O BASQUETE AGRADECE

Que jogo. Talvez o melhor de todo o NBB-2. E talvez ninguém mereça tanto ver ao vivo uma partida deste porte como a fanática torcida de Franca. No Pedrocão lotado e fervendo, o time da casa emplacou uma reação incrível no último quarto, foi buscar uma desvantagem que tinha chegado a 17 pontos e bateu o Flamengo por 90-82, abrindo 1-0 na semifinal. Tudo isso no embalo do quase-quarentão Rogério, que foi homenageado por seus 10 anos vestindo a camisa do clube e retribuiu com uma atuação decisiva, não pelos 20 pontos, mas pelos acertos cruciais no período final.

Rogério brilhou, mas não sozinho. Ricardo Probst (foto), que vinha capengando desde a passagem pelo Minas, no ano passado, foi um monstro no garrafão e fora dele, com 17 pontos e 12 rebotes. Márcio Dornelles e Helinho também contribuíram um bocado para a vitória, assim como o sistema defensivo de Hélio Rubens, que começou muito mal, mas se encontrou durante a partida e grampeou os ataques rubro-negros na hora H.

Outro crédito óbvio vai para a torcida. Não sei se já escrevi isso aqui, mas uma das minhas frustrações no basquete é nunca ter visto um jogo no Pedrocão – digo isso meio envergonhado e espero me redimir em breve. Mesmo pela TV, deu para ver na terça-feira a diferença que fez o apoio das arquibancadas, com uma atmosfera carregada de história e fãs eufóricos que gritam feito loucos o tempo todo.

Agora imaginem a pressão para cima do Fla no jogo de sexta-feira, na Arena HSBC. Tudo bem que jogar sob pressão não é nenhuma novidade para a equipe carioca, mais do que escolada em partidas tensas e decisivas. Em todo caso, temos uma série espetacular em curso. Que continue assim, para o bem do basquete brasileiro.