
Acompanhar um jogo de basquete apenas pela estatística, vocês sabem, pode ser uma roubada. Foi o que eu fiz na noite desta quarta-feira com a vitória do Joinville sobre o Bauru, por 68-57, que devolveu os catarinenses à liderança do torneio. Alguns números, no entanto, são absolutos, cristalinos, indiscutíveis.

Querem um exemplo? Eu não preciso ter visto o jogo para saber que o Bauru arremessou 16 bolas de três no primeiro tempo - e errou absolutamente
todas! Isso mesmo, 0-16! Não sei o que o técnico Guerrinha falou para o povo no vestiário, mas sei que, nos três primeiros minutos do terceiro quarto, o time chutou mais quatro vezes! Terminou com incríveis 5-30.
O mais curioso e irônico é que, no intervalo da partida, Fischer (foto) participou da seletiva para o torneio de arremessos de três pontos do Jogo das Estrelas e, sem marcação, acertou 17 dos 20 chutes que tentou.
Mas voltando ao jogo, será que o Guerrinha achou normal? Ou será que é mesmo impossível para qualquer técnico controlar o impulso dos nossos jogadores para chutar da linha de três?
Outro número que não deixa dúvidas na rodada do NBB: assim como naquele
Paulistano x Saldanha no fim de fevereiro, nós tivemos nesta quarta mais um jogo de 49 desperdícios de bola. E de novo estava em quadra o Saldanha (não por acaso o lanterna do campeonato), que cometeu 26 erros contra 23 do rival Limeira.
Para não falar só das coisas ruins, parece ter sido boa, pelos números (pelos números!), a atuação de Franca na vitória sobre o Pinheiros. Poucos erros, bons aproveitamentos, ataque bem dividido. Tomara que a estatística não tenha me enganado.