sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
O INCRÍVEL BASQUETE BRASILEIRO
Rodrigo e eu queríamos ir às Laranjeiras ver Fluminense x Santo André pelo Nacional feminino. Vimos o jogo, mas no Botafogo. Acreditem: a partida foi transferida, a poucas horas de seu início previsto (20h), para outro local e com outro horário (20h30). Pelo que consta, descobriram um jogo
de vôlei no ginásio... mas
nem tudo foi lamentação.
Rumamos então para General Severiano e até que vimos
uma boa partida mirim entre Botafogo e o Projeto VemSer (clique aqui e veja o site do time, que faz um trabalho social bem interessante). O alvinegro venceu, foi à final do Estadual e a número 4 encantou Laís Elena (foto), técnica do Santo André, com quem eu conversava. O único senão fica para a falta quase total de fundamento das jovens atletas.
Enquanto as crianças jogavam, atletas do time paulista e do Fluminense (que não paga salário) faziam alongamento na arquibancada. Local apropriado, não? Pouco antes do embate, a maior surpresa: uma câmera foi ligada. Equipe de televisão? Não. Era Carla, uma menina da comissão técnica do Sport Recife, responsável pela filmagem dos adversários. É incrível e tocante ver que existe alguém levando a sério este campeonato e o basquete brasileiro. E o técnico Roberto Dornelas, que parece ser estudioso, tem um acervo gigantesco de vídeos.
Mas, sim, houve jogo. Mesmo com uma homônima do melhor do mundo (Kaká, a camisa 5) no elenco, o Fluminense de Clarissa (muito mal, com 11 pontos, 10 rebotes e 3/18 nos arremessos) fez apenas 21 pontos no segundo tempo e perdeu por 72-51 para o Santo André, que teve 20 pontos de Renatinha. Vai ver, a chuva forte que inundou o Rio ontem fez com que o time carioca baixasse a guarda na segunda etapa...
Para completar o comentário do Balassiano, vale um registro. Clarissa realmente atuou mal, mas há uma explicação bem razoável. Além da maratona de jogos, a camisa 11 cumpriu o seguinte roteiro na quinta-feira: acordou na Tijuca e, de mala pesada na mão (estava fora de casa há 12 dias), pegou um ônibus até Realengo (mais de 30km) para treinar com o time da faculdade. De lá, fez a longa viagem de volta até as Laranjeiras. Como o jogo tinha sido transferido, ainda se deslocou para Botafogo. Tudo isso sem almoçar - só rolou um pão com Nescau no fim da tarde. Dá para entender ou não dá?
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15 comentários:
Pão com Nescau?!
Falar mais o quê?
Belos textos.
É bom explicar que o Fluminense deu Nescau e não Toddy por conta da dieta preparada pela equipe de nutricionistas do clube, como todos sabem o Toddy contém Glútem, já o Nescau não. Bola dentro do tricolor.
Pessoal do Rebote,
Peço desculpas, mas parece que vocês foram ao ginásio pela primeira vez.
Em jogos de base das principais equipes de SP há sempre técnicos e jogadores de outros times observando tudo.
Câmeras e tripés são parte do arsenal de técnicos e assistentes. Acervo de vídeos? O que há de anormal nisso?
Será que as coisas só se tornam interessantes quando vocês obervam?
Tem muita gente séria trabalhando no basquete. Achar o ato de "ligar uma câmera" algo espantoso significa, no mínimo, desrespeitar os milhares de profissionais que estão envolvidos com o jogo.
Pessoal que trabalha muito, ganha pouco e nunca terá o respeito da mídia.
Também, pudera. É só pintar uma oportunidade de aparecerem que serão malhados. Será que as coisas só são interessantes quando vocês as observam?
A número 4 do infantil do botafogo se chama deborah.
e anonimo ai de cima, os caras do rebote so querem meter a boca nos outros, acham que estao cheio de moral e etc, so metem o pau, cheio de veneno e coisa e tal.
diz ai voce tambem e carioca?
da tijuca pra realengo, la pra UCB, castelo branco, da 40 minutos de onibus, e da castelo pro fluminense rolam outros 50.
Me lembro do caras que jogavam no flu e no fla na decada de 90 que estudavam na castelo, isso e , iam todos os dias de realengo pros seus clubes, gavea e laranjeiras e isso nunca matou ninguem, e nao tinha nem nescau naquela epoca...
e os caras do rebote metem a boa dizendo que o jogo foi transferido pra outro lugar, como se fosse outra cidade, pra quem nao conhece e zona sul da cidade maravilhosa, do flu pro botafogo, sao 20 minutos a pe, 10 de onibus e 5 de carro.
quiz dizer, sao 20 minutos a pe OU 10 minutos de onibus OU 5 de carro
olha o veneno do fabio "acharam um jogo de volei no ginasio".
Ai um clube tenta no meio dessa bagunca toda arrumar um lugar pra dar apoio a (la vem a lista)
Voleibol
Basquetebol
Futebol de salao
as categorias :
mirim, infanil, infanto, juvenil
masculino e feminino e o fabio metendo a boca nos caras.
Dá para entender ou não dá?
Opa, tem gente que defende a alteração de local menos de 24hrs antes da partida ? Pode ser 2min a pé, que tá errado, cade o respeito com a torcida ? Isso demonstra desorganização, agora, se tem gente que não é homem suficiente para postar com o próprio nome e tem que se esconder para defender o que não há defesa, paciência.
Em tempo, o código do torcedor não serve para basquete ?
