seleções já há um patrocínio estatal, esse seria um bom começo.

Anônimo disse...

O pior em relacao a CBB eh que um estado que nem tem basquete de base nem adulto tem o mesmo peso na votacao que Sao Paulo que eh um estado com maior numero de times e clubes de base do Brasil. Dai fika facil voce comprar estes estados fazendo clinicas e levando a selecao ate esses estados apenas para comprar voto. A CBB aprendeu bem com o Lula a comprar os pobres e necessitados, pois sao a maioria, mas na verdade teriam q ajuda los. A CBB manda umas bolas de graca e algumas camisas e ganha os fotos dos estados sem nenhuma forca no basquete nacional, uma vergonha....!