A final do Paulista começa hoje. Ulbra e Franca decidem o regional mais importante do país. No duelo contra a experiência de Hélio Rubens e Rogério, José Neto aparece como um sopro de renovação. O treinador, aliás, já quebrou um recorde: depois de Zé Boquinha na temporada 1992-93 (com a equipe de Jales), ele é o primeiro a assumir um time durante o certame e levá-lo à final. Ao contrário da história de 15 anos atrás, o treinador espera melhor sorte na decisão contra a mesma Franca que derrotou o time de Robin Davis na década passada.
REBOTE - Como foi o processo de remontagem da equipe?
JOSÉ NETO - A maioria das equipes que mudam a comissão técnica é por conta dos resultados negativos. Os jogadores influenciam nesse processo, tornando essa absorção mais lenta ou rápida. No caso da Ulbra, temos jogadores muito positivos e com personalidade de vencedor, e isso facilitou muito o trabalho.
- A parceria com São Bernardo se desfez durante a competição. Até que ponto isso mexeu com a equipe?- Quando cheguei, procurei saber sobre a parceria e fui informado de que era um projeto para cinco anos. Quando ela se desfez, ficamos muito tristes. Soubemos da decisão no dia do primeiro jogo contra Assis na semifinal, e foi muito difícil manter o foco no jogo, pois todos gostariam muito de continuar em São Bernardo. Mas a Ulbra acertou uma nova parceria com Rio Claro, uma cidade que tem muita tradição no basquete, e a expectativa é de oferecer muita alegria a todos.
- Enfrentar Franca numa final deve ser o sonho e o pesadelo de todo técnico. Como derrotá-los?
- Acredito que o sucesso de qualquer trabalho é a continuidade. É o que Franca tem como ponto forte, pois dessa forma é possível aprimorar o que vem dando certo e corrigir os erros, sem precisar recomeçar do zero. E jogar contra um time tradicional e vencedor é muito complicado. Mas acredito que cada campeonato tem sua história e estamos buscando fazer a nossa. Essa final mostra que campeonato de playoff se decide no playoff. Jogamos bem contra Limeira e Assis, e espero continuar com esse foco e conseguir trazer o título.
- É inevitável comentar que seu nome é um dos mais cotados para assumir o posto de assistente da seleção. Você foi responsável pela equipe sub-19 no ano passado e é considerado o mais estudioso e preparado da nova geração. Como lidar com os adjetivos?- Estar na seleção é especial e uma responsabilidade muito grande, pois é o resultado do trabalho de toda uma classe. Esse resultado na Sérvia foi fruto de uma grande preparação que foi feita com essa geração, que começou em 2003. Para obter esse resultado no Mundial, tivemos que trabalhar e estudar muito. Desde que assumi a equipe, fizemos um trabalho integrado da comissão técnica. Gosto muito de estudar e tivemos acesso a todos os jogos do campeonato europeu. Acredito que o basquete moderno oferece muitos recursos para estudo e quem não aproveita esses recursos pode estar em desvantagem.
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11 comentários:
Todo mundo fala do Neto como se ele fosse o salvador, ou diferente do modelo que impera. A verdade não é bem essa...
Além de ser um mega carreirista pra ter chegado na seleção com nosso amigo Lula que tanto criticamos, o seu Neto passou bons 4 anos com uma verba maior que a do COC, sem conseguir nenhum título para o Paulistano. A festejada seleção sub 19 que chegou na semi final, o fez por ter o dominante Paulão e espasmos de acertividade dos escoltas - padrão tático naquele time nunca houve - quem assistiu os jogos pode constatar. Então não sei de onde vêm essa babação de ovo recorrente com ele. Nada contra, mas acho meio forçado.
Anônimo, você tem tdo o direito de protestar, sem dúvida. No torneio sub-19, eu mesmo, aqui neste espaço, critiquei a carga tática do Neto. Mas ele evoluiu (é só ver os jogos), seu sistema de jogo idem e seus jogadores também. E outra: não é verdade que seus recursos fossem maiores que os do COC à época, não mesmo. E tem mais: em um mar de asneiras e sistemas fracassados, deixa estar que um cara novo com um mínimo de consciência é legal pacas... abs, fábio.
Anonimo hoje poderemos ter a prova dos nove, vamos ver a equipe do Neto na quadra, contra a famosa equipe de Franca que tem sempre todo apoio da arbitragem e da federação, se tudo correr dentro da normalidade e a arbitragem não endurecer o jogo a Ulbra fecha em 3 a zero
Fala Fabio,
Legal seus comentários, você é super ponderado e é verdade que sempre houve lisura em suas avaliações - tanto que lembro do seu post sobre o mundial.
Mas posso falar com muita segurança, por ser vinculado direto ao patrocinador do Paulistano: A verba foi exatos 17% superiores ao budget do COC durante 2 anos. Isso inclusive tem explicação porque grande parte dos jogadores no processo de negociação sempre exigiram ganhar muito mais do que atuando em outras cidades do Brasil, pelo alto custo de vida que a cidade de São Paulo determina. Não é simpático falar de valores, mas não é difícil apurar as quantias que ditavam essa conduta. Inclusive, a saída do próprio Neto do clube foi em função de ter (pelo menos na sua primeira fase) não alcançado as expectativas. O trabalho de base do Paulistano sempre funcionou de forma digna, mas a sucessão de jogadores selecionados pelo próprio Neto que passaram por contusões longas - em função da alta idade em alguns casos, também culminou em gastos que não se revertiam em qualidade de jogo.