Pessoal do Rebote...simplesmente ridícula a postura dos dois anonimos desta caixa de comentários!!! Coisa típica de cariocas defendendo sua terra com ignorância absurda!!! Uma coisa é ter orgulho do local onde nasceram, vivem...outra é estarem cegos pro caos que se instalou no basquete (e tem algum esporte bem organizado no Rio???) carioca!!! É sim DESEPERADOR ler sobre a rotina da jogadora Clarissa, uma vergonha, reflexo do amadorismo total! Pão com nescau??? Onde vamos parar......tem mesmo é que denunciar essa bizarrice, valeu REBOTE!!!
Estes 2 malucos me arrastaram para assistir esse jogo de basquete. Realmente o jogo foi legal, mas dá pra ver a clara desorganização do nosso esporte. Se o futebol que rende milhões de reais é uma zona, nem se fala dos esportes amadores. Mas é isso aí rebote, continuem denunciando.. quem sabe alguem daquela confederaçãozinha abre o olho. Abs
nada haver essas "criticas" ae dos anonimos la de cima... o pessoal do rebote da um show de jornalismo e cobertura do basquete, os textos sao mto bom.... e quanto a desorganização do basquete, pelo amor de Deus como é que ainda tem gente que quer contestar q ta tudo errado.... uma jogadora "profissional" ter q se submeter a isso tudo, só no nosso basquete msm
PERAÊ! E ninguém vai valorizar a guerreira Clarissa? Jogando MAL, ela fez 11 / 10. QUE ISSO! Se fosse futebol, ela já estava longe e valendo milhões de euros!
Anônimo 1. Discordo com anônimo 2 sobre mudança de local do jogo.
Respeito aos torcedores em primeiro lugar.
Meu comentário foi com relação aos profissionais (técnicos, massagistas, preparadores et cetera...), portanto leiam com atenção. Não misturem as coisas. Gostaria muito que o basquete do RJ tivesse mais força. O peso das camisas dos grandes clubes cariocas poderia fazer muito pela bola laranja não fosse seus dirigentes.
Leio o Rebote. Tem a melhor cobertura do basquete nacional, mas não acho justo observarem o fato "técnico coleta imagens" como algo anormal. Há muita gente engajada no backstage do nosso basquete.
Não se esqueçam que a maioria dos jogadores brasileiros foi formada no Brasil. Splitter é um dos raros casos de jogador formado no exterior. Nenê e Leandrinho, por exemplo, rodaram por categorias de base de grandes clubes, antes de seguirem para o exterior.
Clubes onde trabalhavam e trabalham pessoas que têm contas para pagar e não ganham o que merecem. Claro que existem os picaretas, mas do jeito que escreveram parece que só a moça do Sport trabalha com imagens de jogos para analisar seus adversários e leva a sério o esporte.
Eu critico os dirigentes, mas o trabalho dos técnicos de base é bom. Poderia ser melhor, lógico, mas falta investimento. Uma câmera custa caro e muitos técnicos tiram a grana do próprio bolso.
Vocês fazem um ótimo blog. Poderia pensar: uau, como os jornalistas brasileiros são engajados e lutam por um basquete melhor, mas isso não é verdade. Poucos são aqueles que podem viver do salário de jornalista e dedicar tempo ao basquete.
Vocês deveriam ter pensado da mesma forma. Antes de olharem para a menina do Sport e se espantarem, deveriam lembrar que tem muita gente séria no basquete de base. Gente que lê livros sobre tática, gente que grava e edita imagens de jogos, gente que assiste muito basquete.
Não me espantei com a desorganização do horário, pois nossos dirigentes têm um histórico deplorável.
Já os técnicos... a maioria continua na guerra por um basquete melhor.
É a mesma coisa. Difícil viver de blogar. Também acho que o jornalista não é bem valorizado no nosso país. O brasileiro lê pouco e o resultado
Para quem gosta de basquete, ler uma notícia de que uma partida do feminino adulto foi remarcada as pressas para outro local é no mínimo inusitada, até mesmo para o combalido campeonato feminino de basquete. É uma tremenda falta de respeito. O esforço das atletas do Fluminense para JOGAR, levar o nome do clube adiante é notório. Pena que o Fluminense, tão tradicional, não valorize suas jogadoras. Essas Atletas mereciam mais respeito por parte dos dirigentes. Se tudo é apenas uma questão de retorno financeiro para o clube, porque não colocam um profissional que possa vender espaços na camisa, na quadra, nas placas, enfim, gerenciar melhor esse time, tão guerreiro. O que não dá é saber, depois de uma derrota, que uma das atletas não se alimentou corretamente durante o dia para a partida. Com toda tecnologia disponível e informação da área de nutrição, qualquer um sabe que o alimento correto fornece energia, mas não pode ser apenas "Nescau e um pão". Nota zero para os dirigentes do basquete´feminino do Rio de Janeiro, que são completamente desorganizados e incompetentes.
Sr. Rodrigo Alves,e Fabio,
infelismente ou felismente o bfeminino não é a praia de vcs.Apesar da reportagem interessante sobre o Fluminense,devo dizer,que vcs são bons sim para escrever,para rapinar textos em inglês, traduzirem e se considerarem os entendido,gostam da critica fácil e as comparações, não bem feitas com situações e realidades diferentes,o bf do Rio deve dar bençãos aos céus por terem Mangueira, Botafogo,Fluminense,e os Orlando,Guilherme,Samuel, que teimam em manter uma modalidade feminino que é e sempre foi colocado em um segundo plano,por dirigentes,imprensa e vcs destes sites americanizados.
Uma troca de ginásio não precisa ser ridicularizado e nem os anonimos que fizeram a defesa do basket feminino carioca.
Vamos não desanimem, a luta é de todos!
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