A INCRÍVEL META DO BASQUETE

O basquete brasileiro vai muito bem, obrigado. Temos aqui uma administração exemplar, e as nossas seleções só nos dão alegrias, estão sempre entre
as melhores do mundo. Essa é a minha conclusão diante das metas divulgadas ontem pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Em parceria com os departamentos técnicos das confederações, o COB anunciou planos para cada esporte nos Jogos de Londres, em 2012. Para a nossa bola laranja, o objetivo é simplesmente a "conquista de medalhas".

Ah, tá.

Tranquilo.

A CBB deve estar orgulhosa da "moral" que o Comitê lhe deu, mas talvez não tenha percebido que tal meta pode jogar a modalidade num buraco ainda maior daqui a três anos. Vale lembrar que a divisão da verba da Lei Piva, a partir de agora, segue a meritocracia - ou seja, quem cumpre as metas ganha mais; quem não cumpre perde dinheiro. É simples assim.

Eu gostaria muito de saber como foi esse papo amistoso entre a Confederação e o pessoal do departamento de Alto Rendimento do COB. Se a seleção feminina nem passou da primeira fase em Pequim e a masculina (foto) sequer pisou em solo chinês, o que faz essa gente supor que, quatro anos depois, o basquete brasileiro vai se agigantar e subir no pódio duas vezes em Londres? Para os cartolas, medalha de ouro em otimismo - e cara-de-pau.