sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PARABÉNS, HERÓIS!




O Rebote abre este sábado dando parabéns a quem merece: Amaury, Wlamir, Edson Bispo, Boccardo, Jathyr e Pecente, mais vivos do que nunca, Algodão, Waldemar, Zezinho, Otto, Rosa Branca, Fernando e Kanela, que já se foram. Parabéns aos heróis do título mundial de 1959, que hoje completa 50 anos. Se não fosse por esses abnegados, sabe-se lá como seria a história.



Toda homenagem a esta geração é merecida, então vamos a elas. Eu estarei hoje em Brasília para participar do programa especial que o SporTV exibe ao vivo, às 17h, com a participação dos campeões. Às 23h, tem o imperdível documentário Vitória na Guerra Fria, da ESPN Brasil. Também chega ao fim a série de reportagens do Globoesporte.com. Agora os 17 capítulos estão reunidos numa página especial, é só clicar aqui e conferir.

ERROS E ACERTOS NO ALL-STAR




Saíram os reservas do All-Star Game. Já viu? O Leste fica com Paul Pierce, Chris Bosh, Joe Johnson, Danny Granger, Devin Harris, Rashard Lewis e Jameer Nelson. No Oeste, entraram Dirk Nowitzki, Pau Gasol, Chauncey Billups, Tony Parker, Brandon Roy, David West e Shaquille O`Neal. A ausência mais sentida foi a de Carmelo Anthony, mas a decisão dos técnicos certamente foi influenciada pela lesão que fez o ala do Denver ficar 10 jogos no estaleiro. Então a gente até entende.

O que eu não consigo entender, sinceramente, é a ausência de Rajon Rondo, por exemplo. O garoto do Boston ganha fácil a vaga de Jameer Nelson (que aliás é ótimo). E não vou nem falar no Mo Williams, uma espécie de mascote deste blog. Também jogador do Boston, Ray Allen poderia tomar o lugar do colega Paul Pierce. Sem falar que qualquer um desses, com o pé nas costas, barraria Allen Iverson, titularíssimo na escolha do público.

No Oeste, além da ausência do Carmelo, talvez a grande supresa seja a presença do David West, que caiu em relação ao ano passado. Nenê e Al Jefferson não fariam feio na vaga dele. Aliás, não foi desta vez que um brasileiro emplacou a lista, mas passou perto. O caminho está totalmente aberto para 2010.

Em 2009, pelo menos a diversão está garantida. Shaq no All-Star e ainda mais na sua própria casa? Essa festa promete muito...

E você, gostou? Que mudanças faria nas convocações?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

LARGADA COM EMOÇÃO E SEM SITE


Marcelinho / Foto: Luiz Doro (Divulgação)

Entre erros e acertos, a bola subiu para o Novo Basquete Brasil na noite desta quarta-feira. De negativo, a pane no site da liga, que nos impediu de acompanhar os sete jogos em tempo real e conferir todos os resultados ao fim da rodada. Problema gravíssimo, para ser corrigido urgentemente. De positivo, houve boa dose de emoção logo no primeiro jogo da TV, a vitória do Flamengo sobre o Pinheiros por 90-89.

Tudo bem que boa parte dessa emoção veio da incrível mania do Flamengo de deixar evaporar suas vantagens no marcador. Na campanha pelo bicampeonato - agora com os paulistas em cena - o Rubro-Negro precisa corrigir a instabilidade dentro da quadra. A partida de quarta-feira foi mais baseada em atuações individuais nos dois lados do que em bons esquemas ofensivos e defensivos.

Marquinhos / Foto: Luiz Doro (Divulgação)Marcelinho começou o torneio endiabrado, acertando seis chutes de três em 12 tentativas e liderando o Flamengo com 36 pontos, cinco rebotes e duas roubadas. No fim, teve a frieza de meter dois lances livres com sete segundos no relógio. Do outro lado, o grande destaque foi Marquinhos (foto), com 28 pontos e seis rebotes. Os dois chamaram o jogo o tempo todo e botaram os times nas costas.

Não vi a outra meia dúzia de jogos, e tampouco acompanhei no tempo real, já que o site sumiu, mas creio que deve ter sido emocionante a vitória de Limeira sobre Joinville, na prorrogação, por 93-88. Franca visitou o Saldanha da Gama, e o duelo só não foi ao período extra porque o ala-pivô Roberto errou um lance livre a três segundos do fim. Abaixo, todos os resultados:

- Cetaf 77 x 56 Araraquara
- Pinheiros 89 x 90 Flamengo
- Paulistano 82 x 76 Minas
- São José 73 x 68 Lajeado
- Limeira 93 x 88 Joinville (prorrogação)
- Brasília 88 x 75 Assis
- Vitória 79 x 80 Franca

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

TOMARA, TOMARA




Começa logo mais o Novo Basquete Brasil, com sete jogos e a árdua missão de dar a partida num processo para moralizar a modalidade no país. O caminho até lá não é fácil e fatalmente será pontuado por alguns tropeços. Então vamos começar pelo começo. Por enquanto, em vez da salvação da pátria, já será ótimo se tivermos um bom campeonato. Diante disso, tomara:



- Que a LNB e os clubes cuidem para não haver lambanças administrativas, como a confusão financeira no Flamengo ou o W.O. na decisão do Campeonato estadual no Espírito Santo.

