sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
VAMOS CORRER OU VAMOS JOGAR?
Cogitou-se um Moncho, o López, vice-campeão europeu com a Espanha em 2003, apesar de visto com ressalvas pela crítica. No fim das contas, a CBB trouxe outro Moncho, o Monsalve, também espanhol, com quase quatro décadas de carreira e apenas um título em clubes da primeira divisão. A passagem pelas seleções também não anima: Espanha B, República Dominicana, Suíça, Tunísia e o sub-21 de Marrocos.
Justamente por ter uma carreira inexpressiva como treinador, Monsalve é um quase-anônimo para a maioria de nós. Sem conhecê-lo, seria leviano dizer que ele não está à altura da seleção brasileira. Tomara que esteja. Na entrevista que a confederação enviou à imprensa, o espanhol dá declarações interessantes. Parece ser estudioso, tem dossiês sobre os brasileiros da NBA e da Europa e diz acompanhar de perto a nossa turma nas quadras da Espanha. É um bom começo.
O problema é que, sobre tática (nossa principal carência), ele dá duas respostas - uma boa e uma ruim. A boa é: "No cinco-contra-cinco em meia quadra,
a equipe deve saber jogar sem a bola. Um conceito de ângulos e espaços hoje é fundamental,
e devemos melhorar nesse aspecto". OK, é justamente disso que precisamos. Só que aí vem outra declaração: "Não vou mudar os aspectos de jogo tradicionais dos brasileiros, mas é possível melhorar alguns conceitos. Minha idéia é implantar defesa/rebote/contra-ataque e jogo de transição".
É tudo que a gente não precisa: alimentar um esquema viciado que corre na contramão do basquete internacional moderno. Em vez de apostar ainda mais no jogo de transição, um europeu era nossa esperança de uma guinada para um caminho de equilíbrio, paciência, movimentação sem bola, passes conscientes. Em resumo, o famoso "cinco-contra-cinco" que o próprio Moncho cita.
Tomara que, na prática, a primeira declaração tenha mais peso que a segunda. Não para levar o Brasil a Pequim, o que é mesmo muito difícil, mas para que o espanhol plante uma semente aqui antes de ser lançado de volta para o outro lado do Atlântico, como a própria CBB dá a entender que fará após o Pré-Olímpico.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Eu acho que ele tem outra coisa que me preocupa
ja dirigiu o marcelinho
vai deixar ele tacar ate a mae como todos os outros tecnicos q passaram pela seleçao
acho q em quanto marcelinho estiver na seleçao agente nao evolui em nada
Caro Rodrigo e amigo Jones,
deixa o homem trabalhar !
So de ser experiente e estar empenhado em conhecer os brasileiros é um bom sinal.
Agora poderemos avaliar os metodos de treinamento, os treinamentos em si e aí sim os jogos para sabermos oque vai dar.
Só achei que tivemos muito tempo entre pre olimpico das americas e a contrataão do tecnico. E estes 6 meses que poderiam ter sido de estudos naovoltam atras.
Novamente, convivemos nos erros.
A CBB nao entende que planejamento nao começa hoje para ser feito amanha.
Porém tem sempre as velhas desculpas de sempre.
Agora é esperar e claro, torcer muito.
Abraços!
Honestamente, pela característica dos atletas brasileiros, um jogo de transição é tudo que o Brasil precisa. E montando um jogo de meia quadra eficiente o time pode evoluir.
Mas concordo, não pode deixar o Marcelinho queimar tantos arremessos e alguém deve avisar pra ele que marcar, de vez em quando, faz bem
eu concordo q o jogo de transicao eh bom para o Brasil. Alias, concordo com as declaracoes do rubens borges. O Brasil tem q ter um jogo de transicao sim,o q ta faltando eh uma transicao consciente. falar q o basquete moderno soh joga meia quadra eh incorreto. Os times europeus jogam assim pq sempre foi caracteristicas deles. mas eu concordo com o Rodrigo Alves q a selecao tem q achar um equilibrio entre contra ataque e jogo de meia quadra, q nos ultimos anos nao existiu na selecao. Um sistema de meia quadra q inclui um jogo de penetracao com Leandrinho e Alex, jogo nos pivos nos primeiros segundos do ataque na meia quadra e com jogadas para liberar os chutadores ou jogadas para isolar o jogador q esta "quente" no jogo nos ultimos 10 segundos de ataque, seria um balanco mais correto, na minha opniao.
mas q da medo q esse tecnico vai dexar o Marcelinho chutar tudo, ah da sim...eh bom esse tecnico ter culhao pra controlar os impulsos do Marcelinho, e saber quando
tem q tirar da quadra pq senao os times europeus vao aproveitar os chutes desequilibrados e usar o o jogo de transicao deles contra agente.
Ah, não, Rodrigão, vou ter que discordar de ti, parceiro... DÁ MUITO BEM PRÁ FAZER COMO ELE SUGERIU, MANTENDO NOSSA CULTURA DE JOGO. Um bom exemplo são os Americanos, que possuem a mesma maneira de jogo, mas com um vigor físico infinitamente superior, além do principal: o trabalho de base. Basta observarmos um treino americano de uma equipe do High School... Não há atleta que não possua domínio dos fundamentos do jogo. Acho que a grande contribuição que ele pode oferecer à Seleção e, quem sabe, deixar de legado para o futuro é a questão da defesa. Da marcação mais firme, mais vigorosa. Infelizmente, ainda somos extremamente preguiçosos nessa arte. Não esqueçam do ditado: " Um bom ataque ganha jogos, mas uma grande defesa vence campeonatos". Grande abraço
Agora ferrou em entrevista hj ao estadão ele disse q o homem de confiança dele homem base o capitão do time vai ser seu amigo marcelinho machado q pra ele vai ser o lider da seleção
e eu sonhando q depois do ridiculo pré-olimpico dele tinhamos nos livrado desse mala
com essa entrevista na qual ele fala outros absurdos que realmente nosso projeto deve ser londres 2012
Postar um comentário