Sem dúvida, há protecionismo com Franca e com o Coc por parte dos árbitros, mas ainda sim o Neto contrata mal e tem pouco domínio psicológico sobre o elenco: algo que ele pode ganhar com a maturidade, mas que devemos considerar porque nem só de estudo e boas intenções se gerencia uma boa equipe do banco.
Abs,
nao sabia desses detalhes que o amigo acima trouxe a publico... realmente, tem coisas q são assustadoras nos bastidores do basquete e qualquer esporte.
e quanto ao neto, acho q a questão é a seguinte, eh sempre bom ter alguem novo no cenario, ainda mais trantando-se de ser um cara estudioso... agora, q faltou um pouco de padrão tatico a seleção sub-19 isso eh fato, eu assisti todos os jogos e me lembro bem!! mas de qlq forma, a idade e maturidade dos moleques é algo a ser ponderado tambem e com relação a negociação de salarios etc, acho que essa função deveria ser de um manager e nao do treinador em si.
Oi, Anônimo, maneiro seu comentário, maneiro mesmo. E perdão pelo equívoco nos valores. Não sei se há "proteção" a Franca e ou Coc, e também já ouvi histórias dessa falta de domínio sobre o elenco. De todo modo, o conjunto do Neto ainda lhe é favorável, ao meu ver - e não concordo que ele contrata mal, não. Abs, Fábio.
Fala Fabio,
Valeu mesmo! Peço deculpas por não me identificar, só não posso o fazer em função do meu emprego. Não se trata de preservar a identidade para jogar problemas no ventilador e criticar gratuitamente os outros. Os pontos colocados são construtivos e o objetivo é apenas acrescentar com a discussão e o diálogo.
Abs,
não sei de onde tiraram que o neto é um "estudioso", é só prestar atenção no ultimo tempo pedido contra a australia, não houve absolutamente nenhuma instrução nde se destacou a raça e a vontade dos atletas mesmo que mal selecionados na formação do time, quem acompanha o minimo das categorias de base do brasil sabe que ele cansou de "queimar" jogadores e que ficaram de fora inumeros jogadores de qualidade com futuro promissor, será que foi política, será que por politica ele chegou a seleção sem resultados expressivos nas categorias onde trabalhou? por favor minha gente o basketball precisa de trabalho e não política principalmente dos técnicos que fazem muita política, trabalham mal e em casos como o do neto ainda são recompensados. abraço
Boa tarde,
Bom envio esse comentário para CONCORDAR em gênero, número e grau com o " anônimo" em relação ao técnico José Neto. Como contribuição posso informar que como ex-jogador tenho alguns amigos ainda em atividade que obviamente não direi os nomes, nos tempos de Paulistano e agora na Ulbra (jogadores de seleção Brasileira)que me confidenciaram o quão fraco é este técnico. Limitado taticamente, não tem confiança do grupo, não motiva a equipe adequadamente em virtude disso. Afirmo a vocês que o referido técnico é politiqueiro e tem bons amigos dentro da CBB e por isso atingi postos de comando de destaque. Olha, quem entende um pouquinho de basquete e assisti ao trabalho do José Neto sabe que é um pseudo-técnico-de-ponta...estudioso??? Faça-me o favor!!!
Desculpe o desabafo, mas a falta de conhecimento da imprensa em certas questões, equivocando-se, são um atraso ao basquete brasileiro!
Abraços
neto é PIADA.
Ninguem respeita ele de verdade.
ASS. Jogador
Meu comentário refere-se exclusivamente ao ponto levantado pelo "anônimo", no tocante ao investimento feito pelo patrocinador na época em que o Neto era o técnico do Paulistano.
Ninguém melhor do que eu, pode falar ou comentar à este repeito, uma vez que era o Presidente da empresa e quem definia o valor do investimento no basquete do Clube Atlético Paulistano.
Primeiramente, quero deixar claro que o retorno do investimento foi excelente do ponto de vista da exposição da marca, principalmente. Lógico, tudo e todos contribuiram positivamente, o CAP e seus dirigentes, a FPB, a televisão ESPN Brasil, bem como outros meios de comunicação, etc.
Nunca tivemos dúvida que este retorno esteve associado a imagem do Clube, mas principalmente pelo caráter e idoneidade do Neto e dos jogadores que lá atuaram naquela época.
O Neto é sim um estudiodo do basquete, dedicado e com excepcional potencial para dirigir os melhores times do Brasil e também suas seleções.
Quando se trata de investir em uma modalidade esportiva, lógico que sempre olharemos o potencial retorno que poderemos ter com aquele determinado investimento, mas jamais investiremos num time, cujos dirigentes, não sejam pessoas de caráter comprovado.
E, neste aspecto, não temos qualquer dúvida com relação ao Neto.
Portanto, tenho muita segurança em afirmar que o Neto tem sim, um grande e promissor futuro, aqui no Brasil ou em qualquer outro país e sempre contará com o apoio e rspeito das pessoas que realmente o conhecem.
Estou muito tranquilo ao fazer este comentário, pois além de fã incondicional do basquete, estou do lado de quem investe e não dos que apenas criticam ou comentam de forma negativa. E, pior, de forma anônima...ou seja, já ultrapassei a fase de não poder fazer um comentário com receio de perder meu emprego.
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