- Que a gente possa ver jogos de bom nível técnico e, com um pouco de sorte, que as partidas transmitidas pela TV tenham boas doses de equilíbrio e emoção. Quem sabe não começa assim hoje, com Flamengo x Pinheiros ao vivo no SporTV, às 20h.

- Como sempre lembra o amigo Tiago Campante, que o torneio atravesse os próximos meses sem pancadarias. Não há nada mais repulsivo do que ver marmanjo se atracando em quadra.

Mais importante que fazer um evento espetacular, uma NBA verde-amarela, é criar o mínimo possível de fatos negativos. O descaso ao longo dos últimos anos fez com que o basqueteiro (principalmente o que participa dos debates aqui na internet) desenvolvesse uma veia crítica implacável. A tolerância está sempre perto do limite, o que é absolutamente compreensível.

Acertar no feijão-com-arroz é mil vezes melhor que oferecer um caviar estragado. Deste canto, desejo boa sorte a todos.

O E-MAIL DE AMAURY




Eu já tinha visto no blog do Juca, e
o Fábio Balassiano já reproduziu
no Bala na Cesta, mas ainda assim insisto em colocar aqui também. Motivado pela total omissão da CBB diante dos 50 anos do primeiro título mundial, Amaury Pasos, um dos maiores jogadores da história deste país, mandou um e-mail para o presidente Grego. O texto é assinado não apenas por Amaury, mas também por quatro outros campeões de 1959.

Grego, tenho a absoluta certeza de estar interpretando o sentimento da maioria dos remanescentes da equipe que conquistou o campeonato mundial de 1959, ao enviar a você sentimentos de repúdio pela absoluta nenhuma manifestação, por parte da C.B.B., pela passagem
do cinquentenário do evento, que se completa neste mês de janeiro.

Talvez você esteja esperando completarem-se 100 anos, por ser uma data mais significativa, mas observo que dificilmente você encontrará naquela ocasião alguém que possa ser homenageado, com sua exceção, de vez que os iguais a você se perpetuam.

Contudo, ressalto que promoverei uma homenagem aos outros cinco integrantes da equipe num jantar, ao qual convidarei a imprensa e expressarei todo meu pesar e desagrado em relação à sua pessoa.

Atenciosamente

São Paulo, 26 de janeiro de 2009.

Amaury Pasos, signatário da presente.
Wlamir Marques
Jatyr E. Schall
Edson Bispo dos Santos
Pedro Vicente Fonseca
deixo de incluir o nome do Waldir Boccardo pois não conseguí contato


Diante disso, a CBB publicou uma nota de esclarecimento dizendo que já havia programado uma homenagem para agosto, durante a Copa América - sete meses, portanto, após os 50 anos.

SABOR EXÓTICO DÁ NISSO


Ficam inventando esses líquidos azuis,cada vez mais modernos, bem feito, pegou mal para o marketing do Gatorade...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

TRÊS PONTOS NA EUROPA


1) Lamine Sambé, do time francês Pau-Orthez, voa alto e mostra o que é uma verdadeira defesa por pressão. Sai da frente!

2) Também na França, Antoine Eito, do Asvel, achou por um instante que era jogador de vôlei e produziu um lance incrível.

3) Na Espanha, o jovem fenômeno Ricky Rubio dá uma de Magic Johnson e lidera o Top-5 da rodada na liga ACB. Vale conferir.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DANÇA DOS NÚMEROS


28


Foram os pontos do Nenê na noite de domingo contra o Utah Jazz, igualando a melhor marca de sua carreira. Mais que isso, o pivô brasileiro acertou todos os seus 12 arremessos e igualou também um recorde do Denver Nuggets, de Bobby Jones, com o maior número de cestas sem nenhum erro durante uma partida. A campanha para a reserva do All-Star Game segue firme...

DINHEIRO NA MÃO É VENDAVAL




A diretoria do Flamengo disse no fim de semana ter arrumado uma solução, com o patrocínio da Petrobras, para acalmar os ânimos dos jogadores e manter o time para a estreia no NBB,
na quarta-feira. João Henrique Areias, que está assumindo os esportes olímpicos do Rubro-Negro, acena com o pagamento de pelo menos um mês no início da semana. Melhor assim. Mas seria de bom tom se a diretoria explicasse, em meio a tantos atrasos, de onde jorrou dinheiro para a contratação do Baby. Ou será que o acordo foi feito no melhor estilo Vampeta ("finge que paga")?

CADÊ A DEFESA DO PHOENIX?




Shaquille O`Neal vai tendo um bom ano no ataque, é verdade, mas continua constrangedor na defesa. Quer um exemplo? Basta dar uma olhada em alguns de seus lances contra o New York Knicks de Mike D`Antoni, na quarta-feira. Terry Porter parece longe de cumprir a promessa de melhorar a marcação. São cinco derrotas nos últimos sete jogos. A vitória sobre os Hawks deu um certo alívio, mas o risco de sair da zona de playoff ainda é real.



Agora, para descontrair, um lance de O`Neal e Nate Robinson:

sábado, 24 de janeiro de 2009

FLAMENGO FORA DO NBB?




O otimismo após a notícia de que o SporTV vai mesmo transmitir os jogos do NBB durou apenas poucas horas.
Os jogadores do Flamengo afirmaram neste sábado que, se o problema dos salários atrasados não for resolvido até segunda-feira, eles não viajam para enfrentar o Pinheiros na quarta-feira, quando começa o campeonato. Está marcada para segunda uma reunião com Patricia Amorim, vice de Esportes Olímpicos do Rubro-Negro. "Se ela não puder dar um prazo para a gente, ela já falou que vai abrir para os jogadores procurarem outro time. Temos família e precisamos comer", afirmou Duda Machado, em entrevista ao repórter Alexandre Lobo, no Globoesporte.com. A possível desistência do Flamengo cairia como uma bomba na nova liga, que não tem nada a ver com a história, mas precisa tentar fazer alguma coisa nos próximos dias para evitar uma tragédia maior. Ficamos todos na expectativa...

NBB NA TELA


Marcelinho / Foto: CBB

Agora, sim, está confirmado. O SporTV vai transmitir os jogos do Novo Basquete Brasil, que começa na quarta-feira, dia 28. Na rodada de estreia, o jogo será Flamengo x Pinheiros, às 20h, em São Paulo. Na sexta, no mesmo horário, o canal mostra Brasília x Bauru, partida em que a liga homenageará os campeões mundiais de 1959. No papo aqui no Rebote, vocês lembram, Kouros Monadjemi tinha dito que a homenagem ficaria para depois, mas a direção voltou atrás e resolveu aproveitar a presença dos jogadores em Brasília, onde eles terão um encontro oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por falar em 1959, segue mais uma atualização dos capítulos
da série que está sendo puiblicada no site Globoesporte.com.

- Dia 16: Brasil inicia a caminhada com vitória sobre o Canadá
- Dia 17: Primeira queda contra os gigantes da União Soviética
- Dia 18: Vitória sobre o México põe a seleção na segunda fase
- Dia 19: Efeitos da Guerra Fria alteram os rumos do Mundial
- Dia 20: Kanela, um técnico muito além do rótulo de brigão
- Dia 21: Geração bicampeã tinha trabalho dobrado na quadra
- Dia 22: Brasil abre a segunda fase com vitória sobre Formosa
- Dia 23: Seleção driba cotoveladas e, na bola, bate a Bulgária

LONGE DE CASA, MAS À VONTADE




Não que a idéia original seja fazer deste humilde espaço o "Cantinho da Clarissa", mas não dá para ignorar o segundo jogo da pivô carioca disputado em Portugal, na sexta-feira. Na ampla vitória do Vagos sobre
o Desportivo da Póvoa, por
103-73, ela meteu 38 pontos, pegou 20 rebotes e terminou a partida com incríveis 56 pontos de eficiência. Fernanda Beling também brilhou, com 34 pontos, sete rebotes e quatro roubadas. No intervalo, o Vagos vencia por apenas 45-41, mas as meninas voltaram endiabradas após o intervalo. Sempre haverá alguém para dizer que o basquete feminino de Portugal não é a oitava maravilha do mundo (e realmente não é). Em todo caso, é inegável que Clarissa chegou à Europa sem sentir a pressão e disposta a mostrar serviço. Que tudo continue correndo muito bem para ela na terra de Camões.

O PAULISTA É DE LIMEIRA




A brava NET escolheu janeiro para me irritar: alguns canais estão com sinal fraco, outros simplesmente sumiram. Depois de uma semana, o técnico fez uma visita, mas só para avisar que voltaria sei lá quando para trocar os cabos. Tudo isso é só para dizer que eu estou sem ESPN Brasil e, por consequência (sem trema), não consegui ver as finais do Paulista. O Balassiano, que viu os jogos, diz no Bala na Cesta que Limeira mereceu o título sobre Franca.



Concordo com ele sobre Nezinho, jogador que eu não gostaria mais de ver na seleção, até pelo temperamento, mas ainda tem muito valor no terreno dos clubes. Parabéns à turma do técnico Zanon, e também a Franca, que além de ter chegado à final, prestou uma bela homenagem a Wlamir Marques antes do jogo.

Falando nisso, a NET que se vire para resolver o problema aqui antes do dia 31, quando a ESPN Brasil exibe o imperdível especial sobre os 50 anos do título de 1959. Difícil é esperar até lá...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O ALL-STAR DO SUPER-HOMEM




Assim como o All-Star Game foi o terreno de Shaquille O`Neal durante muito tempo, parece que outro gigante da liga está disposto a tomar posse do evento. Dwight Howard, que encantou o mundo do basquete com uma gaiata capa de Super-Homem no campeonato de enterradas, foi o jogador mais votado para a edição 2009. Com mais de 3 milhões de votos, bateu craques bons de urna como LeBron James e Kobe Bryant. Foi um recorde. E isso só prova que o povo quer circo no All-Star. É assim que tem que ser. Veja como ficaram os times titulares nas duas conferências para a festa:

LESTE:
Dwayne Wade (Miami)
Allen Iverson (Detroit)
LeBron James (Cleveland)
Kevin Garnett (Boston)
Dwight Howard (Orlando)

OESTE:
Chris Paul (New Orleans)
Kobe Bryant (LA Lakers)
Tim Duncan (San Antonio)
Amare Stoudemire (Phoenix)
Yao Ming (Houston)

Além da aberração de colocar Allen Iverson (este Iverson dos Pistons) entre os melhores da NBA, o que você achou das escalações? Quem mereceria uma vaguinha nesses quintetos?

OS PLANOS DO CARLINHOS


No Bala na Cesta, Fábio Balassiano revela o plano estratégico de Carlos Nunes, um dos candidatos à presidência da CBB. Tem até um organograma com um resuminho, vale a pena conferir.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009




Para quem quiser acompanhar, eu e Igor Christ já publicamos no
Globoesporte.com seis capítulos da série Brasil 1959, sobre os
50 anos do primeiro título mundial da seleção. Os textos seguem
até o dia 31 deste mês. Por enquanto, os que estão no ar são:

- Dia 16: Brasil inicia a caminhada com vitória sobre o Canadá
- Dia 17: Primeira queda contra os gigantes da União Soviética
- Dia 18: Vitória sobre o México põe a seleção na segunda fase
- Dia 19: Efeitos da Guerra Fria alteram os rumos do Mundial
- Dia 20: Kanela, um técnico muito além do rótulo de brigão
- Dia 21: Geração bicampeã tinha trabalho dobrado na quadra

Ainda sobre o Kanela, tomo a liberdade de colocar aqui o link
para um artigo do Paulo Murilo, do Basquete Brasil. Em 2005,
ele contou duas ótimas histórias sobre o técnico. Uma delas
apresenta uma outra versão, contada pelo próprio Kanela, para
o famoso episódio do Tapa Cívico. Clique aqui e leia o texto.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009



Enquanto Moncho Monsalve fez as malas para treinar a seleção
masculina, tem gente correndo no caminho inverso. Como nós
costumamos criticar a preguiça de alguns dos nossos técnicos,
é preciso mostrar também que há treinadores brasileiros levando
a profissão a sério. Conversei com três deles, e as reportagens
publicadas hoje no Globoesporte.com contam as suas aventuras.

))) Vitor Imbuzeiro, o Coach Vito que sempre comenta aqui nas
caixinhas, está em Nagasaki há 10 anos. Penou bastante para
driblar a rigidez japonesa, mas conseguiu. Vale a pena conferir.

))) Julio Pacheco, que já foi entrevistado pelo Bala aqui no blog,
continua fazendo bonito no basquete universitário americano. Da
catarinense Itajaí à bucólica Russellville, é uma bela trajetória.

))) Walter Neto passou as duas últimas décadas enriquecendo o
seu currículo com ótimos trabalhos no Oriente Médio. Hoje ele é
técnico da seleção do Bahrein e tem muita história para contar.

domingo, 18 de janeiro de 2009

sábado, 17 de janeiro de 2009

PELADA DAS AMÉRICAS




O material dos 50 anos de 1959 (tem capítulo novo hoje, sobre a derrota para a URSS na segunda rodada) me deixou internado na redação do início ao fim da sexta-feira. Tanto que só consegui acordar depois da hora do almoço de sábado, e obviamente não consegui ver os jogos dos brasileiros na Liga das Américas - recomendo a análise do Fábio no Bala na Cesta. Agora, pelo que ele escreveu, e ainda que fosse só pelos resultados, uma coisa é mais do que certa: fizemos feio ontem. Não apenas o Flamengo, eliminado da competição, como o Brasília, que se classificou ganhando, no sufoco, de um time absolutamente ridículo. Agora temos Brasília e Minas no Final Four. Tomara que o nível suba um pouco na fase decivisa, porque do jeito que coisa vai, sei não...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TYRUS VAI GUARDAR ESSA...


Não é todo mundo que consegue fazer isso com LeBron:

PARA CELEBRAR NOSSA HISTÓRIA




O dia de hoje é especial para a nossa bola laranja. Há exatos 50 anos, em 16 de janeiro de 1959, a seleção brasileira iniciou, no Chile, a trajetória rumo ao primeiro título mundial do país. Para reconstruir aquela trajetória espetacular, começamos hoje no Globoesporte.com uma série de reportagens que vai se estender até o dia 31, meio século depois do momento em que Wlamir, Amaury, Algodão & Cia levantaram a taça. Na série, vamos publicar crônicas de cada um dos jogos, além de fotos da época, curiosidades e vídeos relativos à geração bicampeã. Tem sido trabalhoso – especialmente para o repórter Igor Christ, que anda mergulhado em jornais da época – mas o material é bem bacana. Nesta primeira parte, tudo sobre a estreia brasileira contra o fraco Canadá, no escorregadio ginásio La Salle. Clique e confira.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

SEM PENA DO GORDINHO




"Você no gordinho, você no branquelo", e assim seguiam as instruções de Paulo Chupeta na partida entre Flamengo e Deportes Castro, na noite de quinta-feira. Se ainda existe time bobo no basquete, é justamente esse aí do Chile. Com uma dupla de quase-obesos no garrafão (Larry Posey e Leon Smith), o que se viu em quadra foi um convite à surra. E assim foi feito. Com a vitória arrasadora por 117-77, o Flamengo ficou muito perto da classificação no grupo C da Liga das Américas.

Marcelinho Machado, com total liberdade para chutar, deitou e rolou nas bolas de três e anotou 26 pontos. Baby chegou aos
19, com sete rebotes. Na sexta-feira, valendo a vaga, o buraco
é mais embaixo. Ainda assim, o Rubro-Negro tem time para
bater os locais do Libertad Sunchales. Vamos ficar de olho.

DANÇA DOS NÚMEROS


3


Foram as roubadas que faltaram para Chris Paul fazer um quádruplo-duplo na noite de quarta-feira. Contra o Dallas, ele deixou a quadra com 33 pontos, 11 assistências, 10 rebotes e sete roubos. É o que se pode chamar de atuação monstruosa.

A BOA ESTREIA DE BABY NO FLA




A cidade argentina de Sunchales só fala da Liga das Américas (está aí a capa do jornal local), e o time da casa já estreou massacrando o fraco Deportes Castro, do Chile, por 114-88. Tomara que o fator torcida não seja tão determinante assim a partir de hoje, quando o Libertad começa a encarar os brasileiros do grupo C. Na quarta, Flamengo e Brasília mediram forças num jogo cheio de altos e baixos. O Fla chegou a abrir 15 pontos, mas deixou a vantagem cair para dois no minuto final e deve agradecer ao Coloneze, que pegou um rebote a 11 segundos do fim para fazer a cesta da vitória.

O Rubro-Negro levou mais de um mês enrolando Baby para assinar o contrato, e o pivô só precisou de duas horinhas para mostrar que valeu a pena. Com 22 pontos e atuação dominante no garrafão, o gigante mostrou que pode sobrar em nível doméstico. Destaque também para Marcelinho, cestinha do time da Gávea, com 23 pontos. Pelo Brasília, Arthur foi bem, mas Alex demorou muito a entrar no jogo. Quando viu, era tarde.

Na quinta-feira, às 20h10m, o Fla enfrenta o Deportes Castro, e na sequência o Brasília pega o Libertad, precisando da vitória.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

PONTARIA CALIBRADA


Hedo Turkoglu / Foto: Reprodução

Na terça-feira, Shaq brilhou de novo, LeBron fez triplo-duplo, Felton acabou com o Detroit, Nenê e Leandrinho foram bem. Mas o grande feito da rodada
é do Orlando, que pulverizou
o recorde de cestas de três pontos em uma partida, com 23 em cima do Sacramento Kings. Na vitória por 139-107, com 25 pontos e 15 rebotes de Dwight Howard, os jogadores do Magic precisaram de 37 tentativas, com o ótimo aproveitamento de 62.7%. Destaque para Jameer Nelson, que acertou as suas cinco. Está aí uma bela oportunidade para tirarmos do baú de recordes da NBA outros dados individuais curiosos sobre os chutes de longa distância.

Maior número de cestas de três na carreira
2.217 - Reggie Miller

Melhor aproveitamento na carreira
45.4% - Steve Kerr

Maior número de cestas em um jogo
12 - Kobe Bryant (2003) e Donyell Marshall (2005)

Maior número de cestas em um quarto
7 - Michael Redd (2002)

Maior número de cestas em um jogo, sem nenhum erro
9 - Latrell Sprewell (2003)

Maior número de tentativas em um jogo, errando todas
11 - Antoine Walker (2001)

Maior sequência de acertos
13 - Brent Price e Terry Mills, ambos em 1996

Maior número de jogos seguidos com pelos menos uma cesta
89 - Dana Barros (de 1994 a 1996)

E aí? Qual desses recordes é o mais impressionante?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

APRENDENDO DESDE CEDO


O pai, torcedor malandrão do Portland Trail Blazers, já ensinou
a criança de quase 2 anos a falar o nome de todos os jogadores
do elenco. De brinde, um sonoro "Kobe sucks". Que beleza...

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO




Em outubro próximo, completa-se uma década desde que um time brasileiro encarou o campeão da NBA. Foi no saudoso McDonalds Championship de 1999, em Milão, quando o Vasco de Charles Byrd, Rogério, Vargas & Cia foi à final e perdeu para o San Antonio Spurs por 103-68. Glauber da Rocha, que escreve para o site Spurs Brasil, reconstruiu aquele torneio, jogo a jogo, numa série com quatro belos artigos e vários links para vídeos. Material imperdível:

Parte 1 - Um breve histórico do campeonato e um vídeo de 10
minutos com os lances da final (transmissão da ESPN Brasil).

Parte 2 - O primeiro dia de competição, quando o Vasco bateu
o Adelaide 36ers, da Austrália, por 90-79 (31 pontos de Byrd).

Parte 3 - No segundo dia de torneio, as semifinais, com o Vasco
vencendo o Zalgiris, e o San Antonio batendo o italiano Varese.

Parte 4 - A disputa de quinto lugar, o jogo do bronze e todos os
detalhes da grande final, vencida por Duncan, Robindon & Cia.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

DOIS DRIBLES


1) No domingo, Clarissa estreou pelo Vagos, de Portugal, com
números à la Mangueira: 23 pontos e 16 rebotes, sendo sete ofensivos, totalizando 25 pontos de eficiência. Fernanda Beling
foi a cestinha do time, com 28 pontos, na vitória implacável por
94-73 sobre o Boa Viagem, líder isolado da liga portuguesa.

2) Em entrevista ao site da Fiba, Jerry Colangelo, manda-chuva
da seleção americana, fala sobre o planejamento após o ouro
em Pequim. "Da última vez, eu pedi que os atletas firmassem
um comprometimento de três anos. Agora vou pedir dois, mas
os dois são 2010 e 2012. Porque se nós ganharmos o Mundial
em 2010, não precisaremos disputar o Pré-Olímpico em 2011.
Agora, se não formos campeões mundiais, azar o nosso, porque
isso vai custar um ano extra de trabalho aos jogadores".

COM OS PÉS NO CHÃO




No ano passado, ninguém entendeu direito quando um técnico universitário americano foi à quadra descalço para comandar seu time. Agora, todo mundo entende bem. Em parceria com a ONG Samaritan`s Feet, Ron Hunter adotou a curiosa ideia para estimular a torcida a doar sapatos para crianças pobres. Em janeiro de 2008, o treinador da pequena e desconhecida IUPUI queria arrecadar 40 mil pares. Acabou conseguindo o incrível número de 140 mil. Um ano depois, com mais de 300 seguidores espalhados pelo país, ele vai repetir a dose.

Hunter entrará em quadra descalço de novo no próximo sábado, durante a partida contra Centenary. Desconforto? "As crianças que têm de andar sem sapatos todos os dias também não estão preparadas, é parte da vida delas", alega o técnico. A esta altura, a ONG já pensa alto e fala em 1 milhão de pares. As doações vão para países como África do Sul e Peru. Está aí um bom exemplo de como o basquete pode ir além das quadras.

QUE HOUVE COM A MÃO DO SHAQ?




Jose Calderón que se cuide, porque o Big Fella também resolveu construir sua incrível sequência de lances livres convertidos. Conhecido por ter as mãos mais tortas da história da NBA, Shaquille O`Neal está há dois jogos sem errar nada da linha fatal: 7-7 contra os Mavs, 5-5 contra os Clippers. Quem me alertou foi o leitor Anthonio Oliveira, pelo Orkut, e eu fui dar uma conferida na performance recente do pivô.

De fato, é impressionante.

Shaq acertou 25 de seus últimos 30 lances livres. Se jogarmos para as cinco partidas mais recentes, o aproveitamento é 78%. E ainda que a gente vá mais para trás, em oito jogos são 72% de acertos, números mais do que elogiáveis para quem tem média de 52.6% na carreira. Que diabos houve com aquela mão?

O mais fantástico é que, aos 36 anos, O`Neal tem feito muito mais que acertar tiros livres. Nas últimas rodadas, ele subiu sua produção de pontos e apareceu em momentos importantes - inclusive quando Nash ficou fora, com dores nas costas. De quebra, no meio do caminho, pulou de décimo para oitavo na
lista de maiores cestinhas da NBA, deixando Dominique Wilkins e Oscar Robertson para trás. Se no ano passado eu critiquei a desastrada contratação do Phoenix no meio do campeonato (e realmente não deu certo, como vimos), agora fico feliz em saber que o Diesel ainda tem combustível no tanque para queimar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

DANÇA DOS NÚMEROS


5


É o número de vitórias do Minnesota Timberwolves em 2009. O time ainda não sabe o que é perder neste ano. Será um milagre de Kevin McHale? No sábado, o técnico foi expulso no primeiro quarto, e Al Jefferson saiu com seis faltas nos minutos finais. Ainda assim, a equipe bateu o Milwaukee, que chegou a liderar por 13 pontos, mas entregou e saiu derrotado por 106-104.

sábado, 10 de janeiro de 2009

UM GIRO EM PORTUGAL


Clarissa / Foto: Divulgação

O fim de semana é de estreia brasileira na Europa: Clarissa faz sua primeira partida oficial pelo Vagos, de Portugal. A pivô carioca (sim, ela é de Campo Grande, bairro do Rio, e não Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, como diz o site do time) já disputou um jogo amistoso contra um time sub-18 masculino, mas agora é para valer: o adversário deste domingo é o Boa Viagem, líder da liga nacional. Para termos uma idéia do que Clarissa vai encontrar no outro lado do Atlântico, nada melhor do que bater um papo com quem já está por lá há algum tempo. Então o Rebote conversou com Fernanda Beling. A ala do Vagos, que vestiu a camisa da seleção brasileira nas Olimpíadas de Pequim, nos ajuda a saber um pouco mais sobre o que rola no basquete feminino português.

Fernanda Beling / Foto: Reprodução- REBOTE – Que diferenças você notou entre o basquete em Portugal e no Brasil?
- FERNANDA - Na Europa em geral temos um jogo mais físico e lento, mas de fácil e rápida adaptação. Nosso time faz um bom investimento. Eles têm todas as categorias de formação até o adulto, tanto masculino como feminino. Nós do adulto temos uma estrutura excepcional. São seis restaurantes disponíveis, um excelente apartamento, TV a cabo, internet, telefone, carro, lavanderia, não nos falta absolutamente nada.

- Como é a sua rotina aí?
- Treino todos os dias em dois períodos, exceto segunda-feira, que é a nossa folga – jogamos nos fins de semana. No tempo que tenho livre, quando não estou muito cansada, gosto de passear em Aveiro, uma cidade turística linda, e vou também às praias que temos aqui na região. Vou muito ao cinema e a jantares com amigos. Em casa estou sempre na internet, muitas vezes no Skype e vendo a Record e as novelas da Globo – no momento são quatro passando aqui, mas infelizmente não consigo acompanhar todas (risos). Moro com a portuguesa Raquel e com a Clarissa, que se juntou agora ao time.

>>> "Temos seis restaurantes disponíveis, um excelente apartamento, TV a cabo, internet, telefone, carro, lavanderia, não
nos falta absolutamente nada"


- Como é o trabalho de base aí comparado com o do Brasil?
- Não podemos generalizar o Brasil por inteiro, porque o trabalho de base que é feito em São Paulo, por exemplo, é diferente de qualquer outro lugar, com estrutura, muito trabalho e qualidade. Aqui existem vários clubes com base, mas eles deixam a desejar em alguns aspectos. Treina-se pouco e com pouco nível.

Fernanda Beling e Paulo Bassul / Foto: CBB- No último Eurobasket masculino, Portugal até conseguiu boas vitórias e fez um papel bastante razoável. Mas no feminino a seleção não jogou em 2007 e também não se classificou para 2009. O Vagos tem duas jogadoras na seleção. O que elas comentam sobre a situação do basquete?
- Sim, a Carla e a Sara são jogadoras da seleção. Alguns fatores que acontecem são pouca rodagem internacional, pouco tempo de treinamento e pouca disponibilidade, pois não são todas que têm o basquete como profissão. Muitas delas trabalham e estudam, não estão disponíveis em tempo integral.

- Falando em seleção, você foi às Olimpíadas e, claro, quer continuar sendo convocada. Seu planejamento para o futuro com a seleção passa pela escolha do lugar onde vai jogar?
- Acredito que o lugar onde trabalho não influencia numa convocação. Sei que o técnico acompanha os trabalhos feitos em todo o mundo e sabe bem onde estão e o que estão fazendo as jogadoras. Pode influenciar em relação a cada uma se apresentar melhor ou pior. Ainda não sei sobre as próximas temporadas. Aqui em Portugal acaba em maio, depois quero jogar o Paulista.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

KOUROS E OS CAMINHOS DO NBB


Kouros Monadjemi / Foto: Divulgação
O presidente da Liga Nacional vai ter bastante trabalho pela frente



A menos de três semanas do início do Novo Basquete Brasil, é tempo de correr. Da vistoria nos ginásios à implantação de um sistema antidoping, passando por alguns acerto de detalhes no contrato com a TV, a Liga Nacional ainda tem muito a fazer antes de a bola subir. E para deixar o trabalho ainda mais complexo, a crise financeira ainda resolveu cumprimentar alguns clubes. Em entrevista ao Rebote, o presidente Kouros Monadjemi fala sobre tudo isso. Por telefone, ele explica a ausência dos nordestinos, avisa que as meninas só devem entrar após três anos, promete punições severas em questões disciplinares e diz ser impossível, no meio da correria, pensar em homenagem aos bicampeões mundiais. O papo é longo, mas o debate é bom e necessário.

<br />Foto: CBB- REBOTE - Na quarta-feira, a Folha de S.Paulo afirmou que a Liga fechou um patrocínio da Eletrobrás. Já está certo?
- KOUROS MONADJEMI - Ainda não existe valor, nada está definido. O que existe é a expectativa de que o patrocínio aconteça. Devemos assinar o contrato ainda neste mês. A Eletrobrás investe
no basquete e tem o interesse de ver a modalidade crescendo. Tudo indica que nós teremos um bom desfecho.

- Falando em dinheiro, como vai ser a divisão dos custos do campeonato? No dia-a-dia, o que os clubes terão de bancar?
- O custo do campeonato está nas mãos de cada clube. Cada
um tem o seu patrocinador e, dentro disso, eles arcam com a logística - hospedagem, viagem, transporte, parte médica, taxas de arbitragem. Agora, obviamente, a exposição do esporte na mídia vai ser maior, então os patrocínios da Liga devem melhorar. A idéia é que, em pouco tempo, a Liga cubra os principais custos.

Duda, do Flamengo / Foto: CBB- Alguns clubes atravessam uma grave crise financeira.
O Flamengo, atual campeão nacional, é um deles. Assis disputou o Paulista, mas vai para o NBB com um elenco mais fraco. Esses problemas pontuais vão prejudicar o primeiro ano do NBB?

- Não tenha dúvida de que vão prejudicar o esporte brasileiro de um modo geral. Esta crise econômica certamente vai afetar os orçamentos dos clubes. Assis é um caso típico. O patrocinador não tem como manter o investimento. Eles conseguiram outro patrocínio, mas perderam alguns atletas que tinham salário acima da média.

- E como fica a qualidade técnica do campeonato?
- Nós tomamos muito cuidado com a qualidade das equipes.
Na LNB, não basta querer disputar. A fundação da Liga teve 19 equipes, e só 15 vão participar. E assim mesmo Assis vai entrar um pouco esfacelado. Mas esperamos que, nos próximos anos,
a Liga possa ajudar esses clubes com algumas despesas.

>>> "Londrina e Iguaçu não estão no nível técnico satisfatório para
este ano. Eles queriam entrar, mas estavam muito aquém do desejado"


- As mudanças no elenco de Assis aconteceram depois da definição desses 15 times. Com a queda na qualidade técnica, o time corre algum risco de ser substituído na competição?
- Não. Assis vai lutar por uma posição intermediária. Na mesma situação estão Araraquara e Cetaf, que têm investimento médio. Em um ou dois anos, todas as equipes vão se fortalecer.

- Falando em Cetaf, o Estadual do Espírito Santo não teve final. O Saldanha da Gama foi declarado campeão porque o Cetaf não apareceu para o jogo 1. A Liga se preocupa com isso?
- Totalmente. Até porque o estatuto da Liga obriga que as equipes disputem os campeonatos regionais, inclusive com divisões de base, não apenas com os elencos adultos.

Iguaçu / Foto: CBB- Mas o fato de ter havido essa confusão no Espírito Santo influencia no NBB?
- Não, porque o clube não precisa ser campeão para estar na Liga. Nós escolhemos os 20 maiores clubes de tradição no nosso basquete, que tenham disputado o Nacional ou que
se encaixem dentro de uma qualificação técnica. Iguaçu (foto), Londrina e Uberlândia, por exemplo, estão inativos dentro da Liga. Londrina e Iguaçu não chegaram ao nível técnico satisfatório para este ano. Eles queriam entrar no torneio, mas as equipes estavam muito aquém do desejado.

- Quem é que decide quais times que podem ou não entrar?
- Essa decisão é de uma comissão técnica formada por treinadores de gabarito e hoje coordenada pelo Lula Ferreira.

>>> "O que não pode acontecer hoje é, pelo fato de ter que colocar uma equipe do Nordeste ou do Norte, obrigar 15 times a viajar até Pernambuco, Pará ou Amazonas para fazer um jogo que termina 120-40"

Jogo da Liga Nordeste / Foto: Reprodução- O Nordeste não tem equipes na Liga. Isso também foi uma questão de critério técnico?
- A Liga não existe só para meia dúzia de clubes elitizados. Nossa intenção é unir o Brasil. Mas você há de convir que, por mais que nós estejamos bem otimistas, o primeiro passo é criar o campeonato. Vamos olhar para a Liga Nordeste. Possivelmente faremos um torneio regional, para que saia o campeão de lá e dispute com equipes vencedoras do Sul, até incluir um ou dois times. O que não pode acontecer hoje é, pelo fato de ter que colocar uma equipe do Nordeste ou do Norte, obrigar 15 times a viajar até Pernambuco, Pará ou Amazonas para fazer um jogo que termina 120-40.

- E quando esse cenário vai mudar?
- Temos que cuidar do Nordeste para fortalecer essas equipes. Acho que, em cinco anos, poderemos ter condições de trazer alguns representantes da região para disputar a Liga.

>>> "Quem cometer indisciplina
vai ser severamente punido"


Reprodução de vídeo- Nos torneios nacionais, nós costumamos ver, com uma freqüência bem maior que o normal, jogadores brigando dentro da quadra. Dificilmente eles têm longas suspensões, e a certeza da impunidade abre caminho para novos tumultos. A Liga já pensou nisso?
- Sem dúvida nenhuma. Acabamos de aprovar um regulamento rígido a ponto de multar atletas por indisciplina e determinar suspensões, troca de mando de quadra. Isso vai ser colocado
em prática. Aliás, não só isso, mas também o exame antidoping. Quem cometer indisciplina será severamente punido. Tivemos uma reunião com todos os técnicos, conscientizando-os disso.

- Há um custo alto para o antidoping. Os clubes vão bancar?
- Eu sei que o antidoping custa caro, mas para moralizar o esporte, é preciso estabelecer esses parâmetros. Estamos
vendo o custo real para analisar a melhor maneira de fazer.

>>> "Acho que as meninas não entram antes de três anos. Nós precisamos nos sentir confortáveis
e certos de que temos condições"


- As meninas ficaram meio chateadas com a Liga, que as deixou fora da festa. Qual o plano para o basquete feminino?
- Diga para elas não ficarem chateadas comigo não. Nós não conseguiríamos abraçar o mundo. A idéia do feminino não nos sai da cabeça, temos todo o interesse de fazer, mas é preciso um pouco de tempo. Vamos ganhar em organização, infraestrutura. Depois vamos tentar apontá-la para o feminino também.

Karina e Êga / Foto: CBB- Quanto tempo vai levar até termos as meninas no NBB?
- Acho que não antes de três anos. Precisamos nos sentir confortáveis de que temos condições. Precisamos levar o basquete para o seu lugar de origem, como segundo esporte mais popular do Brasil, atrás apenas do futebol. Temos que resgatar essa credibilidade porque, sem ela, não dá para viabilizar certas coisas. Nosso modelo hoje é o vôlei, que tem uma administração fantástica. Queremos chegar ao mesmo patamar. Aí sim vamos pensar em buscar o feminino. Mas vai acontecer sim, pode esperar.

- O Novo Basquete Brasil começa no dia 28 e, três dias depois, o primeiro campeonato mundial do país completa 50 anos. Vocês estão preparando alguma homenagem aos jogadores?
- Não pensamos nisso não. Você não tem idéia de como está sendo difícil colocar tudo para funcionar no dia 28. Temos que fazer vistoria das quadras, terminar os detalhes do contrato com a televisão, criar logotipo nos uniformes, é tanta coisa para fazer que eu tenho medo de pensar numa festa neste momento. Seria uma pretensão muito grande. Quem sabe a gente pode fazer essa homenagem no Jogo das Estrelas, ao fim do primeiro turno.